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sábado, 11 de maio de 2024

Rainha do lar? Psiquiatra explica como estereótipos sobre a maternidade afetam a saúde mental

Com a chegada do Dia das Mães, a psiquiatra Paula Dione aponta que maternar não pode ser sinônimo de sacrifício


O universo da maternidade é cercado por algumas frases emblemáticas. A mais famosa diz que "ser mãe é padecer no paraíso", mas será que é mesmo necessário padecer? A psiquiatra Paula Dione, especialista da Holiste Psiquiatria, chama a atenção para a cultura que exalta o sacrifício da mulher como condição necessária para maternar. Sendo assim, a mãe que verdadeiramente ama os filhos é a que sofre?

"Propaga-se que a boa mãe seria a que sofre na gravidez e no parto, que abdica de sua vida profissional e sexual pela doação aos filhos e que aceita alegremente cada uma destas contingências como consequências naturais da maternidade. O resultado disso é a culpa que acompanha muitas mulheres. Recebeu uma promoção no trabalho? Culpa. Decidiu sair sem os filhos? Culpa. Essa dinâmica adoecedora reflete na saúde mental", explica a profissional.


Ser mãe não é um mar de rosas, mas também não pode ser um castigo

Os desafios de cuidar, educar e preparar uma criança para o mundo é enorme, mas porque esta é uma tarefa somente da mãe? Recentemente, a atriz Luana Piovani recebeu críticas porque compartilhou nas redes sociais que o filho mais velho viria para o Brasil morar com o pai, o surfista Pedro Scooby. Dividir as responsabilidades não é uma opção?

A psiquiatra reflete sobre como existe um ideal que enxerga a mulher como a principal responsável pela educação dos filhos, com um detalhe a mais, é preciso estar completamente feliz e satisfeita com a função. "Felizmente, estamos num processo de reivindicar a maternidade enquanto um trabalho que está potencialmente cheio de delícias e de frustrações, mas sem a exigência do sofrimento, desconstruindo estereótipos", afirma.


Maternidade real no Dia das Mães

Não faz muito tempo, as propagandas de Dia das Mães estavam repletas de utensílios domésticos para presentear a "Rainha do Lar". Hoje em dia, a publicidade mudou essa abordagem para ressaltar os múltiplos interesses das mulheres, desconstruindo a imagem naturalizada de que toda mãe é igual, com os mesmos desejos e vivências. A maternidade real mostra que não é assim.

"Atualmente, observamos a publicidade, que geralmente reflete tão bem a sociedade, tentando escapar do apelo aos presentes do passado, passando a celebrar as diferenças e desconstruir estereótipos acerca da maternidade. Se mudamos isso, fica o convite para refletir sobre o que as mães desejam para o futuro, a homenagem e os presentes fazem parte, mas também sobre como promover sua saúde mental e física, sem a necessidade de padecer", finaliza.

Quando o assunto é saúde mental, a informação é o primeiro passo do tratamento. Para saber mais sobre cuidados e tratamentos, acesse: https://holiste.com.br/ 



Holiste
www.holiste.com.br


4 dicas para lidar com a culpa materna

Como o autocuidado ajuda mães a superar pressões sociais e reforçar a confiança em suas escolhas

 

Entender a culpa materna e como lidar com ela tornou-se um tema essencial para as mães hoje em dia. Essa culpa aparece de várias maneiras, como se sentir que não está fazendo o suficiente pelos filhos, estar trabalhando muito ou pela forma como se conecta com eles. 

 

Para a psicóloga Rafaela Schiavo, uma das pioneiras da Psicologia Perinatal e da Parentalidade e fundadora do Instituto MaterOnline, a maioria das mães já sentiu culpa em algum momento. Mais do que isso, ela aponta que as mães, muitas vezes, sentem mais essa culpa do que os pais, por causa do que a sociedade espera delas. Mas, segundo ela, sentir culpa não é só ruim. Quando abordada de maneira construtiva, pode ajudar no crescimento pessoal e a melhorar seu relacionamento com os filhos e consigo mesma.

 

Para abordar mais sobre o assunto, Rafaela Schiavo respondeu algumas perguntas comuns:

 

O que é a culpa materna e por que acontece tanto?

 

“A culpa materna é um sentimento que surge por conta das junções sociais, pessoais e a realidade da maternidade. Muitas mães se sentem culpadas por não conseguirem atender a todas as demandas e expectativas que a sociedade e elas mesmas impõem. É quase como se a culpa fosse uma sombra que acompanha a maternidade”. 


 

Como a culpa materna afeta a família?

 

“Essa culpa não só impacta o bem-estar emocional das mães, mas também a familiar. Faz as mães se sentirem ansiosas e distantes, o que pode prejudicar a convivência com os filhos e o parceiro”. 


