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sexta-feira, 28 de maio de 2021

Aumentando riscos de contágio pela COVID-19, Tabaco é responsável pela morte de 400 brasileiros por dia

No Dia Mundial sem Tabaco (31 de maio), médica clínica e pneumologista da Central Nacional Unimed aborda os malefícios dos cigarros e derivados para a saúde


Neste 31 de Maio é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco, data que busca orientar e conscientizar sobre os riscos que o tabagismo causa. A Central Nacional Unimed (CNU), fortalece o seu papel de aliada da saúde e bem-estar da sociedade e reforça os malefícios do consumo de tabaco e os riscos do hábito para o organismo.

De acordo com dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), há cerca de 20 milhões de fumantes no Brasil. O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica causada pela dependência à nicotina presente nos produtos à base de tabaco. Além disso, é considerado a maior causa evitável isolada de adoecimento e mortes precoces em todo o mundo. Somente no Brasil, mais de 400 brasileiros morrem diariamente por conta do tabaco.

A médica clínica e pneumologista da CNU, Daniela Chiesa, esclarece que não existem produtos do tabaco menos maléficos. A doença crônica causada pela dependência à nicotina, a substância encontrada em cigarro, também pode ser proveniente do uso de charutos, cigarrilhas, cachimbos e narguilés - todos prejudiciais à saúde. "Além da nicotina, existem nos produtos do tabaco monóxido de carbono, alcatrão, amônia, acetona, naftalina, formol, aldeídos, arsênio, nitrosamina, plutônio, níquel, cianeto, benzeno, chumbo, tolueno e mais de 7000 outras substâncias, 69 sabidamente cancerígenas", explica Daniela.

O tabaco é implicado na causa direta de cerca de 50 doenças, entre vários tipos de câncer, enfermidades do aparelho respiratório, doenças cardiovasculares, úlcera digestiva, impotência sexual masculina, infertilidade feminina e complicações na gravidez. Somado ao contexto, está o fato de fumantes terem uma redução média de 10 anos na expectativa de vida. "Dependendo da intensidade e diagnóstico tardio, o quadro é irreversível para quase todas as doenças", alerta Dra. Daniela. A especialista compartilha ainda complicações gerados pelo consumo do tabaco:


COVID-19 é mais suscetível entre fumantes

A médica reforça que os riscos de contaminação pelo novo coronavírus é maior entre os fumantes. "Complicações da Covid-19 ocorrem com mais frequência em tabagistas, assim como os riscos de contágio. Isso acontece pelo ato de fumar proporcionar constante contato dos dedos e cigarros possivelmente contaminados com os lábios, aumentando os riscos de transmissão pela boca. Além do uso de produtos compartilhados como narguilé, cigarros eletrônicos e cigarros de tabaco aquecido, que aumentam o risco de contágio.


Riscos do narguilé e cigarros eletrônicos

Comum entre os mais jovens, os riscos de doença por uso de narguilé e cigarros eletrônicos podem ser até maiores do que o cigarro tradicional. "Uma hora de narguilé produz fumaça que pode equivaler ao consumo de cem cigarros. E os eletrônicos funcionam produzem um aerossol que é inalado pelo usuário, aumentando o risco de doenças cardíacas e pulmonares. É preciso deixar muito claro que não existe forma segura para uso de produto de tabaco", informa a médica clínica e pneumologista da Central Nacional Unimed.


Prejudicial até mesmo para os não-fumantes

Em tempos de pandemia e isolamento social, os riscos de doença por tabaco também estão atingindo os chamados "fumantes passivos" que, apesar de não consumirem diretamente o cigarro e seus derivados, acabam inalando fumaça por meio da convivência com fumantes em ambientes fechados. Os sintomas vão desde uma tosse até casos de câncer de pulmão, enfisema pulmonar e infarto. "Não há nível seguro de exposição ao tabagismo passivo e a única maneira de proteger adequadamente fumantes e não fumantes é eliminar o tabagismo em ambientes fechados", ressalta a Dra. Daniela Chiesa.


Tratamento

O tratamento contra o ato de fumar é baseado no acompanhamento médico e de outros profissionais, tanto individual quanto em grupo, podendo ser proposto o uso de algumas medicações de apoio, sempre de forma individualizada. "Sabemos que é um processo difícil e envolve uma série de questões delicadas. Mas o apoio familiar e a busca por um suporte médico são fundamentais no processo de largar o vício", finaliza a pneumologista.

 


Central Nacional Unimed

 

Você já ouviu falar em pobreza menstrual?

Você já ouviu falar em pobreza menstrual? É quando a menina ou mulher não tem acesso aos produtos menstruais, saneamento básico e a desigualdade social se sobressai. Vou explicar melhor: segundo a ONG ActionAid, uma em cada 10 meninas na África falta às aulas porque não se sente segura para ir à escola, seja pela falta de privacidade e segurança nos banheiros, seja por não ter produtos de higiene. 

No Brasil, aproximadamente 24% das meninas entre 15 e 17 anos não têm condições financeiras para comprar os produtos necessários para utilizarem durante a menstruação e, assim, também perdem dias letivos por não poderem praticar suas atividades normais. 

Em nosso país, de cultura patriarcal, absorventes são considerados itens supérfluos e, por isso, recebem uma tributação maior, o que aumenta o preço final. A dignidade menstrual de meninas e mulheres ainda é um privilégio de classe. Você consegue imaginar ter que escolher entre comprar comida ou absorventes? Pois é. 

