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quinta-feira, 20 de junho de 2024

Cirurgia durante a gestação para casos de Mielomeningocele diminui chances de hidrocefalia, mostra estudo da AACD

Um estudo inédito no Brasil conduzido pelas médicas fisiatras Dra. Anny Michelly Paquier Binha e Dra Irina Hissami Yamamoto de Barros, com a colaboração da médica residente de Fisiatria Dra Letícia Miti Kuwae constatou, de forma epidemiológica, que pacientes que tiveram diagnóstico de mielomeningocele durante seu desenvolvimento intrauterino e que fizeram cirurgia intrauterina para fechamento dessa malformação - intervenção necessária para evitar lesões nervosas, paralisias e até morte - tiveram menos quadros graves neurológicos do que aqueles que passaram pelo procedimento depois do parto. 

Além de ajudar a contextualizar um cenário nacional para esse tipo de caso, pela primeira vez, a pesquisa realizada por equipe de reabilitação se aproxima da conclusão de um ensaio randomizado americano de 2011, pelo qual a técnica de fechamento intrauterino da malformação passou a ser o tratamento considerado como padrão-ouro.  

“Nossa intenção foi ter uma visão mais atual dos casos de pacientes com histórico de intervenção cirúrgica para fechamento do tubo neural, a fim de referendar a eficácia do procedimento determinado como padrão fora do país”, comentou a médica, que prepara uma segunda etapa para avaliar os resultados do processo de reabilitação física pelo qual passaram esses pacientes da AACD.
 

Como foi feito

A pesquisa, recentemente publicada na revista International Journal of Physical Medicine and Rehabilitation, analisou 262 prontuários de pacientes com diagnóstico de malformações do tubo neural de todas as unidades da AACD, em São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, entre Janeiro de 2021 e Maio de 2023. Do total de prontuários averiguados, 237 eram de pacientes com Mielomeningocele – o tipo mais frequente de malformação do tubo neural - e, desses, 25% passaram por procedimento intrauterino para fechamento do tubo neural, enquanto 75% fizeram a correção após o nascimento. 

Os pacientes que fizeram o procedimento ainda no processo de gestação tiveram menos casos de hidrocefalia - o índice desses foi de 78%, enquanto quem passou pela cirurgia depois de nascer foi 92%. Outro dado relevante foi a necessidade de implantação de um sistema para drenar o líquor do cérebro - líquido que atua como amortecedor e protege as estruturas cerebrais e medulares -, que foi mais frequente em pacientes que tiveram a cirurgia pós-parto, 86%. Nos casos de intrauterina, o índice foi 14%.



AACD - referência em ortopedia e na reabilitação de pessoas com deficiência física. Com infraestrutura completa, equipe multidisciplinar, corpo clínico especializado e mais de 70 anos de expertise, a Instituição é composta por 1 Hospital Ortopédico, 7 Centros de Reabilitação e 5 Oficinas para entrega de produtos ortopédicos sob medida.
Saiba mais no site.


Nova droga é esperança para tratamento de câncer de mama agressivo

Estudo realizado com a participação da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indica bons resultados para tratar o subtipo HER2-positivo, que responde por 20% dos diagnósticos da doença no mundo

 

Uma droga promissora no tratamento do câncer de mama metastático HER2-positivo, subtipo agressivo responsável por 20% dos diagnósticos da doença no mundo, surpreendeu cientistas de várias nacionalidades que participaram de um estudo recém-publicado na Nature Medicine. Um dos autores da pesquisa, o mastologista José Luiz Pedrini, diretor da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), afirma se tratar de um avanço importante. “Significa esperança para mulheres diagnosticadas com este subtipo de câncer de mama, e mesmo para as que vivenciam o retorno da doença após o tratamento inicial.”

O estudo “Trastuzumabe deruxtecan versus trastuzumabe emtansine no câncer de mama metastático HER2-positivo: Análise de sobrevida em longo prazo do estudo DESTINY-Breast03”, publicado no início de junho na renomada revista científica Nature Medicine, envolveu pesquisadores dos Estados Unidos, da Espanha, Itália, França, Austrália, China, Coreia do Sul, do Japão e Brasil. Para comprovar os resultados positivos da aplicação da nova droga T-DXd (trastuzumabe deruxtecan), as investigações foram realizadas em diferentes centros de pesquisas mundiais.

Quando em excesso, a HER2, proteína localizada na membrana das células mamárias, promove um crescimento expressivo de células cancerosas. Por esta razão, este subtipo de tumor tende a ser mais agressivo. Antes da descoberta dos subtipos da doença, incluindo HER2-positivo, os casos de câncer de mama tinham praticamente o mesmo tratamento.

