Número de síndicas
aumentou 73% em cinco anos, aponta levantamento da Lello; profissionais
liberais e empresários são maioria entre os que comandam os condomínios da
capital paulista
O número de mulheres que
assumem o cargo de síndicos de condomínios residenciais na cidade de São Paulo
cresceu 73,3% nos últimos cinco anos. É o que aponta levantamento da Lello,
administradora paulistana que gerencia 1,6 mil condomínios na capital paulista.
Atualmente, 42% dos
síndicos são do sexo feminino. Em 2011 esse percentual era de 30%, segundo a
Lello.
Dos síndicos paulistanos,
93,5% são moradores do próprio edifício, conforme levantamento da Lello em sua
base de clientes. Outros 6,5% são profissionais.
37% dos síndicos de São
Paulo são profissionais liberais. Há ainda 25% de empresários, 17% de
administradores, 9% de advogados, 6% de aposentados, 5% de engenheiros, 4% de
comerciários e 3% de professores.
“Esse novo perfil de
síndicos aponta para uma profissionalização da função. Hoje os condomínios são
equiparados pela lei a grandes empresas, com inúmeras obrigações perante o
poder público. Os síndicos têm uma enorme responsabilidade”, diz Angelica
Arbex, gerente de Relacionamento com o Cliente da Lello Condomínios.
49%
dos síndicos dos prédios da carteira da Lello são isentos do pagamento da cota
mensal de condomínio e aproximadamente 25% recebem remuneração. Apenas 6% são
síndicos profissionais.
Eleição
Nos últimos anos, em
prédios recém-entregues pelas construtoras, especialmente nos maiores e
com três torres ou mais, a disputa pelo cargo de síndico é
acirrada entre os moradores, com pelo menos dois ou mais condôminos
concorrendo para síndico. Esta nova situação difere da encontrada há
10 ou 15 anos, quando, tradicionalmente, ninguém queria assumir a função de síndico nos
condomínios residenciais.
A reeleição do mesmo síndico ainda
predomina, já que cerca de 70% das assembleias realizadas para escolher o
responsável legal pelo condomínio acaba confirmando a mesma pessoa que já
ocupava o cargo anteriormente.
Mas,
segundo a Lello, na década passada a permanência do mesmo síndico era
chancelada em 90% das assembleias realizadas com esta finalidade.
“Essa mudança é
significativa e reflete a maior preocupação dos moradores, principalmente dos
novos condomínios entregues nos últimos 10 anos, em relação à segurança,
conforto e qualidade de vida, aliada à valorização do patrimônio”,
diz Angelica.
O síndico pode ser proprietário, inquilino ou
alguém de fora do prédio, conforme a decisão da maioria dos condôminos. Suas
principais atribuições são representar o condomínio, zelar pelo cumprimento da
convenção e do regimento interno, cuidar da conservação e da manutenção das
áreas comuns e equipamentos, negociar com fornecedores e prestar contas aos
condôminos sobre despesas efetuadas, entre outras responsabilidades.
O síndico é eleito para um mandato de dois anos, podendo ser
reeleito.
Assim como em qualquer eleição, os moradores devem ter cuidado na
escolha de quem irá comandar o dia-a-dia do condomínio, perguntar, por exemplo,
sobre suas propostas, sobre o tempo que terá para cuidar das demandas do
condomínio, as mudanças que pretende realizar na gestão e, principalmente, como
fará para garantir segurança e comodidade aos moradores.
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