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sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Pegou DP? Confira as dúvidas mais comuns sobre a dependência na faculdade

Descubra as respostas para as questões mais frequentes relacionadas ao tema na jornada universitária

 

O semestre acabou e você se deparou com uma DP? Sem pânico! Esse é um desafio comum para muitos estudantes, e mesmo que você tenha algum benefício para cursar a sua graduação, seja o financiamento estudantil privado ou que esteja cadastrado em programas do Governo Federal, o Pravaler, empresa líder no acesso ao ensino superior e em soluções para o ecossistema de educação do Brasil, vai responder algumas dúvidas que você possa ter a respeito disso. Vamos lá? 

Diferente do que acontece no Ensino Fundamental e Médio, onde a recuperação pode significar um novo ano letivo, na faculdade a situação é um pouco diferente. Quando a nota não alcança o mínimo para a aprovação em alguma disciplina,  você só precisará repetir essa matéria específica. Isso quer dizer que não há necessidade de “refazer” todo o semestre.  

Então, se ficou de dependência em alguma área do conhecimento, é recomendável que seu foco seja nessa disciplina, o que pode ser uma boa oportunidade para revisar o conteúdo com mais calma e de forma mais aprofundada.  

Para se sair bem na matéria que ficou de DP, é aconselhado que você se planeje para o próximo semestre, e isso pode ser feito por meio da criação de um cronograma de estudos. Assim, você consegue evitar os mesmos imprevistos que o levaram a ficar de recuperação. Vale lembrar ainda que, em universidades públicas, normalmente, a disciplina é cursada no semestre seguinte. Já em faculdades privadas, pode haver a cobrança de uma taxa para a nova matrícula, então vale ficar atento a esses detalhes financeiros. 

Além disso, ao repetir a matéria, é possível que você tenha um professor diferente, o que pode ser uma vantagem, pois cada docente traz uma abordagem única para o conteúdo. Se esse for o caso, um bom caminho é aproveitar para se adaptar ao novo estilo de ensino e maximizar seu aprendizado! 

É interessante também aproveitar os recursos adicionais oferecidos pela sua instituição, como tutoriais, grupos de estudo e materiais complementares. Essas ferramentas têm potencial para reforçar o conhecimento e esclarecer dúvidas. Participar de discussões que estejam alinhadas à área do conhecimento da sua DP e realizar exercícios práticos pode ser bem significativo para elevar seu nível de compreensão da matéria. Quanto mais você se envolver, mais preparado estará para alcançar a nota desejável para ser aprovado na disciplina. 

Agora, confira as respostas para as principais dúvidas que você pode ter relacionadas à dependência!

 

·         O que acontece se eu reprovar a DP?

Mas e se a reprovação acontece novamente na dependência? Não se preocupe! É possível cursar novamente a disciplina, mesmo após reprovar na DP. Apesar do desânimo, essa situação pode acontecer e preocupar os alunos. Em caso de estágio, as dependências podem ser levadas em consideração na análise do currículo do estudante.

 

·         Quantas DPs são necessárias para reprovar o semestre?

Se você está com dificuldades em alguma matéria específica, pode já ter se perguntado: existe algum limite para a quantidade de dependências em que é possível cursar em um semestre? A resposta para essa pergunta depende das políticas da universidade que está cursando. Em geral, a regra é que não é permitido reprovar em mais de 50% dos créditos cursados em determinado semestre. Se a reprovação acontece em mais de metade das disciplinas do semestre, é preciso repeti-lo e não apenas as disciplinas isoladas. De qualquer forma, é preciso verificar o regulamento da faculdade em relação às dependências e se organizar para montar sua grade curricular da melhor maneira, seguindo o regulamento da instituição de ensino.

 

·         Qual o valor de uma DP na faculdade?

Caso a reprovação aconteça em uma universidade pública, não é necessário pagar para cumprir a dependência. Em faculdades particulares, o valor cobrado para que o aluno se matricule novamente varia, mas geralmente é proporcional à matéria cursada e é incluso na mensalidade. Outras taxas precisam ser verificadas diretamente com a instituição.

 

·         Como funciona a DP para quem adere a um programa do governo?

O aluno que adere a programas governamentais como o ProUni (Programa Universidade para Todos) ou o FIES (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) deve ser aprovado, todo semestre, em ao menos 75% das disciplinas em que está cursando. Caso seja reprovado em mais de 25% das matérias naquele período, é imperativo que o aluno busque entender quais são as medidas cabíveis, a depender das particularidades de sua situação e do programa que adota.

 

·         Como funciona a DP para quem adere a um financiamento estudantil? 

Se você financia o seu curso superior no Pravaler, pode ficar feliz em saber que, caso o valor da DP esteja incluído no valor da mensalidade, é possível financiar também esse valor quando for renovar o contrato! Mas não se esqueça: confirmar a política da sua universidade a respeito das dependências te dará mais segurança para prosseguir com seu financiamento, já que cada instituição de ensino tem suas próprias regras. 

Caso tenha mais dúvidas sobre as DPs, confira o post no blog do Pravaler.


Planos de saúde e a análise sobre o crescimento no número de procedimentos

Recentemente, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou dados alarmantes sobre o número de procedimentos médicos realizados por planos de saúde em 2023. Foram contabilizados 1,9 bilhão de procedimentos, o que representa um aumento de 7,4% em relação ao ano de 2022. Estes números são significativos não apenas do ponto de vista quantitativo, mas também qualitativo, uma vez que revelam a crescente demanda e a possível sobrecarga do sistema de saúde suplementar no Brasil.

