Uso do tabaco também pode desencadear até 50 outras doenças, como
asma, bronquite, enfisema pulmonar e até mesmo infarto e derrame
Quando se trata de uso do tabaco, as
estimativas podem ser assustadoras: fumar causa, pelo menos, 14
tipos diferentes de câncer; 90% dos casos de neoplasias malignas do
pulmão estão diretamente relacionados ao cigarro; quem fuma tem de
15 a 30 vezes maior risco de desenvolver um tumor pulmonar. E não é
à toa, já que um único cigarro possui mais de quatro mil substâncias
tóxicas, das quais 60 são comprovadamente cancerígenas.
Os
problemas não param por aí. Além do câncer, mais de 50 outras
doenças podem ser desencadeadas pelo consumo de cigarro, entre elas
asma, bronquite, enfisema pulmonar, trombose, doença coronariana e
até mesmo infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral
(derrame).
Quem
não fuma também não escapa das estatísticas. O oncologista do
Serviço de Tórax do Hospital Erasto Gaertner, Vinícius Basso Preti,
faz um alerta para aqueles que convivem com tabagistas: “Os chamados
fumantes passivos têm risco 30% superior de desenvolver um câncer de
pulmão quando comparados com os que ficam longe da fumaça”.
Se
considerarmos as crianças que convivem com fumantes, o cenário
também não é nada positivo. “Elas têm três vezes mais chances de
desenvolver problemas respiratórios”, diz o especialista. Os
pequenos, especialmente os mais novos, são muito prejudicados quando
expostos à fumaça do tabaco.
“Crianças que vivem com fumantes em casa apresentaram maior
incidência de pneumonia, bronquite, exacerbação de asma, infecções
do ouvido médio, além de elevada probabilidade de desenvolvimento de
doença cardiovascular na idade adulta”, acrescenta Preti.
Consumo
– Considerado pela comunidade médica uma doença gravíssima, o
tabagismo atinge cerca de 1,3 bilhão de pessoas em todo o mundo,
sendo 25 milhões no Brasil, o que representa mais de 15 bilhões de
cigarros consumidos diariamente.
A cada
hora – No Brasil, 23 pessoas morrem vítimas de doenças associadas ao
cigarro a cada hora. São mais de 200 mil mortes por ano. Em escala
global, esse número salta para 6 milhões. A estimativa não é nada
positiva: a projeção é que os índices dobrem até 2030.
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