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sábado, 25 de maio de 2024

Preenchimento peniano e a estética genital masculina

Entenda qual foi o procedimento estético íntimo feito pelo marido de Gretchen e o que podemos aprender com isso sob o olhar de um médico andrologista

 

O marido de Gretchen, o saxofonista Esdras de Souza, se rendeu a um procedimento estético íntimo que chamou atenção dos internautas. Em um vídeo publicado no Instagram ele apareceu ao lado da esposa destacando o quanto está feliz com o resultado. Entre críticas e elogios dos fãs na internet, o que ficou de questionamento foi: o que é um preenchimento peniano e para quê serve?

De acordo com o Dr Tiago Mierzwa, urologista e andrologista especialista em medicina sexual, a estética genital masculina tem ganhado destaque nos últimos anos com um crescente número de homens buscando melhorar a aparência e função da área íntima. Os procedimentos visam não apenas aprimorar a aparência física, mas também proporcionar benefícios psicológicos e de saúde.

“É polêmico porque ainda convivemos em uma sociedade que condena muito o que é relacionado à sexualidade, mas procedimentos estéticos genitais, tanto femininos quanto masculinos, podem impactar diretamente na autoconfiança e a autoestima dos pacientes”, explica Mierzwa.

Dentre as técnicas mais comuns na estética genital masculina, estão o dermolipectomia e lipoaspiração de púbis para aumento peniano (casos de lenja embutido), cauterização das glândulas de Tyson, o “lifting” escrotal ou escrotoplastia (plástica da bolsa escrotal) e o engrossamento ou preenchimento peniano, caso do procedimento realizado pelo marido de Gretchen.

O preenchimento peniano é uma técnica usada para aumentar o diâmetro do pênis e não o comprimento, embora quando em estado flácido o procedimento permita maior visibilidade e menos retração do pênis. Conforme Mierzwa, esta é uma opção não invasiva que utiliza preenchedores de ácido hialurônico injetados diretamente sob a pele do pênis, em um local específico conforme necessidade, proporcionando um resultado seguro, eficaz e duradouro a homens que desejam melhorar a estética genital masculina.

“Usamos uma técnica desenvolvida há anos, e que oferece uma solução segura, acima de tudo. O procedimento possui alta taxa de satisfação entre os pacientes e é uma opção viável para quem deseja aumentar o diâmetro peniano quando aplicado com profissional especializado em estética genital masculina”, explica o médico urologista e andrologista especialista em medicina sexual e reprodutiva do homem.

O número de publicações sobre o assunto, assim como as recomendações das principais sociedades mundiais vem atualizando constantemente, trazendo cada vez novidades e dados sobre esse tema.

 

Outros procedimentos

Cada vez mais homens estão buscando melhorar a estética genital e a remoção das glândulas de Tyson é um procedimento algumas vezes buscado. Localizadas na coroa da glande, são pequenas protuberâncias que, mesmo não sendo prejudiciais à saúde, podem ser consideradas indesejáveis quando aumentadas em tamanho. O procedimento é simples e realizado por meio de cauterização. Com duração entre 10 a 15 minutos, a remoção pode ser feita no consultório médico com anestesia local.

Durante a remoção, um bisturi elétrico ou laser é utilizado para eliminar as glândulas, resultando em uma superfície genital aprimorada esteticamente. Após a cauterização, o retorno às atividades diárias é imediato, sendo que a retomada da atividade sexual completa normalmente ocorre entre duas a três semanas após o procedimento. Segundo Dr. Tiago Mierzwa, a função e sensibilidade do pênis não são afetadas pela remoção.

 

Lipoaspiração de púbis e dermolipectomia de púbis

A lipoaspiração e dermolipectomia de púbis são procedimentos cirúrgicos realizados na região genital para remover o excesso de gordura e pele.

Enquanto a lipoaspiração foca na remoção da gordura localizada no púbis para melhorar a estética, a dermolipectomia é recomendada para tratar a flacidez e o excesso de pele, frequentemente resultantes de perda de peso significativa ou envelhecimento.

Ambos os procedimentos são realizados com anestesia geral ou raquidiana, sempre com equipe multidisciplinar para otimizar os resultados e definir a abordagem mais adequada para cada paciente. Com isso obtemos resultados satisfatórios e uma recuperação eficaz mediante o seguimento das orientações médicas pós-operatórias.

Recomenda-se sempre a consulta a um urologista ou andrologista experiente para garantir a avaliação e execução segura das técnicas para cada caso.  




Dr. Tiago Cesar Mierzwa - Urologista e Andrologista especialista em medicina sexual e reprodutiva do homem
IG: @drtiago.urologia
www.andrologia.curitiba.br
https://www.youtube.com/@drtiagomierzwaandrologia


iCasei revela tendências de casamentos no outono e inverno

Crédito: Maddie Farris Photography 

Plataforma conta quais são as escolhas de decoração, vestuário, gastronomia e cores para celebrações realizadas durante as estações

 

Com a chegada do outono e a aproximação do inverno, os casais passam a buscar inspirações para planejar casamentos que representem a essência aconchegante e sofisticada da temporada. De acordo com o iCasei, plataforma pioneira no segmento de site de casamento e lista de presentes, as tendências para cerimônias no outono e inverno estão marcadas por uma paleta de cores com tons quentes, vestidos de noiva com mangas longas e tecidos mais encorpados, menus reconfortantes e detalhes encantadores inspirados na natureza.  