Na lista dos procedimentos mais procurados estão as consultas médicas, com 275,3 milhões realizadas em 2023, seguidas por procedimentos odontológicos (196,2 milhões) e internações (9,2 milhões). Além disso, houve um aumento notável nas terapias realizadas por fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos, totalizando 79,9 milhões de sessões, um aumento de 19,7% em relação ao ano anterior.

Esses dados são fundamentais para entender a dinâmica do setor e as necessidades dos beneficiários de planos de saúde. O Mapa Assistencial da Saúde Suplementar, que compila essas informações, é uma ferramenta essencial utilizada pela ANS para justificar os reajustes anuais dos planos de saúde. Nesse contexto, é importante ponderar alguns aspectos jurídicos.

Primeiramente, a Lei nº 9.656/1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, estabelece normas claras sobre a atuação das operadoras e a proteção dos beneficiários. Este arcabouço normativo busca garantir a transparência, a qualidade do atendimento e a viabilidade econômica dos planos de saúde.

Como reguladora do setor, a ANS tem a responsabilidade de fiscalizar e garantir que os reajustes anuais sejam justos e compatíveis com a variação dos custos assistenciais. A Resolução Normativa nº 309/2012, que trata das informações periódicas que as operadoras devem fornecer à ANS, incluindo o Mapa Assistencial, é uma ferramenta crucial nesse processo. Esse monitoramento constante é essencial para identificar tendências e necessidades emergentes, garantindo que os beneficiários recebam a devida assistência.

Contudo, a elevada demanda por procedimentos médicos também levanta dúvidas sobre a capacidade das operadoras de atenderem a todos com a qualidade necessária. A Resolução Normativa nº 259/2011, por exemplo, estabelece prazos máximos para o atendimento dos beneficiários pelos planos de saúde, visando evitar demoras excessivas que possam comprometer a saúde dos usuários.

O aumento de 7,4% no número de procedimentos entre 2022 e 2023 pode ser interpretado de várias maneiras. Pode indicar uma maior conscientização da população sobre a importância dos cuidados com a saúde, mas também pode refletir deficiências no atendimento básico que empurram a demanda para os planos de saúde suplementares.

Do ponto de vista jurídico, é crucial observar a necessidade de um equilíbrio entre a capacidade financeira das operadoras, os direitos dos consumidores e a qualidade do serviço prestado. A recente decisão da ANS de permitir reajustes nos planos de saúde deve ser vista à luz desses novos dados, para garantir que não haja abusos e que os beneficiários não sejam onerados de forma injusta.

Portanto, os dados apresentados pela ANS no Mapa Assistencial da Saúde Suplementar devem ser analisados com atenção por advogados e operadores do direito. Eles destacam a necessidade de uma regulação eficaz, que proteja os direitos dos consumidores enquanto assegura a sustentabilidade do sistema de saúde suplementar no Brasil. É essencial que as operadoras sejam transparentes e adotem práticas responsáveis em seus reajustes, garantindo assim o equilíbrio necessário entre oferta, demanda e qualidade dos serviços oferecidos. A saúde dos beneficiários e a sustentabilidade econômica das operadoras devem ser preservadas.

 


Natália Soriani - especialista em Direito da Saúde e sócia do escritório Natália Soriani Advocacia



BOLETIM DAS RODOVIAS

 


Bandeirantes tem tráfego tranquilo nesta manhã


 A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo na manhã desta sexta-feira (2). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Operação 5x5 - A Rodovia Anchieta (SP-150), sentido capital, registra lentidão do km 20 ao km 17 e do km 13 ao km 10. No sentido litoral o tráfego é normal. Já na Rodovia dos Imigrantes (SP-160), há lentidão no sentido capital do km 54 ao km 49 e do km 16 ao km 14, para quem segue sentido litoral, tráfego normal.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

A Rodovia Anhanguera (SP-330), sentido capital, registra lentidão do km 61 ao km 60 e  km 14 ao km 11+360, no sentido interior o tráfego é normal. Já na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), tráfego normal nos dois sentidos. 

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

A Rodovia Raposo Tavares (SP-270) apresenta tráfego normal nos dois sentidos. Na Rodovia Castello Branco (SP-280), sentido capital, há lentidão do km 15 ao km 13+700 e do km 22 ao km 24. No sentido interior, o tráfego é lento do km 22  ao km 24.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

O corredor apresenta lentidão no sentido capital do km 20 ao km 17. No sentido interior o tráfego é normal.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamento. 


quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Alerta para falta de sangue dos tipos O- e A-

 


O GSH Banco de Sangue de São Paulo está convocando doadores dos tipos O- e A- para efetuarem suas doações, pois os estoques estão 70% abaixo do ideal. Esta situação pode comprometer o equilíbrio no fornecimento essencial para hospitais que tratam pacientes que dependem de transfusões sanguíneas. 

Considerado universal, o sangue O- pode ser transfundido em qualquer pessoa, em casos de extrema urgência, quando não há tempo para exames que comprovem qual o fator Rh do paciente. O Ministério da Saúde recomenda especialmente sua utilização em recém-nascidos até 4 meses de idade que necessitem de transfusões o que torna sua disponibilidade ainda mais vital. 

Já o tipo A- é relativamente raro, representando apenas cerca de 6% da população. O sangue A- pode ser transfundido para pacientes dos tipos A- e A+, e AB positivo e negativo. Mas pessoas com esse fator Rh só podem receber sangue A- e O-. Isso faz com que a doação seja um recurso essencial em emergências e para pacientes com necessidades específicas. 