Além do fator financeiro, outro item preocupante é a falta de saneamento básico e infraestrutura. Os dados divulgados pela ONG Trata Brasil retratam que 26,9 milhões de pessoas moram em lugares sem esgoto, 15 milhões não possuem acesso à água tratada e outras 1,6 milhão de pessoas sequer tem banheiro em suas residências. 

Como consequência da pobreza menstrual, meninas têm sua educação e saúde mental comprometidas e, por último, mas tão importante quanto, podem sofrer com riscos à saúde por utilizarem materiais impróprios para a substituição do absorvente, o que pode acarretar infecções urinárias e vaginais. A quebra do ciclo de pobreza em nossa sociedade, passa pelo resgate da dignidade e falar sobre os cuidados durante o período menstrual com meninas e mulheres é um assunto que deve ser colocado em pauta. 

Durante o mês de maio ocorrem iniciativas globais pela dignidade menstrual de meninas e mulheres. O Dia da Higiene Menstrual (Menstrual Hygiene Day), celebrado no dia 28, tem o objetivo de chamar a atenção para o tema. 

Precisamos normalizar a menstruação: é um processo natural do corpo feminino.  Meninas devem entender que não precisam se envergonhar e os meninos devem aprender a respeitar e tratar a menstruação com naturalidade. A quebra do tabu sobre menstruação só ocorrerá por meio do diálogo, do compartilhamento de conhecimento, pela busca da informação e pela criação de políticas públicas pelo fim da pobreza menstrual e pelo resgate da dignidade feminina.

 


Maria Rassy Manfron - menstranda do ISAE Escola de Negócios


Como amenizar a psoríase em períodos de baixas temperaturas

Freepik

Aumento da inflamação que ocorre nesta época se deve à menor exposição da pele aos raios do sol

 

Uma doença inflamatória, não contagiosa e crônica da pele e das articulações chamada psoríase, pode ser agravada com a aproximação do frio. Já são cerca de 125 milhões de indivíduos com psoríase em todo o mundo e mais de 5 milhões apenas no Brasil. Segundo a médica dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Clarissa Prati, um dos principais fatores para o aumento da inflamação que ocorre nesta época é a menor exposição da pele aos raios do sol que atuam como anti-inflamatórios.

“As lesões pioram pelo ressecamento da pele como um todo que ocorre nos meses mais frios. Além disso, os pacientes que utilizam medicamentos tópicos tendem a reduzir seu uso. É importante hidratar a pele sempre após o banho e intensificar o tratamento da doença, especialmente para aqueles pacientes com gravidade menor, que apenas utilizam cremes e pomadas”, afirma.

Causada por fatores hereditários somados a gatilhos ambientais, como o estresse, tabagismo, infecções e uso de certos medicamentos, a psoríase possui quadros que podem variar de gravidade ao longo da vida, sobretudo quando questões emocionais estão envolvidas. A forma mais frequente da doença é a psoríase em placa, que ocorre em 80% a 90% dos pacientes, com lesões que podem surgir em qualquer parte da pele, sendo mais frequentes no couro cabeludo, cotovelos, genitais e joelhos. A doença não é frequente na infância - representando menos de 4% de todas as doenças da pele, mas quando ocorre é mais comum ser do tipo em placas.

“Há manifestações características da fase, especialmente nos menores de dois anos, como placas vermelhas com pouca ou nenhuma descamação na área de fraldas, periumbilical, face e unhas. De modo geral, os tratamentos estão cada vez mais eficazes. Hoje, o objetivo é chegar na remissão máxima da doença, que é manutenção do seu controle. Assim, é possível alcançar uma pele sem lesões ou com o mínimo delas”, diz.

Pelo SUS, o Protocolo de tratamento foi atualizado em 2019 e, em fevereiro deste ano, o Rol da Agência Nacional de Saúde também sofreu alterações. Agora ambos incluem o manejo da psoríase com imunobiológicos, além das tradicionais medicações sintéticas. A psoríase afeta a qualidade de vida dos pacientes, interfere nas suas relações familiares, sociais e de trabalho além de, em alguns casos, ser sugerido acompanhamento psicológico.

“Por ser doença aparente, há sempre alguém para sugerir algum tratamento. Mesmo que seja feito com boa intenção, pode ser interpretado como julgamento. Assim, o paciente se isola para evitar os comentários o que piora o emocional e pode levar a transtornos como depressão e ansiedade", finaliza.

 


Fernanda Calegaro


7 benefícios do home care

Além de ajudar a desafogar hospitais, contato mais próximo com familiares pode acelerar a recuperação de pacientes


Passar por um tratamento médico é mais comum do que se imagina e hoje, há várias formas de enfrentar isso. A assistência por home care, por exemplo, é um dos métodos de dar continuidade ao tratamento de algumas doenças, internações ou de reabilitação do paciente e esta modalidade está em alta. Segundo o último levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o aumento foi de 22%. Para João Paulo Silveira, CEO da Domicile Home Care, esse tipo de atendimento teve um aumento ainda maior durante a pandemia, um salto de 40%.

"Os convênios já estão olhando mais para o home care e as vantagens desse tipo de atendimento. Os hospitais podem retirar pacientes dos leitos e direcioná-los para o tratamento em casa, isso traz benefícios tanto para os hospitais, que conseguem desafogar muito mais rápido o sistema de saúde, algo que é fundamental neste período de COVID, como também pode ser benéfico para o próprio paciente", avalia Silveira.

