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terça-feira, 12 de março de 2024

“Burnout do cérebro”: mulheres são mais impactadas pela enxaqueca crônica, conheça opções de tratamento

 

Além de terem dores mais fortes, hormônios podem ser gatilhos para a maior ocorrência de crises, mas não são a causa da doença. Médica afirma a importância do manejo da enxaqueca para além da dor e a importância do tratamento adequado.

 

Embora seja frequentemente associada a dores de cabeça, a enxaqueca crônica é mais do que isso: além de ser uma condição crônica, a doença apresenta sintomas como sensibilidade a cheiros, náuseas[1], vômitos, tontura e irritabilidade frequentes[2], sendo a segunda condição mais incapacitante[3] do mundo e uma das maiores causas de absenteísmo no trabalho[4],. Cerca de 15% da população brasileira é acometida por ela, mas a incidência em mulheres é ainda maior - só na região sudeste, 22%[5] do público feminino sofre com crises. 

“Geneticamente, homens e mulheres têm a mesma tendência de terem enxaqueca, contudo, as mulheres costumam ter dores mais fortes”, comenta a médica Thaís Vila, neurologista e diretora clínica Headache Center Brasil. “E a condição é debilitante, ou seja, impacta diretamente todos os aspectos da vida de uma mulher – o trabalho, as relações, os estudos e hobbies”, comenta a especialista. “A enxaqueca é a dor severa, muito além da “dor de cabeça” como conhecemos, que é banalizada e negligenciada. Nenhuma dor pode ser considerada normal e é sempre um importante sinal do corpo de que há algo errado”, acrescenta. “A enxaqueca é um sinal de que existe um sofrimento excessivo no cérebro e costuma vir acompanhada de náuseas, fotofobia, fonofobia, déficits cognitivos e alterações do humor – o que pode ser comparado a um burnout do cérebro.”

 

Causas

Puberdade, menstruação, gravidez, pós-parto e perimenopausa são fases em que há maior flutuação das condições hormonais, o que pode aumentar as crises, mas não podem ser consideradas razões para a maior incidência de enxaqueca no público feminino: “O ciclo menstrual, assim como a menopausa, são normais para a maioria das mulheres e não devem ser encarados como um problema. Essas fases podem ser gatilhos em mulheres com enxaqueca, mas nunca a causa das crises.” 

“Além do impacto na rotina, a enxaqueca também acaba afetando a saúde mental do paciente, já que traz consigo a incapacidade de realizar atividades comuns do dia a dia”, adiciona a especialista. “Por conta disso, o tratamento precisa ter uma abordagem holística, ou seja, envolvendo não apenas a gestão da dor aguda, mas também a prevenção da recorrência dos episódios.”

 

Diagnóstico e tratamento

“As pessoas acham que a enxaqueca é uma dor de cabeça forte, mas não é bem assim – ela é uma doença neurológica, crônica e debilitante. Essa forma de pensar nos leva, muitas vezes, a mascarar a condição, sem de fato procurar por um tratamento”, comenta a especialista. “É importante fazer um diagnóstico 360º da doença, checando o trato gastrointestinal, o sistema endócrino, o sistema imunológico, dentre outros, já que a condição causa uma disfunção generalizada e, se não for tratada, ela pode ser porta de entrada para doenças de maior complexidade.”, acrescenta a médica. 

O manejo da enxaqueca e controle dos seus sintomas envolve o uso de analgésicos e, em alguns casos, de terapias injetáveis. “Voltadas a diminuir a recorrência e gravidade das crises, as opções injetáveis buscam relaxar a musculatura, sendo administradas em pontos nas regiões frontal, occipital (posterior da cabeça), temporal e posterior do pescoço, impedindo que os neurotransmissores levem os sinais de dor até o músculo, reduzindo a percepção pelo sistema central.”, comenta Thais. 

A especialista reforça, ainda, que a automedicação não é aconselhada. “Além de frequentemente mascarar as causas da dor, ela pode ser um gatilho para o aumento da ocorrência de crises”. 

Por fim, a médica explica que a parceria entre a paciente e a equipe de saúde é fundamental para o sucesso do tratamento, com uma ênfase na personalização do plano de cuidados para atender às necessidades específicas de cada mulher.

