Médica veterinária da Fórmula Animal preparou
um guia com as 10 principais questões sobre o tema
É
cada vez mais comum ver perfis nas redes sociais repletos de fotos que
registram momentos de interação entre pets e crianças. E, por trás da ternura e
humor que essas imagens retratam, está uma relação repleta de pontos positivos
para os pequenos. De acordo com Gisele Starosky, médica veterinária da Fórmula
Animal ― rede de franquias de farmácia de manipulação veterinária, que produz
medicamentos e produtos voltados à saúde animal de forma personalizada ― cuidar
de um animal auxilia em um estilo de vida mais ativo, já que incentiva a
criança a realizar brincadeiras com o animal, o que resulta em uma melhor
interação social, além de estimular exercícios físicos.
“O
convívio com animais de estimação também ajuda a criança a desenvolver
responsabilidades, pois o cuidado com o pet é um compromisso diário. Outros
pontos benéficos dessa relação é que ter um animalzinho em casa é associado a
uma menor probabilidade de ansiedade na infância e um sistema imunológico mais
forte”, explica Gisele.
Mas,
mesmo diante dos benefícios, ainda há famílias com crianças que acabam
hesitando em ter um bichinho, enquanto outras, que já possuem pets, ficam com
receio que o animal se sinta deixado de lado com a chegada de um bebê. Assim,
com o intuito de ressaltar que com alguns cuidados simples, é possível não só
manter uma convivência harmônica entre crianças e pets, como fazer que essa
relação se torne uma memória afetiva na vida adulta, a médica veterinária da
Fórmula Animal listou as dez principais dúvidas sobre o tema. Confira!
1. Existe algum cuidado
especial com a saúde do pet para que ele possa conviver com bebês e crianças?
É
importante manter as visitas periódicas ao veterinário para que seja realizado
o controle preventivo de doenças, através de vacinas e vermífugos, por exemplo.
Além disso, é preciso ficar atento à higiene do animal, mantendo uma frequência
adequada de banhos e mantendo as unhas cortadas, para evitar acidentes.
2. Com a chegada de um bebê,
o bichinho precisa ser colocado em algum cômodo específico da casa ou levado
para a casa de algum parente?
O
contato entre animais e crianças é muito importante para o desenvolvimento e,
até mesmo, para a saúde dos pequenos. Porém, as crianças, principalmente nos
primeiros meses de vida, demandam muito cuidado e, consequentemente, maior
atenção dos pais. Assim, para que a convivência entre crianças e pets se torne
confortável para todos, é fundamental garantir que o bichinho se torne mais
independente e confiante. Uma forma de contribuir para isso é investir em
adestramento e enriquecimento ambiental, para que o animal se distraia quando o
tutor não puder dar total atenção.
3. Como apresentar o bebê ao
pet?
Nos
casos em que o pet chega depois do bebê, é importante, primeiramente,
socializar o animal, para que ele se acostume com o ambiente e para que o tutor
observe o seu comportamento e, somente após isso, apresentar a criança a ele.
Quando é o bebê que chega depois, é importante permitir que o pet se aproxime
primeiro da criança, sinta seu cheiro e se familiarize. Lembrando que essa
interação depende do temperamento do animal, em animais ansiosos ou
hiperativos, vale a pena realizar adestramento antes dessa apresentação
inicial.
4. Famílias com crianças que
tomam a decisão de adotar/comprar um pet, devem atentar-se a quais pontos antes
de tomar a decisão?
É
importante que os pais se atentem que os animais também exigem muitos cuidados
como consultas periódicas no veterinário, vacinação, cuidados com higiene e
interação social, entre outros. Todas essas questões devem ser levantadas antes
de trazer um pet para a família.
5. Existe alguma forma de
escolher o “pet ideal” para a família?
Antes
da chegada de um animal na família, é extremamente importante avaliar o espaço físico
que ele terá, assim os tutores conseguirão avaliar se o porte do animal que
está chegando será compatível com o espaço fornecido. Além disso, é necessário
avaliar como o animal adotado se comporta com crianças, com outros animais, com
carinhos e a interação com outras pessoas.
6. Crianças que convivem com
animais precisam de cuidados extra em relação à higiene?
Os
cuidados são os mesmos de higiene diária geral. É importante incentivar a
criança a lavar as mãos após brincadeiras com os pets, principalmente antes das
refeições, e evitar que os animais deem “lambeijos” muito próximos à boca.
Lembrando que é importante, da mesma forma, manter a higiene do animal em dia,
com banhos regulares e escovação dos pelos, bem como a administração de
vermífugos, vacinas e outros tratamentos preventivos.
7. Os gatos podem fazer com
que bebês e crianças desenvolvam asma?
Gatos
normalmente perdem muitos pelos ao longo do dia e é possível que a pessoa tenha
crises alérgicas ao inalá-los ― assim como qualquer outro tipo de sujidade ou
poeira. Dessa forma, os gatos não podem ser os culpados pelo desenvolvimento
das crises asmáticas. É necessário que o local seja limpo e aspirado
frequentemente, além de manter a escovação dos bichinhos em dia, a fim de
reduzir os pelos que caem no ambiente. É importante frisar que alguns estudos
já demonstraram que o convívio com animais de estimação pode reduzir as chances
de desenvolvimento da doença.
8. O que fazer caso a
criança apresente alergia ao pet? Há formas de amenizar o problema?
De
forma geral, é importante somente manter o ambiente sempre limpo e arejado para
evitar a inalação dos pelos e, consequentemente, reduzir as crises alérgicas.
Além disso, é preciso escovar a pelagem do animal sempre que possível.
9. Cães grandes e de raças
classificadas como “bravas”, a exemplo do Pitbull e do Rottweiler, podem
conviver com crianças?
Animais
de porte grande, apesar de terem fama de agressivos, são animais muito
carinhosos e sociáveis. É importante frisar que o comportamento do animal é muito
relacionado com a forma em que é criado, ou seja, se o animal crescer em um
ambiente amável e carinhoso, muito provavelmente se tornará um animal dócil.
Porém, é importante também lembrar que às vezes animais maiores e mais fortes
podem perder a noção da própria força e acabar machucando sem querer. Portanto,
brincadeiras com crianças muito pequenas devem ser sempre acompanhadas de um
adulto.
10. O que os pais podem
fazer para evitar que as crianças acabem machucando os bichinhos na hora da
brincadeira?
É
importante sempre conversar com as crianças e explicar que os animais não são
brinquedos e que devem ser sempre respeitados. Além disso, a criança deve saber
dosar a força ao fazer carinho, por exemplo, sempre entendendo os cuidados que
deve ter com o animal. Uma dica é incentivar a criança a interagir com o
bichinho dando comida, água e banho, para que ela entenda a importância do
cuidado com o pet.
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