 

Como posso lidar com a culpa materna?

 

“É preciso pensar sobre seus sentimentos e entender o impacto deles na sua vida. Conversar com outras mães, aceitar que ninguém é perfeito, cuidar de si mesma e, se necessário, buscar ajuda de um profissional são maneiras de lidar com isso”.


 

Quando é hora de buscar ajuda profissional?

 

"Se a culpa estiver atrapalhando muito sua vida e sua felicidade, é importante falar com alguém que possa ajudar, como um psicólogo. Um espaço de diálogo seguro com um profissional pode abrir caminhos para a superação".


 

Por que é importante ter informação e orientação?

 

"A orientação é fundamental para prevenir a culpa materna. Muitas vezes, esse sentimento surge da falta de conhecimento sobre o que é normal na maternidade. Ter informação, desde antes de ter filhos, pode preparar as mães para os desafios”. 

 

É normal se sentir cansada da maternidade às vezes?

 

“Com certeza. Todas as mães se sentem cansadas ou frustradas em algum momento. O importante é saber que isso não te faz uma mãe ruim. Aceitar e conversar sobre esses sentimentos ajuda muito". 


 

Como a sociedade influencia a culpa materna?

 

"A sociedade tem grandes expectativas sobre as mães. Essa pressão cultural pode fazer com que muitas mulheres se sintam culpadas por quererem trabalhar ou por outras escolhas pessoais. Reconhecer e questionar essas expectativas é um passo importante para se sentir melhor." 

 

Para lidar com a culpa, a psicóloga dá as seguintes dicas: 

 

1) Falar com outras mães

Contar o que você está sentindo e ouvir as histórias delas pode fazer você se sentir menos sozinha.

 

2) Ser gentil consigo mesma

Entender que está tudo bem em não ser uma mãe perfeita. Porque mães perfeitas, além de não existirem, poderiam prejudicar o desenvolvimento do filho. Não é esperado que as pessoas tenham mães perfeitas, mas sim mães possíveis, ou suficientemente boas.

 

3) Cuidar de você

É muito importante reservar um tempo para cuidar da sua mente e do seu corpo.

 

4) Buscar ajuda se precisar

Se a culpa estiver difícil de manejar, procurar um profissional pode ajudar muito. 

 

Dra. Rafaela de Almeida Schiavo - psicóloga perinatal e fundadora do Instituto MaterOnline. Desde sua formação inicial, dedica-se à saúde mental materna, sendo autora de centenas de trabalhos científicos com o objetivo de reduzir as elevadas taxas de alterações emocionais maternas no Brasil. Possui graduação em Licenciatura Plena em Psicologia e graduação em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Além disso, concluiu seu mestrado em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem e doutorado em Saúde Coletiva pela mesma instituição. Realizou seu pós-doutorado na UNESP/Bauru, integrando o Programa de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Desenvolvimento Humano, atuando principalmente nos seguintes temas: Desenvolvimento pré-natal e na primeira infância; Psicologia Perinatal e da Parentalidade.


Mães estão exaustas pela dupla jornada, aponta pesquisa

Dados da iO Diversidade, Instituto Locomotiva e QuestionPro mostram que sobrecarga e desigualdade no mercado de trabalho são percebidas pela grande maioria das mulheres

 

• 91% das mulheres que têm filhos afirmam que enfrentam mais desafios no mercado de trabalho

• 92% das mães acham que as mulheres se preocupam mais do que os homens com a rotina de cuidados com a casa e com a família/filhos

• 94% consideram que mulheres se sentem exaustas em razão do acúmulo de atividades de trabalho externo e cuidados domésticos
 

Pesquisa encomendada pela iO Diversidade e realizada pelo Instituto Locomotiva e QuestionPro reforça o que muitas mães sentem na pele todos os dias: exaustão pela dupla jornada. Apesar de metade da população considerá-las como a pessoa que mais confia na vida, tem um outro lado que merece atenção: a sobrecarga e a desigualdade no mercado de trabalho, percebidas pela grande maioria das mães brasileiras. Diante da desproporção enfrentada nos lares, 91% das mulheres que têm filhos afirmam que têm mais desafios no mercado de trabalho, por exemplo. 

Os dados ainda apontam que 92% das mães acham que as mulheres se preocupam mais do que os homens com a rotina de cuidados com a casa e com a família/filhos. E 94% consideram que mulheres se sentem exaustas em razão do acúmulo de atividades de trabalho externo e cuidados domésticos. 

“O estudo mostra o papel fundamental que elas têm na construção de relações de confiança e suporte na sociedade. Mas elas acabam sendo penalizadas devido à divisão desigual do trabalho de cuidado”, diz Rachel Rua, diretora da iO Diversidade. 