Hoje, as alternativas disponíveis para o HER2-positivo preveem cirurgia, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia. Como avanço para tratá-lo, há a chamada terapia-alvo, que inclui o trastuzumabe emtansine (T-DM1), incorporado recentemente ao SUS (Sistema Único de Saúde). De forma geral, a droga promove o bloqueio da ação da proteína HER2, impedindo o estímulo de crescimento das células tumorais.

No estudo publicado na Nature Medicine, os pesquisadores puderam comparar a segurança e a eficácia de dois medicamentos, um deles o T-DM1, e a nova droga T-DXd no tratamento de mulheres com doença avançada do biomarcador HER2-positivo.

O T-DXd já tem aprovação nos Estados Unidos, na União Europeia e no Japão para pacientes com câncer de mama metastático HER2-positivo e é ministrado após a progressão da doença com taxano e trastuzumabe ou em pacientes que desenvolveram recorrência da doença durante o tratamento ou dentro de seis meses de conclusão da terapia neoadjuvante e/ou adjuvante, ou seja, antes ou após a cirurgia de câncer de mama.

No Brasil, sob a condução do mastologista José Luiz Pedrini, as investigações foram realizadas no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre (RS).

“Ao todo, o estudo envolveu 261 pacientes, com idade média de 54 anos, que usaram a nova droga T-DXd, e 263, tratadas com T-DM1”, afirma Pedrini. A investigação revelou que as mulheres submetidas ao tratamento com a nova droga apresentaram maior tempo de sobrevida livre de progressão da doença quando comparadas com as pacientes tratadas com T-DM1 durante todo o período do estudo. “Com o T-DXd foram 29 meses; no T-DM1, 7,2 meses”, destaca.

Os autores também avaliaram a sobrevida livre de progressão em 24, 36 e 48 meses, e os resultados de T-DXd também se mostraram melhores. “Em 24 meses, a sobrevida livre de progressão da doença no grupo T-DXd foi de 55,8% contra 20,6% no grupo T-DM1. Em 36 meses, foram 45,7% para T-DXd e 12,4% para T-DM1. Finalmente, em 48 meses, obtivemos 41,5% com o uso de T-DXd e 9,9% com T-DM1”, compara.

Para o diretor da SBM, que tem a mesma opinião dos cientistas que participaram da investigação, os resultados são surpreendentes. “Justamente porque nunca houve uma diferença de benefício tão grande entre a melhor droga até então e uma nova droga, a T-DXd”, afirma.

As pacientes que participaram da pesquisa fazem uso da nova droga há cinco anos. “De outra forma, não teríamos alternativas de sobreviva”, diz José Luiz Pedrini, que acrescenta: “Será que entramos no caminho do controle de uma doença, que até então era impossível de curar?”.


Inverno espalha conjuntivite viral

Na estação a imunidade cai e a circulação dos vírus aumenta, colocando nossos olhos em risco. Entenda.

 

Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que durante os meses mais frios as doenças respiratórias afetam cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo e causam até 650 mil mortes por ano. No Brasil a situação é um pouco pior. O último boletim da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde mostra que em 2023 ocorreram 221,7 mil casos de síndrome respiratória aguda grave e a taxa de óbitos foi de 19 mil, bem acima da média mundial.  

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier, o frio é o ambiente propício para a reprodução de diferentes cepas de vírus.   Uma delas, o adenovírus, aumenta os casos de resfriado e conjuntivite, inflamação da conjuntiva, membrana transparente que reveste as pálpebras e a esclera, parte branca dos olhos. 

O especialista ressalta que o aumento da poluição no inverno predispõe ao  olho seco, uma disfunção na quantidade ou qualidade da lágrima que tem a função de proteger os olhos. “Sem esta barreira contra as agressões externas, o vírus chega aos olhos por meio do ar, água, contato com secreção de uma pessoa resfriada ou da mão com os olhos após tocar em um objeto contaminado”, explica. 

 

Sintomas

Você acorda de manhã sentindo dor nos olhos, queimação, sensação de areia e visão embaçada. Vai para o espelho e vê seus olhos eliminando uma secreção viscosa e as pálpebras inchadas. Quem está com a imunidade baixa também pode sentir os sintomas do resfriado: tosse, coriza e dor de garganta.

 

Grupos de risco

Queiroz Neto afirma que todas as faixas etárias podem contrair a conjuntivite viral, mas quatro grupos têm mais predisposição:

·         Crianças porque muitas nunca tiveram contato anterior com o vírus e por isso não têm imunidade incorporada.


