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terça-feira, 4 de abril de 2017

Páscoa sem culpa: chocolate pode ser aliado da dieta e, até mesmo, favorecer a boa forma



Conheça os principais benefícios que o consumo regular do doce pode trazer para a sua saúde


É difícil encontrar alguém que resista a tentação de apreciar o sabor e aroma marcantes de um belo chocolate, especialmente nesse período de Páscoa em que as prateleiras dos supermercados transbordam dos mais variados tipos. O doce, que já foi uma iguaria consumida apenas pelos nobres e usado como moeda de troca por civilizações antigas, é extremamente versátil e facilmente encontrado em vários formatos, textura, cor e sabor, sendo amplamente consumido em todo o mundo, o que o torna um forte componente da indústria alimentícia e explica seu papel fundamental na economia de vários países.

Mas o alimento é tão querido quanto polêmico, pois atualmente há vários questionamentos acerca de seus efeitos no organismo, especialmente para aqueles que prezam pela boa forma física, assim, muitos acabam restringindo ou excluindo totalmente o doce do cardápio, mesmo que isso exija muita força de vontade e determinação. A boa notícia é que alguns estudos recentes comprovam que o alimento, se consumido de forma correta e moderada, não só é inofensivo à saúde, como também pode trazer muitos benefícios. Por isso, chega de tortura, conheça as vantagens do chocolate e saiba como incluí-lo na dieta.

Histórico e origem

Derivado da amêndoa fermentada e torrada do cacau, o alimento já foi considerado sagrado e passou por diversas transformações nos últimos 3.500 anos até chegar a forma como o conhecemos hoje. Os primeiros relatos referentes ao consumo regular de chocolate se dão por volta de 1.500 a.C. pela civilização Olmeca, habitantes dos países conhecidos atualmente como México e Guatemala. Posteriormente, Maias e Astecas, povos da mesma região, desenvolveram uma bebida amarga através do chocolate, batizada de água de cacau e consumida pelos guerreiros para ter energia. Mas foi através de navios espanhóis que o alimento chegou à Europa e ao mundo, onde foi adicionado de açúcar, mel e outras especiarias até chegar ao modo comercializado hoje. O Brasil figura entre os maiores produtores de cacau do mundo, pois o clima tropical favorece as plantações do cacaueiro, cultivado em algumas regiões do país, especialmente na Bahia e no Pará.

Principais benefícios da guloseima

Seja em forma de bombom, barra, bebida, branco, amargo ou ao leite, entre tantas outras opções, o fato é que o chocolate sempre atrai e conquista cada vez mais admiradores desde a sua descoberta. O mundo inteiro se rende ao sabor incomparável do produto, que já inspirou canções, quadros e foi até tema de filmes. Entretanto, seu consumo foi associado, injustamente, ao ganho de peso e aumento do colesterol ruim, porém, a nutricionista Sinara Menezes explica que é a forma moderna de fabricação, com alto teor de gordura e açúcar, que prejudicam o potencial nutritivo do alimento.

De acordo com a profissional da Nature Center, o responsável pelas vantagens do chocolate é o cacau. O fruto é rico em nutrientes que possuem comprovação científica sobre seus benefícios, como os polifenóis, que auxiliam na redução da pressão arterial e atuam para melhorar a saúde do coração e os flavonoides, que são potentes antioxidantes com ação extremamente hidratante que protegem o organismo do excesso dos radicais livres – moléculas reativas que danificam vários tecidos do corpo. “Para aproveitar os benefícios do cacau, o chocolate deve apresentar uma boa concentração do fruto, além disso, para que seus nutrientes não percam o efeito é preciso prestar atenção aos outros componentes da fórmula” Explica Menezes.