Para falar sobre a qualidade do home care, o especialista separou sete benefícios deste tipo de atendimento. Confira:



Humanização


Um dos principais benefícios é a humanização do atendimento e o afeto durante o tratamento do paciente. Essa modalidade permite mais contato entre médicos, pacientes e familiares, com isso, o processo de reabilitação torna-se muito mais transparente e desestressante, já que todos conseguem assistir de perto aos quadros clínicos.



Equipe Multidisciplinar


O home care possui uma equipe multidisciplinar, ou seja, que funciona como no hospital, cuidando de todo o quadro clínico do paciente, porém, dentro de casa.



Afeto durante o tratamento


Seguindo o mesmo caminho da humanização do atendimento, o afeto durante o tratamento pode trazer melhoria para a saúde, afinal, estar mais próximo de amigos e familiares e da sua própria rotina e hábitos de referência, podem tornar o processo de recuperação mais eficaz. Segundo a revisão de 148 estudos feitos nos Estados Unidos por especialistas da Brigham Young University e da Universidade da Carolina do Norte mostrou que pessoas com vínculos afetivos ativos tinham 50% mais chances de sobrevivência. Esses mesmos autores também concluíram que a sensação de solidão e falta de amigos são comparáveis aos problemas provocados pela obesidade, abuso do álcool ou consumo de 15 cigarros por dia. "Esse é um dos principais pontos, as pesquisas já alertam sobre a importância do afeto e durante a pandemia assistimos diversos quadros de ansiedade e depressão desencadeados pelo distanciamento social", avalia o especialista.



Infecção hospitalar


Como um enfermo tem a imunização afetada, bactérias e vírus de hospitais podem ser grandes vilões na hora da recuperação. Manter um paciente em casa pode privá-lo de ter contaminações, pois ele fica menos exposto aos riscos infectológicos que podem piorar o quadro dele. Além disso, neste cenário os familiares e conhecidos não precisam também se expor a este ambiente e correr risco de contrair alguma doença, como por exemplo, em dias atuais, o Covid 19.



Assistência individual


Em casa, cada profissional consegue dar uma atenção direcionada e integral ao quadro do paciente, ou seja, o contato do médico é muito mais personalizado. Este tipo de metodologia também oferece mais resolutividade e conforto para a evolução clínica do paciente.



Psicológico


Passar por uma doença já é difícil fisicamente e emocionalmente. O sentimento de isolamento, abandono e tristeza podem gerar depressão e piora do estado de saúde dos pacientes. Ao ser transferido para casa, um paciente deixa de lado a sensação de estar doente e isso traz a sensação para o subconsciente de cura e isso eleva a autoestima e bem-estar. Portanto, o home care tem impacto no tratamento de saúde, físico e emocional do paciente.



Desafogar hospitais


Os benefícios do home care se estendem também para os hospitais. A desospitalização de um paciente é positiva também para o quadro da saúde no Brasil que enfrenta superlotação. Quando um paciente é direcionado para o tratamento em casa ele dá espaço para pacientes que precisam, essencialmente, da supervisão em aparelhagem em um hospital. Diante da insuficiente infraestrutura hospitalar no Brasil, onde 74,3% dos municípios possuem menos leitos do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o estudo revela que, caso o setor de Atenção Domiciliar à Saúde encerrasse suas atividades, seriam necessários 20.763 leitos hospitalares adicionais ao ano para absorver os pacientes atendidos pela modalidade





João Paulo Silveira - CEO e fundador da Domicile Home Care, assistência médica em domicílio e é membro do Conselho Fiscal Efetivo da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP). Especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória pelo Hospital das Clínicas Da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), já trabalhou em locais como o Grupo Hospitalar SOBAM/Hospital Pitangueiras com assistência domiciliar e, antes disso, como fisioterapeuta da UTI Geral do Hospital São Camilo. Além disso, possui curso de liderança 360 na Faculdade Getúlio Vargas (FGV), MBA em administração hospitalar e sistemas de saúde pela Fundação Getúlio Vargas.

 

Tabagismo aumenta riscos de contaminação e agravamento da Covid 19

Em 31 de maio se comemora o Dia Mundial de Combate ao Fumo 
Especialista alerta sobre o uso de novos tipos de cigarros de uso compartilhado como o narguilé e o cigarro eletrônico


Os brasileiros passaram a consumir mais cigarro durante a pandemia da Covid-19. De acordo com pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), feita em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e da Universidade Estadual de Campinas, cerca de 34% dos que se declararam fumantes passaram a consumir mais cigarros por dia durante o período de isolamento social.

Os fumantes também podem ficar ainda mais expostos ao contágio pelo coronavírus, já que o constante manuseio do cigarro com as mãos e o possível contato com a boca, além da necessidade de tirar a máscara para fumar, podem aumentar a possibilidade de contágio pelo vírus. Além disso, o estudo publicado no dia 29 de dezembro pelo periódico Thorax, com mais de 2,4 milhões de participantes no Reino Unido, indica que os fumantes eram 14% mais propensos a terem sintomas clássicos e evidentes da Covid-19 (tosse persistente, falta de ar e febre) do que os não fumantes.

Diante desse número preocupante, campanhas de conscientização sobre os riscos do cigarro e do tabagismo para a saúde, principalmente durante a pandemia, passaram a ganhar mais relevância e devem pautar o Dia Mundial do Combate ao Fumo, celebrado no dia 31 de maio. No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), cerca de 443 pessoas morrem por dia por causa do tabagismo.