·         Idosos, alérgicos, mulheres na pós-menopausa e pessoas imunodeprimidas tem maior deficiência de lágrima. Estes grupos, comenta, podem desenvolver ceratoconjuntivite, caracterizada por infiltrados na córnea que causam áreas de opacificação na córnea e pode comprometer permanentemente a visão se  não receber o tratamento adequado.


·         Jovens estudantes e trabalhadores que no dia a dia permanecem aglomerados em ambientes fechados também correm mais risco.

 

Transmissão

O oftalmologista afirma que a conjuntivite viral e a bacteriana são altamente contagiosas. Por isso são uma importante causa de afastamento do trabalho e da escola. A transmissão se dá pelo contato com a secreção dos olhos ou das superfícies tocadas pela pessoa contaminada. Evitar escolas, locais de trabalho e outros ambientes fechados é decisivo para se recuperar da condição

 

Diagnóstico

O diagnóstico preciso, pontua Queiroz Neto, requer a distinção da conjuntivite de outras condições como a uveíte, ceratite ou glaucoma agudo que podem apresentar sintomas semelhantes. Para isso, explica, a consulta inclui a completa anamnese do paciente, incluindo o início, duração e sensações que não podem ser percebidas no exame, como por exemplo dor, coceira e sensação de agulhada no olho. Para estabelecer a melhor terapia o oftalmologista também se informa com o paciente sobre sensibilidade alérgica, contato com pessoas contaminadas, uso de medicamentos e outras condições de saúde que possam interferir no aspecto dos olhos.  “Geralmente fazemos o exame oftalmológico com lâmpada de fenda e instilamos no olho do paciente um colírio de fluoresceína para visualizar melhor a superfície do olho e identificar possíveis danos ou abrasões na córnea.

 

Tratamento

A conjuntivite viral é tratada com o gerenciamento da condição e geralmente dura duas semanas.  Queiroz Meto afirma que quando não há infiltrados a indicação é instilar colírio lubrificante para diminuir o desconforto. Em caso de ceratoconjuntivite o tratamento é feito com colírio de corticoide. “Neste caso, ressalta, requer o acompanhamento do oftalmologista para ser retirado aos poucos e não causar efeito rebote”, salienta. Um erro frequente no tratamento de conjuntivite viral é usar colírio antibiótico. Isso porque, explica, o antibiótico piora a condição e usado indiscriminadamente provoca resistência ao medicamento.

 

Prevenção

As nove recomendações de Queiroz Neto para prevenir a conjuntivite viral são:

·         Evite aglomerações em locais fechados.


·         Mantenha os olhos lubrificados.


·         Lave as mãos com frequência.


·         Evite levar as mãos aos olhos.


·         Ao primeiro desconforto consulte um oftalmologista imediatamente.


·         Pare de usar lente de contato até o olho estar completamente recuperado


·         Durma bem.


·         Aplique compressa fria feita com gaze e água filtrada


·         Nunca compartilhe colírio, fronhas, toalhas e maquiagem.

 

Dia Mundial de Prevenção de Quedas reforça a importância do bem-estar e segurança da população idosa

Em um país com mais de 32 milhões de pessoas maiores de 60 anos, TeleHelp ressalta a importância de se prevenir do acidente doméstico que mais acomete idosos no mundo: as quedas e ainda traz dicas de como se levantar

 

O envelhecimento do Brasil coloca o dia 24 de junho ainda mais em voga. Isso porque, com objetivo de alertar principalmente a população idosa sobre os riscos de quedas, em 2010, a Organização Mundial de Saúde (OMS) colocou a data no calendário, que passou a ser o Dia Mundial de Prevenção de Quedas. 

Segundo a TeleHelp, pioneira em teleassistência no Brasil, as quedas começam a ser mais frequentes a partir dos 65 anos e dentre as causas mais comuns estão tanto questões de saúde, por exemplo, fraqueza muscular, perda de equilíbrio, diminuição da visão e doenças cognitivas como um ambiente inadequado para que o idoso viva em segurança, o que inclui pisos escorregadios, iluminação inadequada, ausência de barras de apoio, desníveis no piso e a presença de obstáculos domésticos.

 

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2020 o número de idosos que buscam independência e moram sozinhos já era de 4,32 milhões, aumentando a necessidade de adaptações residenciais, cuidados preventivos e serviços de atendimento focados nesse público.

