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segunda-feira, 17 de abril de 2017

Em dez anos, obesidade cresce 60% no Brasil e colabora para maior prevalência de hipertensão e diabetes



  • Dados inéditos divulgados pelo Ministério da Saúde alertam para prevalência alta da obesidade mesmo entre mais jovens, pessoas de 25 a 44 anos
  • Consumo de alimentos ultraprocessados e sedentarismo impactam no avanço das doenças crônicas: mais de 25% da população adulta têm diagnóstico de hipertensão
  • Estudo aponta ainda que, apesar do cenário preocupante, brasileiro reduziu quase pela metade o consumo de refrigerantes e passou a fazer mais atividade física no lazer

O brasileiro está mais obeso. Em 10 anos, a prevalência da obesidade passou de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016, atingindo quase um em cada cinco brasileiros. Os dados inéditos divulgados nesta segunda-feira (17/4) fazem parte da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) realizada pelo Ministério da Saúde em todas as capitais do país. O resultado reflete respostas de entrevistas realizadas de fevereiro a dezembro de 2016 com 53.210 pessoas maiores de 18 anos das capitais brasileiras.

Segundo a pesquisa, o crescimento da obesidade é um dos fatores que pode ter colaborado para o aumento da prevalência de diabetes e hipertensão, doenças crônicas não transmissíveis que piora a condição de vida do brasileiro e podem até matar. O diagnóstico médico de diabetes passou de 5,5% em 2006 para 8,9% em 2016 e o de hipertensão de 22,5% em 2006 para 25,7% em 2016. Em ambos os casos, o diagnóstico é mais prevalente em mulheres.

“O Ministério da Saúde tem priorizado o combate à obesidade com uma série de políticas públicas, como Guia Alimentar para População Brasileira. A alimentação saudável aliada a prática de atividade física nos ajudará a reduzir a incidência de doenças como diabetes e hipertensão na população”, declarou o ministro Ricardo Barros.

O Vigitel, realizado pelo Ministério da Saúde desde 2006, auxilia para conhecer a situação de saúde da população e é utilizado como base para planejar ações e programas que reduzam a ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis, melhorando a saúde do brasileiro.


EXCESSO DE PESO E OBESIDADE – A obesidade aumenta com o avanço da idade. Mas mesmo entre os mais jovens, de 25 a 44 anos, atinge indicador alto: 17%. Excesso de peso também cresceu entre a população. Passou de 42,6% em 2006 para 53,8% em 2016. Já é presente em mais da metade dos adultos que residem em capitais do país.

A pesquisa também mostra a mudança no hábito alimentar da população. Os dados apontam uma diminuição da ingestão de ingredientes considerados básicos e tradicionais na mesa do brasileiro. O consumo regular de feijão diminuiu 67,5% em 2012 para 61,3% em 2016. E apenas 1 entre 3 adultos consomem frutas e hortaliças em cinco dias da semana. Esse quadro mostra a transição alimentar no Brasil, que antes era a desnutrição e agora está entre os países que apresentam altas prevalências de obesidade.


MENOS REFRIGERANTE – Entre as mudanças positivas nos hábitos identificados na pesquisa está a redução do consumo regular de refrigerante ou suco artificial. Em 2007, o indicador era de 30,9% e, em 2016 foi 16,5%.

A população com mais de 18 anos está praticando mais atividade física no tempo livre. Em 2009, 30,3% da população fazia exercícios por pelo menos 150 minutos por semana, já em 2016 a prevalência foi de 37,6%. Nas faixas etárias pesquisadas, os jovens de 18 a 24 anos são os que mais praticam atividades físicas no tempo livre.

INCENTIVO A HÁBITOS SAUDÁVEIS –  O incentivo para uma alimentação saudável e balanceada e a prática de atividades físicas é prioridade do Governo Federal. Assim que assumiu o Ministério da Saúde, Ricardo Barros publicou uma Portaria proibindo venda, promoção, publicidade ou propaganda de alimentos industrializados ultraprocessados com excesso de açúcar, gordura e sódio e prontos para o consumo dentro das dependências do Ministério. A pasta também participou da assinatura da portaria de Diretrizes de Promoção da Alimentação Adequada e Saudável nos Serviço Público Federal. Sugerida pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, a diretriz orienta formas da alimentação adequada e saudável nos ambientes de trabalho do serviço público federal. Além disso, constrói uma campanha pela adoção de hábitos saudáveis chamada Saúde Brasil.

O Ministério da Saúde também adotou internacionalmente metas para frear o crescimento do excesso de peso e obesidade no país. Durante o Encontro Regional para Enfrentamento da Obesidade Infantil, realizado em março em Brasília, o país assumiu como compromisso deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019, por meio de políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional; reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta, até 2019; e ampliar em no mínimo de 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até 2019.

Outra ação para a promoção da alimentação saudável foi a publicação do Guia Alimentar para a População Brasileira. Reconhecida mundialmente pela abordagem integral da promoção à nutrição adequada, a publicação orienta a população com recomendações sobre alimentação saudável e consumo de alimentos in natura ou minimamente processados.