 

AbbVie
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[1] Link Acesso em março 2024.
[2] Link. Acesso em março 2024.
[3] Link Acesso em março 2024.
[4] Baigi, K. and Stewart, WF. Headache and migraine: a leading cause of absenteeism, Handb Clin Neurol. 2015:131:447-63 Acesso em março 2024.
[5] Link. Acesso em março 2024 Acesso em março 2024.


Dia Mundial do Sono: tecnologia e hábitos cotidianos podem ter impacto negativo na hora de dormir

Luz azul dos dispositivos e estar sempre “online” são fatores que dificultam o relaxamento e sono profundo; data conscientiza sobre importância de dormir bem para manutenção da saúde física e mental 

 

Quem nunca “perdeu o sono” numa noite de ansiedade antes de uma data importante ou pensando em problemas? Isso, infelizmente, é mais comum do que parece. De acordo com a Associação Mundial do Sono, vivemos uma epidemia de insônia, com 35% da população mundial afirmando não conseguir dormir o suficiente.

 

O alerta acontece no mês em que é celebrado o Dia Mundial do Sono, neste ano celebrado em 15 de março. Dormir bem é essencial, pois é neste momento que o organismo exerce funções restauradoras, sintetiza proteínas, repõe energias e regula o metabolismo, fatores importantes para manter o corpo saudável.

 

“Metade das pessoas que têm noites insones desenvolvem outros problemas como depressão, ansiedade, humor alterado, desatenção, perda de memória, baixa imunidade, envelhecimento e aumento no risco de doenças cardiovasculares e neurológicas”, destaca Camila Lobo, neurologista do Hospital e Maternidade São Luiz Campinas, da Rede D’Or.

 

De acordo com especialistas, um dos fatores que vem contribuindo para essa epidemia de insônia é a imparável inovação tecnológica das últimas décadas, à medida que os aparelhos nos mantém conectados 24 horas por dia.

 

“Em outras palavras, estamos sempre online, alertas e disponíveis, e nunca off-line para cobranças diárias, o que afeta o sono profundo, indispensável à regeneração celular e orgânica. Além disso, a exposição à luz azul dos dispositivos eletrônicos interfere na produção de melatonina, hormônio essencial para o adormecimento”, explica a médica do São Luiz Campinas.

 

Inaugurado em maio de 2023, trata-se do maior hospital privado do interior paulista, com mais de 40 especialidades e um moderno parque tecnológico. A unidade conta com uma linha de tratamento multidisciplinar para distúrbios do sono, com equipe formada por neurologistas, psiquiatras, psicólogos, nutricionistas, otorrinos (para apneia), bucos-maxilo (para bruxismos) e ortopedistas. 


 

Tipos de insônia


Muito ligada a fatores genéticos e hereditários, a insônia é dividida em dois tipos: aguda, que é caracterizada por noites pontuais de sono quebrado, com muitos despertares; e a comórbida, onde a pessoa apresenta dificuldade em adormecer por meia hora ou mais, durante três a cinco dias por semana, num período de pelo menos três meses. 

 

Entre os efeitos negativos das noites mal dormidas estão cansaço, mau humor, dores, ansiedade e baixo raciocínio. “Ao aparentar essas fadigas físicas e mentais, seja no ambiente escolar, social ou de trabalho, o indivíduo prejudica sua rotina, rendimento e imagem social”, avalia a neurologista.


 

Tratamentos


Para aqueles que enfrentam dificuldades para dormir, o ideal é realizar uma abordagem multidisciplinar, já que distúrbios do sono podem estar ligados a outras enfermidades.

 

Outro importante aliado é a higiene do sono, um conjunto de práticas que podem auxiliar no relaxamento e facilitar o processo de descanso. São elas: ficar longe de luzes artificiais, não consumir bebidas cafeinadas ou estimulantes, manter uma alimentação leve, horários regulares, ambiente tranquilo, limitar o uso de dispositivos eletrônicos, entre outras. 