 

“De acordo com estudos recentes, envelhecer em casa rodeado pela família e recebendo estímulos do cotidiano aumenta em até 7 anos a expectativa de vida das pessoas, mas para garantir a segurança e bem-estar dos idosos, o ambiente deve ser adequado”, explica José Carlos Vasconcellos, fundador da TeleHelp. “Para ajudar as famílias a fazerem as adaptações corretas, contamos com um guia elaborado em parceria com especialistas, chamado Guia Morar Sozinho, onde mostra cômodo a cômodo o que deve ser feito para promover a independência dos idosos”, finaliza. 

Justamente por promover independência sem abrir mão de saúde, bem-estar e segurança, a teleassistência já é uma aliada dos idosos em mais de 19 países no mundo, sendo utilizada por milhares de pessoas. No Brasil, a TeleHelp, que além de disponibilizar diversos dispositivos que ajudam a monitorar de forma segura a rotina dos idosos. Sobre o serviço da TeleHelp, José Carlos explica: “apesar de fazermos o possível para prevenir quedas nos idosos, infelizmente acidentes ainda acontecem. Pensando nisso, temos o serviço de teleassistência, que ajuda a minimizar os danos de episódios mais sérios ao prestar atendimento e socorro o mais rápido possível”. 

José Carlos ainda dá dicas de diretrizes gerais que podem ser seguidas em caso de queda: “Nos primeiros minutos após a queda, além de solicitar socorro, a avaliação rápida da situação é essencial. É importante checar fatores como consciência, possíveis lesões e dores intensas. Nesse momento, é importante que a pessoa mantenha a calma e fique o mais imóvel possível, evitando agravar o quadro. Até uma hora após a queda, que chamamos de “Primeira Hora de Ouro”, é essencial que o socorro já tenha sido prestado, já que a assistência médica imediata pode fazer a diferença entre complicações sérias e na recuperação em caso de lesões mais graves”. O fundador da TeleHelp completa ainda que “mesmo que a queda pareça menor, é importante que a pessoa seja examinada por um profissional de saúde dentro de algumas horas, especialmente se ela apresentar sintomas como tontura, confusão, dor que piora com o tempo ou incapacidade de usar uma parte do corpo”.

 

A queda aconteceu, e agora?

Caso o acidente ocorra, é importante saber levantar, por mais que pareça óbvio, essa é a parte mais desafiadora para o idoso. Pensando nisso, a TeleHelp trás algumas etapas para minimizar o risco de novas quedas:

  • Manter a calma;
  • Virar-se com cuidado: rolar lentamente para um dos lados, movendo-se para uma posição em que esteja de lado;
  • Subir de quatro: empurre-se para chegar à posição de quatro (mãos e joelhos no chão);
  • Engatinhar: engatinhar até um móvel estável e robusto, como uma cadeira ou sofá;
  • Apoiar-se: colocar as mãos sobre o assento da cadeira ou sofá e, em seguida, colocar uma perna na frente para ter uma base de apoio;
  • Levantar-se: usando os braços e a perna de apoio, empurrar-se lentamente para a posição de pé;
  • Sentar-se: Assim que estiver em pé, sentar-se em uma cadeira para descansar e avaliar novamente o estado físico.


Após Levantar-se

  • Descansar e avaliar: sentar-se e descansar por alguns minutos. Avaliar novamente o corpo para qualquer dor ou desconforto que possa ter surgido.
  • Informar alguém: informar um amigo, familiar ou cuidador sobre a queda, mesmo que não pareça estar machucado.
  • Monitorar os sintomas: ficar atento a qualquer sintoma tardio, como dor crescente, tontura ou confusão, e procurar atendimento médico se necessário.

 

Sensor de desmaio TeleHelp

Para que o idoso viva com mais independência e segurança, a TeleHelp oferece diversos itens que auxiliam na proteção dentro de casa. Entre eles, está o sensor de desmaio, que detecta automaticamente uma queda abrupta, que possa indicar um desmaio, e envia um sinal de emergência quando o idoso estiver inconsciente ou impossibilitado de chamar ajuda sozinho. 

Além do atendimento emergencial, a empresa de teleassistência oferece ainda a plataforma Sênior Academy, um programa sem fins lucrativos que está comprometido em promover o bem-estar e a inclusão dos idosos na sociedade ao oferecer aulas semanais para desenvolvimento nos campos de tecnologia, saúde & bem-estar e educação financeira, contribuindo para a independência e segurança da população. 

Outras informações sobre a TeleHelp, a Sênior Academy e como se tornar um membro, estão disponíveis no site oficial da TeleHelp.


Periodontite pode ter correlação com cardiopatias e diabetes

Em estágio avançado, a inflamação da gengiva se torna irreversível e pode provocar a perda dos dentes


Considerada uma inflamação grave, a periodontite danifica a gengiva e os ossos que sustentam os dentes, tendo um impacto abrangente na saúde bucal e geral. De acordo com o último Relatório Global Sobre a Situação da Saúde Bucal realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), as manifestações mais severas da doença podem apresentar correlação com outras patologias sistêmicas, como as cardiopatias e o diabetes.