A paleta de cores escolhida pelos noivos vai influenciar nas escolhas de decoração. Durante essas estações, é comum notar a preferência pelos tons mais quentes, como os terrosos, burgundy, marrom, dourado e os verdes profundos. Cores que são características desta época do ano e criam uma atmosfera acolhedora e sofisticada.  

Muitos casais estão integrando elementos de decoração inspirados na natureza, que recordem o outono e o inverno, para harmonizar com as tonalidades escolhidas e criar ambientes encantadores e intimistas aos eventos. Troncos e caixas de madeira, folhas secas, galhos, folhagens, lanternas de ferro forjado e elementos de palha são algumas das escolhas, que transmitem também sensação de calor e romance às celebrações. Para as flores, a disponibilidade sazonal é um fator que influencia, é claro. Além disso, é importante que os arranjos complementem as cores e a decoração do ambiente. As tendências da estação são rosas, cravos, tulipas, crisântemos, dálias e hortênsias. 


Decoração de casamento com inspiração nas tendências de outono
e inverno, além das cores mais quentes, há o uso de
folhagens mais secas, combinando com a estação
(crédito: @terraphotofilm)
 
Já para o vestido de casamento, as influências da moda no período e as preferências pessoais da noiva são fundamentais. Porém, de acordo com o iCasei, durante o outono e inverno, os destaques são modelos com mangas longas, costas detalhadas com decotes ilusão, rendas delicadas ou botões ornamentados. Os tecidos mais utilizados são renda, tule, cetim e veludo, que podem ter detalhes de pelúcia e peles sintéticas. Um diferencial é a adição de capas removíveis ou acopladas ao vestido.  

Na parte dos menus, alguns noivos optam por cardápios que proporcionem conforto aos convidados e ajudem a aquecer em dias frios, como sopas, ensopados, risotos, carnes condimentadas e peixes mais gordurosos, como o salmão. Para o bolo, o chocolate amargo é uma escolha popular para o período. Um bar de bebidas quentes também pode ser adicionado ao casamento, oferecendo opções como cidra e chocolate quente, além de chás de ervas.  

O iCasei também revelou algumas dicas para quem foi convidado para um evento nesta época do ano: “Uma boa dica para ficar elegante sem passar frio em casamentos durante o outono e inverno é optar por peças que possam ser facilmente sobrepostas e tecidos mais pesados e quentes, como lã, veludo, tweed ou cashmere. Acessórios que ajudem a manter o calor também são uma boa alternativa, como luvas elegantes, cachecóis, pashminas ou xales”. 

 


iCasei
https://www.icasei.com.br/
@icaseibr

 

Mensagens de WhatsApp ajudam idosos atendidos pelo SUS a sair da depressão

O ensaio clínico randomizado envolveu 603 participantes
com idade superior a 60 anos, registrados em 24 clínicas
 de atenção primária do SUS
(
foto: Freepik*)

Com comunicados de voz e imagens simples, o programa “Viva a Vida” produziu melhorias significativas em participantes com mais de 60 anos moradores do município de Guarulhos, próximo a São Paulo. Artigo a respeito foi publicado em Nature Medicine

 

O WhatsApp pode ser um recurso poderoso para ultrapassar a barreira da solidão. E contribuir positivamente para a melhoria de quadros de depressão em idosos. Foi o que mostrou um estudo realizado com usuários de Unidades Básica de Saúde (UBS) do município de Guarulhos, vizinho à cidade de São Paulo. A pesquisa, realizada por Marcia Scazufca e colaboradores, foi publicada no periódico Nature Medicine.

Scazufca é professora na pós-graduação do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e pesquisadora científica no Hospital das Clínicas.

“Nosso ensaio clínico, randomizado e controlado, envolveu 603 participantes com idade superior a 60 anos, registrados em 24 clínicas de atenção primária [UBS] do Sistema Único de Saúde [SUS], que apresentavam sintomas depressivos significativos. Os participantes foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos. O grupo de intervenção, com 298 participantes, recebeu, por meio do programa 'Viva a Vida', mensagens de WhatsApp duas vezes por dia, quatro dias por semana, durante seis semanas, com conteúdos de educação sobre depressão e ativação comportamental. O grupo-controle, com 305 pessoas, recebeu uma única mensagem de caráter educacional. Nenhum dos grupos teve suporte de profissionais de saúde”, conta a pesquisadora.

A média etária dos participantes era de 65,1 anos. E a distribuição por sexos foi de 74,8%, para mulheres, e 25,2%, para homens. Scazufca informa que, dos 603 participantes inscritos, 527 (87,4%) completaram a avaliação de seguimento. No grupo de intervenção, 42,4% dos participantes apresentaram melhoria nos sintomas depressivos. Já no grupo-controle, a melhoria foi significativamente menor, de 32,2%. “Este resultado sugere que a intervenção por mensagens móveis foi eficaz no tratamento de curto prazo da depressão em idosos em áreas com recursos limitados de saúde”, diz.