Apesar de não fazer parte da realidade atual de diversas mulheres, nove em cada 10 mães acreditam que os homens deveriam ser tão responsáveis quanto elas nos cuidados dos filhos. A mesma quantidade afirma que mulheres se preocupam mais do que os homens com a rotina de cuidados com a casa e com a família/filhos. 

“Em pleno século 21 ainda precisamos reforçar a importância do apoio mútuo entre homens e mulheres, seja nos afazeres do lar ou no cuidado com os filhos. Não há por que existir diferenciação. Da mesma forma, é injusto que elas tenham um tratamento diferenciado no mercado de trabalho”, avalia Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva. 

A pesquisa quantitativa realizou 1.500 entrevista com homens e mulheres de todo o País, de 15 a 22 de abril de 2024. A margem de erro é de 2.5 p.p.


O autoconhecimento é a chave para compreender a maternidade possível

 De acordo com Heloísa Capelas, as mães devem aprender a olhar para si mesmas para evitar frustações e angústias


O Dia das Mães, que acontece em 12 de maio, pode ser considerado uma das datas mais significativas do ano. O momento perfeito para refletir sobre o conceito da maternidade e os estigmas de uma perfeição que não existe, assim como o quanto geram angústias e frustrações às próprias mães.

Diante dos desafios cotidianos, entre eles a relação mães e filhos, é sempre importante voltar a atenção para aquelas mães que se autocriticam, que se culpam e que se sentem inseguras com a forma como exercem sua maternidade. Isso acontece, infelizmente, com mulheres de todos os tipos que são constantemente confrontadas pelos conceitos e paradigmas acerca do que significa ser mãe. A saída para evitar tanto sofrimento envolve o autoconhecimento.

Heloísa Capelas, mentora de líderes e uma das maiores especialistas em autoconhecimento e inteligência emocional do Brasil, afirma que não há e nem nunca houve receita pronta para ser uma boa mãe. "A melhor maneira de viver uma maternidade saudável é buscar conhecer-se e a sua autenticidade. O auto-olhar contribui para enxergar os filhos com uma visão ampliada, traz consciência para retirar grandes autocobranças e fardos das próprias costas e permite seguir em aprendizado contínuo sobre nós mesmas, levando o nosso melhor e possível aos filhos". 

Essa autenticidade, explica Heloísa, pode ser alcançada através do exercício contínuo de se questionar e de rever quais exemplos e modelos se encaixam no seu perfil de mãe, e quais precisam ser descartados – por mais tradicionais que sejam.

Na autenticidade, a mãe não se posiciona como perfeita e, por isso, não passa o tempo todo se cobrando pelas coisas que deram errado. Ao contrário, ela busca construir uma imagem positiva diante dos filhos, mostrando que os erros acontecem, que ela não tem todas as respostas, mas que está fazendo o melhor para que se sintam amados, respeitados e acolhidos em suas necessidades.

“Nós só compartilhamos aquilo que temos dentro de nós e, mesmo assim, a autocobrança da maternidade é dura.  Ser mãe é um ciclo entre se doar e se cobrar, mas é preciso que essas mulheres conheçam verdadeiramente o seu interior para que leve o seu melhor aos seus filhos e entendam que serão as mães possíveis, fazendo tudo que está ao seu alcance e também sendo feliz durante este processo”, afirma a especialista.

 

Heloísa Capelas - mentora de líderes, reconhecida como uma das mais brilhantes especialistas em Autoconhecimento e Inteligência Emocional do país. Autora dos best-sellers: "Inovação Emocional", "Perdão, a revolução que falta" e o "Mapa da Felicidade"; primeiro livro 100% dedicado ao tema no Brasil. Heloísa também é palestrante e empresária, realiza treinamentos para líderes, executivos e profissionais que buscam evolução na vida e carreira. É CEO do Centro Hoffman e está à frente do Processo Hoffman no Brasil – treinamento de autoconhecimento aplicado em 16 países com resultados cientificamente atestados e avalizados pela Universidade Harvard como uma das metodologias mundiais mais eficazes para mudanças de paradigmas: https://heloisacapelas.com.br e https://centrohoffman.com.br


Psicóloga destaca a importância do cuidado com a saúde mental das crianças em meio a preocupações crescentes sobre depressão e bullying

 Especialista da Rede Hospital Casa traz os principais sinais de alerta e auxilia com ideias de como oferecer suporte para os pequenos.

