No mês em que o
Dia Mundial da Saúde Mental é celebrado, o objetivo é trazer à tona discussões
sobre a importância do tema
No mês de outubro a saúde mental ganha foco por
conta do Dia Mundial da Saúde Mental, instituído pela Federação Mundial de
Saúde Mental e celebrado na última quinta-feira, 10. O objetivo é ampliar o
conhecimento público sobre o assunto e a luta para que todos os cidadãos possam
ter direito a esse pilar tão fundamental.
Diversas pesquisas mostram que são muitos os
desafios relacionados à saúde mental em todo o mundo. Segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS), em 2019, quase um bilhão de pessoas viviam com
algum transtorno mental. O suicídio foi responsável por mais de uma em cada 100
mortes e 58% deles ocorreram antes dos 50 anos de idade. Além disso, os
transtornos mentais são a principal causa de incapacidade para o
trabalho.
Segundo Danilo Suassuna, doutor em psicologia e diretor do Instituto Suassuna, que oferece pós-graduação e forma psicólogos atuantes, o ambiente de trabalho
tem um impacto profundo na saúde mental dos colaboradores. “As exigências
constantes por resultados, aliadas a uma cultura que muitas vezes valoriza o
“sempre disponível”, podem criar um terreno fértil para o desenvolvimento de
transtornos mentais como o Burnout”, afirma.
De acordo com o especialista, é preciso investir no
equilíbrio entre vida pessoal e vida profissional, buscando estabelecer
limites. Neste cenário, as empresas que adotam uma abordagem proativa,
implementando políticas inclusivas e programas de apoio psicológico, não só
melhoram a vida de seus colaboradores, mas também fortalecem sua própria
sustentabilidade a longo prazo. “O relatório de 2023 da Best Place to Work
revelou que empresas com altos índices de satisfação em saúde mental tinham uma
rotatividade 34% menor e reportaram um aumento de até 25% na produtividade”,
conta ele.
Danilo Suassuna enfatiza que o mesmo estudo mostrou
que 45% dos trabalhadores de empresas que não priorizam a saúde mental relatam
níveis elevados de estresse, contra apenas 12% em empresas que adotam práticas
proativas de bem-estar. “Essa diferença marcante revela a importância de
políticas que não apenas reconheçam, mas que também respondam ativamente às necessidades
emocionais e psicológicas dos funcionários. Empresas que implementam
estratégias de apoio, como horários flexíveis, pausas regulares e programas de
saúde mental, tendem a apresentar melhores resultados em termos de satisfação e
engajamento dos funcionários”,avalia.
Outro ponto essencial mencionado pelo doutor em
Psicologia está relacionado às relações interpessoais no trabalho, que são
frequentemente negligenciadas quando se discute saúde mental. “A qualidade
dessas relações pode ser tão impactante quanto o ambiente físico ou as
condições de trabalho. Funcionários que relataram trabalhar em ambientes
colaborativos e com boa comunicação interna também apresentam maior satisfação
geral e menor incidência de estresse e ansiedade. Por outro lado, ambientes de
trabalho marcados por conflitos, falta de comunicação e competição excessiva
podem contribuir significativamente para o aumento de doenças mentais”, alerta
Danilo Suassuna.
Danilo Suassuna - Doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2008), possui graduação em Psicologia pela mesma instituição. Autor do livro “Histórias da Gestalt-Terapia – Um Estudo Historiográfico”. Professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás e do Curso Lato-Sensu de Especialização em Gestalt-terapia do ITGT-GO. Coordenador do NEPEG Núcleo de estudos e pesquisa em gerontologia do ITGT. É membro do Conselho Editorial da Revista da Abordagem Gestáltica. Consultor Ad-hoc da revista Psicologia na Revista PUC-Minas (2011). Para mais informações acesse o instagram: @danilosuassuna.
Instituto Suassuna
Para mais informações, acesse o site ou através do instagram e canal no youtube.
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