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segunda-feira, 13 de maio de 2024

Infância em risco: aumentam registros de violência contra crianças e adolescentes

 

Foto: Wynitow Butenas/Hospital Pequeno Príncipe

Nas últimas duas décadas, foram mais de nove mil pacientes atendidos em hospital pediátrico por maus-tratos; violência sexual predomina entre os atendimentos


Dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, do governo federal, demonstram que o número de denúncias de casos de violência contra crianças e adolescentes registrado no Brasil em 2023 cresceu 50% quando comparado ao do ano anterior. Foram mais de 228 mil ligações para o Disque 100, denunciando casos que envolveram crianças e adolescentes de 0 a 17 anos. Ainda segundo o Unicef, entre 2016 e 2020, o total anual de mortes violentas de crianças de até 4 anos de idade aumentou 27% no Brasil, sendo que a maioria morreu na própria residência. O mesmo relatório apontou que 136 mil casos de estupro de vulnerável (de 0 a 14 anos) foram notificados no país. ‎   ‏‍

Os números do Pequeno Príncipe, hospital pediátrico referência em atendimento a crianças e adolescentes em situação de violência para Curitiba e região metropolitana, corroboram essa triste estatística. Em 2023, foram atendidos 745 crianças e adolescentes em decorrência de maus-tratos, sendo que 412 deles tinham até 4 anos. O abuso sexual lidera esse ranking: 435 crianças e adolescentes foram atendidos por suspeita desse tipo de violência em 2023, e a mais jovem era um bebê de apenas 4 meses de vida. 

Um panorama histórico mostra que o número de atendimentos de 2013 a 2023 dobrou, como indicado na tabela abaixo, sendo a violência sexual historicamente predominante ao longo dos anos:


No Pequeno Príncipe, 73% das agressões identificadas em 2023 foram praticadas por um familiar. “O que nós temos observado historicamente nos nossos atendimentos, e também na literatura, é que a violência tem sido perpetrada por pessoas conhecidas da vítima. Usualmente são familiares próximos, que, na maioria dos casos, mantêm algum vínculo afetivo com aquela criança ou adolescente”, ressalta a psicóloga Daniela Prestes, do Hospital. 

Com a chegada de 18 de maio, Dia Nacional de Enfrentamento à Violência Contra Crianças e Adolescentes, o Hospital Pequeno Príncipe destaca, por meio da Campanha Pra Toda Vida – A Violência não Pode Marcar o Futuro das Crianças, os graves indicadores de atendimento da instituição que apontam que, a cada ano, mais crianças estão tendo seus direitos violados. “O Pequeno Príncipe chama atenção sobre a importância de todos os atores sociais estarem atentos ao combate à violência contra crianças e adolescentes e tomarem atitudes que possam mudar a vida de meninos e meninas”, reforça a diretora-executiva do Hospital, Ety Cristina Forte Carneiro.

 

Violência na Primeira Infância e suas consequências

Quando olhamos para o recorte da Primeira Infância, até 6 anos de idade, os dados chocam ainda mais. Em 2023, o Pequeno Príncipe atendeu 525 bebês e crianças com algum indício de violência. A maioria, 331, chegou por suspeita de violência sexual, sendo que 24% das situações aconteceram com crianças na faixa de 3 anos de idade. 

É durante os primeiros seis anos de vida que as bases para a saúde física, emocional, cognitiva e social são estabelecidas. Passar por situações de estresse, como a exposição à violência, coloca em risco o desenvolvimento e pode provocar consequências mentais e fisiológicas negativas em longo prazo, além de causar mudanças permanentes no cérebro, segundo o Comitê das Nações Unidas (ONU) sobre o Direito da Criança. A aquisição da linguagem, o funcionamento cognitivo e o autocontrole podem ser afetados para sempre. “Além disso, pela pouca idade e falta de maturidade e discernimento, a criança não consegue identificar o que são maus-tratos e defender-se dessas situações ou pedir ajuda. Por isso, há a necessidade de um olhar diferenciado para essas situações e apoio”, frisa a diretora-executiva do Hospital Pequeno Príncipe, Ety Cristina Forte Carneiro. 

E o lar, que deveria ser um local seguro, sem agressões, infelizmente é o principal cenário dos abusos: 76% dessas crianças com até 6 anos foram agredidas por um familiar. Considerando que elas ficam muito tempo em casa – e à mercê do agressor –, a denúncia (que pode ser anônima) por parte de vizinhos, familiares e conhecidos pode ser a única chance para conseguirem socorro. Os canais de denúncia são: Disque 100 (nacional), Disque 181 (Paraná) e Disque 156 (Curitiba).

 

Sintomas e sinais que podem salvar vidas

Os sinais de que uma criança está passando por situação de violência são variados, tanto com sintomas físicos como psicológicos. Podem ir desde fraturas, hematomas, queimaduras, queda de cabelo, emagrecimento e lesões físicas até ansiedade, medo, insegurança, palavras de autorrecriminação ou autodepreciação, baixa autoestima, isolamento afetivo e isolamento social. ‎   ‏‍

“Os sinais vão desde situações de afastamento dos vínculos afetivos, por descrença nesses vínculos, a sinais de estresse pós-traumático e sintomas psicológicos que vão impactar sua rotina, com impactos na alimentação, sono, higiene... até questões que possam levar a situações de suicídio”, destaca a psicóloga do Pequeno Príncipe. Ela explica também que, nas situações de abuso sexual, a criança ou adolescente pode em algum momento rumar para a pornografia ou então para um quadro relativo à sua sexualidade, como repulsa às relações sexuais de forma geral. E, em decorrência desse ou dos outros tipos de violência, podem aparecer as situações de autolesão e ideação suicida e de tentativas de suicídio.