 

Diante da crescente preocupação com a saúde mental das crianças, o relatório Situação Mundial da Infância 2021 revelou estatísticas alarmantes para o Brasil, destacando que quase um em cada seis meninos e meninas entre 10 e 19 anos enfrenta algum tipo de transtorno mental, aumentando consideravelmente os riscos de automutilação, depressão e pensamentos suicidas. A psicóloga da Rede Hospital Casa, Priscilla Vasconcellos, enfatiza a necessidade urgente de prestar atenção aos sinais de alerta e de oferecer o suporte necessário para garantir um desenvolvimento saudável das crianças. 

“Atualmente, felizmente, tanto depressão quanto bullying têm sido vistos de uma maneira diferente pela sociedade, de uma forma mais acolhedora. Isso facilita a compreensão por parte da família, gerando uma procura por ajuda profissional, ainda no início dos sinais e sintomas, proporcionando a possibilidade de melhor enfrentamento dessas questões, já que a saúde mental influencia diretamente nas emoções e consequentemente nas ações das crianças”, destaca.
 

Sinais de Alerta

A depressão e o bullying estão entre os desafios críticos que as crianças enfrentam atualmente. Reconhecer os sinais de alerta, como mudanças repentinas de comportamento, é crucial para intervir precocemente e garantir a saúde mental das crianças. 

“Às vezes, aquela birra, malcriação ou agressividade, quando de forma intensa e constante, pode indicar um quadro depressivo. Por vezes, as crianças não expressam esse quadro com humor deprimido, mas sim com agitação e irritabilidade. Podem ser observados como sinais de alerta: alterações no sono e apetite, falta de concentração (inclusive afetando o rendimento escolar), sentimento de culpa, baixa estima, agressividade, humor instável e isolamento social”, destaca Priscilla Vasconcellos que lembra que muitas crianças e adolescentes perderam pessoas queridas durante a pandemia de COVID-19, além do isolamento social que afetou a saúde mental deles. 

“O estresse, o medo, a desconexão com o ambiente escolar e suas atividades, o convívio familiar e social comprometidos e, principalmente, a desinformação impactou diretamente, não só nos tratos e rotinas como sociedade, como também evidenciando e agravando sentimentos que poderiam estar ‘abafados’ antes da pandemia, como a ansiedade e baixa autoestima, além de aflorar e trazer à tona situações como abusos e violências nas mais diversas manifestações”, relembra a profissional que acredita na conexão e acolhimento para restabelecer os laços com os mais jovens: 

“Estratégias de aproximação à criança, dando atenção às queixas e demandas, além do retorno às atividades sociais são boas opções para um retorno gradual à "normalidade" e reforçar/estreitar os laços”.
 

Meu filho sofre bullying, como ajudá-lo? 

A psicóloga Priscilla Vasconcellos ressalta que a atenção dos pais, educadores e da comunidade em geral desempenha um papel crucial na criação de um ambiente que promova a saúde mental das crianças. Ao oferecer um espaço seguro para que as crianças expressem seus sentimentos e preocupações, é possível construir um suporte emocional significativo que fortaleça a resiliência emocional dos pequenos. 

“Os pais e educadores têm um papel extremamente importante, a criança os tem como referência e é importante ela sentir dessas pessoas o acolhimento seguro e necessário, por meio da estimulação do diálogo e estejam bem atentos ao que for dito, o discurso pode conter diversos sinais”, fala a especialista que complementa: 

“É importante que tanto a escola, quanto a família realize o acolhimento dessa criança ouvindo o que ela tem a dizer. Demonstrando que aquele ambiente é um ambiente seguro para ela compartilhar seus sentimentos. Diálogo, acolhimento e compreensão. Outro ponto relevante é estimular a habilidade de se defender da criança, o que não significa ser vingativo ou agressivo, mas que saiba que tem o direito de falar sobre. E que possa transformar a experiência do bullying em aprendizado capaz de fortalecê-la com o acompanhamento profissional, seja psicológico ou psiquiátrico”.

 

Meninos e meninas têm formas distintas de lidar com seus problemas 

“Segundo estudos, em geral, a incidência de questões de saúde mental é maior em meninas. E isso diz respeito a elas se sentirem mais tristes, acreditar que ninguém se preocupa com elas, sentir que a vida não vale a pena ser vivida, em relação também a ditadura do corpo ideal, que hoje em dia é bastante acentuado pelas mídias sociais. Além de terem uma tendência a querer lidar com essas situações sozinhas, não compartilhando o que é vivido e sentindo”, diz a psicóloga que mais uma vez aposta no acolhimento e no diálogo: 

“Os pais e cuidadores precisam estabelecer um diálogo, sem julgamentos, buscando compreender como ele está se sentindo e a melhor forma de buscar ajuda, que pode ser profissional através de psicólogos. Dar um apoio emocional para essa criança escutando-o. Destacar as qualidades/conquistas dele como pontos positivos e assim fazendo com que ele se sinta capaz”.
 