“Mesmo quem não sabe qual é o seu tipo sanguíneo pode vir doar, pois durante o processo fazemos o teste de tipagem e, assim, a pessoa já fica sabendo. E, de qualquer forma, todos os tipos sanguíneos são bem-vindos”, explica Janaína Ferreira, líder de captação do GSH Banco de Sangue de São Paulo, ressaltando que nos inícios da semana, de segunda a quarta-feira, são os dias com mais baixa nas doações e, portanto, em que há mais necessidade de doadores. 

A instituição atende a mais de 50 hospitais da região, fornecendo hemocomponentes aos pacientes que estão internados e precisam de transfusão para se recuperarem. 

Por isso, o apelo é para que os doadores e a população em geral se sensibilizem e dirijam-se ao Banco de Sangue para efetuar a sua doação o quanto antes. O atendimento é das 7h às 18h, diariamente, inclusive aos domingos e feriados, na Rua Tomás Carvalhal, 711, no bairro Paraíso.

 

Requisitos básicos para doação de sangue:

  • Apresentar um documento oficial com foto (RG, CNH etc.) em bom estado de conservação;
  • Ter idade entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença do responsável legal no momento da doação);
  • Estar em boas condições de saúde;
  • Pesar a partir de 50 kg;
  • Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;
  • Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar 3 horas.
  • Não é necessário estar em jejum, evitar alimentos gordurosos
  • Se fez tatuagem e/ou piercing, aguardar 12 meses. Exceto para região genital e boca (12 meses após a retirada);
  • Se passou por endoscopia ou procedimento endoscópico, aguardar 6 meses;
  • Não ter tido Doença de Chagas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST);
  • Em caso de diabetes, deverá estar controlada e não fazer uso de insulina
  • Candidatos que apresentaram sintomas de gripe e/ou resfriado devem aguardar 7 dias após cessarem os sintomas e o uso das medicações;
  • Aguardar 48h para doar caso tenha tomado a vacina da gripe, desde que não esteja com nenhum sintoma.

Consulte a equipe do banco de sangue em casos de hipertensão, uso de medicamentos e cirurgias. 

 

Serviço:


GSH Banco de Sangue de São Paulo
Endereço: Rua Tomas Carvalhal, 711 – Paraíso
Tel.: (11) 3373-2000 / 3373-2001 e pelo WhatsApp (11) 99704-6527
Atendimento: Diariamente, inclusive aos finais de semana, das 7h às 18h. Estacionamento gratuito no local.

 

Sesc São Caetano destaca a importância da alimentação infantil na 6ª edição do projeto "Do Peito ao Prato"



“Olha o aviãozinho! Influência do comportamento dos pais na introdução alimentar”. Com Juliana Bergamo, nutricionista, mestre e especialista em ciências aplicadas à Pediatria (UNIFESP). 

 

Durante a Semana Mundial do Aleitamento Materno, entre os dias 1 e 7 de agosto, o Sesc São Paulo promove a sexta edição do projeto "Do Peito ao Prato", uma iniciativa que se espalha por 27 unidades do Sesc no estado, incluindo o Sesc São Caetano, oferecendo mais de 100 atividades gratuitas voltadas à alimentação adequada para bebês de zero a dois anos.

No Sesc São Caetano, dia 3 de agosto, sábado, das 11h às 12h30 o destaque fica por conta da atividade "Olha o aviãozinho! Influência do comportamento dos pais na introdução alimentar", conduzida por Juliana Bergamo. A palestra abordará como o comportamento dos pais pode influenciar significativamente a aceitação e os hábitos alimentares das crianças. Juliana Bergamo, nutricionista e mestre em ciências aplicadas à Pediatria pela UNIFESP, é supervisora clínica do grupo de atendimento a crianças com TARE e pesquisadora do PROTAD/AMBULIM/NUPE do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (IPq-HC FMUSP). A atividade é gratuita e sem necessidade de retirada de ingressos.

Além dessa atividade, o projeto "Do Peito ao Prato" visa abordar a alimentação infantil a partir de uma perspectiva multifacetada, considerando aspectos nutricionais, sociais, culturais, econômicos e ambientais. A programação inclui oficinas, cursos, vivências, palestras, rodas de conversa, feiras e exibição de filmes, com temas que vão desde a importância do aleitamento humano até os desafios da mulher periférica na amamentação e a introdução alimentar complementar na neurodiversidade.

Participe e contribua para um futuro mais saudável para nossas crianças!


Serviço 

Projeto "Do Peito ao Prato"

Quando: De 1 a 7 de agosto

Programação completa: sescsp.org.br/dopeitoaoprato 

Sesc São Caetano  
Rua Piauí -554 Santa Paula – São Caetano do Sul 
Data: 3 de agosto, sábado às 11h
Ingresso: Grátis
Local: Convivência
Telefone para informações: (11) 4223-8800 
Para informações sobre outras programações acesse o portal
sescsp.org.br/saocaetano 
Funcionamento Espaço Brincar - De segunda a sexta, 9h às 20h. Sábados e feriados, das 9h às 17h30.   
Horário de atendimento/bilheteria do Sesc São Caetano – De segunda a sexta, 11h às 20h, sábados e feriados, das 9h às 17h30.   