Em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), o Ministério também conseguiu retirar mais de 14 mil toneladas de sódio dos alimentos processados em quatro anos. O país também incentiva a prática de atividades físicas por meio do Programa Academia da Saúde com mais 4 mil polos habilitados e 2.012 com obras concluídos.


QUEDA DA MORTALIDADE – O conjunto de ações do Governo Federal, com expansão do acesso a serviços de saúde, diagnóstico precoce e tratamento, além das ações de promoção da saúde, já impacta na queda de óbitos precoce por Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde mostra uma redução anual de 2,6% da mortalidade prematura por doenças crônicas entre adultos (30 a 69 anos).

“Aumentamos a identificação das Doenças Crônicas Não Transmissíveis na população, o acesso a assistência, com consultas e busca ativa e também a assistência aos medicamentos para controle o que já demonstra redução significativa nas mortes prematuras por estas doenças. Isso mostra o bom funcionamento das políticas públicas de saúde atingindo a população como um todo”, completou o ministro Ricardo Barros.

Com isso, o Brasil já cumpre a meta para reduzir mortalidade por doenças crônicas parte do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil 2011-2022. A meta inicial era de reduzir as taxas de mortalidade prematuras em 2% ao ano até 2022. Anualmente doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas, diabetes e câncer respondem por 74% dos óbitos e são a primeira causa de mortes no país.



Gabriela Rocha
Agência Saúde



Inibindo a proliferação de vírus e bactérias através de higienização de condomínios



Corrimões, botões de elevadores e maçanetas das portas, balcões de portaria, entre outros locais, com grande circulação de pessoas, precisam de uma higiene cuidadosa e constante


O outono já chegou e as temperaturas já começam a cair e o clima fica mais seco, o que propicia a incidência de doenças, como gripes e alergias comuns nas estações frias. A transmissão de vírus normalmente acontece através de tosse ou espirros das pessoas infectadas ou ao passar as mães em superfícies que estejam contaminadas e em seguida tocar os olhos, o nariz ou a boca. 

Tanto no inverno como no outono, é muito comum as pessoas preferirem os locais fechados e evitarem a friagem, o que resulta em aglomerações e consequentemente o contágio por vírus. Para evitar, a higiene deve ser redobrada, mas não somente a pessoal é suficiente para combater os monstros invisíveis. Nos condomínios residenciais e comerciais, por exemplo, há grande circulação de pessoas em todas as áreas úteis e comuns aos frequentadores, usuários e moradores. Com isso, aumenta a probabilidade de contaminação de algumas doenças.

Outra reclamação comum nas estações outono e o inverno está relacionada às alergias respiratórias (irritação das vias aéreas). Isso também porque as pessoas ficam mais dentro dos ambientes, seja casa ou apartamento, que ficam mais tempo fechados por causa do frio, impedindo maior circulação de ar. Um dos fatores que provoca a alergia é a poeira, provocada por ácaros que gostam de locais escuros, úmidos e quentes. Os especialistas garantem que independe de época do ano, a limpeza diminui a incidência dessa doença, já que elimina a poeira e as contaminações.

Mas, como viver tranquilamente, sem medo de contrair um vírus ao tocar em corrimões, botões de elevadores e maçanetas das portas dos condomínios? E como confiar a limpeza de um local extenso e de trânsito alto de pessoas a quem não é especializado nesse tipo de trabalho?

Para locais de grande circulação, como nos condomínios, é recomendável a contratação de serviços profissionais, em que as pessoas encarregadas da limpeza tenham conhecimento sobre a melhor forma de higienização e qual frequência ideal para o serviço. Para isso, o mais indicado é a contratação de empresas especializadas, que trabalham com terceirização do serviço e oferecem serviços de limpeza para pequenos, médios e grandes condomínios tanto residenciais como comerciais. Empresas confiáveis possuem funcionários treinados especificamente para este tipo de trabalho, como os auxiliares de limpeza e auxiliares de serviços gerais. Esses profissionais recebem um treinamento com instruções teóricas e práticas sobre atendimento a clientes, postura profissional, cronograma das atividades diárias e programadas, tipos de produtos e suas finalidades e, principalmente, conhecem técnicas de higienizar ambientes. E para garantir o bom resultado, esses profissionais possuem encarregados que fiscalizam se o trabalho está sendo desenvolvendo de acordo com as instruções.

De qualquer forma, cuidar da limpeza é crucial em todos os lugares. Ter um ambiente sempre limpo e bem cuidado mantém uma boa aparência, como também afasta insetos e também evita o perigoso aerys aegypti - que transmite além da dengue, a frebre chikungunya e o vírus zica – e não tem época restrita para se proliferar já que nosso país é tropical. Entre as recomendações está recolher o lixo fora no mínimo uma vez por dia, lavar cestos e latas de lixo sempre que possível e eliminar locais propícios ao acumulo de água parada. Medidas como essas afastam o mau cheiro e evitam que ratos e insetos se proliferem nas áreas condominiais. É recomendada ainda a limpeza de áreas de lazer, como salões de festas, parquinhos e playgrounds.