 

Sinais de alerta:

• mudança brusca de comportamento;

• excesso ou falta de apetite;

• agressividade (reprodução das agressões);

• choro incessante durante diversos momentos do dia ou da noite;

• recusa ou dificuldade para dormir;

• gritos acompanhados de barulhos como batidas;

• voltar a evacuar nas roupas (após fase de desfralde – inclusive na adolescência);

• autolesões;

• desinteresse por coisas de que antes gostava;

• retração, mutismo;

• queda no rendimento escolar.

 

Campanha Pra Toda Vida

Desde 2006, o Pequeno Príncipe promove a Campanha Pra Toda Vida – A Violência não Pode Marcar o Futuro das Crianças, para dar visibilidade às ações de combate à violência promovidas pela instituição. Por meio de manuais e palestras educativas voltados a profissionais de saúde e da educação, livros sobre autoproteção direcionados ao público infantojuvenil e mobilização da comunidade por meio de redes sociais e da imprensa, a campanha busca levar luz ao tema, seja ajudando atores que trabalham com esse público a identificar os sinais de violência, seja incentivando as pessoas a denunciar. 

Neste ano, a campanha ganhou reforço por meio de um projeto viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura. A iniciativa traz ao Brasil, de forma gratuita, a tradução do livro alemão Nenhum Beijinho à Força e Nenhum Carinho à Força. Com muita sensibilidade e poesia, a escritora Marion Mebes e a ilustradora Lydia Sandrock falam sobre o tema com uma linguagem acessível para as crianças e seus cuidadores. O livro, com duas histórias, terá distribuição gratuita e dirigida. Para engajar o máximo de pessoas nessa causa, a obra também ganhou versões digitais e versões em animação, disponíveis no canal do Hospital Pequeno Príncipe no YouTube, por meio do Link.

 Mais informações no hotsite: pequenoprincipe.org.br/PraTodaVida.


Mais da metade das empresas alega aumento de preocupação com fraudes em 12 meses, mostra pesquisa da Serasa Experian

 Foram 3,4 mil diligências a cada milhão de habitantes, totalizando 756.576 no mês


A preocupação com as fraudes no Brasil cresceu para 58% das empresas em 12 meses. Isso é o que mostra uma pesquisa feita pela Serasa Experian, datatech líder em soluções de inteligência para análise de riscos e oportunidades, com foco nas jornadas de crédito, autenticação e prevenção à fraude. Na visão por portes, a proporção é ainda maior: 68% das grandes empresas declararam estar mais atentas sobre o assunto do que o ano passado e elas são, inclusive, as mais conscientes sobre a importância da prevenção contra criminosos: “Proteção de Operações Fraudulentas” (35%), em 2024, é o segundo objetivo das companhias, atrás, apenas, de “Conquistar Mais Clientes” (45%). 

Ainda em relação ao crescimento geral da preocupação sobre fraudes, o levantamento indicou que houve impacto na previsão orçamentária das empresas entrevistadas, mudando a prioridade dos investimentos com fraude de quinto lugar, em 2023, para terceiro, em 2024.  

Veja, abaixo, o ranking completo de investimento por áreas:


Ao sofrerem algum tipo de tentativa de fraude, as empresas demonstraram preocupação com questões relacionadas à segurança da informação, principalmente, ao “Vazamento de Dados de Clientes” (49%) e “Perdas Financeiras” (48%), seguidos por “Vazamento de Dados Próprios” (39%), “Inadimplência” (35%), “Roubo de Informações Estratégicas” (34%), “Fraude de Identidade” (28%) e, por último, a “Perda de mercadorias” (16%). 

Para o Diretor de Prevenção e Autenticação à Fraude, Caio Rocha, “a tecnologia permitiu que as empresas se conectassem globalmente, expandissem seus mercados e alcançassem clientes de maneira mais eficiente. Mas ao mesmo tempo, a digitalização também abriu portas para fraudadores aprimorarem seus golpes. Hackers e grupos criminosos estão cada vez mais sofisticados, explorando vulnerabilidades em sistemas, redes e aplicativos. Por isso, as empresas devem reconhecer a importância crítica de se tornarem mais conscientes sobre fraudes e a proteção em camadas é fundamental para mitigar os riscos e garantir a segurança das operações e dos clientes. Investir em estratégias robustas de prevenção e detecção é essencial para a sustentabilidade e a confiança das organizações”.

 

Atenção em todas as camadas de proteção

Para se prevenirem das fraudes, a pesquisa revelou, ainda, que as empresas consideram as camadas essenciais, sendo as principais “Análise de Documentos” (49%), “Análise de Score de Clientes” (36%), “Análise de Score das Empresas” (28%), “Análise de operações de cartões de crédito” (22%) e “Análise de Dispositivos” (19%). Confira o ranking completo:



Metodologia

Participaram da entrevista 331 pessoas jurídicas (PJs), considerando a classificação estabelecida pelo SEBRAE. A pesquisa buscou abranger diversos setores, incluindo comércio, serviços e indústria, bem como empresas que atuam tanto no mercado B2B quanto no B2C. A pesquisa foi aplicada via painel on-line em novembro de 2023, das quais 49% são da região Sudeste, 20% da Nordeste, 16% da Sul, 9% da Centro-Oeste e 6% da Norte. Do total de empresas respondentes, 71% são “privadas e nacionais”, 16% “privadas e multinacionais” e 13% “estatais”. Em relação ao segmento das companhias, 60% são de “Serviços”, 18% de “Comércio Varejista”, 5% de “Comércio Atacadista” e 5% de “outros”. O porte das empresas se dividiu em “Micro” (37%), “Pequena” (21%), “Grande” (16%), “Acima de 1.000” (15%) e “Média” (12%). 


