Exame
para detectar o problema pode prevenir ou diagnosticar alterações da
tireoide em sua fase inicial
As doenças da
glândula tireoide têm sintomas comuns e ocorrem em pessoas de ambos
os sexos e de todas as idades. E mantê-la saudável significa equilíbrio na
produção de hormônios essenciais para o metabolismo e a manutenção das
funções do organismo. Por isso, no Dia Mundial da Tireoide (25/5), a
endocrinologista dra. Rosita Fontes, integrante do corpo clínico do Sérgio
Franco, faz o alerta para a importância da avaliação periódica da tireoide.
De acordo com a especialista, a
investigação periódica da tireoide para identificar as principais disfunções,
como o hipotireoidismo (diminuição da produção de hormônios da
tireoide) e o hipertireoidismo (aumento da produção de hormônios da
tireoide), pode ser realizada por meio de um exame de sangue chamado
dosagem de TSH, conforme indicação médica. As sociedades
especializadas recomendam que esse exame seja feito rotineiramente após
os 35 anos para diagnóstico e em todos os indivíduos que tiverem
fatores de risco para doenças tireoidianas, como o bócio (aumento da glândula),
e história da doença na família.
O hipertireoidismo e
o hipotireoidismo podem ter diversas causas, sendo as mais frequentes
as de natureza autoimune, quando o organismo começa a produzir anticorpos
contra si mesmo. Sem diagnóstico adequado, podem evoluir e levar
a alterações em todo o funcionamento do corpo. Daí a importância de
serem diagnosticados precocemente.
A tireoide pode apresentar também
um ou mais nódulos, e a simplicidade do diagnóstico começa com um toque.
Uma forma de a pessoa verificar se tem nódulos na tireoide é
por meio do autoexame. “Em frente a um espelho de mão, tome goles de
água com a cabeça inclinada para trás. Abaixo da região referente ao pomo de
adão, pode-se visualizar a tireoide subir ao engolir e descer no
relaxamento. Caso se verifique algum ressalto ou nódulo, o
endocrinologista deve ser procurado”, orienta a médica.
A maioria dos nódulos da tireoide é
benigna. Se o médico suspeita de malignidade, poderá, a critério
clínico, solicitar exames específicos para confirmação. Algumas
alterações verificadas na ultrassonografia e na punção por agulha fina da
tireoide (PAAF) podem indicar ao médico as condutas posteriores a
serem seguidas.
A especialista
alerta para algumas situações em que a investigação é mais importante:
· nos recém-nascidos, com o teste de
triagem neonatal – o famoso teste do pezinho –, pode-se detectar o
hipotireoidismo congênito, que ocorre em 1 de cada 3 mil a 4 mil nascimentos;
· em pessoas acima de 35 anos,
principalmente mulheres, quando as doenças tireoidianas são mais frequentes;
· quando há suspeita de alteração da
função tireoidiana, conforme avaliação do médico assistente.
Rosita ressalta que o diagnóstico
precoce e o tratamento adequado das doenças da tireoide são
fundamentais, e que seu médico deve sempre ser consultado em caso de
dúvida. Ela finaliza com algumas recomendações:
- jamais se devem usar fórmulas ou
qualquer medicamento que contenha hormônio tireoidiano sem uma consulta ao
endocrinologista, que avaliará se há necessidade;
- na avaliação, se houver
disfunção da tireoide, os resultados considerados anormais do TSH variam
conforme a idade, sendo diferentes se é um recém-nascido, jovem ou idoso.
Se esse exame apontar uma disfunção, outros testes serão solicitados pelo
endocrinologista para a verificação de cada caso.