Linha terapêutica contribui para o
conforto e qualidade de vida ao paciente e familiares
O diagnóstico de câncer muda a vida de uma pessoa e de todos que a
cercam. Porém, outros obstáculos ainda persistem no tratamento do paciente
diagnosticado, como o preconceito diante os tratamentos paliativos, que são
conjuntos de práticas que visam a qualidade de vida e conforto aos pacientes e
familiares diante de doenças avançadas.
O oncologista Dr. Joaquim Pinheiro, head do Serviço de Cuidados
Paliativos do A.C.Camargo, esteve presente na 1º edição do CineClube Paliativo,
e comentou sobre a nova abordagem do A.C.Camargo sobre o tema. O evento, que
conecta arte e saúde, ocorreu na última quarta-feira (18) e trouxe um olhar
sobre o conjunto de práticas. O médico disse que, ao contrário do que se
acredita, a recomendação deve surgir desde o início do diagnóstico. “Falar
sobre essas abordagens é começar com um nome e sobrenome, somos o A.C.Camargo,
primeiro e único Cancer Center no Brasil, e o nosso sobrenome é especializado
em vida. A nossa equipe atua com esse conjunto de práticas de assistência há 20
anos, porém há um ano e meio iniciamos uma reestruturação para que esse
protocolo seja integrado na jornada precoce do paciente, assim, pessoas com
câncer recebem a atenção da equipe multidisciplinar já desde o diagnóstico”.
Apesar da prática terapêutica, empoderar os pacientes sobre esses
protocolos também é importante no tratamento oncológico, que não envolve
somente os aspectos físicos, mas contribuem para outras questões. Sendo assim,
é fundamental o profissional da saúde desconstruir, em parceria com o paciente,
a ideia de que esses protocolos são voltados para casos em fase terminal da
doença. “Essas linhas terapêuticas promovem a qualidade de vida e mitigam
sintomas físicos, sociais, emocionais e espirituais. Uma pessoa diagnosticada
com uma doença oncológica está comprometida com todas essas dimensões, e essa
atenção ajuda a lidar com essas dores, que atingem não apenas o paciente, mas
também a família”, complementa Dr. Joaquim.
Esse modelo de assistência está na cartilha nacional da saúde, mas a qualificação dos profissionais ainda é um desafio. “A política nacional vem implementando equipes assistenciais no tratamento dos pacientes oncológicos. A linha terapêutica está nas grades curriculares dos cursos de saúde, porém é preciso destacar a qualificação dos profissionais que estão no dia a dia desses pacientes”, complementa o oncologista.
www.accamargo.org.br
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