Evite fraudes: veja dicas dos especialistas da Serasa Experian para se proteger

Consumidores: 

·         Garanta que seu documento, celular e cartões estejam seguros e com senhas fortes para acesso aos aplicativos;

·         Desconfie de ofertas de produtos e serviços, como viagens, com preços muito abaixo do mercado. Nesses momentos, é comum que os cibercriminosos usem nomes de lojas conhecidas para tentar invadir o seu computador. Eles se valem de e-mails, SMS e réplicas de sites para tentar coletar informações e dados de cartão de crédito, senhas e informações pessoais do comprador;

·         Atenção com links e arquivos compartilhados em grupos de mensagens de redes sociais. Eles podem ser maliciosos e direcionar para páginas não seguras, que contaminam os dispositivos com comandos para funcionarem sem que o usuário perceba;

·         Cadastre suas chaves Pix apenas nos canais oficiais dos bancos, como aplicativo bancário, Internet Banking ou agências;

·         Não forneça senhas ou códigos de acesso fora do site do banco ou do aplicativo;

·         Não faça transferências para amigos ou parentes sem confirmar por ligação ou pessoalmente que realmente se trata da pessoa em questão, pois o contato da pessoa pode ter sido clonado ou falsificado;

·         Inclua suas informações pessoais e dados de cartão somente se tiver certeza de que se trata de um ambiente seguro;

·         Monitore o seu CPF com frequência para garantir que não foi vítima de fraude.

 

Empresas:

·         Com a aceleração da adoção de canais digitais na vida dos consumidores, as empresas estão cada vez mais investindo em métodos de soluções antifraude e tecnologias sofisticadas ao longo da jornada do cliente, para que a segurança da operação seja garantida, com o mínimo de atrito possível em sua experiência. Nesse sentido, a Serasa Experian tem soluções modulares inteligentes que possibilitam oferecer uma experiência segura ao cliente final. Com combinação de big data, analytics e soluções automatizadas, as empresas podem blindar seus negócios contra fraudes mantendo a melhor experiência para seu usuário.

·         Faça a análise de compras: invista em camadas preditivas antifraude, principalmente as que realizam a análise comportamental dos seus clientes e usuários. Assim, sua empresa pode avaliar o histórico do consumidor no mercado, status do seu CPF ou CNPJ, os seus hábitos e a existência de pendências em seu nome, por exemplo;

·         Verifique cadastros. Contar com uma base de dados do cliente é essencial para reforçar a segurança de operações online. Nesse quesito, ter acesso a um cadastro atualizado dos consumidores, no qual é possível checar a veracidade das informações fornecidas no momento de uma compra, por exemplo, é uma estratégia para reduzir os riscos na hora de vender. A confirmação cadastral pode identificar tentativas de fraudes, sinalizando situações suspeitas, como divergências de dados do cliente com as que constam de outras bases de dados confiáveis;

Invista em soluções antifraude em camadas: não existe uma bala de prata que funcione para todos os casos. Por isso, é importante munir o seu negócio com tecnologias de ponta que, combinadas, ajudem a blindar todas as etapas da jornada do seu cliente.



Experian 


Mês das mães: Como combater os ruídos relacionados à carreira e maternidade


É comum que as mulheres ouçam, em algum momento da vida profissional, frases do tipo: “não é possível conciliar carreira e maternidade”, “mães devem ser poupadas de novos desafios”, ou até mesmo “quero ser mãe, mas preciso ganhar dinheiro antes”. Esses ‘ruídos’ acabam sendo aceitos – e até mesmo reproduzidos – alimentando, mesmo que inconscientemente, preconceitos e estereótipos. Neste cenário, a maternidade é colocada como um obstáculo para o crescimento profissional, levando muitas a adiarem a gravidez, ou até mesmo a abandonarem suas carreiras em busca de opções mais flexíveis.
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Um exemplo são os crescentes gastos com congelamento de óvulos, que aumentaram 89% nos últimos cinco anos, sendo 25% somente em 2023, de acordo com informações divulgadas pelo Itaú Unibanco. Os números comprovam que, mesmo as mulheres que querem ter filhos, ainda sentem a necessidade de adiar a maternidade por receio de perder oportunidades, enquanto tentam conciliar carreira e família. Já dados divulgados pelo Google mostram que a procura por termos relacionando demissão, estabilidade e licença maternidade cresceram mais de 300% nos últimos 5 anos, o que nos mostra que os estereótipos de gênero e a crença de que as mães são menos comprometidas com suas carreiras frequentemente limitam oportunidades de crescimento e progressão profissional.

O artigo “The Expanding Gender Earnings Gap: Evidence from the LEHD-2000 Census”, publicado em 2017 nos Estados Unidos, afirma que a maternidade é o principal promotor de desigualdade salarial entre homens e mulheres. As brasileiras, por exemplo, ainda recebem em média 70% do salário dos homens, executando as mesmas tarefas. Não é à toa, que depois de se tornarem mães, muitas optam pelo empreendedorismo, o que está longe de ser um caminho mais fácil.

Ainda é válido refletir que cuidar de um outro ser humano é um PhD intensivo de soft skills como resiliência, habilidades de comunicação e negociação, capacidade de resolver problemas, gestão de tempo e criatividade entre outros. Por isso, acreditamos que quando se nasce uma mãe, também nasce uma líder. Nesse sentido, é crucial desnaturalizar crenças limitantes e conscientizar as pessoas sobre a igualdade de capacidades no cuidado e na carreira. Pesquisas científicas têm demonstrado que homens e mulheres são igualmente preparados nesse sentido, desmistificando a ideia de que a responsabilidade do cuidado deva ser exclusivamente feminina.