A ferramenta de triagem empregada para selecionar os participantes foi o PHQ-9 (sigla em inglês para Patient Health Questionnaire-9, ou Questionário de Saúde do Paciente-9), amplamente utilizado e validado para avaliar a presença e gravidade dos sintomas de depressão. O PHQ-9 utiliza uma escala de 0 a 27, assim dividida: 0 a 4, ausência de depressão; 5 a 9, depressão leve; 10 a 14, depressão moderada; 15 a 19, depressão moderadamente grave; 20 a 27, depressão grave. Quanto maior a pontuação, maior a gravidade dos sintomas depressivos. “Convidamos para participar todas as pessoas que tiveram pontuação dez ou mais na avaliação inicial. Nossa amostra inclui, portanto, desde portadores de depressão moderada até portadores de depressão grave”, afirma a pesquisadora.

O programa recebeu o nome de “Viva a Vida”. E, considerando o ainda baixo índice de alfabetização da população idosa de baixa renda, os comunicados enviados às pessoas do grupo de intervenção eram mensagens de voz, de três minutos de duração, ou imagens. Não havia mensagens de texto. E os pesquisadores tomaram o cuidado de usar uma linguagem de fácil compreensão, baseada no modelo dos programas de rádio mais populares. Dois artistas, a Ana e o Léo, liam alternadamente as mensagens, que evoluíram de frases educacionais sobre depressão a incentivos à ativação do comportamento e alertas de prevenção de recaída (alguns exemplos podem ser conferidos no final da reportagem).

“A diferença de pouco mais de dez pontos entre a melhoria dos participantes do grupo de intervenção e dos participantes do grupo-controle talvez pareça pequena, mas, considerando que o programa 'Viva a Vida' tem um custo extremamente baixo e o potencial de alcançar uma enorme faixa da população, esses 10% podem significar milhões de pessoas. Além disso, o 'Viva a Vida' deve ser visto como um primeiro passo, que pode vir a ser combinado com outras formas de intervenção. É preciso dizer que a grande maioria das pessoas que participaram não recebia antes nenhum tratamento para depressão. Nem estavam diagnosticadas como portadoras desse quadro”, argumenta Scazufca.

E acrescenta que o resultado é especialmente relevante em um país de baixa e média renda, como o Brasil, onde a população idosa está crescendo rapidamente e os recursos de saúde mental são frequentemente escassos. O baixo custo e a fácil implementação do programa fazem com que ele possa ser replicado também em outros países, de condições socioeconômicas semelhantes ou ainda mais precárias, onde o acesso a tratamentos convencionais é limitado ou inexistente. “A continuidade desse tipo de pesquisa poderá fortalecer ainda mais as evidências para a implementação de intervenções digitais em saúde mental, expandindo o alcance do tratamento psicossocial em um contexto global”, enfatiza a pesquisadora.

O estudo recebeu suporte financeiro da FAPESP por meio de diferentes modalidades de apoio concedidas aos vários integrantes da equipe (projetos: 18/19343-922/05107-721/04493-820/02272-120/14768-120/14504-421/04230-721/10148-122/08668-0 e 21/03849-3).

O artigo Self-help mobile messaging intervention for depression among older adults in resource-limited settings: a randomized controlled trial pode ser acessado em: www.nature.com/articles/s41591-024-02864-4.

 

José Tadeu Arantes
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/mensagens-de-whatsapp-ajudam-idosos-atendidos-pelo-sus-a-sair-da-depressao/51722

 

Entenda como as condições meteorológicas podem influenciar nas emoções das pessoas

 

Estudos revelam que a exposição à luz solar pode influenciar diretamente o humor e energia

 

Segundo a pesquisa publicada no "Journal of Affective Disorders", a exposição à luz solar pode aumentar os níveis de serotonina, melhorando o humor e a energia. Os estudos ainda indicam que condições climáticas, como a quantidade de luz solar, temperatura e precipitação, podem afetar significativamente o bem-estar emocional. 

Enquanto altas temperaturas podem aumentar os níveis de agressão e irritabilidade, temperaturas mais baixas podem levar a uma diminuição da energia. Segundo Aline Alves Ferreira, responsável pela Clínica Escola de Psicologia do Centro Universitário Newton Paiva, as alterações de clima intensificam as emoções. “Embora as condições climáticas não levem alguém a desenvolver algum transtorno emocional, podem servir como um gatilho adicional para alguém que já está em risco”, pontua a profissional.  

Um aspecto fundamental dessa relação é o Transtorno Afetivo Sazonal (TAS), uma forma de depressão que ocorre em certas épocas do ano, geralmente no inverno, quando há menos luz solar. A especialista explica que a maioria das pessoas com esse tipo de depressão apresenta sintomas como tristeza, sonolência e aumento do apetite durante os meses de outono e inverno, mas nenhum sintoma na primavera e no verão. “Isso mostra que a luz solar desempenha um papel crucial em regular nosso relógio biológico e humor," destaca Aline. 

