O ginecologista Dr. Joji Ueno,
diretor clínico da Clínica Gera, desvenda alguns questionamentos sobre a
fertilização in vitro (FIV). São eles:
Mito. Não. A fertilização in vitro é a colocação de espermatozoides em contato com óvulos em laboratório e, após a fecundação, os embriões são alocados no útero materno. Já a inseminação artificial consiste na injeção de espermatozoides dentro do útero por meio de um cateter.
Os bebês que nascem a partir do processo de fertilização in vitro nascem mais fortes e com a saúde menos frágil?
Verdade. A partir da fecundação e da implantação dos espermatozoides sim. O restante da gestação ocorre normalmente. Além disso, se forem feitas biópsias embrionárias e avaliações cromossômicas e/ou genéticas previamente, é possível reduzir a incidência de algumas doenças.
A fertilização in vitro pode ser usada para prevenir as
doenças hereditárias?
Verdade. Sim, a fertilização in vitro pode prevenir doenças
hereditárias. Os futuros pais, sabendo da existência de alguma doença genética,
podem recorrer à seleção de embriões sem os genes potencialmente perigosos e
responsáveis pela doença. Na realização do método de fertilização in
vitro, o bebê apresenta os mesmo ricos de alterações genéticas do
que em uma gestação sem nenhum tratamento. Enquanto que nos casos, onde se opta
pelo diagnóstico médico pré-implantacional, a chance de desenvolver determinada
doença herdada é extremamente inferior.
A fertilização in
vitro é a melhor solução para casais inférteis?
Mito. É de extrema importância que a causa da
infertilidade seja bem investigada antes de submeter as pessoa aos tratamentos.
Na maioria das vezes, o problema pode ser solucionado com medidas muito mais
simples.
Mito. A idade adequada para a mulher realizar o procedimento é de até 43 anos, já que a taxa de sucesso na gestação após essa idade cai consideravelmente. Entretanto, há vários casos de mulheres que, mesmo após os 43, conseguiram engravidar pelo procedimento de FIV.
A síndrome da hiperestimulação é um risco da FIV?
Verdade. Durante
o estágio de estimulação ovariana da FIV, as mulheres podem produzir excesso de
hormônio, causando a síndrome da hiperestimulação do ovário, o que pode causar
inchaço e dor. Essa síndrome se cura sozinha na ausência de uma gravidez ou, em
casos raros, pode agravar-se, obrigando a internação da paciente para o
tratamento clínico.
Prof. Dr. Joji Ueno - ginecologista, doutor em Medicina pela Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Coordenador do Curso de
Pós-graduação Lato Sensu do Instituto GERA, Responsável pelo Setor de
Histeroscopia Ambulatorial do Hospital Sírio-Libanês. Fundador e diretor da
Clínica Gera, também é autor livro “ Cirurgia Vídeo-Endoscópica em Ginecologia
“. Ex-Fellow do “The Jones Institute for Reproductive Medicine”, Norfolk, VA,
USA.
Clínica Gera