O bullying,
infelizmente, não é um fenômeno recente. Ao longo da história, sempre foi uma
prática comum em ambientes escolares, muitas vezes invisibilizada e
normalizada. Porém, com o avanço das discussões sobre saúde mental e o impacto
psicológico das agressões físicas e verbais, o combate ao bullying tornou-se
prioridade nas instituições de ensino.
O bullying é um problema crescente nas escolas de
todo o mundo e seus impactos podem ser devastadores para a saúde mental e o
desenvolvimento emocional das crianças e adolescentes. Ações para combater essa
prática são urgentes e necessárias para garantir um ambiente seguro e
inclusivo. Com o objetivo de promover a conscientização e prevenção, escolas
têm investido em projetos e programas que incentivam o respeito, a empatia e a
diversidade entre os alunos.
Em memória ao Dia Mundial do Combate ao Bullying,
celebrado em 20 de outubro, a Legacy School reforça seus esforços na criação de
um ambiente de paz e bem-estar emocional entre seus alunos. Sob o tema
"Jesus, o Príncipe da Paz", a escola destaca a importância da fé em
Jesus Cristo como uma fonte de tranquilidade e esperança diante dos desafios
modernos, como a ansiedade e o bullying. "Em um mundo cada vez mais
acelerado e exigente, é comum que os jovens sintam ansiedade, medo e
frustração. No entanto, a Bíblia nos revela em Jesus Cristo a verdadeira fonte
de paz", afirma Phillip Murdoch, fundador e diretor da Legacy School.
Através de grupos especializados, como o Projeto
Help, debates com psicólogos e professores, além de atividades lúdicas, louvor
e reflexões bíblicas, os alunos são convidados a descobrir como a presença de
Jesus pode trazer tranquilidade e conforto aos seus corações. Durante todo o
mês, as Chapels e as aulas de Bíblia são espaços de acolhimento e aprendizado
sobre ansiedade, frustração, bullying e depressão, e como encontrar em Deus a força
para enfrentar os desafios da vida. “Acreditamos que o legado cristão da nossa
escola está profundamente entrelaçado em tudo o que fazemos. Os valores
cristãos, como o amor ao próximo, a empatia e o perdão, são fundamentais para
formar cidadãos que saibam conviver com as diferenças. Esses princípios não
apenas guiam o comportamento dos nossos alunos, mas também permeiam todo o
nosso planejamento pedagógico e os programas de mediação de conflitos, criando um
ambiente acolhedor e respeitoso para todos”, reforça Phillip.
Além dessas iniciativas, Phillip Murdoch é também
autor do livro “Bullying, não!”, lançado há um
ano, e que vem sendo trabalhado de forma contínua na escola, especialmente na
educação infantil. A obra é uma ferramenta lúdica e educativa que aborda o
bullying de maneira acessível às crianças. A história acompanha Henry, um
menino da cidade encantada das Luzes, que enfrenta o desafio de lidar com um
colega que o faz sentir-se triste por causa do bullying. Com uma narrativa
envolvente, o livro ensina os pequenos a identificarem e enfrentarem o
bullying, utilizando valores cristãos como empatia, perdão e amor ao próximo.
Dessa forma, o conteúdo estimula reflexões importantes desde cedo, promovendo
um ambiente mais acolhedor e respeitoso entre os alunos.
De acordo com a psicóloga da escola Camila da
Silva, as consequências do bullying vão muito além do ambiente escolar. "O
bullying afeta profundamente a autoestima das vítimas, podendo causar ansiedade,
depressão, isolamento social e, em casos mais graves, levar a pensamentos
suicidas. É essencial que as escolas adotem políticas preventivas, promovendo
discussões sobre o tema e oferecendo suporte psicológico às vítimas e também
aos agressores, que muitas vezes também enfrentam questões emocionais não
resolvidas", afirma a psicóloga.
Camila destaca ainda a importância de identificar
os sinais de que uma criança está sofrendo bullying. "Alterações no
comportamento, como queda no desempenho escolar, isolamento, irritabilidade e
tristeza constante, podem ser sinais de que algo está errado. Os pais e
professores devem estar atentos a essas mudanças e buscar ajuda
imediatamente", completa.
A diretora pedagógica Raquel Mazzaro, da unidade de
Ilha Pura, no Rio de Janeiro, reforça que o combate ao bullying deve ser uma
responsabilidade compartilhada entre a família e a escola. "Nós, como
educadores, temos o dever de criar um ambiente acolhedor, onde cada aluno se
sinta respeitado e valorizado. Na Legacy School, trabalhamos com a
conscientização desde cedo, promovendo atividades que incentivam o respeito às
diferenças e o diálogo entre os estudantes. Também oferecemos treinamentos para
professores identificarem casos de bullying e agirem de forma preventiva",
explica Raquel.
Ela destaca que a escola não pode ser apenas um
lugar de aprendizado acadêmico, mas também um espaço de formação cidadã.
"Incentivar o diálogo, a empatia e a resolução pacífica de conflitos é
fundamental para evitar o surgimento de comportamentos agressivos. As crianças
precisam entender que as palavras e ações têm consequências, e que o respeito é
a base de qualquer convivência saudável", conclui.
Na Legacy School, o enfrentamento desse problema é
fundamentado em três pilares essenciais: conscientização, mediação de
conflitos e suporte psicológico. Essas ações
visam não apenas resolver casos pontuais, mas também prevenir que
comportamentos agressivos se perpetuem.
Raquel destaca algumas abordagens chave para esse
momento:
- Conscientização: "Desde o início da jornada escolar, promovemos campanhas de conscientização sobre o bullying, ensinando os alunos a reconhecer comportamentos prejudiciais e a praticar o respeito às diferenças. Isso é feito por meio de palestras, workshops e atividades lúdicas que envolvem tanto os alunos quanto os pais, criando um entendimento coletivo da importância de uma convivência saudável", explica Mazzaro.
- Mediação de Conflitos: "Implementamos um programa de mediação de conflitos, onde os próprios alunos são treinados para identificar e resolver pequenas desavenças, sempre com a supervisão de um adulto. Isso promove uma cultura de respeito e empatia. Além disso, nossos professores recebem treinamentos periódicos para intervir rapidamente em situações de conflito e evitar que elas se agravem para casos de bullying", afirma. A ideia é empoderar os alunos e educadores para agirem como facilitadores de diálogo, reforçando a importância da comunicação não violenta.
- Suporte Psicológico: "O suporte
psicológico é crucial para lidar com as vítimas e os agressores.
Oferecemos atendimento contínuo com psicólogos especializados, que ajudam
a restaurar o bem-estar emocional dos envolvidos. Não se trata apenas de
punir o comportamento agressivo, mas de compreender suas causas e oferecer
ajuda para que tanto as vítimas quanto os autores do bullying possam
superar suas questões", finaliza Raquel.
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