 

Semana Mundial do Aleitamento Materno: Pequeno Príncipe ressalta a importância da amamentação para o bebê e para a mãe

 Crédito: Wynitow Butenas
Campanha deste ano destaca a necessidade de um sistema de saúde amigável à amamentação, o respeito à autonomia da mulher e o apoio comunitário sólido


Na Semana Mundial do Aleitamento Materno, de 1.º a 7 de agosto, o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital pediátrico do país, ressalta a importância da amamentação na primeira hora de vida, tanto para o bebê quanto para a mãe. Amamentar os bebês imediatamente após o nascimento pode reduzir a mortalidade neonatal – aquela que acontece até o 28.º dia de vida. No caso das mães, o ato auxilia nas contrações uterinas, diminuindo o risco de hemorragia. E ainda reduz a possibilidade de desenvolver doenças como diabetes, cânceres de mama e de ovário e, acompanhada de uma alimentação saudável, contribui na redução do peso adquirido durante a gravidez. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno até os 6 meses de idade, sem necessidade de água, chá ou qualquer outro alimento. E que, mesmo após a introdução dos primeiros alimentos sólidos, sigam sendo amamentados até, pelo menos, os 2 anos de idade. Segundo o Ministério da Saúde, o aleitamento materno é a forma de proteção mais econômica e eficaz contra a mortalidade infantil, protegendo as crianças de diarreias, infecções respiratórias e alergias, entre outras doenças. Além dos benefícios imunológicos, também oferece benefícios nutricionais, cognitivos e emocionais. 

O pediatra neonatologista do Pequeno Príncipe Luiz Renato Valério salienta que a composição do leite materno é única, personalizada e atende às necessidades nutricionais da criança conforme sua idade. “Rico em proteínas, gorduras e vitaminas, o leite materno é nutricionalmente bom e sua capacidade de digestão é perfeita. E não devemos esquecer que a amamentação constrói e fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho. É um ato repleto de amor, que também auxilia no desenvolvimento da criança”, frisa.

 

Responsabilidade coletiva

Durante o puerpério (período que se inicia logo após o parto e dura cerca de seis a oito semanas, ao longo do qual o corpo da mulher passa por diversas mudanças para retornar ao estado anterior à gravidez), a mãe vivencia modificações físicas e psíquicas. Por isso, é essencial que as mulheres que amamentam tenham uma rede de apoio formada por familiares, amigos e sociedade. 

O especialista do Pequeno Príncipe realça que, durante a amamentação, a mãe precisa manter o autocuidado para garantir uma vida saudável que supra suas próprias necessidades e a produção de leite em quantidade e qualidade adequada ao bebê. 

A amamentação frequente faz com que a mãe produza mais leite. Mas, para estabelecer a prática e garantir sua continuidade, ter um ambiente acolhedor e compreensível é fundamental. O estímulo e o apoio prático do pai da criança, bem como da família e amigos, deixam a mãe mais segura.

 

Quando não é possível amamentar

Motivos emocionais, sociais e fisiológicos, como doenças que afetam a mãe ou o recém-nascido, preocupações e estresse, podem influenciar a amamentação. “A mãe, quando não consegue amamentar, mesmo após inúmeras tentativas, pode ter o sentimento de culpa e frustração. Diante disso, o apoio e a compreensão de familiares são ainda mais necessários”, explica Valério. Segundo o médico, nesses casos se deve buscar orientação pediátrica para introduzir uma fórmula indicada para o bebê. 

Para a coordenadora do Serviço de Psicologia do Pequeno Príncipe, Angelita Wisnieski da Silva, é importante que a mulher que não pode ou não consegue amamentar receba o incentivo para que exerça a maternagem de outras formas, como pegar o bebê no colo, trocar afeto e carinho, conversar, cantar, narrar histórias e praticar os cuidados rotineiros.

 

Agosto Dourado

O Agosto Dourado é uma campanha de conscientização que enfatiza a importância do aleitamento materno para a saúde e o bem-estar dos bebês e das mães. Com o tema “Amamentação: apoie em todas as situações”, a Semana Mundial de Aleitamento Materno de 2024 aborda a necessidade de um sistema de saúde amigável à amamentação, o respeito à autonomia da mulher e o apoio comunitário sólido, especialmente em tempos de emergências e crises. A iniciativa é da Aliança Mundial para Ação de Aleitamento Materno (WABA, sigla em inglês) – órgão consultivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

 

Seis estações da CPTM recebem ação em referência à Campanha Agosto Laranja na sexta-feira (02)

 Durante o dia haverá orientação sobre a esclerose múltipla e testes para Hipertensão e Diabetes

 

As estações Jardim Helena-Vila Mara, Dom Bosco, Guaianases, Mauá, Estudantes e Guarulhos-Cecap da CPTM recebem, nesta sexta-feira (02/08), ação de saúde em referência à campanha Agosto Laranja para conscientizar sobre a esclerose múltipla. 

Os alunos da PROZ Educação estarão nas seis estações, das 09h às 12h, das 13h às 16h e das 19h às 22h, para realizar aferição de pressão arterial sem limites de atendimentos e testes de glicemia capilar para pessoas com histórico de diabetes na família ou diabéticas (limitados a 100 por estação). Além disso, serão promovidas atividades de orientação sobre a esclerose múltipla, reforçando a importância do diagnóstico precoce.
 

Agosto Laranja
A campanha “Agosto Laranja” foi instituída em 2014 para alertar a população e conscientizar sobre a importância do diagnóstico da esclerose múltipla, doença autoimune crônica que afeta o sistema nervoso central, afetando o cérebro e a medula espinhal. Os sintomas iniciais do transtorno neurológico surgem normalmente entre os 20 e 40 anos. 

Apesar de não ter cura, o diagnóstico precoce, aliado do tratamento podem diminuir as chances de progressão da doença.
 