“Além de aumentar o risco de problemas cardiovasculares devido ao endurecimento das artérias, há uma relação bidirecional entre a inflamação gengival e o diabetes. A falta de insulina pode favorecer a inflamação das gengivas devido à maior suscetibilidade a infecções, ao mesmo tempo em que dificulta o controle dos níveis de açúcar no sangue. Essa conexão ressalta a importância de cuidar da saúde bucal, especialmente para pessoas com diabetes”, explica Henrique Fukushima, periodontista da Clínica Omint Odonto e Estética.


A qualidade da higiene bucal e o tabagismo desempenham um papel fundamental no surgimento dessa patologia. No entanto, outros fatores também estão relacionados aos riscos, como o uso de medicamentos que reduzem o fluxo salivar, alterações hormonais em mulheres, restaurações dentárias com contornos irregulares, próteses mal ajustadas e predisposição genética. "Uma boa higiene bucal oferece benefícios que vão além da boca. Prevenir doenças dentárias é também um componente crucial para a saúde geral", comenta.


Primeiros sinais


Nas Américas, a doença é mais prevalente em pessoas com 55 anos ou mais. No Brasil, de acordo com o último Levantamento Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, a periodontite está entre as principais causas de perda de dentes em adultos. Os primeiros sintomas incluem sangramento, vermelhidão, inchaço e retração das gengivas, sensibilidade, mobilidade dentaria, dor ao mastigar. O mau hálito também é uma queixa comum.


O que fazer para evitar a inflamação


Para prevenir a inflamação, Henrique Fukushima enfatiza a importância da escovação completa de todos os dentes pelo menos duas vezes ao dia. "Também é importante a utilização diária do fio dental e visitas regulares ao dentista para limpezas e check-ups, a fim de manter os dentes e a boca saudáveis” reforça.


O especialista destaca ainda que, embora seja possível realizar um tratamento no estágio inicial, é fundamental evitar hábitos prejudiciais, como o uso de produtos derivados do tabaco e a falta de escovação diária dos dentes. Em estágios avançados, os danos tornam-se irreversíveis, afetando os ossos da gengiva e levando à perda de dentes. 

 


Clínica Omint Odonto e Estética



Prevenção, Diagnóstico Precoce e Tratamento MARCAM O Mês de Conscientização DA Escoliose

A escoliose atinge 6 milhões de pessoas no Brasil, em sua maioria adolescentes do sexo feminino. O Fisioterapeuta explica a importância do diagnóstico precoce

 

A escoliose, uma condição que se caracteriza pela curvatura anormal da coluna vertebral, afeta pessoas em diferentes estágios da vida, sendo mais prevalente entre adolescentes. Com o objetivo de aumentar a conscientização sobre essa condição e promover a prevenção precoce, o mês de junho é celebrado como Junho Verde da Escoliose. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 4% da população mundial sofre de escoliose. No Brasil, aproximadamente 6 milhões de pessoas convivem com essa condição, com uma prevalência maior entre adolescentes do sexo feminino. 

“Existem diversos tipos de escoliose, incluindo a idiopática, congênita, neuromuscular e degenerativa. A escoliose idiopática, que é mais comum em adolescentes, e a congênita geralmente não apresentam dor inicialmente, mas podem progredir para causar desconfortos significativos se não forem tratadas precocemente, especialmente em curvaturas superiores a 50 graus”, destaca o fisioterapeuta responsável pela unidade de Alphaville, Marcelo Biaggini.

Que ressalta também. “Por outro lado, a escoliose neuromuscular pode causar dor devido ao impacto das costelas no ilíaco da pessoa afetada, enquanto a degenerativa está frequentemente associada a dor devido ao pinçamento de nervos e instabilidade vertebral”. 

A fisioterapia desempenha um papel importante na prevenção e tratamento da escoliose, onde oferece uma triagem precoce, orientações para atividades físicas e tratamento para dores associadas. “O cuidado atento durante a infância e adolescência pode fazer uma grande diferença no manejo da condição, com a detecção precoce aumentando as chances de sucesso no tratamento. Isso inclui o uso de órteses 3D e exercícios fisioterapêuticos específicos, apoiados por estudos que comprovam sua eficácia”, salienta Biaggini. 

Embora em estágios avançados a cirurgia possa ser necessária, apenas uma pequena porcentagem de casos requer intervenção cirúrgica, com a maioria dos pacientes respondendo bem ao tratamento conservador. 