 

“O tratamento da insônia envolve essencialmente estratégias de recomendações de higiene do sono, a retirada ou substituição de medicamentos danosos ao repouso e um acompanhamento psicológico adequado. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é atualmente indicada como tratamento de primeira linha pela World Sleep Society, existindo, inclusive, profissionais especializados em TCC e em seus mais recentes manejos”, complementa Dra. Camila.

 

Em relação ao uso de remédios, há algumas novidades que se somam aos tratamentos tradicionais já conhecidos, como o Lemborexant, mais recente droga anti-insônia descoberta por pesquisadores de Oxford (Inglaterra), e o Rozerem, outro tranquilizante que teve eficácia comprovada pela World Sleep Society


“Esses e outros fármacos podem complementar técnicas como hipnoses, meditação, yoga, acupuntura, Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e higiene do sono. Mas atenção, a automedicação pode levar à dependência sem resolver a questão. Por isso, o combate à insônia por meio de caminhos não farmacológicos segue sendo a melhor opção para a cura”, enfatiza a especialista do São Luiz Campinas.

 

Frutose, álcool e café: qual relação com a gordura no fígado?

Endocrinologista responde a dez dúvidas sobre a esteatose hepática

 

A doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica, conhecida popularmente como gordura no fígado, ou simplesmente esteatose hepática, acomete cerca de 20% a 30% da população, sendo que parte dessas pessoas podem desenvolver cirrose ao longo de muitos anos, com risco aumentado de câncer de fígado.

 

A Dra. Marília Bortolotto, endocrinologista da diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP) responde a dez perguntas sobre a esteatose hepática.

 

O que diferencia a esteatose, esteatohepatite e fibrose, e como esses espectros podem evoluir?

A esteatose hepática, que é o acúmulo de gordura no fígado, pode ser benigna ou ter maior gravidade. A esteatohepatite é quando há inflamação associada, podendo evoluir aos longos dos anos para fibrose, com cirrose e até câncer de fígado, sendo que dentre os pacientes com cirrose, o risco para câncer ao longo dos anos pode chegar há 5%.

 

Como fazer o diagnóstico de esteatose hepática

A esteatose hepática pode ser detectada através do ultrassom, porém sua sensibilidade é limitada para graus leves e em pacientes obesos. A ressonância magnética poderá nesses casos ser utilizada. A elastografia - procedimento que utiliza o ultrassom para medir a elasticidade do fígado – é eficaz na detecção da fibrose. Quando há dúvida no diagnóstico, a biópsia pode ser considerada.

 

Pessoas magras também podem ter esteatose hepática?

Sim, é menos comum, mas em pacientes magros sem fatores de risco tradicionais é crucial excluir outras causas, como uso crônico de corticoides, anabolizantes ou certas drogas usadas no tratamento do câncer de mama.

 

Qual é a relação entre o consumo de álcool e a esteatose hepática?

Não existe uma dose totalmente segura de álcool, e o risco está presente mesmo em pequenas quantidades. O consumo acima de um a dois drinques por dia pode estar associado à doença hepática.

 

Trabalhadores expostos a solventes derivados de petróleo têm maior risco de esteatose hepática?

Sim, a exposição a solventes derivados de petróleo pode ser uma causa de esteatose hepática.

 

Qual é o percentual de pessoas com esteatose que eventualmente evoluirá para câncer de fígado?

Cerca de 20% a 30% das esteatoses podem progredir para esteatohepatite. Dentre essas, aproximadamente 20% podem desenvolver cirrose ao longo de muitos anos, aumentando o risco de câncer de fígado em 3% a 5%.

 

O consumo de frutose, especialmente em produtos ultraprocessados, pode causar ou piorar a esteatose hepática?

O carboidrato em excesso, especialmente em produtos ultraprocessados, pode contribuir para a esteatose hepática. É importante diferenciar a frutose natural proveniente das frutas, consumida moderadamente, da presente em produtos industrializados. O açúcar em excesso, pode se transformar em gordura e assim se depositar no fígado.

 

O consumo de café tem benefícios para a saúde do fígado?

Sim, estudos mostram que o café, consumido moderadamente (uma a duas xícaras por dia), ao longo do tempo, pode oferecer proteção contra fibrose e câncer de fígado

 

Como tratar a esteatose hepática? Existem medicamentos eficazes?