Precisamos fortalecer a parentalidade como um elemento na vida de muitas pessoas, pautando que não só é possível conciliar esses papéis, mas que eles se retroalimentam. Para isso, é indispensável incluir os homens na pauta do cuidado, promovendo uma divisão equitativa das responsabilidades familiares. Isso não só beneficia as mulheres ao reduzir sua sobrecarga de trabalho, mas também contribui para o bem-estar de toda a família - inclusive dos homens - e para uma cultura organizacional mais inclusiva, o que já está comprovado que gera mais resultados de negócio. Está na hora de transformarmos o cenário no mercado de trabalho, começando com pequenas ações, que denotem esse olhar para todas as pessoas.
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Segundo pesquisa “Silêncio dos Homens” de 2019, 8 em cada 10 homens gostariam de passar mais tempo com os filhos. Além disso, já existem movimentos que consideram a busca pela equalização das licenças maternidade e paternidade, como o CoPai, que trabalha pela ampliação de 30 dias para homens. Inclusive, em alguns países, isso já é uma realidade, como na Nova Zelândia, Austrália, Islândia e Suécia, onde a licença parental é oferecida de forma igualitária, incluindo casais do mesmo gênero, independentemente da relação biológica com a criança. Dessa maneira, conforme os pais se envolvem no cuidado e tarefas domésticas, será possível que uma mudança de fato aconteça e, assim, as diferenças diminuam.
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A maternidade tem muito a nos ensinar sobre empatia, relações, dedicação, empenho e produtividade. Ao contrário do que se acredita, não é um obstáculo, mas um poderoso impulso – não só para a mulher, como também para empresas e toda sociedade.


Luciana Cattony e Susana Sefidvash Zaman são fundadoras da Maternidade nas Empresas, consultoria especializada em equidade de gênero.


Shopping Penha inicia a campanha do agasalho 2024


Itens em bom estado serão arrecadados entre os meses de maio a agosto


O Shopping Penha, localizado na zona leste de São Paulo, acaba de iniciar sua campanha do agasalho 2024. O ponto de arrecadação está localizado no piso térreo, em frente à loja Le Postiche e peças em bom estado como agasalhos, cobertores, calçados e outros artigos de inverno podem ser doados por todos.

Os frequentadores do shopping, assim como colaboradores e lojistas, poderão realizar suas doações entre os meses de maio a agosto e tudo o que for arrecadado será destinado à ONG Lar de Denise e à OAB da Penha.

“Neste ano nosso slogan é “A solidariedade é o melhor agasalho contra o frio” e estamos nos empenhando para que, com as doações recebidas, possamos contribuir para levar um pouco de conforto durante esse período do ano, para quem se encontra em situação de vulnerabilidade social”, comenta Julia Lima, gerente de marketing do shopping.

 

Serviço: Campanha do Agasalho 2024

Data: de maio a agosto.

Onde: Piso Térreo, em frente a loja Le Postiche.

Horário: de segunda à sábado das 10h às 22h.

              domingos e feriados das 14h às 20h.

Endereço: Rua Dr. João Ribeiro, 304 - Penha de França.

 

Shopping AD

www.adshopping.com.br, www.admall.com.br, e www.alugueon.com.br

 

Vários traumas em um dos indivíduos estudados: a) fratura penetrante perimortem no parietal direito, produzida por trauma contuso infligido; b) marca de corte na arcada superciliar direita relacionada com contusão perfurante; c) fratura linear penetrante cicatrizada e marcas de corte no osso zigomático esquerdo relacionadas a mecanismo cortante-contuso, e fratura nasal cicatrizada (fotos: Luis Pezo-Lanfranco)

 Vários traumas em um dos indivíduos estudados: a) fratura penetrante perimortem no parietal direito, produzida por trauma contuso infligido; b) marca de corte na arcada superciliar direita relacionada com contusão perfurante; c) fratura linear penetrante cicatrizada e marcas de corte no osso zigomático esquerdo relacionadas a mecanismo cortante-contuso, e fratura nasal cicatrizada (fotos: Luis Pezo-Lanfranco)


Análises de esqueletos exumados em um cemitério datado do período 500 a.C. a 400 a.C., na fase imediatamente posterior ao colapso da cultura Chavín, mostraram traumatismos mortais infligidos a homens, mulheres e crianças. E também indícios de uma população carente 


A transição do quinto para o quarto séculos antes da presente era teria sido uma época crítica na região dos Andes Centrais, que ficam atualmente no território do Peru. Os estudiosos apontam evidências de um tempo conturbado, que marcaria a passagem do período Formativo Médio (1200 a.C.-400 a.C.) para o período Formativo Tardio (400 a.C.-1 a.C.). Desintegração política e violência intergrupal fariam parte do contexto, talvez associado à hipotética substituição de governos teocráticos por governos seculares. Um novo estudo, publicado na revista Latin American Antiquity, vem reforçar de forma consistente tal suposição.

A pesquisa foi conduzida por uma equipe de pesquisadores peruanos, colombianos e brasileiros, liderada pelo bioarqueólogo peruano Luis Pezo-Lanfranco, na época associado ao Laboratório de Antropologia Biológica do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP) e apoiado pela FAPESP por meio do Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes.

“Fizemos uma análise detalhada das ossadas de 67 indivíduos escavados em um cemitério do período 500 a.C.-400 a.C. localizado no Vale de Supe, a poucos quilômetros de Caral, famoso centro cerimonial que esteve em funcionamento entre 2900 a.C. e 1800 a.C. Nesse cemitério, detectamos padrões de lesões característicos de eventos repetitivos de violência interpessoal. Dos indivíduos examinados, 80% dos adultos e adolescentes morreram em decorrência dos traumatismos infligidos”, diz Pezo-Lanfranco à Agência FAPESP. O pesquisador encontra-se instalado agora no Departamento de Pré-História da Universitat Autònoma de Barcelona, na Espanha.