Durante o Junho Verde da Escoliose, é fundamental destacar a importância da conscientização, prevenção e acesso a tratamentos eficazes para melhorar a qualidade de vida de todos os indivíduos afetados por essa condição. A informação e o cuidado adequado desde cedo são essenciais para enfrentar os desafios da escoliose com sucesso. Abaixo, o fisioterapeuta destaca alguns passos do tratamento da condição:

 

Fisioterapia Preventiva:

A triagem realizada por profissionais qualificados, identifica sinais precoces, permitindo a implementação imediata de medidas preventivas. 

A fisioterapia preventiva para jovens inclui a prescrição de exercícios específicos para fortalecer os músculos do tronco, melhorar a postura e prevenir o agravamento da curvatura. Além disso, fornecem-se orientações sobre atividades físicas adequadas para promover a saúde da coluna e prevenir dores associadas à escoliose.

 

Tratamento de dores associadas à escoliose:

Na presença de dores, a fisioterapia desempenha papel fundamental no alívio dos sintomas. Terapia manual, exercícios terapêuticos e técnicas de relaxamento muscular são empregados para reduzir a dor, melhorar a mobilidade e promover a funcionalidade. 

Em casos mais graves, a intervenção médica pode ser necessária, incluindo o uso de órteses, medicamentos anti-inflamatórios ou, em situações extremas, intervenção cirúrgica. No entanto, a prevenção e o tratamento precoces desempenham papel crucial na minimização das complicações associadas à escoliose.



Instituto RV


ANS incorpora novas tecnologias ao Rol

Exames para câncer de pulmão e doença reumática e procedimento preventivo para acidente vascular cerebral serão de cobertura obrigatória

 

Em reunião extraordinária realizada na terça-feira 11/6, a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a incorporação de três tecnologias ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, sendo elas:  

·         Ecobroncoscopia com punção aspirativa com agulha fina, exame para determinar a localização e a extensão de tumores em pacientes com diagnóstico de câncer de pulmão; 

·         Teste de detecção de HLA-B27, usado para o diagnóstico em indivíduos com suspeita de espondiloartrite axial, uma doença reumática inflamatória crônica; e 

·         Fechamento do apêndice atrial esquerdo (percutâneo), procedimento para a prevenção de acidente vascular cerebral (AVC) em pacientes com fibrilação atrial não valvar (FANV), isto é, um tipo de arritmia cardíaca, com contraindicação e/ou falha a terapia com anticoagulantes orais (ACO). 

Sobre o teste de detecção de HLA-B27, vale destacar que a tecnologia já constava no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS, mas sofreu uma alteração em sua Diretriz de Utilização (DUT), para que sua cobertura fosse ampliada. 

 

Ambas os processos seguiram a Lei 14.307/2022, que determina que, após a recomendação positiva pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) para inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS), elas devem ser incluídas no Rol da Agência. Assim, as tecnologias passam a ter cobertura obrigatória na saúde suplementar, de acordo com suas diretrizes de utilização, a partir de 21/6 . 

 

Já a proposta de incorporação do fechamento do apêndice atrial esquerdo (percutâneo) foi submetida diretamente à ANS, tendo passado pela 26ª ( 1º dia e 2º dia) e 28ª reunião técnica da Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar (Cosaúde), pela Consulta Pública 126 e pela Audiência Pública 40, todas realizadas em fevereiro e abril. Assim, a tecnologia passa a ter cobertura obrigatória na saúde suplementar, de acordo com suas diretrizes de utilização, a partir de 1º/7 . 

 

Sobre o rol   

O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde conta com tecnologias disponíveis aos beneficiários entre terapias, exames, procedimentos e cirurgias, atendendo às doenças listadas na Classificação internacional de Doenças (CID), da Organização Mundial da Saúde (OMS).  


Quebrar tabu sobre os cuidados paliativos é um desafio importante na oncologia

Linha terapêutica contribui para o conforto e qualidade de vida ao paciente e familiares

 

O diagnóstico de câncer muda a vida de uma pessoa e de todos que a cercam. Porém, outros obstáculos ainda persistem no tratamento do paciente diagnosticado, como o preconceito diante os tratamentos paliativos, que são conjuntos de práticas que visam a qualidade de vida e conforto aos pacientes e familiares diante de doenças avançadas. 