A pneumologista Fernanda Miranda, que atende no Órion Complex, alerta que não existe alternativa saudável para a prática do tabagismo. “Os cigarros eletrônicos, que são apresentados como uma alternativa ao fumo, são também compostos por nicotina e causam dependência da mesma maneira. Outro que pode ser tão ou até mais prejudicial para a saúde é o narguilé. Cada sessão deste instrumento corresponde a 100 cigarros fumados”, detalha Fernanda Miranda. Além disso, o compartilhamento de narguilés é um fator muito preocupante pois também pode contribuir para a disseminação do vírus.

A pneumologista alerta que o cigarro pode causar mais de 50 doenças e, do ponto de vista pulmonar, a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e o câncer de pulmão são as mais frequentes. Esta última neoplasia teve a terceira maior incidência entre homens em 2020, segundo o INCA, com quase 18 mil ocorrências (7,9% dos novos casos) e foi a quarta com mais incidência entre as mulheres, com mais 12 mil casos (5,6%).


Combate ao tabagismo

De acordo com a pneumologista, apesar das campanhas e das restrições impostas aos fumantes, principalmente em espaços públicos, ainda há pessoas que começam a fumar por curiosidade, principalmente aos mais jovens. “Depois disso, muitos fumantes encontram dificuldades em parar de fumar pelo fato de a nicotina ser uma droga com alto poder de levar à dependência química. Ela atua no cérebro e quanto mais se usa, mais difícil é de se deixar o vício”, destaca a especialista. 

Ações feitas pelo Ministério da Saúde têm contribuído para o controle em relação ao fumo. Uma delas é o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), por meio do INCA, que busca reduzir a prevalência de fumantes e a mortalidade relacionada ao uso de tabaco por meio de ações educativas e de atenção à saúde. Segundo Miranda, essas ações são importantes para que o país continue sua busca por reduzir ainda mais os números relacionados ao tabagismo.

Ela ainda ressalta que a ajuda multiprofissional formada por médicos e terapeutas pode ser eficaz para o tratamento contra o fumo. “O suporte psicológico, terapia cognitivo comportamental e tratamento medicamentoso são importantes aliados no tratamento do tabagismo”, destaca Miranda.

  

Médico especialista em reprodução humana desmistifica a testosterona feminina e explica como o hormônio está também associado à gravidez

A testosterona é o hormônio responsável por manter a libido e controlar o desejo sexual, favorecendo as chances de reprodução, segundo explica Dr. Nilo Frantz, da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, em São Paulo

 

Apesar de ser conhecida por "comandar" o corpo masculino, a testosterona também está presente no organismo da mulher e é essencial para regular as funções biológicas e auxiliar no processo de gravidez. E, se há um desequilíbrio hormonal e os níveis oscilam para cima ou para baixo, pode haver riscos à saúde da mulher. 

A testosterona é um hormônio esteroide produzido em maior quantidade no homem, razão pela qual se explicam características típicas masculinas. Porém, a testosterona feminina também é importantíssima nas mulheres, apesar delas produzirem 20 a 30 vezes menos do que os homens. 

"Na mulher, os hormônios androgênicos (masculinos) que formam a testosterona, diminuem gradativamente em idade reprodutiva, não havendo diminuição após a menopausa. Desta forma, o declínio do hormônio gera um estado de deficiência que pode se manifestar com a diminuição da função sexual, falta de energia, perda de massa magra, ganho de gordura e perda de massa óssea. O desequilíbrio da testosterona feminina pode ter consequências sérias, tanto físicas como mentais, prejudicando a saúde da mulher", explica o médico especialista em reprodução humana, Dr. Nilo Frantz, da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, em São Paulo.

O especialista detalha mais informações sobre o hormônio e explica como ele é produzido na mulher.
 

"O organismo feminino é capaz de produzir androgênios a partir das glândulas suprarrenais, ovários e também da conversão periférica de precursores androgênicos (tecido adiposo). Desta forma, a testosterona feminina pode agir diretamente nas células ou ser convertida, de forma limitada, em um composto mais potente como a di-hidrotestosterona (DHT) ou ainda em estrogênios", pontua. 

No período pré-menopausa, a testosterona nas mulheres é produzida da seguinte forma: 25% pelos ovários (estimulados pelo LH - hormônio da hipófise); 25% pelas glândulas suprarrenais ou adrenais; 50% pela conversão periférica da androstenediona e da DHEA. Após a menopausa a produção total de testosterona cai drasticamente, mas continua sendo produzida em menor quantidade.

 

Qual é o nível ideal de testosterona feminina?

Mesmo que a quantidade de testosterona produzida pela mulher seja pequena, todas as funções são executadas normalmente. Portanto, tomar testosterona para melhorar a performance na academia ou ficar mais disposta para o dia a dia é um erro. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), o uso do hormônio só é recomendado em casos de mulheres na pós-menopausa com Síndrome da Excitação e Desejo Sexual Hipoativo. O diagnóstico é feito a partir de sintomas como redução significativa de interesse sexual, falta de iniciativa sexual ou recusa da iniciativa do(a) parceiro(a), redução de excitação durante o ato sexual e redução da sensação de prazer na região genital. 

Além do diagnóstico clínico, o médico também pode avaliar a presença do hormônio em exames de sangue. Desta forma, normalmente são solicitados testes de dosagem da testosterona livre e da testosterona total. A testosterona livre representa a concentração de testosterona que está disponível no organismo, podendo ser absorvida para que exerça sua função no organismo, e corresponde a 2 a 3% da testosterona total. 

