contenção, dispersão
A GALERIA
BAGINSKI em parceria com a GALERIA MURILO CASTRO inaugura uma exposição do
artista ARTHUR LUIS PIZA, figura tão significativa do contexto artístico
Brasileiro como Lygia Clark ou Sérgio Camargo, onze anos após a sua última
mostra em Portugal. Tendo iniciado a prática artística na Gravura,
desenvolvendo procedimentos e vocabulários próprios, Piza percorre um caminho
onde a necessidade de utilizar a terceira dimensão depressa se torna evidente.
Intitulada “contenção,
dispersão”, a exposição apresenta uma reflexão do percurso de Piza
interpretando esta dupla condição contraditória como resultado do encontro de
dois contextos artísticos, o Brasileiro e o Europeu. A partir de 1957,
manifesta-se no seu trabalho o conflito entre os impulsos da expressão livre do
Informalismo e a organização estruturada de um método Construtivista,
originando uma nova relação com o suporte da gravura. Na exploração desta
condição a dimensão estética do trabalho de Piza tem ganho formas distintas
que, mantendo uma relação conceptual e metodológica com os processos da
gravura, questionam a relação com o espaço, suportes, materiais e aproximação
às obras.
Em “contenção,
dispersão”, apresenta-se um conjunto de obras onde a espontaneidade da matriz é
resultado de um ato de construção que, não deixando de ter uma origem ponderada
e refletida, revela uma natureza casual. As obras implicam, assim, uma
instabilidade que se encontra subordinada, tanto à sua vontade no momento de
instalação, como à do espectador na sua descoberta, colocando-se o artista num
plano reservado semelhante à omnipresença invisível.
ARTHUR LUIZ PIZA (São Paulo, SP, 1928) vive e trabalha em Paris, França. O seu
percurso artístico inicia-se em 1940, estudou pintura e afresco com Antonio
Gomide, tendo iniciado os estudos de gravura com Johnny Friedlaender, em Paris,
a partir de 1953. Participou em inúmeras exposições individuais e coletivas, no
Brasil Japão, Equador, França, Alemanha, Suíça, Suécia, Iugoslávia, Itália,
Espanha, Dinamarca e Estados Unidos. Participou ainda nas Bienais de São Paulo
(1951 a 1963), de Paris (1961 e 1963) e de Veneza (1966); bem como na Documenta
de Kassel (1959). O seu trabalho encontra-se representado em diversas
colecções públicas, entre as quais: Pinacoteca do Estado de São Paulo; Museu de
Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP); Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
(MAM-RJ); Bibliothèque Nationale de France; Centre Georges Pompidou; Musée
d?art Modèrne de Paris; Museum of Modern Art (MoMA); Guggenheim de Nova Iorque;
The Art Institute em Chicago; Lódz Art Museum; Victoria and Albert Museum,
Londres; Tate Modern, Londres; Galleria Nazionale d?Arte Moderna de Roma,
Albertina Museum em Viena; Muzej Svremene Umetnosti, Belgrado.
GALERIA
BAGINSKI
Rua Capita?o Leita?o, 51?53 1950?050 Lisboa
+351 21 3970719
O Espírito do Budô – A história das
artes marciais no Japão
Exposição traz peças como arcos,
flechas, armaduras e elmos para contar a história e a evolução das técnicas de
combates até as artes marciais dos dias atuais
A Fundação Japão promove até 21 de junho, a exposição O
Espírito do Budô – A história das artes marciais no Japão, na Cinemateca
Brasileira.
Inédita em São Paulo, a mostra percorre o mundo desde 2007
revelando o espírito das artes marciais japonesas e sua inserção no cotidiano
do povo japonês e também ao redor do mundo. No Brasil, esteve pela primeira vez
em 2008, quando foi apresentada apenas no Rio de Janeiro. Desta vez, chegando
da Estônia, a exposição passará por São Paulo, Curitiba e Recife, seguindo
então para o Paraguai.
A exposição está dividida em duas partes: a primeira é
composta de armas históricas, como arcos e flechas, armaduras e elmos,
destacando o desenvolvimento e as mudanças nas artes marciais do Japão do
século VIII ao XIX.
A segunda parte enfatiza a reorganização do bujutsu para
budô, ou seja, as transformações das artes marciais japonesas nos séculos XIX e
XX, que transformaram técnicas de combates utilizadas em guerras, passando pelo
conceito de defesa pessoal, até chegar à filosofia atual, de promover a
atividade física com o intuito de desenvolver o corpo e a mente.
Também compõem a mostra algumas das principais modalidades do
budô, suas vestimentas e equipamentos, como espadas de bambu, protetores, arcos
e flechas, etc, utilizados por praticantes e estudantes nos dias atuais.
A entrada é gratuita, de segunda a quarta-feira, das 9h às
18h, e de quinta a domingo, das 9h às 20h.
As artes marciais no cinema
No mesmo período, a Cinemateca Brasileira promoverá uma mostra
de cinema japonês com foco em artes marciais.