Pezo-Lanfranco conta que as lesões perimortem (isto é, ocorridas no momento da morte) encontradas em ossos do crânio, face e tórax de vários indivíduos são compatíveis com violência letal provavelmente intercomunitária. E que essa violência não vitimou apenas homens e mulheres, mas também crianças. “Nossa hipótese é que um grupo alheio à comunidade teria chegado no local e perpetrado os homicídios. Depois que os agressores foram embora, os indivíduos mortos foram inumados pela própria comunidade seguindo ritos regulares, como sugerem os padrões de sepultamento”, afirma.

Dos 67 indivíduos estudados, 64 foram enterrados em posição fetal: 12 estavam em decúbito dorsal, quatro em decúbito ventral, sete em decúbito lateral esquerdo e 41 em decúbito lateral direito. A posição fetal é um padrão recorrente nos sepultamentos de várias populações pré-históricas e antigas do mundo. Por ser característico da fase intrauterina, alguns especialistas acreditam que estava associado à ideia de continuidade da vida depois da morte ou de renascimento.

Apesar de o traumatismo perimortem ser o mais frequente nos esqueletos estudados, amplamente distribuído entre adultos de ambos os sexos e em algumas crianças, muitos exemplos de traumatismo antemortem (isto é, antes da morte) também foram encontrados, e vários indivíduos apresentam as duas formas de traumatismo, antemortem e perimortem, o que sugere pelo menos dois eventos violentos ao longo da sua vida, um que gerou fraturas que depois cicatrizaram e outro que os vitimou. “Os marcadores indicam exposição à violência repetitiva e letal ao longo da vida”, comenta Pezo-Lanfranco. E informa que as lesões mais comumente observadas foram fraturas deprimidas da calota craniana, fraturas maxilofaciais, fraturas torácicas, principalmente em costelas e escápulas, e “fraturas defensivas” na ulna, o osso maior que forma o antebraço.

Além dos sinais de violência, a análise das ossadas aponta alta incidência de estresses inespecíficos e doenças infecciosas, que podem estar associadas a más condições de vida decorrentes de uma combinação de pobreza de recursos e crescimento populacional. A pobreza também é atestada pela simplicidade das oferendas funerárias: cabaças contendo restos de vegetais, sementes de algodão e raízes; peças de tecido liso de algodão, esteiras e cestos; colares de contas e fragmentos de cerâmica. “Estudos de isótopos estáveis revelaram que os produtos agrícolas básicos eram a principal fonte de subsistência”, diz Pezo-Lanfranco.

O pesquisador argumenta que esse cenário pobre de recursos no vale de Supe provavelmente se relaciona com o colapso da cultura Chavín, que se expandiu pela serra e costa do Peru entre 1200 a.C. e 500 a.C., e cujo centro era o sítio monumental de Chavín de Huantar, localizado no norte do Peru, na bacia do rio Marañón, que nasce nos Andes peruanos a cerca de 5.800 metros de altitude e flui para leste, até formar, no Brasil, o Solimões.

“Durante a transição do Formativo Médio para o Formativo Tardio, por volta de 500 a.C. a 400 a.C., esse sistema atingiu a exaustão. Vários centros cerimoniais, incluindo Chavín de Huantar, foram dessacralizados e abandonados. E ocorreu uma desintegração das formações políticas organizadas em torno da esfera religiosa, caracterizando, talvez, o declínio dos sistemas teocráticos e a emergência de governos seculares”, relata Pezo-Lanfranco.

Segundo o pesquisador, o sistema Chavín tinha como deidade principal um ser zooantropomórfico, que reunia atributos humanos e atributos da onça pintada.

Deidades zooantropomórficas são encontradas em numerosíssimas culturas em todo o mundo: Índia, Egito, Creta etc. Em uma abordagem puramente especulativa, alguns estudiosos consideram que poderiam ser reelaborações tardias de tradições pré-históricas, de tipo xamânico, nas quais as virtudes dos animais tutelares são sincretizadas com a figura do xamã. Mas esta é uma hipótese, que ainda não pode ser confirmada no estágio atual de nosso conhecimento.

Não se sabe o nome do homem-jaguar de Chavín, porque, à diferença de outras regiões do Velho Mundo, nos Andes não existem registros escritos, que, se decifrados, poderiam trazer informações mais precisas sobre essa época. Leve-se em conta que o período aqui tratado antecede em quase 2 mil anos o estabelecimento formal do Império Inca, que foi a última expressão de milênios de civilizações andinas. Fundado por Pachacuti em 1438 da presente era, o Império Inca sobreviveu por menos de um século, sendo subjugado pelos espanhóis em 1533. Seu último imperador, Túpac Amaru, refugiado em Vilcabamba, foi capturado e morto pelos espanhóis em 1572.

Para a equipe de pesquisadores envolvida no estudo em pauta, os achados são ainda mais relevantes exatamente por virem de uma época tão pouco documentada da arqueologia andina. Poucos cemitérios desse período foram escavados nos Andes Centrais e em menos ainda têm sido encontradas amostras com tão boa preservação, que, nesse local, devido à aridez do clima, permitiu a observação detalhada de lesões em ossos quase íntegros.