Encontrar uma adaptação às variações climáticas é possível através de estratégias comportamentais e de modificação do ambiente. Por exemplo, o uso de terapia de luz para combater o TAS ou o ajuste de sistemas de ar-condicionado e desumidificadores pode ajudar a controlar os efeitos do clima no humor. Reconhecer e entender esses efeitos pode melhorar a capacidade de gerenciar o bem-estar emocional em face das inevitáveis mudanças climáticas. 

Adotar práticas conscientes para ajustar-se a essas mudanças não só pode melhorar o humor individual, mas também contribuir para um ambiente social mais harmonioso. “Se você suspeita que pode ser sensível às mudanças climáticas, é importante entender que não pode mudar o clima, mas pode tomar medidas para amenizar seus efeitos no seu bem-estar, consultando um profissional de saúde”, finaliza a psicóloga.

 

Centro Universitário Newton Paiva


Desvendando os Elementos da Comunicação

Exploração sob a Perspectiva da Fonoaudióloga Mirna Abou Rafée

 

Comunicar-se é mais do que apenas trocar palavras; é uma arte que permeia todas as interações humanas, um intrincado tecido de linguagem e interação que molda nossas relações e constrói o mundo ao nosso redor. A fonoaudiologia Mirna Abou Rafée, especialista em comunicação e CEO da Yutter, mergulha no cerne da comunicação para revelar os elementos essenciais que a compõem e sua importância no tecido social.


A Essência da Comunicação:   

A comunicação é o ato de compartilhar, participar e tornar comum. Originada do latim "communicare", ela representa a transmissão de mensagens entre um emissor e um receptor, uma troca fundamental que sustenta a interação humana.


Os Pilares da Comunicação:

Mirna destaca os elementos que compõem essa troca dinâmica: 


Emissor: Conhecido como locutor ou falante, o emissor emite a mensagem para um ou mais receptores. Ele é a fonte da comunicação, responsável por transmitir sua mensagem de forma clara e persuasiva.  


Receptor: Denominado interlocutor ou ouvinte, o receptor é quem recebe a mensagem emitida pelo emissor. Sua compreensão e interpretação da mensagem são essenciais para o processo comunicacional.  


Mensagem: Representa o conteúdo da comunicação, o conjunto de informações transmitidas pelo locutor. É a essência da troca, carregando significado e intenção.  


Código: Refere-se ao conjunto de signos e símbolos utilizados na mensagem. É a linguagem compartilhada entre emissor e receptor, que permite a transmissão e decodificação da mensagem.  


Canal de Comunicação: Corresponde ao meio pelo qual a mensagem é transmitida, como jornal, livro, televisão, telefone, entre outros. O canal é o veículo que possibilita a troca de informações entre emissor e receptor.  


Contexto: Também conhecido como referente, é o ambiente ou situação em que ocorre a comunicação. Ele influencia o significado da mensagem e a compreensão do receptor. 


Ruído na Comunicação: Representa qualquer interferência que possa distorcer ou prejudicar a mensagem durante a transmissão. Pode incluir barulho ambiente, falha na codificação ou decodificação da mensagem, entre outros fatores.

 

O Processo de Comunicação Efetiva: 

Mirna destaca que a comunicação só é efetiva quando o receptor decodifica corretamente a mensagem transmitida pelo emissor. Esse entendimento mútuo é essencial para o sucesso da troca de informações.

 

A Importância da Comunicação: 

A comunicação é uma habilidade fundamental para os seres humanos, uma ferramenta que nos permite compartilhar informações, adquirir conhecimento e construir relações significativas. Ela nos torna seres sociais e culturais, criando laços e moldando nossa compreensão do mundo ao nosso redor.

 

A Distinção da Linguagem: 

Mirna destaca a distinção entre linguagem verbal e não verbal, ressaltando que ambas desempenham papéis importantes na comunicação humana. Enquanto a linguagem verbal utiliza palavras e frases, a linguagem não verbal se expressa por meio de gestos, expressões faciais e outros sinais.

 

Explorando os Meios de Comunicação: 

Os meios de comunicação desempenham um papel crucial na disseminação de informações e ideias. Desde a televisão até a internet, esses veículos conectam pessoas e facilitam a troca de conhecimento em escala global.

 

Diferenciando os Tipos de Comunicação: 

Mirna destaca a distinção entre comunicação verbal e não verbal, destacando suas características e aplicações únicas. Enquanto a comunicação verbal se baseia no uso da palavra, a comunicação não verbal se manifesta por meio de gestos, expressões faciais e outros sinais.

 

As Funções da Linguagem: 

Por fim, Mirna explora as diferentes funções da linguagem, como referencial, emotiva, poética, fática, conativa e metalinguística. Cada uma dessas funções desempenha um papel específico no processo comunicacional, determinando o objetivo e a finalidade dos atos comunicativos. 

Em suma, a comunicação é uma habilidade complexa e multifacetada, essencial para o funcionamento da sociedade humana. Ao compreender os elementos e nuances desse processo, podemos nos tornar comunicadores mais eficazes e empáticos, capazes de construir conexões significativas e promover a compreensão mútua em todas as áreas da vida.