Resiliência como medida preventiva 

Priscilla Vasconcellos, psicóloga da Rede Hospital Casa, sugere que se elogie os feitos dos pequenos estimulando que eles olhem para o que têm de melhor. “A resiliência pode ser ensinada e estimulada, não é necessariamente inata. Apostar em brincadeiras e leituras que estimulem o senso de pertencimento, elogiar os esforços das crianças, construindo assim a autoestima, ensinar a empatia, trazer exemplos com personagens reais ou fictícios que superam dificuldades, com o intuito de mostrar que ele não está sozinho e que pode acontecer com qualquer um”, finaliza a especialista.

 

REDE HOSPITAL CASA
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“Criança não mente”: Psicopedagoga fala sobre o imaginário infantil e como diferenciá-lo da mentira

“Não considero a mentira saudável, a fantasia sim, por isso é importante saber distinguir uma da outra”, explica Ivone Ferreira Santos

 

Quem nunca ouviu o reproduziu a frase “Criança não mente”? Apesar de fazer sentido e precisarmos validar os sentimentos e a fala dos pequenos, a mentira faz parte do universo infantil. Ivone Ferreira dos Santos, Psicopedagoga do Colégio Novo Tempo, localizado em Santos, litoral de São Paulo, lida diariamente com crianças e afirma que elas podem ultrapassar o campo da imaginação e mentir.

 

“A criança usa o imaginário para se comunicar, alcançar seus objetivos e satisfazer suas necessidades. Até 6 anos podemos considerar como fantasias muitas vezes, mas é comum crianças faltarem com a verdade, apesar da máxima muito difundida que diz que ‘criança não mente’”.

 

Meu filho mentiu e agora?

 

Os pais são os adultos na situação e é preciso que se comportem como tal, inclusive em situações em que detectam uma mentira. Saber lidar com esses momentos através do diálogo é a chave para o sucesso.

 

“É importante dimensionar a situação trazida pela criança sempre com a intenção de compreender qual a necessidade que de alguma forma ela está sinalizando. Caso perceba contradições, incentivar através de um diálogo tranquilo e respeitoso a veracidade e a coerência entre os fatos trazidos pela criança”, detalha a psicopedagoga que fala sobre a diferença de mentir e imaginar:

 

“A mentira se evidencia pelas contradições, por elementos bem orquestrados, a criança tenta nos convencer do fato. A imaginação é lúdica, tem um ar de inocência, quase uma brincadeira de ‘faz de conta’, o contexto muitas vezes foge da realidade, é fantástico e não sugere prejuízo a alguém”.

 

É só uma mentirinha...

 

Encobertar uma mentira, por menor que ela seja, não é o ideal. Crianças são seres em formação e precisam que os responsáveis as direcionem para o caminho do bem e, nele, não há espaço nem para mentirinhas, como alerta Ivone.

 

“Não considero a mentira saudável, a fantasia sim, porque ela auxilia o desenvolvimento emocional da criança, usando o imaginário para adquirir repertório psíquico para aprender a se relacionar. Por isso é importante distinguir mentira da fantasia”.

 

Seja por medo da bronca dos pais, vergonha de algo que fez de errado ou mesmo por idealizar um momento, a criança faz uso da falta de verdade. Ivone Ferreira dos Santos explica o que leva uma criança a mentir:

 

“Algumas vezes a criança se utiliza da mentira para minimizar o medo ou esquivar-se de um potencial repreensão, imaginando que mentindo possa evitar algum sofrimento ou constrangimento. Ainda pode mentir como tentativa de se apropriar de uma história que idealiza viver ou de algo que deseja ter, como forma de suportar frustrações”.

 

Independente do motivo, a mentira precisa ser repreendida de forma respeitosa e observada para que não vire algo prejudicial a socialização dos pequenos. “A mentira pode tornar-se um hábito prejudicando a construção da identidade, desencadeando sentimentos de culpa e ansiedade, prejudicando a socialização por gerar falta de credibilidade por conta das contradições e falta de coerência que em algum momento serão identificadas nos relatos”, relata a psicopedagoga que finaliza com algumas dicas para pais ensinarem seus filhos a não mentir:

 

1.      A criança aprende principalmente pelo exemplo, portanto não se deve descumprir combinados ou promessas, nem falar pequenas mentiras;

 

2.      As crianças são muito observadoras, têm excelente memória e enxergam tudo ao redor. É preciso estar muito atento às conversas para que a criança não perceba pequenas mentiras dos adultos, mesmo que para se livrar de algumas situações sociais desconfortáveis. Ou seja, os cuidadores devem sempre prezar pela verdade;

 

3.      Incentivar sempre a criança a falar a verdade garantindo acolhimento independente do que possa ter acontecido;

 

4.      Estabelecer com a criança um vínculo saudável, regado de muito amor, escuta e respeito.


 

Ivone Ferreira Santos - Psicóloga, Pedagoga, Pós-graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional, com especialização em Psicodrama, atua na Educação há 22 anos, Psicóloga do Colégio Novo Tempo a partir de 2018 e, atualmente, acompanha os alunos e familiares da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio.