Chocolate e boa forma

Estudos apontam que os polifenóis do cacau ajudam na luta contra a diabetes, combatendo a síndrome de resistência à insulina, isso contribui para o aumento da sensibilidade ao hormônio, que é responsável pelo metabolismo dos carboidratos, ou seja, ele transporta a glicose, ingerida através dos alimentos, para as células do organismo para que seja transformada em energia, regulando os níveis de açúcar no sangue, dessa forma o organismo trabalha corretamente e não acumula excesso de gorduras. Além disso, as pesquisas indicam também que o consumo de chocolate antes e depois das atividades físicas pode aliviar o desgaste muscular e as dores, conferindo mais energia e contribuindo no processo de regeneração muscular.

A nutricionista lembra que, no entanto, é preciso moderação para não causar efeito contrário. Além de escolher um produto de boa qualidade, o consumo não deve ser feito de forma indiscriminada, o recomendável, para um cardápio saudável, é uma quantidade diária de cerca de 30 gramas da guloseima.

Qual a melhor opção para se beneficiar

O chocolate ao leite é o tipo mais consumido em todo o mundo, seu sabor é doce e altamente agradável. A lei determina que para ser comercializado como chocolate o alimento contenha no mínimo 25% de cacau em sua composição, porém, os 75% restantes são compostos geralmente por leite integral, açúcar, aditivos, gordura hidrogenada e outras substancias que não fazem nada bem à saúde. “E engana-se quem pensa que o chocolate diet é uma boa opção, indicados para quem tem diabetes por não possuírem açúcar, eles ainda contêm a parte química do adoçante e, muitas vezes, apresentam um percentual de gordura mais elevado”, acrescenta a nutricionista, segundo ela o ideal é optar por versões com maior concentração de cacau, pois, quanto maior for a quantidade do fruto maior será o potencial nutritivo do alimento.

Os melhores tipos de chocolate

50%: Esse é o tipo mais indicado para aqueles que querem começar a degustar um chocolate com mais qualidade. Nesse percentual já é possível sentir um gosto diferenciado e uma acidez mais intensa;

60%: Esse percentual tem uma intensidade mais elevada e é o que apresenta maior índice de retrogosto – aquela lembrança que fica na boca após a ingestão do alimento, como se o sabor ainda estivesse presente. Sua composição apresenta um traço amargo mais acentuado;

75%: Esta faixa de concentração de cacau é a mais consumida por quem busca um equilíbrio entre o prazer do sabor e a qualidade do produto. Seu gosto é menos amargo que o classificado em 60%, mas ainda é intenso e marcante.

85%: Não contém adição de açúcar. Seu sabor intenso e amargo traz lembranças do café preto e sua textura derrete bem lentamente na boca.

99%: Esse chocolate é quase composto inteiramente por cacau e apresenta um sabor amargo com um forte traço salgado, é um dos mais difíceis de ser encontrado no mercado, porém é o que apresenta maior concentração de flavonoides.

Desenvolva seu paladar aos poucos

Não é preciso comer um ovo de páscoa ou uma caixa de bombom inteira para contar com os benefícios do chocolate, assim como também não é preciso limitar o consumo apenas as versões com 99% de cacau. A nutricionista aconselha que, aqueles que querem obter mais saúde e, ao mesmo tempo, degustar um chocolate refinado, com sabor agradável, pode optar pela versão 75% cacau, que tem um gosto mais palatável e um alto valor nutritivo. Mas para quem está habituado apenas as versões mais doces do produto, a porcentagem de 50% já traz benefícios, e pode ser acrescentada em receitas e sobremesas.

A especialista afirma que o ideal é que o chocolate seja saboreado lentamente, para que a pessoa consiga sentir a textura e o sabor marcante do cacau derretendo na boca, além disso, deve ser consumido em pequenas quantidades. “O chocolate é um alimento para ser apreciado, quanto mais rápido a pessoa devorar o doce maior será a quantidade ingerida e as chances de compulsão ao comê-lo, pois não há tempo para desfrutar do sabor agradável e a sensação de prazer que ele traz” – explica Menezes.

Derrubando os maiores mitos

As dúvidas em torno do chocolate são muitas e, por falta de informação, alguns mitos se propagam como verdade, dificultando ainda mais que as pessoas conheçam seus benefícios. Confira algumas das dúvidas mais frequentes:

Todo chocolate engorda?