A programação incluirá títulos dos consagrados diretores
Kenji Mizoguchi, Yoji Yamada, Masayuki Suo e Takashi Koizumi. Farão parte da
mostra nove cópias em película, que serão exibidas gratuitamente por duas
semanas.
Fazem parte da mostra os filmes O intendente Sansho
(1954, Kenji Mizoguchi), A nova saga do clã Taira (1955, Kenji
Mizoguchi), Contos da lua vaga depois da chuva (1953, Kenji Mizoguchi), O
portal do inferno (1953, Teinosuke Kinugasa), Crepúsculo Seibei
(2002, Yoji Yamada), A espada oculta (2004, Yoji Yamada), Honra de
samurai (2006, Yoji Yamada), Sumô, suor e peleja (1992, Masayuki
Suo) e Depois da chuva (2000, Takashi Koizumi). A programação completa
pode ser acompanhada no site da Cinemateca Brasileira: http://www.cinemateca.gov.br/
O Espírito do Budô
O Espírito do Budô – A história das artes marciais no Japão foi planejada e
produzida a partir do interesse pela cultura das artes marciais do Japão ao
redor do mundo.
As peças apresentadas nesta mostra oferecem uma nova visão
não somente da história das artes marciais no Japão, mas também sobre o senso
estético, criatividade, história social e o modo como pensa o povo japonês.
Será possível conhecer algumas das armas desenvolvidas para
as guerras montadas, como arcos, espadas e armaduras, e a transformação que
estas peças sofreram ao longo do tempo, o desenvolvimento de novas armas e
técnicas de combate.
Ao final, será possível entender que aquilo que um dia havia
sido desenvolvido para “tirar a vida” (bujutsu), hoje está transformado
em budô, para “promover a vida”. O budô é, hoje, difundido
mundialmente, com competições internacionais e até mesmo inserção nos Jogos
Olímpicos, com o judô.
Fundação Japão
A Fundação Japão desenvolve atividades de intercâmbio
cultural internacional em parceria com mais de 130 países no mundo, com enfoque
em três grandes áreas: Intercâmbio Artístico e Cultural, Ensino da Língua
Japonesa no Exterior e Estudos Japoneses e Intercâmbio Intelectual.
Fundada em 1972, a Fundação Japão tem o objetivo de promover
o intercâmbio cultural internacional. Com sede em Tóquio, conta com um escritório
em Quioto e dois institutos de língua japonesa (Urawa e Kansai). Mantém 22
escritórios fora do Japão, em 21 países pelo mundo.
No Brasil, a Fundação Japão em São
Paulo foi inaugurada em 1975. Desde então, atua como uma porta de comunicação
entre a Fundação Japão e o Brasil, desenvolvendo diversas atividades para
promover o intercâmbio cultural, como as exposições itinerantes que circulam
pelo mundo promovendo a compreensão da arte e da cultura japonesa.
Cinemateca Brasileira
Largo Senador Raul Cardoso 207, Vila Clementino, São Paulo –
SP
de segunda a quarta-feira, das 9h às 18h, e de quinta a
domingo, das 9h às 20h
Visitação: até 21 de
junho de 2016
Entrada gratuita
Realização
Fundação Japão
Cinemateca Brasileira
Apoio
Consulado Geral do Japão em São Paulo
Exposição mostra ao público
obras de jovens artistas portugueses em São Paulo
Projeto ficará em exibição durante um mês, a partir de 2 de junho, e faz
parte do calendário do Experimenta Portugal 2016
Entre os dias 02 e 30 de junho, o
Consulado Geral de Portugal verá o seu principal espaço de exposições ocupado
por obras, intervenções e performances de jovens artistas portugueses e
brasileiros. A atração faz parte da segunda edição do Experimenta Portugal, que
celebra o mês português na capital paulista com uma oferta variada de eventos e
espetáculos.
O projeto pretende criar uma oportunidade para
experimentação em que os artistas Filipe Barrocas, Gabriel Brito Nunes,
Inês Moura, Nuno Cassola Marques, Rita Natálio, Joana Levi, Ana Gandum e Flávia
Vieira possam dialogar e responder ao espaço expositivo e ao contexto para
o qual estão produzindo suas obras, na grande maioria, inéditas. Com
mapas, vídeos, instalações, ações e desenhos, eles discutirão questões em torno
do tema do encantamento existente entre Portugal e o Brasil, gerando uma
reflexão sobre a identidade do estrangeiro e os conceitos de fronteira.
“Acredito
que o estudo das ressonâncias entre a arte portuguesa e brasileira é muito
interessante. Temos artistas muito forte em ambos os países. É importante
pensarmos nas eventuais traduções da memória colonial que partilhamos nos
interesses e práticas contemporâneas”, conta Rita Natálio, uma das artistas da
exposição, cujo trabalho engloba performance,
poesia e a pesquisa acadêmica.
No lado português, integram a mostra artistas que
vieram morar no Brasil e, atualmente, aqui desenvolvem sua carreira artística.
Já os brasileiros entraram no projeto a convite dos artistas portugueses.