A Yutter é pioneira em integrar as diversas áreas da comunicação para maximizar resultados. Atuando como um hub de comunicação 360º, a empresa auxilia indivíduos e empresas a se comunicarem de forma abrangente, incluindo aspectos verbais, visuais e escritos. Acreditando na inseparabilidade da comunicação humana e social, entende-se que o trabalho em conjunto potencializa a autenticidade de cada pessoa. Com especialistas comprometidos com a performance e a individualidade de cada um, buscamos orientar uma jornada completa de comunicação, valorizando a totalidade e a genuinidade em cada interação, finaliza Mirna Abou Rafée.

 



Mirna Abou Rafée - Idealizadora da Yutter, tagarela por vocação e apaixonada por comunicação. Acredita que tão importante quanto o que se diz é como se diz. Defende que uma comunicação autêntica e bem desenvolvida faz você sair na frente e garantir um lugar de destaque, seja onde for. Afinal, uma boa fala tem o poder de valorizar qualquer discurso. Fonoaudióloga formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Especialista em voz pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia com duas pós-graduações. Mentora de comunicação de líderes e executivos de empresas de diversos segmentos. Participação no programa de neurociências na Universidade de Yale em Connecticut/USA
www.yutter.com.br


Psicóloga do CEUB aponta efeitos nocivos da romantização da maternidade

Sentimento de culpa, depressão perinatal, distúrbios mentais e, em casos extremos, até suicídio são efeitos da perspectiva da perfeição relacionada ao maternal


Romantizar a maternidade, como o próprio nome indica, é idealizar a realidade, criando uma visão otimista e muitas vezes irreal. Isso implica estabelecer um padrão ideal e esperar que todas as mulheres o alcancem, especialmente em termos de comportamento materno. Essa idealização, enraizada em uma perspectiva patriarcal, gera uma pressão que resulta numa série de problemas para as mulheres, especialmente para aquelas que são mães de recém-nascidos. 

Izabella Melo, professora de Psicologia do Centro Universitário de Brasília (CEUB) destaca desafios enfrentados pelas mães, que variam desde questões de saúde e mudanças corporais até experiências sociais e profissionais, muitas vezes são interpretados como problemas individuais ou falhas da mulher. A especialista defende o papel da psicologia em fortalecer o vínculo entre mãe e filho durante a gestação e após o nascimento.
 

Confira entrevista, na íntegra:
 

Como considera a influência da romantização da maternidade na experiência das mulheres durante a gestação?

IM:A maternidade, como faceta da vida feminina, está imersa em uma rede complexa de expectativas, normas e romantizações. O período da gestação, que marca o início desse processo, frequentemente é idealizado, mas enfrenta uma série de desafios. Ao reconhecer que as dificuldades são normais e que existem recursos para lidar com elas, podemos tornar o processo da gestação menos árduo. Isso requer um ambiente de diálogo franco e acolhedor, onde as mulheres se sintam à vontade para compartilhar suas experiências e buscar ajuda quando necessário. Em vez de perpetuar a romantização idealizada, é essencial oferecer apoio realista e prático às gestantes, ajudando-as a navegar por esse período desafiador com mais confiança e conforto.
 

Quais são os principais desafios emocionais que as mulheres enfrentam ao confrontar a idealização da maternidade com a realidade?

IG:O processo de idealização da maternidade não se limita ao indivíduo; não é simplesmente uma questão das expectativas de uma única mulher, casal ou família. Ele está enraizado em expectativas rigorosas sobre os papéis que as mulheres devem desempenhar, especialmente durante a fase adulta. As dinâmicas de romantização da maternidade são alimentadas pela comunicação intrafamiliar, pelo estabelecimento de tradições, crenças, rituais e tabus. E são reforçadas em um contexto social mais amplo, através da mídia, como novelas, filmes e séries. 

A literatura frequentemente retrata modelos de mães perfeitas, contribuindo ainda mais para essa idealização. Além disso, as dificuldades enfrentadas pelas pessoas, como questões relacionadas à licença maternidade, à disponibilidade de serviços de apoio e ao suporte psicossocial tanto para a mãe quanto para a criança, criam a expectativa de que é exclusivamente dever da mãe lidar com as demandas dessa fase da vida. 

Em relação aos desafios emocionais, é comum identificar mães sobrecarregadas desde a gestação, passando pelo período pós-parto e durante o desenvolvimento dos filhos. Essa sobrecarga pode resultar em sentimentos desagradáveis, como raiva, culpa, decepção e frustração. É importante reconhecer que quanto menos discutimos a romantização da maternidade, mais espaço estamos concedendo para que esses sentimentos se intensifiquem e afetem um número maior de mães.
 

Como a história cultural da maternidade, especialmente a associação com figuras como Maria, influencia as expectativas de mulheres sobre a sua própria experiência?

