As alterações vão proporcionar maior adesão, avalia
pediatra
Os postos de saúde já receberam o novo Calendário Nacional
de Vacinação, divulgado pelo Ministério da Saúde. As alterações motivadas pela
situação epidemiológica e pela atualização na indicação das vacinas contra
pneumonia, meningite, poliomielite e HPV, afetam os bebês e as meninas até 13
anos.
A vacina contra a pneumonia perde uma dose. Será aos 2 e
aos 4 meses. O reforço é com 1 ano de idade. Na meningite, as primeiras doses
continuam aos 3 e aos 5 meses e o reforço foi antecipado de 15 meses para 1 ano
de idade.
Contra a paralisia infantil, o que muda é a forma de
aplicação. As três doses - aos 2, aos 4 e aos 6 meses – passam a ser
injetáveis. Gotinha, só no reforço aos 15 meses, aos 4 anos e durante as
campanhas de vacinação.
A vacina contra o HPV, que previne contra o câncer de colo
de útero, para as meninas de 9 a 13 anos, terá uma dose a menos. Agora são duas
e não mais três e o intervalo entre a primeira e a segunda deve ser de seis
meses.
“Estudos científicos comprovam que a redução das doses se
mostra eficaz durante o processo de vacinação e, portanto, não há com que se
preocupar. A recomendação do número menor de aplicações também parte da
Organização Mundial de Saúde”, explica o Prof. Dr. Paulo Taufi Maluf Júnior
(CRM/SP 21.769), pediatra do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas e do
Hospital Sírio-Libanês.
O médico enfatiza que um dos pontos mais importantes das
mudanças realizadas pelo Ministério da Saúde diz respeito à vacina contra a
poliomielite. “A partir de agora, a criança recebe as três primeiras doses com
a vacina inativada poliomielite (VIP), de forma injetável, e ainda mais segura
contra a doença”, afirma o médico.
O pediatra Paulo Maluf acredita ainda que as mudanças
trarão maior adesão ao Calendário Nacional de Vacinação porque “pesquisas já
comprovaram que diminuir o número de injeções no primeiro ano de vida, aumenta
a adesão ao calendário, e consequentemente, eleva a cobertura vacinal”.
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