Pegos no pulo! Astrólogo Ricardo Muri revela como cada signo se comporta ao mentir

Pixabay
Todos nós temos algum tipo de ‘sinal’ que deixa claro quando não estamos falando a verdade’, conta o astrólogo das celebridades


Atire a primeira pedra quem nunca contou uma mentirinha! Pois é...apesar de sabermos que é errado, alguma vez na vida todo mundo já contou uma história que não era real, inventou uma desculpa e por aí vai. O astrólogo Ricardo Muri, responsável pelo mapa astral de nomes como Leo Santana, Juliana Paes e Kelly Key, explica que os astros interferem até mesmo na hora de mentir e revela que cada signo se comporta de uma maneira diferente ao faltar com a verdade: 

 

“Os signos podem revelar muito sobre uma pessoa. Seja os traços de sua personalidade, seja a forma de amar, de se chatear, de agir, de reagir e até mesmo quando mentimos. Todos nós temos algum tipo de ‘sinal’ que revela quando estamos mentindo.” 

Confira o ponto fraco das doze casas do zodíaco: 

 

Áries 

O ariano se comporta de uma forma mais instável, ou seja, quando vai mentir, é como se ele agisse pelo impulso. É por isso que existe a tendência de demonstrar certo nervosismo e portar-se de forma mais tensa. 

 

Touro 

O taurino, quando precisa mentir, age de um jeito mais desconfortável. Tanto que é possível identificar tal atitude, pois fica um pouco mais agitado. É como se não soubesse fazer aquilo de forma correta, se sente incomodado e dá pistas disso

 

Gêmeos

Já os geminianos são capazes de mentir com certa naturalidade. Quando abrirem os olhos, as pessoas enganadas por um geminiano vão jurar de pé junto que ele falou a verdade. De todos, o geminiano é o que mente mais facilmente. 

 

Câncer

Quando fala algo que não é verdade, o canceriano se mostra um pouco mais apático, inclusive se contorcendo mais, às vezes colocando o peito um pouco mais para dentro. É como se estivesse se recolhendo, tal como um caranguejo tentando entrar debaixo de uma pedra. 

 

Leão 

O signo de Leão tem forte a questão da lealdade e, por essa razão, ao mentir, sente muita vergonha deste comportamento. Tanto que, às vezes, pode até reconhecer sua atitude na sequência, alegando ser apenas brincadeira, pois costuma se sentir bastante incomodado.

 

Virgem

Quando precisa mentir, Virgem tende a não conseguir falar de maneira clara o que está querendo dizer, preferindo, inclusive, sair pela tangente, para desviar do assunto. Como gosta e precisa de quase tudo perfeito, o virginiano não quer ficar falando daquilo o tempo todo, por isso se esquiva do tema. 

 

Libra 

Quem é de Libra é da turma que conta uma mentira e, logo na sequência, fala mais alguma coisa para acalmar os ânimos - inclusive o dele. Essa tentativa de apaziguar tem a ver com seu propósito de sempre equilibrar tudo.

 

Escorpião 

O nascido em Escorpião, se tiver que mentir, vai ser intenso na tarefa. Vai jogar a informação como se ela fosse chegar na raiz da pessoa. É por isso que Escorpião vai se sentir "mais tranquilo", digamos assim. Tal comportamento tende a dar vitalidade ao escorpiano. 

 

Sagitário

Já o sagitariano nem considera que está mentindo: conta uma historinha para alguém e, na cabeça dele, é como se tivesse relatado uma ficção científica, o que o deixa alegre. Tanto que não fica com qualquer peso de consciência. 

 

Capricórnio 

O capricorniano tem um lado muito sério e responsável e, assim, tende a se sentir muito mal por mentir. Sua postura em relação a tal comportamento fará com que seja nítido que não está falando a verdade ou, no mínimo, escondendo alguma coisa. 

 

Aquário

O aquariano não consegue mentir. De duas, uma: ou vai ficar totalmente calado ou não vai conseguir verbalizar adequadamente. Aquário é o signo mais verdadeiro do zodíaco e fazê-lo faltar com a verdade é quase querer tirar leite de pedra. 