Ações de Cidadania

Todas as iniciativas são realizadas com o apoio da CPTM, que abre espaços em suas estações para a realização de atividades ligadas à promoção do bem-estar de seus passageiros.
 

Serviço

Ação de Agosto Laranja
Data: Sexta-feira, 02 de agosto
Local:
Estações Mauá, Linha 10-Turquesa
Estações Dom Bosco, Guaianases e Estudantes, Linha 11-Coral
Estação Jardim Helena-Vila Mara, Linha 12-Safira
Estação Guarulhos-Cecap, Linha 13-Jade
Horário: 09h às 12h, 13h às 16h e das 19h às 22h

 

Rede Mater Dei de Saúde celebra agosto dourado com incentivo à amamentação na primeira hora de vida

Com 85% de casos de aleitamento materno pós parto, a Rede de hospitais explica os benefícios da amamentação para mãe e filho na primeira hora de vida do bebê

 

Esse mês é marcado pelo Agosto Dourado, campanha de conscientização sobre a importância da amamentação. Segundo dados do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil, encomendado pelo Ministério da Saúde, aproximadamente 62,4% dos bebês no Brasil são amamentados na primeira hora de vida. Na Rede Mater Dei de Saúde, esse índice sobe para 85%, evidenciando o compromisso das nossas maternidades com a excelência no estímulo à amamentação. “Priorizamos o bem-estar da mãe em todas as fases da gestação. As nossas maternidades reforçam a importância da “Golden Hour” - amamentação logo após o nascimento - oferecendo alojamento conjunto e suporte neonatal de excelência para garantir os melhores resultados para o bebê", afirma Felipe Salvador Ligório, Vice-Presidente Assistencial da Rede Mater Dei.

 

Benefícios do aleitamento materno para o bebê 

Paulo Poggiali, pediatra e neonatologista da Rede Mater Dei de Saúde, destaca os benefícios do aleitamento materno após o parto. "A amamentação na primeira hora de vida fornece substâncias essenciais para o recém-nascido. O colostro, primeiro leite produzido pela mãe, é fundamental para a proteção imunológica dos bebês, reduzindo significativamente o risco de infecções, além de conter nutrientes que facilitam a adaptação metabólica do recém-nascido, prevenindo a hipoglicemia. O contato pele a pele com a mãe beneficia a regulação da temperatura corporal e auxilia na adaptação cardiopulmonar do bebê", explica o especialista.

 

Benefícios do aleitamento materno para a mãe 

Relatórios do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que o aleitamento materno logo após o parto beneficia não só a saúde do bebê, mas também a da mãe, além de contribuir com o vínculo afetivo entre ambos. Esse é o caso da Débora Brier, arquiteta, comenta que: “Acredito que amamentar é um ato de conexão com o bebê, é o momento que doamos nosso tempo para ser a fonte de alimento nutricional e emocional. Quando tive meu segundo filho, logo que ele nasceu o colocaram no meu peito para que eu pudesse ter esse vínculo. As enfermeiras que estavam comigo me instruíram quanto à pega e, mesmo enfrentando fissuras na região dias depois, o hospital realizou um tratamento a laser para cicatrização, garantindo que eu não sentisse dor e conseguisse prosseguir com a amamentação”, relata a paciente. 

Além dos benefícios imediatos, esse contato entre mãe e bebê na “Golden Hour”, pode ser uma promessa de sucesso para o futuro. “O aleitamento na primeira hora é importante para a continuidade da amamentação após a alta hospitalar. Cumpre papel essencial para estabelecimento de uma pega mamária adequada pelo bebê, tendo inclusive impacto importante na duração da amamentação em termos de meses ou anos de aleitamento materno”, comenta o médico. Para a mãe, os benefícios também são claros. “A amamentação estimula a liberação do hormônio ocitocina, especialmente importante no pós-parto, porque contribui com a contração uterina, reduzindo riscos de sangramento e hemorragia. Também auxilia nas reduções de sintomas de depressão e estresse fisiológico que podem acometer a puérpera”, finaliza Poggiali. 

 

Rede Mater Dei de Saúde


Agosto Branco: câncer de pulmão é o quarto tipo mais incidente no Brasil

Tabagismo continua sendo o principal fator de risco

 

O Agosto Branco é dedicado ao combate ao câncer de pulmão, mês escolhido para intensificar a conscientização sobre a importância da prevenção. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre 2023 e 2025, serão diagnosticados mais de 32 mil casos por ano. No Brasil, este é o terceiro tipo de câncer mais comum entre os homens e o quarto entre as mulheres. Globalmente, é o mais letal entre todos os tipos de câncer, com o tabagismo sendo o principal fator de risco, responsável por 80% a 90% dos casos fatais. 

A alta mortalidade está associada ao diagnóstico tardio da doença. De acordo com a oncologista Luciana Buttros, do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), apenas cerca de 30% dos casos de câncer de pulmão são passíveis de tratamento cirúrgico. A maioria dos casos não pode ser operada devido à extensão da doença já avançada ou à condição clínica do paciente.

 

Importância do diagnóstico precoce 

O câncer de pulmão é silencioso e geralmente não apresenta sintomas nas fases iniciais. Tosse persistente com sangue, rouquidão, dor no peito e perda rápida de peso geralmente aparecem em estágios mais avançados. Por isso, a oncologista destaca a importância do diagnóstico precoce. "A solução para um diagnóstico mais rápido pode ser alcançada através de exames preventivos, como a tomografia computadorizada de baixa dose (LDCT) para indivíduos de alto risco – adultos com mais de 50 anos, fumantes atuais ou que pararam nos últimos 15 anos, e com alta carga tabágica", diz a médica. 