Abrindo a Sala Fernando Pessoa do Consulado para a
experimentação e a criação de jovens artistas em início de carreira, o
Consulado Geral dá continuidade ao seu programa de exposições e ações que tem
como objetivo o apoio e difusão da produção contemporânea portuguesa em artes
visuais, sempre em diálogo próximo com o Brasil e os artistas brasileiros.
Sobre o Experimenta Portugal
Para celebrar o mês de
Portugal em São Paulo, a segunda edição do Experimenta Portugal, além do
torneio de golfe, contará com uma série de eventos culturais, gastronômicos e
de negócios, com o objetivo de promover a integração dos dois países em
diversos âmbitos. Com o título “Brasil/Portugal - A inovação e o
empreendedorismo como ferramentas de transformação”, o encontro de empresários
e empreendedores, um dos mais importantes do calendário do Experimenta,
acontece no dia 10 de junho, no Unibes Cultural, e contará com convidados
ilustres, como João Vasconcelos, Secretário da Indústria de Portugal, Abilio
Diniz, presidente dos Conselhos de Administração da BRF e da Península
Participações, Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, e
Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae.
Consulado Geral de Portugal (Sala
Fernando Pessoa)
Rua Canadá, 324 – Jardim América - São
Paulo/SP
Segunda à
Sexta-Feira | Entre 10h00 e 18h00
Abertura: 02/06/2016 | Horário:
18h00
Visitação: 03/06/2016 a
30/06/2016 |
Sábado de Performances: 18/06/2016
| Horário: A partir das 11h00
Encerramento: Conversa com os
Artistas | Data: 30/06/2016 | Horário: 19h00
O evento é gratuito e aberto ao público.
Museu de Arte Sacra de São Paulo homenageia Corpus Christi com
Trajetória de Jesus de Nazaré
Utilizando-se de 20 cenas da
trajetória de Jesus, da Anunciação até a Ascensão, o santeiro Wandecok Cavalcanti apresenta esculturas que
contam de forma cronológica o recorte da história
O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS-SP, instituição da
Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, em celebração às comemorações de
Corpus Christi, abre a exposição Trajetória de Jesus de Nazaré,
composta por trabalhos executados pelo santeiro Wandecok Cavalcanti e
curadoria de Jorge Brandão.
Com núcleos dedicados a passagens bíblicas relevantes - da
Anunciação do Anjo a Maria sobre sua gravidez até a Ascensão de Cristo – o
artista exibe 38 obras em argila com fortes referencias tanto a arte popular
como barroca.
As imagens foram distribuídas de acordo com cada momento da
trajetória de Jesus: a Santa Ceia, por exemplo, terá 12 imagens, enquanto a
Ascensão de Cristo, apenas uma. As 20 cenas, apresentadas de forma cronológica:
1- Anunciação - Maria e o Anjo, 2- Caminho de Belém, 3- Sagrada Família, 4-
Descanso na Fuga para o Egito, 5- Jesus Menino com Maria e José, 6- Cristo faz
o Milagre dos Peixes, 7- Jesus é batizado, 8- Jesus com as Crianças, 9- Entrada
de Jesus em Jerusalém, 10- Lavapés, 11- A Santa Ceia, 12- Cristo no Horto das
Oliveiras, 13- Jesus é Açoitado, 14- Cristo Coroado, 15- Maria Madalena, 16-
Jesus e as Mulheres, 17- Jesus é Crucificado, 18- A Descida da Cruz, 19- Nossa
Senhora da Piedade com Jesus, 20- Ascensão de Cristo.
As peças
foram confeccionadas com terracota e cinco tipos e tonalidades de argila (marfim, preta, creme, shiro e tabaco), recurso utilizado
para mostrar e enfatizar detalhes, como cor de cabelo e de rosto, tudo em tom
natural, sem nenhum pigmento ou pintura. O que as diferencia é que cada uma tem
um ponto de queima. “O barro, por hora, torna-se nobre aplicado ao requinte de
detalhes fundamentais para o artista Wandecok Cavalcanti, que neste momento
muito maduro, o fez extravasar e aflorar sua devoção nesse conjunto de obras
desenvolvido especialmente para narrar a Trajetória de Jesus de Nazaré no Museu de Arte Sacra de São Paulo”,
define o curador da mostra.
Com essa exposição, o museu pretende se abrir a novos formatos de
contato com o público bem como espaço de incentivo ao trabalho de novos
artistas: “O Museu de Arte Sacra que habitualmente exibe obras
centenárias de seu próprio acervo e de coleções particulares, que já
proporcionou ao público a possibilidade de admirar obras da fase sacra de
artistas modernos como Anita Malfati e Brecheret, também dá espaço para
artistas ainda vivos que produzem arte sacra. Por essa razão, julgamos
importante propiciar a exposição de obras de Wandecok Cavalcanti, que
nos apresenta sua visão da Trajetória de Jesus de Nazaré”, esclarece José
Carlos Marçal de Barros, diretor executivo do MAS/SP.
Museu
de Arte Sacra de São Paulo
Avenida Tiradentes, 676 –
Luz, São Paulo
Tel.: (11) 3326.3336 –
agendamento de visitas monitoradas
Terça a domingo, das 9h às
17h
Visitação:
até 31 de julho de 2016