O oncologista Dr. Joaquim Pinheiro, head do Serviço de Cuidados Paliativos do A.C.Camargo, esteve presente na 1º edição do CineClube Paliativo, e comentou sobre a nova abordagem do A.C.Camargo sobre o tema. O evento, que conecta arte e saúde, ocorreu na última quarta-feira (18) e trouxe um olhar sobre o conjunto de práticas. O médico disse que, ao contrário do que se acredita, a recomendação deve surgir desde o início do diagnóstico. “Falar sobre essas abordagens é começar com um nome e sobrenome, somos o A.C.Camargo, primeiro e único Cancer Center no Brasil, e o nosso sobrenome é especializado em vida. A nossa equipe atua com esse conjunto de práticas de assistência há 20 anos, porém há um ano e meio iniciamos uma reestruturação para que esse protocolo seja integrado na jornada precoce do paciente, assim, pessoas com câncer recebem a atenção da equipe multidisciplinar já desde o diagnóstico”. 

Apesar da prática terapêutica, empoderar os pacientes sobre esses protocolos também é importante no tratamento oncológico, que não envolve somente os aspectos físicos, mas contribuem para outras questões. Sendo assim, é fundamental o profissional da saúde desconstruir, em parceria com o paciente, a ideia de que esses protocolos são voltados para casos em fase terminal da doença. “Essas linhas terapêuticas promovem a qualidade de vida e mitigam sintomas físicos, sociais, emocionais e espirituais. Uma pessoa diagnosticada com uma doença oncológica está comprometida com todas essas dimensões, e essa atenção ajuda a lidar com essas dores, que atingem não apenas o paciente, mas também a família”, complementa Dr. Joaquim.

Esse modelo de assistência está na cartilha nacional da saúde, mas a qualificação dos profissionais ainda é um desafio. “A política nacional vem implementando equipes assistenciais no tratamento dos pacientes oncológicos. A linha terapêutica está nas grades curriculares dos cursos de saúde, porém é preciso destacar a qualificação dos profissionais que estão no dia a dia desses pacientes”, complementa o oncologista.


A.C.Camargo Cancer Center
www.accamargo.org.br


Crânio acupuntura se mostra eficaz no tratamento de dores, tremores e sensibilidade

A terapia da Medicina Tradicional Chinesa vem proporcionando melhores resultados em doenças osteomusculares, neuromotoras e sequelas do AVC


Modalidade da acupuntura, a crânio acupuntura ou craniopuntura vem sendo cada vez mais aplicada em clínicas, hospitais e ambulatórios, inclusive do Sistema Único de Saúde (SUS), para tratar de diversos problemas físicos. A técnica da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) consiste em aplicar agulha ou laser nos pontos de cura ou microssistemas localizados na parte frontal, nas laterais e no topo da cabeça e também na região da nuca, que correspondem a diferentes partes do corpo humano. Em comparação à acupuntura sistêmica (tradicional), “a craniopuntura tem se revelado mais eficaz no tratamento de dores musculoesqueléticas e doenças neurológicas”, afirma a terapeuta Cristiane Comerian, diretora do Instituto Lírios, espaço especializado em tratamentos alternativos e holísticos para promover saúde e bem-estar de São Paulo-SP.

De acordo com a terapeuta, a acupuntura sistêmica, em que as agulhas são inseridas nos pontos de cura espalhados por diversas partes do corpo, atua em todos os sistemas do organismo – gastrointestinal, reprodutivo, urinário, circulatório, nervoso, entre outros -, equilibrando os órgãos internos e as vísceras. Por isso, a técnica é indicada para tratar tanto dos mais variados tipos de dores, como também de distúrbios.

Já na craniopuntura a aplicação da agulha é feita nos pontos do cerebelo, cérebro e rins, que estão associados à dor. Seu efeito analgésico é muito mais rápido e efetivos do que a acupuntura sistêmica. “Logo que as agulhas são inseridas a pessoa já percebe a diferença”, afirma Cristiane. Em suas sessões, a terapeuta utiliza a craniopuntura de Yamamoto, técnica criada pelo médico japonês Toshikatsu Yamamoto, que consiste em mapear os pontos de dor apalpando a área do corpo afetada e inserir agulhas onde há alterações.

Como a craniopuntura também regulariza o sistema nervoso central, a terapia também é indicada para reabilitação de sequelas de AVC (acidente vascular cerebral) e doenças neuromotoras, que causam tremores, espasmos e insensibilidade. “No caso de AVC e dependendo do tipo de trauma física o ideal é iniciar as sessões em até dez dias ou o quanto antes. Quanto mais cedo o paciente for tratado, melhores são os resultados e mais fácil a recuperação”, recomenda a terapeuta do Instituto Lírios.

A acupuntura na região craniana não tem contraindicações, podendo ser aplicadas inclusive em crianças e idosos. Mas Cristiane recomenda evitar exercícios físicos mais vigorosos e fazer uma alimentação leve antes das aplicações, para que a pessoa não sofra uma eventual tontura. 