 

Peixes 

O pisciano, ao mentir, não economiza nos floreios. Ele tenta contar uma história mirabolante, cheia de informações extras e que, muitas vezes, não têm nada a ver. Entra de tudo: ficção, sonho, amores e um tanto de ilusão

 



Ricardo Muri - com apenas 9 anos de idade começou a mostrar seus primeiros passos no mundo espiritual em uma simples brincadeira com feijões nos almoços de domingo, quando respondia perguntas sobre a vida e o futuro. Aos 15, aprendeu a quiromancia intuitivamente e hoje, aos 39 anos, formado em relações internacionais e com pós graduação em pesquisa astrológica, ostenta uma extensa clientela de celebridades entre globais, atletas, empresários e grandes nomes da música, mais de 4 mil mapas realizados em apenas dois anos e quase 215 mil seguidores no Instagram.
www.instagram.com/astro.muri


Melhor matar a morte do que perder a vida


O assunto suicídio ainda é um tabu, embora tema de série na internet. E está cada vez mais preocupante, em especial entre jovens. Segundo o Mapa da Violência (Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde), em dados de 2017, a taxa de suicídios na população de 15 a 29 anos no Brasil subiu de 5,1 por 100 mil habitantes em 2002 para 5,6 em 2014, alcançando quase 10% de aumento em 12 anos.

A vida só perde o sentido quando acaba a esperança.

E o que é a esperança? Não é apenas um sentimento, mas, acima de tudo, uma convicção pessoal, uma certeza de que a vida vale a pena.

Não há esperança sem sonhos, projetos, desejos — motivos para existir.

Viver vale a pena porque você não é dono da vida; porque não foi você que se inventou, criou e integrou ao planeta. Você não pertence apenas a si mesmo, é também de outras pessoas, do mundo. Você não sabe o que vai acontecer no futuro; você pode arquitetar o amanhã ao seu jeito.

Cada pessoa é única. Portanto, valiosa como os diamantes e eterna como eles, porque, mesmo depois de sua morte, será lembrada pelo que fez e representou. Enfim, porque viveu. Não porque morreu.

O suicida não é um covarde; é um corajoso desesperançado.

O escritor francês Albert Camus disse que a única questão verdadeiramente séria da filosofia é o suicídio. A rigor, acho que esse é o mais complexo aspecto do mistério de existir. Morrer por suicídio é uma escolha, uma questão íntima. Uma atitude diante do sofrimento. Uma opção definitiva que se contrapõe aos muitos que morrem sem querer, lutando para continuar vivendo.

Há saída para o suicídio?

Sim, há. E só depende de um olhar duplo e, aparentemente, antagônico. Um olhar fechado no ponto mais profundo do seu ser e aberto para todos os pontos do universo. Vontade de criar uma ponte segura entre você e as infinitas possibilidades da vida. Para descobrir sua conexão com alguma delas. E existem.

Se você acha que não serve para viver, tenha certeza de você é importante para a vida de alguém ou, até mesmo, de muitas pessoas.

Há crianças que foram muito desejadas por seus pais e que, em razão do destino, nasceram com sérios problemas físicos e mentais. São seres aparentemente inúteis para a vida, mas, por outro lado, a razão de ser da existência dos que lhes cuidam com amor e carinho. Há pessoas que tentaram o suicídio, não morreram e se tornaram brilhantes personalidades, descobriram curas para doenças, criaram meios para melhorar a vida de todos. Qualquer ser humano pode ser útil, a si mesmo e ao próximo.

"Viver é perigoso", disse o romancista brasileiro Guimarães Rosa. Por isso mesmo, também é fascinante, mágico, desafiador. Morrer não oferece oportunidade; viver permite chances de mudar qualquer cenário.

Experimentamos tempos difíceis. Cada um tem suas dores. Entretanto, devemos ponderar que é melhor matar a morte do que perder a vida.

 

Ricardo Viveiros - jornalista e escritor. Autor, dentre outros livros, de "A vila que descobriu o Brasil" (Geração Editorial) e "Justiça seja feita" (Sesi-SP Editora).


5 comportamentos tóxicos a evitar no ambiente de trabalho

 

 Autora best-seller e especialista em liderança Tonia Casarin ensina como líderes podem evitar relações tóxicas nas equipes

 

Você sabe o que é cultura organizacional tóxica? O termo se refere a diversos comportamentos inadequados entre os times e suas lideranças, onde os colaboradores são cobrados de forma excessiva, muitas vezes sentindo-se desrespeitados e desmotivados, por não verem seu esforço ser reconhecido. 

Uma pesquisa recente do MIT aponta que a principal motivação para a “Grande Renúncia” (Great Resignation) - nome dado ao fenômeno observado desde o início da pandemia da covid-19, sobretudo nos Estados Unidos, onde um número recorde de pessoas deixou voluntariamente seus empregos- é a cultura tóxica nas grandes empresas. Mesmo com remunerações atrativas, colaboradores acabam preferindo deixar seus empregos, pois os salários e benefícios não são o suficiente para mantê-los em uma empresa. Inicialmente, se pensou que fosse um movimento momentâneo, que iria durar alguns meses, no começo da pandemia, mas percebeu-se que esse movimento está se perpetuando além do tempo previsto por especialistas.