O síndico e os responsáveis pela manutenção do condomínio devem ficar atentos às áreas mais necessitadas de limpeza, porém também é dever de todos os condôminos contribuir com a organização e a higiene, tanto de seus apartamentos quanto das áreas sociais para que o local esteja limpo e bem apresentável.






Amilton Saraiva - especialista em condomínios da GS Terceirização www.gsterceirizacao.com.br





Iniciativa inédita disponibiliza testes genéticos para doenças hereditárias da retina



Objetivo é ajudar no diagnóstico preciso e, por consequência, auxiliar no planejamento familiar e profissional dos pacientes


O Brasil é o segundo país a receber o Programa de Genotipagem para Doenças Hereditárias da Retina, promovido pela Spark Therapeutics, empresa global de terapia genética. A iniciativa, lançada nos Estados Unidos no ano passado, tem como objetivo proporcionar acesso a médicos e seus pacientes elegíveis ao teste genético para genes relacionados a certas formas de doenças hereditárias da retina (IRD), um grupo de doenças nos olhos que afeta mais de 2 milhões de pessoas em todo o mundo.

Maria Julia Araújo, 60 anos, teria deixado para trás o fantasma da cegueira se, aos 14 anos, soubesse que iria ter problemas reais de visão somente depois dos 50. Julia é paciente de retinose pigmentar, uma doença hereditária da retina (IRD), e passou praticamente a vida toda se preocupando com uma possível perda repentina da visão. Hoje, presidente da associação Retina Brasil, auxilia outros pacientes a buscar o diagnóstico preciso de sua doença e aposta no Programa de Genotipagem para Doenças Hereditárias da Retina como um avanço bem-vindo. “Hoje, os testes genéticos não são acessíveis por causa do alto custo dos serviços particulares”, afirma Júlia. “Essa iniciativa pode proporcionar aos pacientes informações que os auxiliarão a planejar a vida de acordo com a evolução de sua doença, como escolher uma profissão mais adequada a uma pessoa de baixa visão ou antecipar o aprendizado de braile.”

Estima-se que quase 7 milhões de pessoas no Brasil tenham alguma forma de deficiência visual, incluindo mais de 500 mil com cegueira total. As doenças hereditárias da retina são um grupo heterogêneo de doenças raras causadas por mutações genéticas e podem resultar em perda progressiva da visão ou cegueira total. Apesar de raras, as IRDs mais comuns incluem coroideremia, amaurose congênita de Leber e retinose pigmentar. O início, progressão e gravidade dos IRDs são muito variáveis e difíceis de predizer. O exame genético pode dar uma ideia de como a doença vai se desenvolver. “Ser capaz de usar um diagnóstico para identificar a variante genética subjacente à deficiência visual pode fornecer informações valiosas tanto para o médico quanto para o paciente sobre a natureza de sua doença”, diz Juliana Sallum, médica, PhD e professora associada em oftalmologia e genética na Unifesp, em São Paulo.

Passo a passo – O Programa de Genotipagem para Doenças Hereditárias da Retina tem o apoio de um conselho consultivo de médicos brasileiros em quatro centros de referência – Inret Clínica e Centro de Pesquisa, em Belo Horizonte; Clínica Vista Oftalmologia, em Porto Alegre; Instituto de Olhos Carioca, no Rio de Janeiro, e Instituto de Genética Ocular, em São Paulo. Esses especialistas darão assistência aos médicos sobre a iniciativa para os pacientes elegíveis com IRDs. 

O processo é simples: o paciente consulta seu oftalmologista. Caso tenha sintomas ou o diagnóstico de coroideremia, amaurose congênita de Leber ou retinose pigmentar, seu médico pode entrar em contato com um dos centros de referência e confirmar sua elegibilidade ao programa, de acordo com os termos e condições da iniciativa. O médico receberá um kit de coleta e enviará a amostra de seus pacientes para um laboratório brasileiro independente, que fornecerá – entre 4 e 6 semanas – os resultados dos exames sem nenhum custo. 

“Estamos orgulhosos de lançar essa importante iniciativa para as pessoas com IRDs no Brasil, para apoiar a comunidade médica na adoção de diagnósticos precisos, com embasamento genético”, ressalta Jeffrey D. Marrazzo, CEO da Spark Therapeutics. O Programa de Genotipagem para Doenças Hereditárias da Retina também deve ser lançado na Argentina e na Europa nos próximos meses.





Centros de referência:
Belo Horizonte: Inret Clínica e Centro de Pesquisa - inret.com.br
Rio de Janeiro: Instituto de Olhos Carioca - ioca.med.br 
São Paulo: Instituto de Genética Ocular - institutodegeneticaocular.com.br 
Porto Alegre: Vista Oftalmologia - vistaoftalmologia.com.br





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