Embora muitas mães
experimentem o baby blues, é importante reconhecer os sinais da depressão
pós-parto e buscar o apoio necessário para garantir uma recuperação saudávelCrédito: Juan Pablo Serrano
O nascimento de um filho é um dos momentos mais
transformadores na vida de uma mulher, mas nem sempre essas mudanças são
fáceis. Entre as dificuldades emocionais que podem surgir, o baby blues e a
depressão pós-parto são condições comuns, mas frequentemente confundidas.
Entender as diferenças é o primeiro passo para buscar o apoio certo.
Rafaela Schiavo, uma das pioneiras da Psicologia
Perinatal e da Parentalidade e fundadora do Instituto MaterOnline, explica que
o baby blues é uma reação normal e temporária, que afeta muitas mães logo após
o parto. Já a depressão pós-parto é uma condição mais grave e duradoura, que
precisa de atenção especializada. “Embora o Baby Blues seja comum, a depressão
pós-parto requer cuidados e pode impactar profundamente o bem-estar da mulher e
da sua relação com o bebê”, alerta.
Para ajudar a esclarecer as principais dúvidas, a
especialista responde às perguntas mais frequentes sobre essas condições
O que é o baby blues?
É um quadro transitório que atinge até 80% das
mulheres após o parto. Choro fácil, irritabilidade, e alterações de humor são
comuns, mas os sintomas desaparecem em até duas semanas sem interferir nas
atividades cotidianas.
O que é a depressão pós-parto?
É uma condição mais grave que afeta cerca de 25%
das mulheres, que pode surgir semanas ou meses após o parto. Ela traz
sentimentos de tristeza profunda, falta de interesse nas atividades e
dificuldade de conexão com o bebê. Diferente do Baby Blues, dura mais tempo e
requer tratamento.
Como diferenciar o Baby Blues
da depressão pós-parto?
A principal diferença é a intensidade e a duração
dos sintomas. O Baby Blues é passageiro e mais leve. Se os sentimentos de
tristeza durarem mais de duas semanas ou se agravarem, pode ser sinal de
depressão pós-parto, que precisa de intervenção.
Quais são os sinais de alerta
da depressão pós-parto?
Os sintomas mais graves da depressão pós-parto
incluem cansaço extremo, desinteresse pelo bebê, alterações no apetite e
pensamentos recorrentes de morte ou suicídio. Esses sinais indicam um quadro
mais grave e requer ajuda médica imediata. No entanto, os sintomas mais comuns
são choro frequente, tristeza, falta de apetite, irritação sem motivo,
sentimento de culpa e ansiedade. Nestes casos, é igualmente importante procurar
apoio psicológico.
Quem está mais vulnerável à
depressão pós-parto?
Mulheres com histórico de depressão, falta de
apoio, complicações na gravidez ou parto, ou que passaram por traumas
emocionais têm maior risco. O acompanhamento psicológico pode ajudar a prevenir
ou tratar precocemente.
Como buscar ajuda?
Ao notar sinais de depressão, a mulher deve buscar
orientação de um psicólogo ou psiquiatra. O tratamento inclui psicoterapia e,
em alguns casos, medicação. A participação da família também é importante na
recuperação.
É possível prevenir a
depressão pós-parto?
Sim. O diálogo sobre os desafios emocionais durante
a gravidez, o acompanhamento psicológico e uma rede de apoio podem ajudar a
prevenir ou reduzir os sintomas.
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