Mito. Para o consumo saudável basta ficar atento à quantidade e à qualidade do alimento. Se o consumo for moderado e o doce apresentar maior concentração de cacau ele pode até auxiliar no processo de perda de peso. “O cacau é rico em ácidos fenólicos, substâncias que agem na produção da leptina, o hormônio da saciedade, e, de acordo com alguns estudos recentes a ingestão regular pode auxiliar no processo de emagrecimento e ainda inibir a estocagem de gordura pelo organismo” – explica Menezes.

Chocolate pode causar acnes?

Mito. Não há evidências científicas que comprovem a relação do chocolate com qualquer tipo de malefícios à pele, exceto em casos específicos onde o paciente já possui intolerância à lactose ou glúten. Menezes acrescenta que: “Fora essas situações isoladas, o aparecimento de acnes geralmente provém de uma dieta desequilibrada e rica em carboidratos de alto índice glicêmico”.

Qualquer chocolate é saudável?

Mito. A especialista afirma a melhor opção é o tipo amargo, com concentração acima de 50% de cacau. As versões mais comuns, como o chocolate ao leite, possuem um alto teor de gordura e açúcar, por isso só devem ser consumidas ocasionalmente.

Chocolate branco faz bem para a saúde?

Mito. De acordo com a nutricionista o chocolate branco é composto por uma mistura de manteiga de cacau e outros ingredientes, como baunilha, leite e açúcar, ou seja, ele não contém massa de cacau e, consequentemente, não possui as propriedades nutricionais provenientes do fruto, além disso ele é um doce mais calórico e rico em gordura saturada.






Fonte: Nature Center






Cuidados fundamentais para as gestantes e novatas mamães curtirem o feriado de Páscoa



Idealizadora dos programas online “Gravidez em Forma” e Pós-Parto em Forma”, Gizele Monteiro apresenta algumas sugestões para a futura mamãe durante a Páscoa e viagens no período.



“Além da própria mudança metabólica normal corporal em seu estado, durante a gravidez ou pós-parto as gravidas podem ganhar peso muito facilmente nesta época doce do ano que vem recheada de chocolates e comilança. A gestantes ficar mais cansada e inchada com esse ganho de peso e a mamãe pode ficar mais longe da sua meta de volta do seu corpo”, reforça a personal gestante.


1- Aproveite o tempo livre para realizar uma caminhada leve, de 20 minutos no máximo, sem exageros, isto é, intensidade moderada.


2 – Se está sedentária, procure fracionar o tempo da caminhada, realizando pouco tempo várias vezes ao dia, 10 a 15 minutos – duas a três vezes ao dia;


3 – Já as que praticam atividade com freqüência podem aumentar esse tempo para 20 a 30 minutos, podendo realizar entre uma e duas vezes ao dia;


4- Se ficar cansada, no outro dia descanse, nem a gravidez e nem o pós-parto são o momento de querer condicionamento físico e a proposta da atividade é apenas para que não fique totalmente parada, comendo e aumente o seu peso.


5- Use o protetor solar, independente do horário do dia, afinal queremos evitar qualquer mancha na pele. Boné ou chapéu também são adereços interessantes para essa proteção. Use e abuse;


6- Use roupas e calçados confortáveis e adequados;


7- Se estiver na praia e for caminhar na Orla, não esquecer de usar um tênis adequado e com amortecimento.


8- Caminhadas na areia são ótimas. Você pode usar a água como resistência, isto se a praia for plana;


9- Praia de tombo (com inclinação) não é a mais indicada para realizar a caminhada para gestantes e mamães, pois a postura não fica adequada, podendo predispor a dor lombar, então opte pela Orla;

Pode comer chocolate? As dicas especiais de Páscoa -Gizele Monteiro:


Para a gravidinha - converse com seu médico, pois se você está com excesso de peso ou com diabetes gestacional deve ficar longe dos chocolates. Se estiver tudo ok com seu peso e sua saúde, os especialistas dizem que sim, pode comer chocolate! A quantidade de cafeína presente no chocolate é pequena e o consumo moderado de alimentos que contenham cafeína não é prejudicial à gestante ou ao bebê.