Os valores normais de testosterona total no sangue podem variar de acordo com a idade da pessoa e o laboratório em que o exame é realizado. Contudo, especificamente, nos casos das mulheres, os valores de referência da testosterona livre no sangue estão relacionados com a idade e a fase do ciclo menstrual. 

A testosterona é o hormônio responsável por manter a libido e controlar o desejo sexual, por isso seus níveis sobem nos dias prévios à ovulação, favorecendo as chances de gravidez. 

As mulheres produzem testosterona feminina através dos ovários. Mas se eles estiverem altos, podem ser um obstáculo para a gravidez, pois podem bloquear a ovulação da mulher e até gerar aborto de repetição. 

O uso da testosterona pode ser feito em tratamentos de reprodução assistida. Alguns estudos sugerem que o uso em pacientes com baixa reserva ovariana melhora a quantidade de oócitos coletados durante a punção na Fertilização In Vitro.

 


Nilo Frantz Medicina Reprodutiva

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Hospital São Camilo alerta para importância de exames periódicos à saúde da mulher


Queda na procura por mamografia foi de 75% em 2020


Dados da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que 52% das mulheres deixam de realizar o exame de Papanicolau anualmente e 40% não estão em dia com a Mamografia. 

A pandemia de Covid-19 elevou ainda mais esses números, apontando para queda de 75% na realização da mamografia em 2020, conforme levantamento da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). 

De acordo com o Dr. Daniel Gallo, mastologista da Rede de Hospitais São Camilo, o ano foi atípico, mas é fundamental que as mulheres retomem seus exames periódicos a fim de detectar precocemente qualquer alteração no colo do útero ou possíveis tumores na mama. 

“Campanhas como o Outubro Rosa são importantíssimas, pois ajudam a divulgar informações sobre a importância de fazer os exames preventivos periodicamente, mas é preciso continuar falando sobre o assunto todos os meses para combatermos esses números preocupantes”, frisa.

Segundo ele, os exames periódicos são a melhor forma de prevenir doenças como nódulos mamários, câncer de mama ou de colo de útero, além de infecção por HPV. “Dessa forma, aumentam as chances de realizar tratamentos mais seguros e com maiores chances de cura”, explica o médico.

Conheça os principais exames periódicos para a saúde preventiva da mulher:


- Papanicolau

Capaz de detectar infecções por HPV (papilomavírus humano), que podem causar câncer de colo de útero. Esse exame é solicitado por um médico ginecologista e deve ser realizado anualmente a partir dos 25 anos.


- Colposcopia

Indicado para mulheres que apresentam alterações no Papanicolau, mas também podem ser realizados junto às avaliações de rotina.


- Mamografia

Esse exame detecta a presença de nódulos mamários benignos ou malignos e deve ser realizado todos os anos a partir dos 40 anos ou conforme orientação médica.


- Mamotomia

Quando há necessidade de analisar e determinar a natureza de um nódulo mamário, o ginecologista poderá solicitar a mamotomia, ou seja, uma biópsia.


- Ultrassom de mama

Exame complementar da mamografia, capaz de auxiliar na identificação e detecção de nódulos mamários.


- Ultrassom de abdômen

Pode detectar tumores e cistos em estágios iniciais, ajudando a avaliar a saúde do fígado, vesícula, útero, ovários, rins e bexiga.


- Ultrassom Transvaginal

Indicado quando há suspeita de mioma, pólipos, endometriose ou câncer no útero e nos ovários.

O mastologista da Rede de Hospitais São Camilo de SP destaca que todos os exames acima podem ser realizados no Centro de Saúde da Mulher, na Unidade Pompeia, que conta com especialistas de várias áreas e todos os recursos necessários para o atendimento integral e acompanhamento preventivo da saúde feminina, incluindo cirurgias e demais tratamentos.


 

Hospital São Camilo 

@hospitalsaocamilosp


Aumenta consumo de fumo no Brasil

No próximo dia 31, comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Fumo


Dados do IPC Maps, especializado em potencial de consumo, apontam para um acréscimo nominal de 16% nos gastos relacionados a fumo no País em comparação ao ano passado. De acordo com o estudo, embora de 2019 para 2020 a categoria tenha apresentado queda de 5,4% (totalizando R$ 18,1 bilhões), a previsão é de que o consumo no setor ultrapasse R$ 21 bilhões em 2021, o que representa 0,45% do orçamento familiar.

Neste cálculo, são levadas em conta as despesas com cigarros, charutos, fumo para cachimbo, fumo para cigarros e outros artigos para fumantes, como fósforos, isqueiros etc.

Para Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps, “apesar da pandemia estar em curso e do brasileiro ter reduzido suas despesas em alguns itens de consumo, infelizmente as despesas com fumo continuam em alta, o que é um sintoma de que o vício e o prazer superam qualquer adversidade”.


Sobre o IPC Maps

Publicado anualmente pela IPC Marketing Editora, empresa que utiliza metodologias exclusivas para cálculos de potencial de consumo nacional, o IPC Maps destaca-se como o único estudo que apresenta em números absolutos o detalhamento do potencial de consumo por categorias de produtos para cada um dos 5.570 municípios do País, com base em dados oficiais, através de versões em softwares de geoprocessamento. Este trabalho traz múltiplos indicativos dos 22 itens da economia, por classes sociais, focados em cada cidade, sua população, áreas urbana e rural, setores de produção e serviços etc., possibilitando inúmeros comparativos entre os municípios, seu entorno, Estado, regiões e áreas metropolitanas, inclusive em relação a períodos anteriores. Além disso, o IPC Maps apresenta um detalhamento de setores específicos a partir de diferentes.