IG: Quando pensamos nas figuras emblemáticas de mães, nas várias representações retratando Maria com o filho Jesus no colo, percebemos como a expectativa de abnegação e doação integral da mãe para os filhos pode ser prejudicial para o desenvolvimento psicossocial dessas mulheres. Essa expectativa é simplesmente inatingível, especialmente nos dias de hoje, em que as mulheres são demandadas a se inserir no mercado de trabalho, buscar sucesso financeiro e lidar com uma série de outras responsabilidades. E ainda, espera-se que elas estejam sempre impecáveis, pois qualquer desleixo pode ser interpretado como falta de feminilidade, reforçando assim dinâmicas femininas muito rígidas. 

A falta de diálogo franco sobre essas expectativas inalcançáveis pode aumentar a sobrecarga da maternidade, que já é naturalmente sobrecarregada. O cuidado parental demanda uma série de atividades de suporte físico, emocional e educacional para os filhos. Se ainda existe a expectativa de fazê-lo de forma perfeita, sem reclamações e amando todo o processo, é provável que observemos a manifestação de sintomas ansiosos ou depressivos, além do agravamento de outros possíveis quadros de saúde mental que a mãe possa ter antes disso.
 

Qual é o papel da psicologia na desconstrução desses ideais românticos e na promoção de uma visão mais realista da maternidade?

IG: Na virada dos anos 80 para os 90, a psicologia brasileira assumiu o compromisso social de promover e garantir os direitos de todos os cidadãos do país. Isso implica considerar as especificidades de grupos de cidadãos, como as mulheres e as mães. Para garantir esses direitos, são necessários debates francos sobre as diversas experiências de maternidade, bem como políticas públicas que ofereçam segurança para as mães em áreas como educação, moradia, trabalho e lazer. A individualização no cuidado dos filhos, especialmente focada no papel feminino, prejudica a saúde mental das mães na contemporaneidade. 

A psicologia, por meio de suas diversas áreas de atuação, pode contribuir para a promoção desses direitos. Na psicologia escolar, por exemplo, podemos pensar em como as relações dentro da escola podem influenciar o bem-estar das mães dos estudantes. Na psicologia do trabalho, a promoção de culturas organizacionais saudáveis e flexíveis pode melhorar a qualidade de vida das mulheres que são mães. E na psicologia clínica, por meio de processos terapêuticos, podemos desconstruir expectativas prejudiciais sobre a maternidade e reconstruir concepções mais saudáveis e promotoras de bem-estar.
 

Como considera a ambivalência que algumas mulheres sentem em relação à maternidade quando desejam a gravidez?

IG: Ao abordar a ambivalência que algumas mulheres sentem quando desejam a gravidez, é fundamental que qualquer profissional de saúde compreenda que a maternidade é um fenômeno complexo, repleto de experiências diversas. É comum encontrar sentimentos contraditórios, como amor, estresse, frustração, satisfação, angústia e surpresa, coexistindo dentro desse processo. Ao reconhecer essa diversidade de sentimento em relação aos filhos e à maternidade, podemos acolher a ambivalência de forma mais eficaz.

Muitas mulheres expressam amor pelos filhos, mas não gostam do processo da maternidade. Isso pode ocorrer devido à solidão, à falta de apoio familiar, social ou de políticas públicas. Por exemplo, para mães solo, uma realidade infelizmente comum no Brasil, o processo da maternidade pode ser especialmente estressante, levando à não apreciação dele. 

Desconstruir a romantização da maternidade também implica em reconhecer e discutir a diversidade de sentimentos que uma mãe pode experimentar em relação aos seus filhos. Ao lançar luz sobre essa diversidade, oferecemos um espaço mais inclusivo e acolhedor para as mulheres que estão navegando pelo complexo e multifacetado caminho da maternidade.
 

Como podemos incentivar um diálogo mais aberto, inclusivo, sobre os desafios emocionais da maternidade na sociedade?

IG: Podemos incentivar um diálogo mais aberto e inclusivo sobre os desafios emocionais da maternidade na sociedade através de várias estratégias. Isso inclui a implementação de políticas públicas que garantam segurança e apoio para mulheres e famílias em questões como segurança pública, habitação, trabalho e lazer. Também é importante usar a mídia, como novelas e programas de variedades, para debater os desafios da maternidade e desmistificar expectativas irreais. Além disso, promover conversas francas e acolhedoras dentro das famílias e criar comunidades online onde as mães possam compartilhar experiências.
 

Em que medida a intervenção psicológica pode contribuir para fortalecer o vínculo mãe e filho durante a gestação e após o nascimento?

IG: A intervenção psicológica desempenha um papel importante em fortalecer o vínculo entre mãe e filho durante a gestação e após o nascimento. Oferecer suporte emocional e identificar sinais de estresse, ansiedade e depressão em mães são passos importantes para promover um ambiente de cuidado e apoio. Valorizar o repertório existente das mães e famílias, ao mesmo tempo em que se promove a flexibilização de crenças rígidas e expectativas inalcançáveis, é essencial para fortalecer a autoestima e a confiança das mães. É necessário um ambiente de respeito à humanidade de ambos, mãe e filho, enfatizando a importância do apoio social e da interação com outros adultos, como fundamentais para o desenvolvimento de um vínculo de qualidade.
 

Quais recursos ou apoios adicionais você recomendaria para mulheres que estão lutando para reconciliar suas experiências pessoais com as expectativas sociais da maternidade?