Para o tratamento, a identificação de mutações driver (alterações no genoma do tumor que promovem o desenvolvimento do câncer) é fundamental, direcionando a terapia-alvo. "Além disso, há opções como cirurgia, quimioterapia, imunoterapia e/ou radioterapia, quando indicadas", explica.

 

Tabagismo é o principal fator de risco 

Cerca de 80% a 90% dos casos de câncer de pulmão estão relacionados ao tabagismo, afetando tanto fumantes quanto ex-fumantes. "Parar de fumar é e continuará sendo a principal mudança de estilo de vida para evitar o câncer de pulmão", orienta a médica do Instituto de Oncologia de Sorocaba. Outras causas incluem tabagismo passivo, poluição ambiental, exposição a gases tóxicos, doenças pulmonares e histórico familiar. Portanto, pessoas que não fumam devem considerar o rastreamento precoce para avaliar o risco de desenvolver a doença. A médica ainda reforça a importância da atividade física regular e de uma dieta balanceada para fortalecer o sistema respiratório.

 


Instituto de Oncologia de Sorocaba

Fosfoetanolamina: redes sociais reacendem polêmica sobre “pílula do câncer”

 Anvisa volta a alertar que, ao contrário do que propagandas “enganosas” afirmam, substância não combate o câncer


A fosfoetanolamina voltou a ser assunto nas redes sociais. Fake news alimentam a notícia de que a substância seria eficiente contra vários tipos de cânceres, a ponto de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisar divulgar na última semana uma nova nota técnica reafirmando o contrário. A polêmica envolvendo a fosfoetanolamina é antiga. Teve início ainda em 2015, quando a Universidade de São Paulo (USP) divulgou o primeiro posicionamento a respeito em razão das inúmeras liminares judiciais para fornecimento do produto a pacientes oncológicos.

“Em 2016, a pressão pública e política resultou na aprovação de uma lei que permitia o uso da fosfoetanolamina por pacientes diagnosticados com câncer, mesmo sem a conclusão dos testes clínicos. Essa decisão foi amplamente criticada pela comunidade científica e por profissionais de saúde, que argumentaram que a autorização, sem a devida comprovação científica, poderia colocar a saúde dos pacientes em risco”, recorda o oncologista clínico Fernando Medina, do Centro de Oncologia Campinas.

Em outubro de 2020, por maioria, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a inconstitucionalidade da Lei 13.269/2016, que autorizava o uso da fosfoetanolamina sintética, conhecida como “pílula do câncer”, por pacientes diagnosticados com neoplasia maligna. A decisão se deu no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5501, ajuizada pela Associação Médica Brasileira (AMB). O Plenário já havia concedido medida liminar para suspender a eficácia da norma.

Nesta semana, a Anvisa divulgou um alerta, no qual informa que, ao contrário do que algumas propagandas “irregulares e enganosas” difundidas em redes sociais dizem, a substância fosfoetanolamina não combate o câncer “ou qualquer doença”, nem possui “propriedades funcionais ou de saúde”, diz o texto da agência.

O fato é que a "pílula do câncer" gerou e continua gerando muita controvérsia no Brasil. A substância desenvolvida por um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo foi promovida como um tratamento potencial para o câncer. No entanto, a falta de estudos clínicos robustos e de evidências científicas adequadas levantaram sérias preocupações sobre sua eficácia e segurança.

“Um dos estudos que avaliaram a eficácia da fosfoetanolamina no tratamento do câncer foi conduzido pela própria USP, que desenvolveu a substância. Os resultados desse estudo foram publicados em 2016. Os testes pré-clínicos e clínicos não indicaram resultados promissores na redução ou eliminação de células cancerígenas. Além disso, a substância não apresentou os efeitos terapêuticos esperados e, em alguns casos, causou efeitos colaterais adversos”, detalha Medina.

Os testes, comenta o oncologista, foram fundamentais para a decisão da Anvisa de proibir a produção, comercialização e uso da fosfoetanolamina como medicamento. A falta de eficácia comprovada, juntamente com os possíveis riscos à saúde, levou as autoridades de saúde a concluírem que a substância não deveria ser utilizada como tratamento para o câncer.


O que é

A fosfoetanolamina, presente na membrana das células do corpo humano, colabora na eficiência do sistema imunológico. A substância sintética foi produzida com a proposta de fortalecer a imunidade e ajudar a combater as células tumorais. Nos Estados Unidos, o produto é vendido como suplemento, com indicação para fortalecimento do sistema imunológico e combate às células tumorais. Ocorre, porém, que nenhum estudo científico corrobora os efeitos positivos atribuídos à substância. Um estudo sobre fosfoetanolamina realizado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) em 2017 foi suspenso diante dos resultados iniciais que não apontaram os benefícios esperados.

Antes da aprovação de qualquer medicamento no Brasil, é necessária a avaliação de ensaios clínicos para atestar a eficácia e a segurança do produto. No caso da Fosfoetanolamina, a Anvisa informou que não recebeu qualquer pedido de avaliação para registro da substância e nem pedido de pesquisa clínica.


Fake news

A desinformação alimentada pelas redes sociais continua a ser um problema significativo, especialmente no que diz respeito a tratamentos de saúde, argumenta Fernando Medina. “A fosfoetanolamina, apesar de ter sido cientificamente descreditada como tratamento eficaz contra o câncer, ainda é promovida em algumas plataformas por pessoas ou grupos que, por diversos motivos, insistem em sua eficácia”.

