Outros sintomas, como a lentidão de movimentos e rigidez
muscular, podem denunciar um possível quadro
Uma das doenças degenerativas mais conhecidas, principalmente
dentre as que atingem os idosos com certa frequência, o Parkinson afeta cerca
de 200 mil brasileiros e causa o clássico sintoma de tremor involuntário.
Entretanto, esse sinal, antes tido como um dos principais do
Parkinson, pode muitas vezes não ser o primeiro a aparecer e denunciar o
desenvolvimento da doença. “Lentidão para realizar movimentos simples e
dificuldades para andar, causados pela rigidez muscular, bem como postura
encurvada e perda de equilíbrio são outros sintomas que uma pessoa com a doença
pode apresentar”, alerta o coordenador do Centro de Parkinson do Hospital
Samaritano de São Paulo, Dr. Rubens Gisbert Cury.
Todos esses sintomas se desenvolvem por conta da progressiva
degeneração e destruição de células nervosas que produzem a dopamina,
substância química responsável pelo controle dos movimentos musculares de todo
o corpo. “Sem a dopamina, o cérebro não manda corretamente para o resto do
corpo a mensagem para realizar um movimento simples, por exemplo”, explica o
especialista.
Essa destruição de neurônios e consequente diminuição do nível de
dopamina é lenta e progressiva, ditando o ritmo de avanço da doença. Em casos
em que o quadro já está avançado, aparecem também a dificuldade de engolir e
falar, de realizar movimentos automáticos e até alterações cognitivas e
demência.
O Parkinson não tem cura, mas pode ser
tratado, tendo seus sintomas controlados. O tratamento consiste em medicamentos
que ajudam nos problemas motores da doença, e pode ser aconselhada a inclusão
de atividades aeróbicas de acordo com as condições e necessidades de cada
paciente. Em casos selecionados, o procedimento de estimulação cerebral
profunda pode ser benéfico e melhor a qualidade de vida do paciente. Por
enquanto, não se sabe quais são as causas exatas da destruição das células
produtoras da dopamina, nem se tem como prevenir o surgimento da doença.
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