De acordo com a autora best-seller Tonia Casarin - que acaba de lançar o livro  "Liderança Exponencial" - no qual aborda as principais características do líder do futuro - o comportamento negativo pode afetar o desempenho do time. “Um ambiente tóxico pode trazer diversos malefícios à saúde física e mental, é dever do líder criar um lugar seguro para todos dentro da empresa”, comenta a especialista.

Para Tonia, no período em que vivemos atualmente, “esse tipo de comportamento corporativo ainda existe mas não com a mesma intensidade, pois as novas gerações, ao ingressarem no mercado de trabalho, tendem a não aceitar esse tipo de situação”,  o que deu espaço para o movimento “Grande Renúncia”.

O que motiva a cultura tóxica?

A cultura tóxica começa quando o clima organizacional sai do controle dos líderes, se iniciando um ambiente de desconfiança entre a equipe e os líderes.  “Pense em um local de trabalho: as pessoas que estão ali reunidas possuem personalidades e histórias de vida diferentes, e precisam trabalhar juntas em prol de um mesmo objetivo", analisa a autora. 

Sendo assim, só existe uma maneira de conseguir uni-las como um time: reforçando a confiança entre todas. "Elas precisam confiar em seus pares, líderes e, por fim, na organização como um todo, para que se vejam como parte da equipe no longo prazo”, acrescenta Tonia. 

Pensando nisso, Tonia listou alguns comportamentos tóxicos comuns a serem evitados no ambiente de trabalho:

 

  • Danos não compartilhados: Quando os colaboradores precisam lidar com problemas e altas demandas, sem a colaboração da liderança.
  • Feedbacks negativos em ambientes com outros integrantes da equipe: Ou seja, o ambiente ideal para um retorno sobre os resultados de cada colaborador deve ser seguro, para que ele se sinta confortável.
  • Competição de forma excessiva: Incentivar disputas entre os colaboradores de forma saudável pode gerar bons resultados, porém, é necessário um limite para que não gere conflitos entre a equipe.
  • Falta de reconhecimento: Quando os colaboradores são cobrados, muitas vezes de forma incorreta e excessiva, mas não recebem reconhecimento pelo resultado, o que acaba gerando a desmotivação.
  • Fofocas e comentários não apropriados: Situações como essas costumam se naturalizar em ambientes tóxicos, causando intrigas e conflitos entre líderes e funcionários.

 


E o que deve ser feito para criar um bom clima organizacional?

Investir na conexão entre líderes e equipes

Para a autora, as empresas e, consequentemente, os líderes precisam se adequar para enxergar os colaboradores além do papel profissional, como seres integrais que precisam ser ouvidos e estar bem consigo e com seus pares. “O bem-estar e o estar confortável em seu papel é positivo para todo mundo”, aconselha a autora. 

Transmitir confiança e segurança

Colaboradores precisam se sentir seguros no ambiente de trabalho, podendo expor suas opiniões, erros e acertos como profissionais, sabendo que não receberão julgamentos baseados apenas em resultados. 

A autora diz que, nesses momentos de construção de confiança da equipe, é preciso trazer segurança psicológica, para criar um ambiente seguro, onde se possa assumir riscos sem grandes traumas. “Sempre devemos trazer elogios, feedbacks e mostrar os resultados, mesmo que ruins, em reuniões, apresentar exemplos. Claro que tudo isso de forma adequada, pensando no bem estar do time, para que não cause constrangimentos na equipe”, alerta a autora. 

Promover diversidade, equidade e inclusão

Outra iniciativa positiva é criar programas de diversidade, nos quais os colaboradores possam se sentir representados em meio à equipe, dessa forma valorizando as diferenças e criando um ambiente harmonioso e inclusivo. 

“Pertencer a uma equipe vai muito além de somente fazer parte de um coletivo que realiza funções profissionais. Sentir-se de fato incluído, representado e valorizado de forma legítima, faz toda diferença no ambiente profissional”, finaliza Tonia.

 

Tonia Casarin - Mestre em Liderança com foco no desenvolvimento de Competências Socioemocionais pela Universidade de Columbia (NY), é pesquisadora, palestrante e autora de best-sellers. Em outubro/22, irá lançar seu novo livro, sobre liderança exponencial, abordando aspectos socioemocionais, com foco no papel do líder e no ambiente corporativo. Atualmente, mora no Vale do Silício e trabalha com consultoria e desenvolvimento de lideranças.

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