A nota da Anvisa sobre a ineficiência da substância teve também um tom de apelo ao bom-senso. “Utilizar produtos não registrados pela Anvisa para o tratamento do câncer é extremamente arriscado. Esses produtos podem interferir negativamente nos tratamentos convencionais. É crucial que os pacientes não abandonem tratamentos médicos estabelecidos para utilizar terapias não autorizadas e de eficácia desconhecida, como é o caso da fosfoetanolamina”, acrescenta a agência.

Ainda em 2015, tão logo os efeitos “curativos” da fosfoetanolamina começaram a ser divulgados sem o consentimento da universidade, a USP apresentou esclarecimentos importantes sobre o produto. “Essa substância não é remédio. Ela foi estudada na USP como um produto químico e não existe demonstração cabal de que tenha ação efetiva contra a doença: a USP não desenvolveu estudos sobre a ação do produto nos seres vivos, muito menos estudos clínicos controlados em humanos”, disse a nota da universidade na ocasião.


Desinformação

Promover a educação em saúde pública, aponta Fernando Medina, é também aumentar a conscientização sobre a importância de tratamentos baseados em evidências. “Incentivar as pessoas a buscar informações em fontes confiáveis, como instituições de saúde renomadas, publicações científicas e autoridades governamentais, desencorajaria o compartilhamento de informações de fontes não verificadas ou duvidosas, como foi o caso agora da fosfoetanolamina, que voltou a ficar em evidência oito anos após o assunto ter surgido e ter sido desmentido”, explica.

Medina defende que é preciso reconhecer e entender o desespero e a vulnerabilidade de pacientes com câncer e suas famílias, para oferecer a eles suporte e alternativas baseadas em evidências. “O profissional médico precisa sempre abordar as preocupações e esperanças das pessoas de maneira empática e compreensiva e dar informações claras e acessíveis sobre a realidade dos tratamentos de câncer”.

Por fim, Medina lembra que além de cuidar da saúde, hoje os profissionais médicos também precisam atuar em uma frente especial, a do combater à desinformação. “Esse é um esforço contínuo que requer a colaboração de toda a sociedade, incluindo profissionais de saúde, autoridades, educadores e a população em geral.”

 

COC - Centro de Oncologia Campinas


Amamentação em foco: a importância do Agosto Dourado na promoção do aleitamento materno

O Agosto Dourado é uma campanha global que destaca a importância da amamentação para a saúde e o desenvolvimento infantil. Em 2024, a Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM) traz o tema “Reduzindo a lacuna: apoio à amamentação para todos”, com um enfoque especial na redução das desigualdades no aleitamento materno, especialmente entre grupos vulneráveis. 

A amamentação é um processo natural, mas muitas mães e bebês enfrentam desafios que podem dificultar esse momento crucial. É aí que entra o fonoaudiólogo, um profissional essencial no apoio à amamentação. Combinando conhecimentos em fonoaudiologia e consultoria em lactação, esses especialistas são capazes de identificar e solucionar problemas que afetam a alimentação dos bebês. 

A fonoaudióloga Jayla Borges, do Hospital Mater Dei Santa Clara, destaca a relevância do apoio especializado às mães e aos bebês, especialmente nas primeiras semanas após o nascimento. “Na primeira semana, é comum a mãe ter algumas dificuldades, porque, apesar de ser um processo fisiológico, o bebê está aprendendo a fazer a sucção correta”, explica Jayla. “A mãe está aprendendo a dar de mamar, e surgem dificuldades de posicionamento e pega, além de dúvidas sobre se o colostro é suficiente para o bebê se sentir saciado.” 

A especialista também enfatiza a importância dos testes de triagem auditiva e neonatal, conhecidos como teste da orelhinha e teste da linguinha, realizados por fonoaudiólogos em hospitais e maternidades do Brasil. “Esses testes são obrigatórios por lei e são fundamentais para a saúde do recém-nascido, sendo realizados com 24 horas de vida”, afirma. No teste da linguinha, por exemplo, pode ser identificada uma alteração no frênulo da língua, que pode impactar a amamentação. Se houver dificuldades, o bebê é encaminhado para a observação e as condutas necessárias são tomadas.

A orientação oferecida pelos fonoaudiólogos é essencial para as mães, especialmente nas primeiras semanas, quando podem surgir dificuldades como dor no seio, estalinhos durante a sucção ou irritação do bebê. “O profissional avalia tanto o bebê quanto as disfunções orais e frênulo lingual, bem como orienta a mãe quanto a pega, posicionamento e demais dúvidas que a mesma venha a apresentar”, detalha Jayla. 

A fonoaudióloga reforça que uma boa orientação pode aumentar a persistência das mães no aleitamento materno exclusivo. “Com informações sobre sinais de apojadura, pega ideal, uso de acessórios, como rosquinha ou concha de amamentação, e confiança no processo, as mães têm mais chances de continuar amamentando por mais tempo”, conclui. “A persistência e o apoio são fundamentais para que tanto a mãe quanto o bebê se adaptem, tornando o aleitamento materno possível e mais prolongado.” 

A amamentação também é vital para o desenvolvimento da fala e linguagem, bem como para o desenvolvimento auditivo do bebê. A profissional destaca a importância de os pais estarem informados sobre os marcos de desenvolvimento, para que possam identificar sinais de problemas e buscar ajuda quando necessário. “Por exemplo, de um a três meses, o bebê se comunica por meio de entonação e balbucios, enquanto dos quatro a seis meses, ele começa a emitir gritinhos com intenção de se comunicar”, explica. “Aos dois anos, espera-se que a criança tenha um vocabulário de 50 a 200 palavras, dependendo do ambiente de estímulo.” 