IG: Primeiramente, elas devem refletir sobre suas experiências familiares, explorando as dinâmicas intrafamiliares e as influências transmitidas ao longo das gerações. Isso pode ajudar a entender melhor as origens das expectativas sociais e a tomar decisões conscientes sobre quais modelos de maternidade desejam seguir. Além disso, recomendo que ajustem suas expectativas de acordo com suas próprias possibilidades e limitações, considerando as circunstâncias específicas. Como solução, buscar apoio emocional e prático, seja por meio de grupos de apoio, terapia individual ou familiar, para lidar com os desafios emocionais e encontrar estratégias para uma maternidade mais autêntica e satisfatória.
  

Como aplicar a neurociência no seu dia a dia para ter mais disposição

A bióloga e mestre em Neurociências Livia Ciacci dá 5 dicas para exercitar o cérebro na rotina diária

 

As decisões que uma pessoa toma durante o dia impactam na disposição dela para persistir? O cérebro tem uma capacidade limitada para isso, que vai sendo reduzida ao longo do dia. Muitos estudos testaram os desempenhos de grupos de pessoas em resolução de problemas, com diferenças entre aqueles que fizeram ou não escolhas (decisões) logo antes do problema ser proposto. Todos eles demonstraram que as pessoas que tomaram mais decisões antes foram as mais propensas a desistir e ter um pior desempenho no problema.

 

Segundo a mestre em Neurociências Lívia Ciacci, neurocientista parceira do SUPERA – Ginástica para o Cérebro, é importante ter uma rotina nos estudos, fazer o planejamento prévio e segui-lo. “A função de guiar o aprendizado é manter o cérebro mais descansado, despreocupado com o que fazer - ou seja, liberto da necessidade de decidir a cada momento o que fazer. O cansaço derivado da fadiga mental sempre vai acontecer todas as vezes que a atividade intelectual for intensa - é biológico. Mas nossa motivação e hábitos podem ser modificados a favor do aprendizado”, explica.

 

Lívia ressalta que é possível aplicar os estudos e conhecimentos da neurociência em nosso dia a dia. “Entender como você aprende melhor, eleger quais aprendizados vão trazer impactos positivos para a vida e criar uma estratégia de estudos ou práticas que não conflitem com momentos que você já esteja saturado de decisões tomadas ao longo do dia são ações possíveis. Seres humanos são naturalmente curiosos, mas não são naturalmente bons pensadores. O cérebro foi projetado para evitar que tenhamos que pensar. A persistência mora na solução e nos motivamos a persistir sempre que sentimos que conseguimos avançar. A atividade mental é atraente para nós porque, quando bem-sucedida, recompensa com a sensação prazerosa. Para ter mais disposição, torne a rotina mais favorável ao trabalho mental”, complementa.

 

Dicas para aplicar a neurociência no dia a dia e ter resultados

 

1.      Estabeleça uma recompensa após o esforço. Treine o cérebro a entender que, após o esforço, o aprendizado é prazeroso e traz benefícios.

2.      Tenha clareza dos passos e celebre os pequenos avanços! Na medida em que for sendo bem-sucedido nos avanços, o cansaço fica menos intenso.

3.      Explore sua curiosidade e identifique qual é o seu interesse pelo que deseja aprender. Fragmente os períodos de estudo entre períodos de descanso e reparta a meta maior em pequenas metas alcançáveis. O descanso evita a fadiga mental e as metas fáceis agem na percepção de recompensas.

4.      Se chegou à fadiga mental, a solução é mudar de tarefa ou ir dormir!

5.      Para executar uma atividade que não gosta ou não tem muita aptidão, você terá que aplicar um controle sobre sua atenção.

 

SUPERA - Ginástica para o Cérebro

 

Reflexos de desastres na vida das crianças


Acolhimento e estimulação positiva com histórias, brincadeiras e músicas: Psicóloga sugere atividades para atendimento às crianças vítimas de catástrofes

 

A professora de Psicologia do Centro Universitário São Camilo, Lucélia Paiva, explica como as crianças que passam pelas enchentes no Rio Grande do Sul devem ser recebidas

 

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), desastre é uma séria interrupção no funcionamento de uma comunidade ou sociedade causando uma grande quantidade de mortes, bem como perdas e impactos materiais, econômicos e ambientais que excedem a capacidade da comunidade ou sociedade afetada de fazer frente à situação mediante o uso de seus próprios recursos. Trata-se de uma ruptura do funcionamento habitual de um sistema ou comunidade, devido aos impactos ao bem-estar físico, social, psíquico, econômico e ambiental de uma determinada localidade que podem trazer traumas psicológicos para as pessoas que passam por esta situação.


Essa experiência dolorosa caracteriza-se por ser um evento repentino onde as pessoas afetadas podem se sentir ameaçadas e incapazes de se erguer sozinhas. Segundo a professora de Psicologia do Centro Universitário São Camilo e especialista no atendimento as vítimas de crises, perdas e luto, Lucélia Elizabeth Paiva, esta sensação tanto para crianças como para adultos, é similar, porém, o atendimento para estes dois grupos é diferente. A docente foi uma das integrantes do grupo de trabalho do Conselho Federal de Psicologia para a criação das Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas (os) na Gestão Integral de Riscos, Emergências e Desastres.