“Esta pesquisa, que é parte do que se denomina ‘Bioarqueologia da Violência’, ajuda a entender a natureza dos conflitos interpessoais ao redor da metade do primeiro milênio antes da nossa era. Por outro lado, dados da mesma análise a serem publicados proximamente oferecem uma série de respostas sobre os fatores que modulavam a morbidade e mortalidade dos indivíduos dessa sociedade, que se desenvolveu sob um hipotético contexto de pressão populacional e transição política, associadas ao colapso dos sistemas de crenças em um ambiente bastante pobre em recursos”, conclui Pezo-Lanfranco.

O artigo Bioarchaeological Evidence of Violence between the Middle and Late Formative (500–400 BC) in the Peruvian North-Central Coast pode ser acessado em: https://www.cambridge.org/core/journals/latin-american-antiquity/article/abs/bioarchaeological-evidence-of-violence-between-the-middle-and-late-formative-500400-bc-in-the-peruvian-northcentral-coast/A32D6097D29F59E83DB562EC80189D66.



José Tadeu Arantes
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/estudo-revela-evidencias-de-violencia-em-uma-epoca-de-crise-no-antigo-peru/51625

Shoppings no RJ promovem mutirão para tirar dúvidas sobre declaração do Imposto de Renda (IRPF)

Com atendimento presencial e gratuito, público poderá tirar dúvidas com voluntários do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro


No fim do mês de maio, se encerra o prazo para a entrega da declaração do imposto de renda. Quem ainda tem dúvidas sobre o processo, pode aproveitar a ação “Facilita IRPF”, promovida pelo Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro, que percorrerá os shoppings da rede Ancar Ivanhoe no Rio de Janeiro.  

A ação vai acontecer entre os dias 13 e 17 de maio, sucessivamente, nos bairros de Madureira, Botafogo, Vila Isabel e Del Castilho. Na Baixada Fluminense, a ação será em Nova Iguaçu. Os atendimentos serão gratuitos, realizados das 12h às 20h, e por ordem de chegada.   

Dúvidas como informações sobre dependentes, pensão alimentícia e o que pode melhorar o valor da restituição serão esclarecidas por profissionais da contabilidade. Os contribuintes podem levar documentos e declarações anteriores para que os voluntários deem as orientações.  

O CRCRJ também preparou uma cartilha com as principais informações e dúvidas mais frequentes sobre o assunto. O material será distribuído nos pontos de atendimento. 

 

Serviço - Ação ‘Facilita IRPF’  

Programação completa: 
13/05 - Madureira Shopping (Madureira) |Horário: das 12h às 20h 
Endereço: Estr. do Portela, 222 - Madureira, Rio de Janeiro 

14/05 - Botafogo Praia Shopping (Botafogo) | Horário: das 12h às 20h  
Endereço: Praia de Botafogo, 400 - Botafogo, Rio de Janeiro    

15/05 - Shopping Boulevard (Vila Isabel) | Horário: das 12h às 20h 
Endereço: R. Barão de São Francisco, 236 - Vila Isabel, Rio de Janeiro 

16/05 - Shopping Nova Iguaçu (Nova Iguaçu) | Horário: das 12h às 20h 
Endereço: Av. Abílio Augusto Távora, 1111 - Luz, Nova Iguaçu 

17/05 - Shopping Nova América (Del Castilho) | Horário: das 12h às 20h 
Endereço: Av. Pastor Martin Luther King Jr., 126 - Del Castilho, Rio de Janeiro 


Golpes amorosos nas redes sociais podem levar a grandes perdas

Imagine encontrar um interesse romântico pelas redes sociais e depois descobrir com o tempo que nada mais se tratava do que um golpe amoroso. Pois isso é cada vez mais comum nas redes sociais, com criminosos criando um falso relacionamento com as vítimas e depois se utilizando disso para extorquir dinheiro. 

“São muitas as formar que os golpistas se utilizam para enganar internautas desavisados, podendo ir desde a criação de um vínculo para depois pedir ajuda financeira, até mesmo solicitações de envio de fotos íntimas (os famosos nudes), para depois chantagear as vítimas”, explica Afonso Morais, CEO da Morais Advogados e especialista em golpes financeiros. 

Ele conta que os criminosos se aproveitam do anonimato das redes sociais para se passarem por outras pessoas e, em trocas de mensagens, criar um falso laço sentimental, para posteriormente se aproveitar. 

“São ações de grande crueldade, pois, além do crime financeiro, a vítima também sofre com o sentimento de traição, de ter sido enganada. Muitas vezes essas são até criticadas por parcela da sociedade, que não entendem o fato de que foram vítimas de um golpe elaborado”, explica Afonso Morais. 

Um exemplo foi o caso de Maria* (*nome fictício), que mora em uma cidade da Grande São Paulo e que teve contato via redes sociais com um homem, que falou que já a conhecia. Mostrando as fotos para os vizinhos esses confirmaram que era uma pessoa conhecida, o que aumento a confiança. 

Como desenvolver do relacionamento, o homem afirmou que teria que viajar para Dubai, até estão tudo estava normal. Mas, depois ele informou que tinha que enviar um material para o Brasil e se ela poderia receber. Ao aceitar, depois de um tempo, ela foi informada, que teria que pagar um valor para liberar o material. O que ela fez. 

Posteriormente afirmaram que o que ela recebeu poderia ser considerado lavagem de dinheiro, solicitando mais dois depósitos para que não houvesse complicações. Na terceira solicitação ela procurou a polícia de sua cidade, que informou que não existiam esses procedimentos. 

Maria agora está em busca de recuperar os valores extorquidos, que foram maiores de que R20 mil. Por isso procurou ajuda jurídica, mas, o processo é bastante complicado.
 