POTENCIAL DE CONSUMO DE FUMO NO BRASIL
IPC MAPS


Quando uma gravidez é considerada de alto risco

É rápido e acessível encontrar informações para gestantes e mulheres que buscam ter um bebê: nas redes sociais, nos livros, na mídia e, é claro, na internet. A lista é extensa, mas nada substitui a experiência de engravidar. Esse momento, único e especial, pode levar a uma série de dúvidas e, em tempos de pandemia, é possível observar a crescente preocupação das mulheres com uma gestação de alto risco.

Uma dúvida frequente no consultório é sobre o que de fato é uma gravidez de alto risco. Esse é um termo muito amplo, que engloba qualquer aspecto que saia do curso de uma gravidez típica, em uma mulher que não apresente nenhum problema prévio de saúde. Geralmente indica a possibilidade de que o parto seja prematuro, a gestação interrompida ou ocorram complicações para a mãe e para o bebê.

As principais causas que levam a paciente a ter esse tipo de gestação são hipertensão e diabetes. Portanto, é preciso ressaltar que existem hábitos que diminuem e hábitos que aumentam o risco de desenvolver uma gestação assim. Para evitar, recomendo à gestante fazer o que todas as pessoas deveriam: ter uma alimentação saudável, realizar atividade física regularmente, evitar tabagismo e consumo de álcool e controlar o peso - no caso das futuras mamães, esse controle deve ser executado antes da gestação. Não é recomendada a perda de peso durante a gestação, mas sim o controle de ganho.

É importante frisar que durante toda a gestação podem ocorrer complicações que tornam uma gravidez normal em gestação de alto risco. Por isso, logo no início do pré-natal, e durante toda a gestação, deve-se proceder uma "avaliação de risco" das gestantes para identificar e mapear os riscos a que estão expostas.

O primeiro passo é ter uma consulta pré-concepcional. É neste momento que é possível identificar se a paciente possui algum fator de risco, histórico familiar ou alguma tendência. Caso ela esteja com sobrepeso ou obesa, já é viável orientar a perda de peso antes da gravidez. Se ela possuir algum hábito alimentar inadequado, é possível ajustar. Para prevenir a gravidez de alto risco é necessário ter essa avaliação antes da gestação para identificar alterações e, assim, orientar a paciente a engravidar em condições melhores.

Após a concepção, são realizados exames pré-natal para identificar possíveis tendências como riscos de diabetes, de hipertensão, além de alterações relacionadas ao bebê, como colo uterino curto, alteração no desenvolvimento, modificação no fornecimento de nutriente para o bebê, entre outros. E tudo isso só é viável de avaliar ao longo da gestação. Por isso, para prevenir uma gravidez de alto risco, é preciso ter um pré-natal adequado.

Hoje, com a crescente tendência da postergação da maternidade, temos um número expressivo de mulheres deixando a gravidez para depois. Mas até quando uma gravidez adiada pode se tornar de risco? A resposta é: acima dos 35. É nessa faixa etária que certos riscos se tornam mais prováveis e, portanto, mais dignos de discussão. Diversos estudos já revelaram que as mulheres que engravidam após 35 enfrentam grandes riscos de complicações, tanto relativas ao parto, quanto ao bebê. Mas isso não significa que todas elas terão problemas na gestação.

Algumas pacientes podem ter dificuldades de concepção também por conta ovulação. Contudo, a boa gestação vai depender muito do estilo de vida e, consequentemente, saúde da paciente. Há, inclusive, casos de mães "idosas" mais saudáveis do que gestantes adolescentes, por exemplo. Antes de qualquer coisa, ressalto novamente a importância da consulta para um check-up pré-concepção. Um obstetra poderá ajudar a encontrar vitaminas pré-natais e elaborar uma dieta específica para cada caso, além de alertar sobre quaisquer fatores ambientais que devem ser evitados nos próximos nove meses.

A gestação é um momento de grandes mudanças para a mulher, tanto físicas quanto internas. A informação é essencial e nos ajuda a entender o que está acontecendo, por isso acredito muito na troca com minhas pacientes. A tranquilidade e o acompanhamento são fundamentais para que a mulher possa realizar o sonho de ser mãe de um bebê saudável. Não aceite que alguém nunca te diga o contrário. Vejo isso diariamente. Muitas batalhas são vencidas pelo amor.

 

 

Karina Belickas - ginecologista, obstetra e mastologista, formada pela Faculdade de Medicina da USP. Especializada no atendimento a mulheres jovens e em gravidez de alto risco, a médica atua no Hospital Santa Joana, no setor de gestação de alto risco intra-hospitalar, de gestantes e puérperas internadas por alguma complicação durante a gravidez, além do ambulatório de pré-natal de alto risco. Coordena também o ambulatório de ginecologia geral do Hospital Santa Virgínia e atende em consultório.

Instagram: @drakarinabelickas

https://www.drakbelickas.com.br


Jornada ao diagnóstico de MPS: "Ainda falta informação"

Apesar de não ter cura, a doença rara tem tratamento que garante mais qualidade de vida, mas que precisa de diagnóstico correto

 

Há 18 anos, a família de Breno lutava para um diagnóstico que justificasse os sintomas que o menino apresentava. As infinitas idas e vindas durante dois anos fizeram com que os pais ajudassem à filha mais nova e a tantas outras crianças que passam pela mesma jornada. As mucopolissacaridoses (MPS) têm características marcantes, mas que podem ser confundidas com outras doenças, atrasando o diagnóstico e o tratamento.