 

Teste da Linguinha: essencial para avaliar a amamentação  

O teste da linguinha, tecnicamente conhecido como avaliação do frênulo lingual, é um exame obrigatório em hospitais e maternidades de todo o Brasil, realizado por fonoaudiólogos. Este protocolo é fundamental para identificar possíveis alterações no frênulo da língua, a pequena membrana que conecta a língua ao assoalho da boca. 

 

Procedimento 

Realizado nas primeiras 24 horas de vida do recém-nascido, o teste da linguinha é simples e rápido. O teste é pautado em protocolo e o fonoaudiólogo avalia a língua do bebê para verificar a presença de alterações no frênulo. Se uma alteração for detectada, o fonoaudiólogo, junto com a equipe médica e de maneira multiprofissional, dará início a conduta de intervenção que será específica para cada caso.

 

Impacto no Desenvolvimento

Além de facilitar a amamentação, a correção de problemas no frênulo lingual é importante para o desenvolvimento da fala e da linguagem do bebê. Uma língua com mobilidade adequada é essencial para a produção de sons e palavras, à medida que a criança cresce. 

 

Amamentação é fator de igualdade social que merece atenção individualizada de especialistas

 

Período de lactação exige orientação personalizada por parte de mastologistas e tratamento diante de problemas como a mastite, que atinge até 20% das mães que amamentam 

 

A Semana Mundial de Aleitamento Materno, realizada entre 1º e 7 de agosto, destaca na campanha deste ano que “o aleitamento deve ser fator de igualdade na sociedade, e esforços precisam ser feitos para garantir que todos tenham apoio e oportunidade para amamentar”. Apesar da ação abrangente, a amamentação envolve questões individuais, segundo a mastologista Mayka Volpato, responsável pelo Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). “É preciso olhar para o aleitamento como algo personalizado, que requer orientação por parte de especialistas. Em alguns casos, é necessária uma equipe multidisciplinar para tratamentos das dores e lesões mamilares crônicas, além da mastite, que é fator do desmame precoce de bebês”, afirma.

O leite materno é rico em vitaminas e minerais, carboidratos, ferro, gorduras, hormônios, enzimas e anticorpos que atuam contra microorganismos e agentes infecciosos, garantindo proteção à criança. Entre os nutrientes também estão proteínas como a lactoalbumina. A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida.

Apesar de fundamental para a saúde do bebê, muitas mulheres interrompem a amamentação diante de intercorrências, como a mastite, processo inflamatório associado à dor que dificulta o aleitamento. “Este é um problema que atinge de 3% a 20% das lactantes”, destaca a mastologista Mayka Volpato, da SBM.

Desde 2022, no entanto, a partir da mudança de entendimento sobre os fatores que causam a mastite, os especialistas podem proporcionar tratamentos mais adequados às pacientes. “Até esta data, acreditávamos que a mastite era causada pela entrada de bactérias por fissuras na mama”, lembra. “Hoje a fisiopatologia entende como causa o estreitamento do ducto da mama, por onde passa o leite. Esse estreitamento pode ser fruto do excesso de leite tanto na produção quanto no armazenamento.”

No caso de hiperlactação, a especialista sugere o manejo, que pode ser orientado para que a paciente faça a livre demanda, em que o bebê regula as mamadas de acordo com sua necessidade, evitando ordenhas desnecessárias, que contribuem para o aumento da produção. Casos menos comuns necessitam de tratamento medicamentoso.

“Cada dia mais também temos novas evidências sobre a disbiose intestinal (desequilíbrio da microbiota intestinal), que tem potencial para desencadear doenças sistêmicas e impactar outros órgãos como mama, pele, vagina, cérebro, fígado entre outras. Diante disso, os probióticos estão ganhando mais espaço em todas as áreas da medicina”, observa Mayka.

A disbiose mamária é outro fator predisponente para mastite e se caracteriza pelo desequilíbrio no crescimento de microrganismos que naturalmente são encontrados na mama.

De acordo com a mastologista, o ducto de leite normal apresenta várias bactérias heterogêneas e que vivem em equilíbrio. “Em caso de disbiose, existe um aumento de uma população de bactérias específicas, promovendo um estreitamento ductal e menor fluxo de leite”, explica. “E quando temos uma obstrução ductal mais significativa ocorre a galactocele (acúmulo de leite), com possibilidade de infecção associada, que é a mastite lactacional.”

No tratamento da disbiose, que deve ser individualizado, as primeiras recomendações são alimentação equilibrada, hidratação, higiene do sono, manejo do estresse e atividade física. “Como forma de aumentar as bactérias benéficas da mama também podemos prescrever o probiótico Lactobacillusfermentum, que será lançado comercialmente em outubro no Brasil pela Nestlé”, diz. A mastologista explica que no caso brasileiro a opção ainda é a importação ou a prescrição manipulada do probiótico. Como indicação terapêutica e preventiva da mastite, já é disponibilizado de forma comercial em vários países.

Ao reforçar a importância do apoio à amamentação em todas as situações, como preconiza a campanha da Semana Mundial de Aleitamento Materno, Mayka Volpato afirma que o aleitamento materno é a forma natural de estabelecimento de vínculo e afeto entre mãe e bebê. “Como estratégia de nutrição, contribui para a saúde da criança e da lactante e a redução da mortalidade infantil no Brasil”, finaliza a mastologista da SBM.


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