Outros golpes 

O caso de Maria*, é chamado de 'Golpe do amor', que geralmente atinge mulheres entre 40 e 70 anos. Nele os golpistas pedem dinheiro para que possam ter acesso a bens e quantias em espécie supostamente retidos em aeroportos. Mas, existem outros golpes a se atentar, como:

  • Encontro falso – nesse a pessoa (geralmente homens) agenda um encontro com alguém por meio do app de paqueras e no local a pessoa pode ter seus pertences roubados ou até ser sequestrada por uma quadrilha para saques ou transferências de valores. Existem os casos que as pessoas também são drogadas no que se costuma chamar de “Boa Noite Cinderela”.
  • Sextorsão – a pessoa começa a trocar mensagens e fotos (nudes) com um ‘parceiro’ e depois vira vítima de extorsão para não esses dados divulgados. Nesse caso também as vítimas pode ser vítimas de hackers.
  • Catfishing – são perfis fakes que as pessoas utilizam para obter vantagens, principalmente financeiras. Geralmente a pessoa utiliza fotos de modelos e tem um bom papo, em um caso que é muito difícil recuperar os valores.

“Como pode ver, os golpistas inventam histórias elaboradas e envolvem muito bem as vítimas. Todo cuidado é pouco em relacionamentos, principalmente quando esses têm início pelas redes sociais”, avalia Afonso Morais. 

Ele conta que é preciso analisar muito bem com quem está falando, suspeitar de quem não conhece e, por mais que tenha criado um vínculo, suspeitar sempre de solicitações de ajudas financeiras. “É complicado quando se envolve sentimentos, mas é preciso um certo grau de frieza no mundo online”, argumento Afonso Morais. 

Ele conta que, nunca se deve fazer depósitos nesses casos e sempre que ocorrem histórias que precisam de dinheiro é interessante buscar órgãos oficiais para saber se elas condizem com a verdade ou não. Ao sofrer esse tipo de golpe, o caminho é entrar em contato com a instituição financeira e tentar sustar o pagamento.

“Também é preciso fazer um boletim de ocorrência e buscar ajuda especializada. Mas, um ponto importante, é não se deixar abater psicologicamente, pois isso faz com que as pessoas sintam vergonha de buscar por seus direitos. É importante ter em mente que os criminosos são cruéis e aproveitam da boa-fé das pessoas”, finaliza Afonso Morais. 


Pesquisa do Infojobs revela que 86% das mulheres acreditam que a maternidade é vista de forma negativa no mercado de trabalho

Para 87% das entrevistadas, intensificar a licença paternidade e responsabilização das figuras masculinas no cuidado com os filhos são passos cruciais para acabar com esse preconceito

 

Uma pesquisa realizada pelo Infojobs, HR Tech líder em tecnologia para RH, trouxe à tona uma realidade preocupante: a percepção negativa em relação à maternidade persiste para a maioria das mulheres no mercado de trabalho. De acordo com o levantamento, 86% das entrevistadas relataram sentir que o tema da maternidade é frequentemente visto de maneira desfavorável no ambiente profissional. Além disso, para 87% delas, a ampliação da licença paternidade e o engajamento das figuras masculinas na responsabilidade com os filhos emergem como passos cruciais para combater esse preconceito enraizado. 

Para Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, os dados evidenciam a urgência de mudanças estruturais e culturais para promover um ambiente de trabalho mais inclusivo e igualitário para todas as pessoas, independentemente de seu papel nas formações familiares. Essa análise também foi evidenciada em pesquisas realizadas em anos anteriores: em 2023, 94% das participantes acreditavam que o tema era visto de forma negativa no mercado de trabalho, e, em 2022, essa percepção era vista por 86% das respondentes. 

"Os resultados, e essa pouca evolução ao longo dos últimos anos, destacam a necessidade de adaptações tanto nas políticas corporativas quanto nas mentalidades culturais. A maternidade não deve ser vista como um fator limitante para o crescimento profissional das mulheres e é fundamental que as empresas reconheçam e apoiem a diversidade de papéis familiares para criar ambientes de trabalho verdadeiramente inclusivos”, pontua Ana Paula Prado. 

Da amostra, 52% são mães ou responsáveis pelos cuidados de alguma criança. Destas, 74% dizem que deixou ou ao menos pensou em deixar de lado o trabalho para cuidar dos filhos. "Isso reflete não apenas a falta de apoio e flexibilidade por parte das empresas, mas também a persistência de barreiras que dificultam a conciliação entre vida profissional e familiar. Nós já temos muitos avanços, cada vez mais as organizações e lideranças estão se preocupando com a gestão de pessoas, bem-estar e satisfação do colaboradores, e para reter talentos é importante adotar práticas que valorizem e assegurem a maternidade, oferecendo soluções de acordo com a realidade dessas colaboradores, além de pensar em parentalidade como um todo”.  

Além disso, 41% das mulheres admitiram ter receio de contar ao superior sobre a gravidez. Outro dado preocupante é que 43% das mulheres afirmam ter sofrido algum tipo de preconceito ou descredibilização durante ou após a gestação 

“É importante destacar a necessidade de ser um agente na promoção de uma cultura organizacional inclusiva, até mesmo inspirando pelo exemplo, nas lideranças femininas que são mães, e mostram a valorização e respeito a maternidade, por isso gravidez e a parentalidade deve ser colocada em foco, mas não como obstáculos ao avanço na carreira. A persistência de estereótipos de gênero e o preconceito no local de trabalho é evidenciada por esses dados, reforçando a urgência de implementar políticas claras e o fornecer treinamento para conscientizar os colaboradores sobre os direitos das mães no ambiente de trabalho, além de inspirar o mercado como um todo”, finaliza Ana Paula Prado. 

 

AMOSTRA

Pesquisa realizada pelo Infojobs entre fevereiro e março de 2024, com a participação de 742 pessoas que se identificam com o gênero feminino, de 18 a 60 anos.