“Em uma situação de grande risco físico, como em catástrofes, a pessoa pode se sentir paralisada e ter várias reações comportamentais, fisiológicas ou emocionais como resposta a esse evento traumático. Ela pode ficar mais agitada ou se isolar, ter alterações do sono, nas funções gastrointestinais e até arritmia cardíaca. Os sintomas se apresentam de acordo com a forma que cada pessoa passa pelas adversidades. São manifestações muito pessoais tanto para os adultos, como para as crianças”, explicou.


De acordo com a psicóloga, para sair dessa situação, a pessoa independente da faixa etária, deve se sentir amparada, ter conforto e segurança. As necessidades básicas – como alimentação, sono e higiene – trazem, além da integridade física e mental, uma oferta para que o indivíduo se sinta novamente íntegro e vivo diante de tantas perdas. 


“Em relação às crianças, é natural que reajam com medo, sentimento de desamparo, desorientação e até mesmo confusão. Então, é necessário que elas estejam com adultos psiquicamente estáveis, que permaneçam calmos e que as ajudem a não se sobrecarregar com esta situação. As intervenções terapêuticas devem ser feitas pós-desastre.


Ela explicou que neste primeiro momento, o apoio emocional é necessário para que a criança possa voltar ao seu normal. Além da verbalização, ela pode se expressar por atividades motoras como jogos, brincadeiras e desenhos. Por isso, a professora recomenda   que elas tenham espaços de expressão onde possa mudar de cenário e se sintam seguras e amparadas. Por meio de atividades motoras, jogos e brincadeiras as crianças podem experimentar a segurança e a cooperação. A contação de histórias é importante por que ativa a imaginação, fazendo que elas lidem com seus medos e situações difíceis. “A partir do momento que são oferecidas histórias que tenham o desafio solucionado, há uma identificação da criança com aquele personagem que também pode sentir medo, tristeza e solidão, mas que no final vai vencer os obstáculos. Assim, ao se identificar com esse herói, o sentimento de solidão é minimizado”, disse. 

 

Além de atividades lúdicas, é necessário tentar oferecer organização, criando rituais na hora de acordar, comer e dormir. “Por isso é importante que as pessoas que cuidam dessas crianças, ofereçam um ambiente de ordem e proteção para que ela se perceba inteira, com mais controle sobre si e sinta-se mais relaxada e consciente do seu papel neste momento”, finalizou.

 

Redes Sociais Escolares: Transtornos Mentais Se Espalham Como Vírus, Revela Estudo

Um estudo recente da Universidade de Helsinki revelou que transtornos mentais podem se espalhar entre colegas dentro das redes sociais escolares. A pesquisa, que analisou mais de 700.000 estudantes finlandeses, mostrou que ter colegas com transtornos mentais aumenta significativamente o risco de desenvolver condições semelhantes.


Transmissão de Transtornos Mentais

"Os resultados indicam que a proximidade social e as interações frequentes no ambiente escolar são fatores determinantes na disseminação de transtornos mentais," afirma o Pós PhD em Neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela. "Adolescentes são especialmente vulneráveis a influências sociais, pois estão em um estágio crucial de desenvolvimento, onde a aceitação social e a formação da identidade são primordiais."

O estudo destacou que o impacto é mais forte para transtornos de humor, ansiedade e alimentares, especialmente no primeiro ano após o diagnóstico de um colega. "Isso sugere que a saúde mental dos adolescentes não é apenas uma questão individual, mas também coletiva, exigindo uma abordagem integrada e colaborativa para a intervenção," acrescenta o Dr. Agrela, cientista eleito membro da Sigma Xi, sociedade científica que conta com mais de 200 prêmios Nobel.



Necessidade de Intervenção

Dr. Agrela enfatiza a importância de intervenções precoces e medidas preventivas nas escolas. "Programas que promovam a saúde mental e o bem-estar emocional dos estudantes são essenciais. Devemos normalizar o diagnóstico e o tratamento de transtornos mentais, mas também entender e mitigar a transmissão desses transtornos nas redes sociais dos adolescentes."

Ele sugere uma abordagem que envolva pais, professores e profissionais de saúde para criar um ambiente escolar mais saudável. "Estratégias educativas focadas em empatia, resiliência e apoio mútuo podem reduzir o impacto negativo das influências sociais adversas."

A pesquisa aponta para a necessidade urgente de estratégias de saúde pública e educativas que abordem a disseminação de transtornos mentais em ambientes escolares. "Promover um ambiente de suporte e intervenção precoce é crucial para proteger a saúde mental dos jovens e garantir um futuro mais saudável para todos," conclui Dr. Agrela.

Para mais informações, consulte o estudo completo publicado pela Universidade de Helsinki.

 

Referência:
- Rajala, K., Hakulinen, C., Lipsanen, J., & Suvisaari, J. (2024). The spread of mental health disorders in adolescent social networks. University of Helsinki.

 

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