A bióloga e mestre em
Neurociências Livia Ciacci dá 5 dicas para exercitar o cérebro na rotina diária
As decisões que uma pessoa toma durante o dia
impactam na disposição dela para persistir? O cérebro tem uma capacidade
limitada para isso, que vai sendo reduzida ao longo do dia. Muitos estudos
testaram os desempenhos de grupos de pessoas em resolução de problemas, com
diferenças entre aqueles que fizeram ou não escolhas (decisões) logo antes do
problema ser proposto. Todos eles demonstraram que as pessoas que tomaram mais
decisões antes foram as mais propensas a desistir e ter um pior desempenho no
problema.
Segundo a mestre em Neurociências Lívia
Ciacci, neurocientista parceira do SUPERA
– Ginástica para o Cérebro, é importante ter uma rotina nos estudos,
fazer o planejamento prévio e segui-lo. “A função de guiar o aprendizado é
manter o cérebro mais descansado, despreocupado com o que fazer - ou seja, liberto
da necessidade de decidir a cada momento o que fazer. O cansaço derivado da
fadiga mental sempre vai acontecer todas as vezes que a atividade intelectual
for intensa - é biológico. Mas nossa motivação e hábitos podem ser modificados
a favor do aprendizado”, explica.
Lívia ressalta que é possível aplicar os
estudos e conhecimentos da neurociência em nosso dia a dia. “Entender como você
aprende melhor, eleger quais aprendizados vão trazer impactos positivos para a
vida e criar uma estratégia de estudos ou práticas que não conflitem com
momentos que você já esteja saturado de decisões tomadas ao longo do dia são
ações possíveis. Seres humanos são naturalmente curiosos, mas não são
naturalmente bons pensadores. O cérebro foi projetado para evitar que tenhamos
que pensar. A persistência mora na solução e nos motivamos a persistir sempre
que sentimos que conseguimos avançar. A atividade mental é atraente para nós
porque, quando bem-sucedida, recompensa com a sensação prazerosa. Para ter mais
disposição, torne a rotina mais favorável ao trabalho mental”, complementa.
Dicas para aplicar a neurociência no dia a
dia e ter resultados
1. Estabeleça
uma recompensa após o esforço. Treine o cérebro a entender que, após o esforço,
o aprendizado é prazeroso e traz benefícios.
2. Tenha
clareza dos passos e celebre os pequenos avanços! Na medida em que for sendo
bem-sucedido nos avanços, o cansaço fica menos intenso.
3. Explore
sua curiosidade e identifique qual é o seu interesse pelo que deseja aprender.
Fragmente os períodos de estudo entre períodos de descanso e reparta a meta
maior em pequenas metas alcançáveis. O descanso evita a fadiga mental e as
metas fáceis agem na percepção de recompensas.
4. Se
chegou à fadiga mental, a solução é mudar de tarefa ou ir dormir!
5. Para
executar uma atividade que não gosta ou não tem muita aptidão, você terá que
aplicar um controle sobre sua atenção.
SUPERA - Ginástica para o Cérebro
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