 

CCJ aprova aumento de pena para estelionato em calamidade pública. Especialista questiona eficácia da medida

A Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania aprovou, nesta quarta-feira, a proposta que aumenta a pena por estelionato em situações de calamidade pública. O projeto de Lei ainda será analisado pelo Plenário da Câmara.

O antigo texto triplicava a pena do estelionato cometido por alguém que se beneficie financeiramente de desastres ambientais. Agora, com o novo texto - que modifica o Código Penal -, a pena de estelionato pode ser aumentada em 2/3, caso o crime seja cometido em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência; ou que o agente se aproveite do estado de calamidade pública para obter a vantagem ilícita, ou ainda se o crime envolver recebimento indevido de auxílio pecuniário pago por União, estados, Distrito Federal ou municípios durante estado de calamidade pública. Além do aumento de pena para o crime de estelionato, o novo texto também prevê o aumento da pena em 1/3 de outros dois crimes: a falsificação ou a alteração de documento público, se envolver recebimento indevido de auxílio financeiro pago pelo governo durante estado de calamidade pública e falsidade ideológica, também durante o mesmo período.

Segundo Enzo Fachini, advogado criminalista e sócio do escritório FVF Advogados, em momentos de desastres ambientais e situações de calamidade pública, é, infelizmente, comum vermos dois tipos de situações: pessoas que se aproveitam dessa fragilidade para o cometimento de crimes, e propostas legislativas que, apesar de, por vezes, bem-intencionadas, buscam combater essas ocorrências de crimes com aumentos de penas, medida de duvidosa eficácia na visão do especialista. “Foi assim, em 2019, na tragédia de Brumadinho, e em 2020, na pandemia ocasionada pelo Coronavírus. E é assim agora, com a catástrofe no Rio Grande do Sul”, destaca.

“É importante lembrar que o nosso Código Penal já prevê como agravante de pena crimes praticados em qualquer calamidade pública, de forma a abarcar todosos crimes, não somente os crimes de falsidade e de estelionato”, aponta o advogado.



Fonte: Enzo Fachini - advogado, mestre em Direito Penal Econômico pela FGV.

 

63% dos trabalhadores enfrentam problemas financeiros

Entre os problemas financeiros mais destacados estão as dívidas do cartão de crédito, mencionadas por 52% dos entrevistados

 

 Recentemente, a pesquisa "Saúde & Gestão", conduzida pela Onze, uma fintech especializada em saúde financeira e previdência privada corporativa, revelou um cenário preocupante: mais da metade dos trabalhadores brasileiros, equivalente a 63%, enfrenta problemas financeiros. Esses desafios não se limitam apenas à esfera financeira, mas também afetam a saúde mental e emocional (57%) e a saúde física (33%) dos colaboradores.

 

Entre os problemas financeiros mais destacados estão as dívidas do cartão de crédito, mencionadas por 52% dos entrevistados, e a renda insuficiente para cobrir os gastos mensais, citada por 45% deles. Esses números refletem não apenas a situação econômica instável do país, mas também a falta de educação financeira e planejamento adequado por parte dos trabalhadores.

 

Nesse contexto, André Minucci, mentor de empresários, ressalta a importância das empresas em reconhecerem a relação direta entre saúde financeira e bem-estar geral dos colaboradores. Segundo ele, problemas financeiros ocupam o topo da lista de preocupações das pessoas e podem desencadear uma série de consequências negativas, que vão desde ansiedade até problemas de relacionamento. “É fundamental que as empresas assumam um papel ativo no apoio aos seus funcionários, fornecendo recursos e orientações para ajudá-los a lidar com questões financeiras e promover um ambiente de trabalho saudável e produtivo”, comenta.

Diante desse cenário, aqui estão algumas dicas valiosas para as empresas:

 

1. Educação financeira: Ofereça programas de educação financeira e palestras sobre gestão de dinheiro para os colaboradores. Ensine-os a criar um orçamento, economizar e investir de forma inteligente, para que possam tomar decisões financeiras mais informadas e responsáveis.


2. Benefícios flexíveis: Considere oferecer benefícios flexíveis que atendam às necessidades individuais dos colaboradores. Isso pode incluir opções como plano de saúde, auxílio-educação, vale-alimentação, entre outros, permitindo que eles escolham os benefícios que melhor se adequam às suas circunstâncias financeiras e de vida.


3. Apoio psicológico: Disponibilize serviços de apoio psicológico e Treinamento de Inteligência Emocional para os colaboradores que estão lidando com problemas financeiros. Isso pode incluir sessões de aconselhamento, grupos de apoio e recursos online para ajudá-los a lidar com o estresse e a ansiedade associados às questões financeiras.


4. Incentivo ao planejamento financeiro: Promova a cultura do planejamento financeiro dentro da empresa, incentivando os colaboradores a estabelecerem metas financeiras e a criar um plano para alcançá-las. Ofereça ferramentas, para ajudá-los a acompanhar seu progresso e a fazer ajustes conforme necessário.

 

5. Flexibilidade financeira: Se possível, ofereça opções de pagamento flexíveis ou antecipação de salários para colaboradores que enfrentam dificuldades financeiras temporárias. Isso pode ajudá-los a evitar a acumulação de dívidas e a lidar melhor com despesas inesperadas.

 

No geral, as empresas têm um papel crucial a desempenhar na promoção da saúde financeira e bem-estar de seus colaboradores. “Ao adotar medidas proativas e fornecer suporte adequado, elas não apenas ajudam a aliviar o estresse financeiro dos trabalhadores, mas também promovem um ambiente de trabalho mais saudável, feliz e produtivo para todos”, finaliza.

 

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