"Levamos o Breno em diversos médicos e especialistas até encontrarmos um que suspeitou da MPS. Na época, quase não se conhecia a doença, muito pouco era falado. Demoramos até conseguir fechar o diagnóstico do Breno, o que só aumentou nossa angústia", conta Fábio Marques do Instituto Breno Bloise.

As MPS são um grupo de doenças metabólicas raras, graves e de herança genética que atingem cerca de 1 a cada 22.500 nascidos vivos no mundo todo [1]. Apesar do nome difícil, a doença pode ser explicada pela má digestão de um tipo de açúcar, chamado mucopolissacarídeo, devido a incapacidade de o organismo produzir as enzimas responsáveis, o que afeta diretamente o funcionamento de todos os órgãos.

O diagnóstico correto é fundamental para possibilitar melhor qualidade de vida aos pacientes e ele só pode ser realizado por meio de percepção dos sinais. Dentre os visualmente perceptíveis estão [2]: macrocefalia (crânio maior que o normal); alterações da face; aumento do tamanho da língua (macroglossia); dificuldade visual e auditiva; má-formação dos dentes; infecções de ouvido e respiratórias de repetição; atraso no crescimento (baixa estatura e baixo peso); deformidades ósseas; excesso de pelos; apneia do sono; hérnia inguinal ou umbilical.

Além disso, o diagnóstico assertivo possibilita o cuidado integral desse paciente. Um exemplo disso, é a reação à anestesia. No caso de Breno, que precisou ser submetido à uma cirurgia de adenoide, não resistiu aos anestésicos e faleceu durante o procedimento. "A vida dele possibilitou não só que tivéssemos a certeza do que acometia à irmã, como também passamos a ajudar diversas outras famílias, por isso que o instituto leva seu nome. Hoje, a gente tem serviço que a criança é encaminhada para facilitar o diagnóstico", explica Fábio, fundador e presidente do Instituto Breno Bloise.

Já para Diana, irmã mais nova de Breno, seu diagnóstico rápido resultou em tratamento mais precoce, ainda antes dos dois anos: "Minha esposa começou a procurar médicos e achamos um geneticista em Maceió que já trabalhava com reposição enzimática. Na época, em 2007, era o único tratamento", explica.

Ainda segundo Fábio, uma criança que é atendida por um médico especialista, começa o tratamento em 6 meses, em média, mas o problema ainda se esconde na informação. "Falamos sobre MPS há 13 anos, mas ainda tem município que visitamos e a pessoa nunca ouviu falar sobre a doença. Por isso é importante ‘bater na mesma tecla’ sempre, para evitar que algum paciente passe despercebido", explica.

"É por isso que campanhas de conscientização são fundamentais. É importante que continuemos levando informação para mais pessoas para que possamos perseguir os sinais da MPS para que as pessoas busquem ajuda médica para a realização de exames específicos de rastreio", finaliza Fábio.

Um exemplo de iniciativa que ajuda a promover o conhecimento sobre a doença é a campanha "Persiga os sinais", que conta com ações para marcar não só o MPS Day, que acontece todo 15 de maio, mas para dar voz aos pacientes em parceria com médicos, sociedades médicas e associações de pacientes. A campanha "Persiga os Sinais" é uma iniciativa da BioMarin, Ultragenyx e Sanofi Genzyme, e é realizada mundialmente.

Para saber mais, acesse https://www.mpsday.la e a página da campanha no Facebook, no Instagram @mpsday e compartilhe os sinais usando a hashtag #PersigaOsSinais #MPSDAY.


Referências


[1] Meikle PJ, Hopwood JJ, Clague AE, Carey WF. Prevalence of lysosomal storage disorders. JAMA. 1999. Jan 20.;281(3);249-54. Doi: 10.1001/jama.281.3.249. PMID: 9918480.


[2] https://www.maequeama.com.br/o-que-e-mucopolissacaridose/

 

Dia Internacional lembra a importância da atenção à saúde da mulher

 Especialista destaca a realização de exames preventivos como manutenção da saúde feminina

 

As mulheres correspondem a cerca de 53% dos brasileiros, segundo dados do IBGE. Esta sexta (28), marca a passagem do Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher. Além de ser maioria da população do país, elas lutam por espaço, equidade e valorização na sociedade. Entre exames preventivos e vacinas, a data lembra a importância do cuidado da saúde feminina.

“A mulher de 100 anos atrás se preocupava com todo mundo menos com ela. Isso gerou uma situação social, cultural e sexual em que ela [a mulher] simplesmente não existia. Antigamente, existia uma crença popular de que uma mulher de 40 anos já era considerada velha, quando entrava na menopausa. Só que, com base em ciência e evidências, a gente sabe que 30% da vida de uma mulher é vivida na menopausa. Imagina, passar 30% da sua vida esperando a morte?”, questiona o ginecologista e diretor médico de ginecologia da maternidade Brasília Dasa, Evandro Oliveira.

O médico explica que existem três principais fases da mulher: a jovem, que abrange o início da menstruação e vida sexual, a mulher em idade fértil, aquelas por volta dos 35 anos, e a mulher mais madura, em fase do climatério, quando os ovários começam a envelhecer.

“Em cada uma dessas fases, as mulheres necessitam de recomendações totalmente diferentes e precisam ser acompanhadas de perto. Hoje em dia, temos muitas evoluções sociais, culturais e científicas que proporcionam mudanças significativas no ciclo de vida feminino. Empoderamento também é estar atenta ao autocuidado”, afirma.