Instituto Lírios
Instagram/@instituto_lirios


Cirurgia de escoliose: três tecnologias que melhoram a qualidade de vida do paciente

Operar a coluna costuma ser motivo de preocupação para muitas pessoas, principalmente, devido a medos relacionados a riscos que prejudiquem a mobilidade e tragam outras consequências ao corpo. Apesar de compreensível, é importante ressaltar que, hoje, existem recursos tecnológicos robustos que elevam a assertividade deste procedimento garantindo uma maior qualidade de vida ao paciente – os quais precisam ser melhor conhecidos para desmistificar estes receios aos que precisarem passar por esta cirurgia.

A escoliose é uma doença de coluna que afeta cerca de 2% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Seus casos cirúrgicos são indicados em pacientes cuja curvatura da coluna ultrapassa os 45 graus, uma vez que um possível tratamento com o colete para escoliose ou fisioterapia específica não melhoram sua progressão.

É claro que, assim como qualquer procedimento, esta cirurgia apresenta seus riscos, principalmente em termos neurológicos, de infecção e hemorragias. Por isso, além dos cuidados usuais que precisam ser seguidos no pós-operatório – incluindo treinos de mobilidade, andar e demais movimentos em prol do alinhamento da coluna – a incorporação dos avanços tecnológicos pelos profissionais do ramo também é algo que vem contribuindo cada vez mais para uma maior precisão e eficácia na cirurgia, assim como uma melhor recuperação ao paciente.

No Brasil, especificamente, algumas das grandes tendências tecnológicas que temos visto neste sentido é a introdução da navegação e robótica associadas a métodos de visualização 3D, como forma de possibilitar um melhor posicionamento dos implantes e, consequentemente, uma maior segurança na cirúrgica. Veja detalhes de cada um deles:

#1 Navegação: o uso desta técnica é algo extremamente importante para que o especialista tenha informações visuais mais precisas ao longo da cirurgia. Considerando que, no caso da escoliose, este procedimento é algo extremamente delicado e pode durar de duas a seis horas até sua finalização, a navegação auxiliará a proteger áreas anatômicas importantes da coluna como a medula, nervos e tecidos, elevando a precisão em tudo que for feito.

#2 Robótica: apesar se não ser algo relativamente novo, cada vez mais as instituições de saúde estão investindo na robótica em procedimentos diversificados em prol desta maior assertividade. Nas cirurgias de escoliose, esta tecnologia permite que os cirurgiões obtenham imagens mais precisas sobre o paciente e consigam planejar o posicionamento da instrumentação visando uma maior precisão – algo essencial por ser uma cirurgia que envolve os nervos e a medula espinhal. Com ela, o procedimento se torna menos invasivo e mais veloz, preservando os músculos, tendões e ligamentos.

#3 Visualização 3D: também já bastante incorporada, a visualização tridimensional (3D) e em tempo real oferece, além de uma imagem única da área operada, a demonstração exata do ângulo, profundidade e direção que o cirurgião está inserindo os parafusos, ganchos e hastes normalmente utilizados na correção da coluna. Na prática, ela melhora consideravelmente o desempenho destes especialistas, junto à uma melhor recuperação e maior qualidade de vida ao paciente.

Todas essas tecnologias já se mostraram fortemente benéficas para a melhora da função pulmonar, cardíaca, e do alinhamento da coluna, evitando compensações patológicas e, claro, aperfeiçoando a estética que, inevitavelmente, não fica de fora dentre as preocupações dos pacientes.

Atualmente, vemos uma intensificação dos treinamentos na introdução dessas técnicas, assim como um maior número de hospitais introduzindo tais métodos considerando essas vantagens proporcionadas – o que eleva as expectativas de aprofundamento nessas tecnologias e seus impactos positivos naqueles que apresentam tal curvatura.

No final, a maior divulgação e consciência sobre a existência da doença é essencial para que tenhamos um maior número de casos diagnosticados e, por consequência, a introdução do tratamento precoce, de forma que as cirurgias sejam direcionadas apenas aos pacientes que realmente precisam delas e que possam contar com o apoio de tecnologias robustas que assegurem sua saúde.

 

Dr. Carlos Eduardo Barsotti - cirurgião ortopedista formado pela Faculdade de Medicina da USP, Mestre em Ciências da Saúde e Pós-graduado pela Harvard Medical School. Com mais de 19 anos de experiência na área, é um dos poucos profissionais do país a realizar intervenções de alta complexidade, principalmente na correção de escoliose.



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