E para a mamãe?

A primeira coisa para a mamãe que está amamentando é seguir a orientação do seu médico. Existem médicos que excluem totalmente o chocolate na dieta da mamãe, dessa forma, seu bebê pode se sensibilizar e ficar com cólica. Segundo alguns especialistas, o excesso de chocolate consumido pode predispor a cólica no bebê, então o adequado é evitar o excesso.


“Mas gravidinha ou mamãe, lembre-se que além da cafeína, o chocolate é um alimento bem calórico, tem muita gordura e açúcar. Uma boa opção de troca é o chocolate com maior a concentração de cacau, melhorando dessa forma, sua propriedade nutricional. O cacau é muito rico em antioxidantes (que fazem bem a saúde) e menos gordura, açúcar e leite na sua composição. Fuja do chocolate branco, pois é o mais gorduroso. Boa Páscoa”, completa a especialista.

 


Gizele Monteiro-  Personal e Coach de Gestantes e Mamães;
- Há 20 anos atua e estuda sobre o controle de peso na gravidez e a volta do corpo após, sendo pioneira e referência sobre Exercícios para Gestantes no Brasil e Europa;
- Criou o primeiro programa online para a mulher recuperar sua barriga e melhorar a diástase
- Idealizou os primeiros programas online para gestantes e mamães no mercado brasileiro - Programa "Gravidez e Pós-parto -Mães em Forma", que já ajudaram centenas de gestantes a não engordarem e mamães a voltarem ao seu corpo de antes.
- É autora de vários E-books gratuitos "Gravidez em Forma", "Como ter a barriga reta depois da gravidez" "10 Dicas para Emagrecer depois da Gravidez" 

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Tremor pode não ser o sinal primário do Parkinson



 Outros sintomas, como a lentidão de movimentos e rigidez muscular, podem denunciar um possível quadro


Uma das doenças degenerativas mais conhecidas, principalmente dentre as que atingem os idosos com certa frequência, o Parkinson afeta cerca de 200 mil brasileiros e causa o clássico sintoma de tremor involuntário.

Entretanto, esse sinal, antes tido como um dos principais do Parkinson, pode muitas vezes não ser o primeiro a aparecer e denunciar o desenvolvimento da doença. “Lentidão para realizar movimentos simples e dificuldades para andar, causados pela rigidez muscular, bem como postura encurvada e perda de equilíbrio são outros sintomas que uma pessoa com a doença pode apresentar”, alerta o coordenador do Centro de Parkinson do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Rubens Gisbert Cury.

Todos esses sintomas se desenvolvem por conta da progressiva degeneração e destruição de células nervosas que produzem a dopamina, substância química responsável pelo controle dos movimentos musculares de todo o corpo. “Sem a dopamina, o cérebro não manda corretamente para o resto do corpo a mensagem para realizar um movimento simples, por exemplo”, explica o especialista.

Essa destruição de neurônios e consequente diminuição do nível de dopamina é lenta e progressiva, ditando o ritmo de avanço da doença. Em casos em que o quadro já está avançado, aparecem também a dificuldade de engolir e falar, de realizar movimentos automáticos e até alterações cognitivas e demência.

O Parkinson não tem cura, mas pode ser tratado, tendo seus sintomas controlados. O tratamento consiste em medicamentos que ajudam nos problemas motores da doença, e pode ser aconselhada a inclusão de atividades aeróbicas de acordo com as condições e necessidades de cada paciente. Em casos selecionados, o procedimento de estimulação cerebral profunda pode ser benéfico e melhor a qualidade de vida do paciente. Por enquanto, não se sabe quais são as causas exatas da destruição das células produtoras da dopamina, nem se tem como prevenir o surgimento da doença.


 

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