Por meio da realização dos exames preventivos, é possível diagnosticar e tratar diversas doenças, elevando as chances de recuperação. Evandro Oliveira explica que os exames mais importantes são os relacionados ao rastreamento de patologias comuns nas mulheres, como o câncer de mama e o câncer de colo de útero. Para a realização do diagnóstico dessas doenças são realizados mamografia e o exame preventivo do colo do útero, respectivamente.

Outros tipos de exames também são necessários a depender da idade da mulher. O ginecologista afirma que, após a primeira menstruação, já devem começar as visitas ao ginecologista até que se inicie a vida sexual da adolescente. Contraceptivos e outros tipos de tratamentos são realizados nessa fase. Já para as mulheres na menopausa, exames como dosagem hormonal e mamografia são imprescindíveis.

 


Núcleo de Cuidado Integral à Saúde da Mulher (NCISM)

Maternidade Brasília, o Hospital Brasília e o Hospital Brasília Unidade Águas Claras

 

Dia Mundial sem Tabaco: condição eleva fatores de risco para o coração

Banco de imagens
 Cardiologista e pneumologista explica quais os malefícios do cigarro e dá dicas para largar o vício


O cigarro é um dos principais causadores evitáveis de doenças no mundo e prejudica os mecanismos de defesa do organismo, o que pode piorar ainda mais quadros de infecções e doenças inflamatórias. Por este motivo, o Dia Mundial Sem Tabaco – lembrado nesta segunda-feira (31) – vai além de uma conscientização para deixar de fumar, mas sim de um alerta. 

Considerado como uma doença, o tabagismo pode elevar os fatores de risco para patologias que afetam, especialmente, o coração e o pulmão. O cigarro pode aumentar em cinco vezes as chances de incidência de infarto (uma das doenças que mais mata no mundo) e, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 25% dos casos de infarto estão associados ao tabaco. 

No caso do pulmão, pode elevar em 40 vezes as chances de neoplasias (tumores) e outras doenças respiratórias. Apenas no Brasil, a cada ano, cerca de 157 mil pessoas morrem precocemente devido às doenças causadas pelo tabagismo, conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA). 

Em apenas uma tragada de cigarro, todos os vasos sanguíneos contraem e relaxam, prejudicando a circulação do sangue. As artérias endurecem, o que acelera os batimentos cardíacos, obrigando o coração a trabalhar de forma mais rápida. Além disso, durante o consumo, o sangue espessa, causando dificuldade no transporte do oxigênio. 


COVID-19

Outras ações prejudiciais do tabagismo, como falado anteriormente, é a piora no desfecho de qualquer doença inflamatória ou infecciosa, como a Covid-19. De acordo com o médico cardiologista e pneumologista do Hospital Cardiológico Costantini, Dr. Adriano Fonseca, devido ao comprometimento da capacidade pulmonar, uma pessoa fumante pode desenvolver, com mais chances, sintomas mais graves do coronavírus ou de qualquer doença infecciosa.  

No entanto, mesmo com essa informação, ocorreu um aumento de 34% no consumo de cigarro durante a pandemia que começou no início do ano passado, segundo uma pesquisa da Fiocruz. Ainda conforme esse estudo, o uso teve uma piora devido a outros problemas relacionados ao isolamento social, como ansiedade, depressão, insônia, estresse, nervoso e falta de interação social.  


MAS COMO PARAR DE FUMAR?

Dados como os mencionados anteriormente preocupam as organizações relacionadas à saúde pública. Por isso, desde 1989 foram criados programas para diminuir o uso do tabaco. Segundo o Dr. Adriano, a população mais jovem diminuiu o uso, desde o início do programa. Mas na tentativa de parar de fumar, muitas pessoas procuram alternativas. “Hoje, cerca de 15% da população mais jovem é fumante. No entanto, novos vilões apareceram: o narguilé, os vaporizadores e os cigarros eletrônicos", comenta o médico.

Dr. Adriano considera que esses itens são  facilitadores para o consumo de tabaco. “Porque o tabagismo atua principalmente no hábito, ou seja, no hábito de aprender a segurar, a fumar e a ter o cigarro. Além de facilitadores, eles possuem substâncias bastante nocivas para a área pulmonar e cardiovascular”, enfatiza. 

Mas como parar de fumar? O médico cardiologista e pneumologista do Hospital Cardiológico Costantini separou algumas dicas, usadas inclusive por ele para orientar pacientes que procuram ajuda profissional. Confira:

  • Ter vontade de parar de fumar (partir da própria pessoa, sem interferência de terceiros);
  • Eliminar gatilhos que facilitam o uso (por exemplo, algumas pessoas que tomam café e precisam fumar; ou utilizam de bebida alcoólica e precisam fumar - é necessário ter autoconhecimento e saber o que possibilita o uso);
  • Ter um dia D (marcar a data de quando parou e munir a pessoa de controle e autoconfiança para essa batalha que é abandonar o hábito de fumar);
  • Evitar pensar que a hora do cigarro é um momento prazeroso; 
  • Ter persistência (ao longo do caminho pode haver recaídas, mas a pessoa deve sempre lembrar do benefício ao final); 
  • Procurar ajuda psicológica e médica, quando necessário. 

“A pessoa tem o benefício a partir do primeiro momento em que ela para. Ela volta a ter o paladar integral, tem menos tosses, tem uma qualidade de vida e um bom controle de saúde no futuro”, conclui.


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