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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

A saúde das crianças não entra de férias





Planejamento é a palavra de ordem para manter a saúde das crianças nas férias de verão. Rever os horários e adaptar a rotina das refeições, sem prejuízo, é o primeiro passo para encontrar alternativas que possam garantir o bem-estar dos pequenos.  A dica é da chefe do Serviço de Pediatria do CHN (Complexo Hospitalar de Niterói), Christine Tamar, que ressalta: “A saúde não entra de férias.”  
A seguir, Tamar lista sete cuidados que os pais devem ter com a alimentação das crianças durante o período de férias escolares.

Sem perder a rotina
O ideal, mesmo nas férias, é que as crianças façam três grandes refeições: café da manhã, almoço e jantar, além de três lanches entre essas refeições maiores. “Mas sem substituir um lanche por uma guloseima em frente à televisão”, orienta Tamar.
Estímulo saudável
Estimule seu filho a consumir alimentos saudáveis. Vá ao mercado, à feira ou à quitanda com ele. Escolha os alimentos junto com ele e, depois, peça para que ele ajude a preparar a comida com você, nem que seja só lavar as verduras de uma salada. Certamente seu filho vai sentir mais prazer em comer aquilo que ele mesmo ajudou a preparar.

Refeição em família
Fazer as refeições em horários regulares e em família é extremamente saudável, não só para o corpo, mas para o fortalecimento emocional de seu filho. E, sempre que possível, desligue a TV durante as refeições para estimular o diálogo entre vocês.

Praia
O cuidado com a alimentação na praia precisa ser redobrado, pois muitos alimentos vendidos pelos ambulantes podem oferecer riscos à saúde. Em contrapartida, não se deve deixar a criança ficar brincando horas na areia sem se alimentar e se hidratar adequadamente. Por isso, é importante ficar atento à comida para observar se ela está devidamente armazenada, na temperatura correta e sem exposição ao sol ou à poeira. Prefira os alimentos cozidos e fritos, de preferência os que foram feitos na hora.

Fast-food
Se a criança tem um hábito alimentar saudável e o consumo de fast-food for esporádico e equilibrado, o ideal é limitar o consumo e negociar com os pequenos apenas idas quinzenais à lanchonete. É o que recomenda Tamar. “Mas, vale lembrar, esses alimentos são ricos em calorias e gorduras. Um sanduíche, acompanhado por batata frita e refrigerante, tem em torno de 1.500 Kcal, o que corresponde a boa parte do que deveria ser ingerido em um dia”, complementa.

Refrigerantes e salgadinhos
A dupla costuma ser pedida com bastante frequência pelas crianças durante as férias. Quanto ao refrigerante, Tamar reforça que é uma bebida composta por muitas substâncias artificiais e contém valor nutricional quase nulo. Já os salgadinhos, a médica recomenda que sejam consumidos, no máximo, três vezes na semana, em dias alternados, levando em consideração os alimentos que foram consumidos no dia. “Hoje é possível encontrar opções integrais, como salgadinhos assados, preparados à base de milho, ricos em fibras, gorduras poli-insaturadas e livres de corantes artificiais, com menor quantidade de carboidratos”, indica Tamar.

Sinceridade e respeito
Seja sempre sincero com seu filho sobre o que ele está comendo. E lembre-se de que ele também tem paladar e que deve ser respeitado quando diz que não gosta de determinada comida.

Fique alerta aos sintomas de intoxicação alimentar
 De acordo com a Dra. Tamar, os sintomas da intoxicação alimentar são bem parecidos com os de uma virose: indisposição, dor abdominal, flatulência, vômitos, distensão abdominal (barriga inchada) e diarreia. Às vezes, também pode haver febre. A má notícia é que não há muito que fazer além de ingerir bastante líquido e repousar.
Isso porque o maior risco da intoxicação é que a criança fique desidratada, por causa da perda de líquidos. Diminuição da diurese, que é o volume de urina, olhos encovados e turgor da pele (quando a cútis perde a elasticidade e fica mais marcada, como a de pessoas mais velhas) podem indicar desidratação. 
Além disso, quando falta líquido no organismo, o coração bate mais rápido e as mucosas ficam secas. Nesse caso, os pais precisam dar o soro de hidratação oral e procurar um médico para receber orientação. Às vezes, quando a criança vomita tanto que nem consegue tomar o soro, é preciso levá-la a uma unidade de saúde para receber a solução pela veia.

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