A mudança de estilo de vida é a principal abordagem de tratamento. Estudos mostram que a perda de peso, atividade física e mudança na alimentação são eficazes. A redução de pelo menos 7% do excesso de peso já traz benefícios. Não há um medicamento específico, e a prioridade é a modificação do estilo de vida.

 

Existem dietas preferenciais para tratar a esteatose hepática? O jejum intermitente tem algum valor?

A perda de peso é o benefício mais comprovado, independentemente da dieta escolhida. Dietas mediterrâneas são estudadas e trazem resultados positivos. O jejum intermitente pode oferecer benefícios indiretos, pela perda de peso.

 

É possível reduzir a fibrose hepática e quanto tempo isso pode levar?

A redução de fibrose é possível, especialmente quando a inflamação e a agressão não estão em estágios mais avançados, nos casos de fibrose avançada não é possível retornar para o fígado normal. A melhora é observada ao longo do tempo, podendo levar mais de um ano.

 

É importante frisar que, apesar da preocupação com a saúde do fígado, a esteatose hepática está associada a um maior risco cardiovascular. Nós endocrinologistas devemos estar atentos à esteatose hepática em pacientes com diabetes e pré-diabetes, realizar rastreamento regular e encaminhar para hepatologistas quando necessário.




SBEM-SP - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo
http://www.sbemsp.org.br


Bruxismo noturno ou do sono

Cirurgiã-dentista explica como o distúrbio que afeta a qualidade do sono, a saúde geral e oral pode ser tratada  

 

Um boa noite de sono reflete na saúde e na qualidade de vida; contudo, algumas doenças e problemas comprometem esse período de repouso. Além de noites mal dormidas, condições como o bruxismo do sono podem prejudicar a rotina e causar consequências a curto e longo prazo.

O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) chama a atenção para esse quadro bastante comum: estima-se que 15% da população mundial e também brasileira apresente o bruxismo do sono, sendo que a maior prevalência é em mulheres (65%), na vida adulta. Mas, afinal, o que é o bruxismo do sono?

O bruxismo do sono é um distúrbio complexo e multifatorial cuja origem não é completamente compreendida. Ele se caracteriza pelo ranger ou apertar dos dentes durante a noite. De acordo com a cirurgiã-dentista e especialista em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial, Dra. Paula Cristina Machado, os possíveis fatores que causam o bruxismo do sono podem ser divididos em periféricos (morfológicos) e centrais (patológicos e psicológicos).

"Os fatores morfológicos são aqueles relacionados principalmente à oclusão ou 'mordida'; eles têm um papel menor na origem do bruxismo do sono, já os fatores patológicos e psicológicos (ansiedade e depressão) têm maior importância. São também considerados causadores do bruxismo do sono: fatores genéticos; estresse emocional; uso de algumas drogas (cafeína, álcool, cocaína e tabaco); algumas medicações (inibidores seletivos da recaptação de serotonina, anfetaminas, benzodiazepínicos e drogas dopaminérgicas) e doenças neurológicas, como o mal de Parkinson."


Consequências do bruxismo para a saúde geral e oral

No âmbito da saúde geral, o bruxismo afeta a qualidade do sono, especialmente quando associado à apneia e despertares durante a noite. Em casos extremos, pode impedir que o indivíduo chegue ao estado de sono profundo, prejudicando sua produtividade durante o dia. Além disso, pode ocorrer a interrupção constante do fluxo do sono, levando o paciente a despertar várias vezes durante a noite, muitas vezes devido à dor na face ou na cabeça decorrente do bruxismo.

No contexto da saúde bucal, o ranger dos dentes gera complicações, principalmente relacionadas aos dentes, como fraturas, fissuras, desgastes e dor de dente (canal), além de movimentação dentária e inflamações na gengiva. Algumas dessas condições podem até levar à perda total do dente.

“O apertar dos dentes e outros hábitos parafuncionais como roer unha e mascar chicletes levam principalmente à dor muscular, manifestando-se ao mastigar, ao abrir e fechar a boca, na região das têmporas (músculos da mastigação – masseter e temporal – causando dor de cabeça) e na região da articulação temporomandibular (ATM), podendo resultar em disfunção articular na ATM”.

O bruxismo do sono requer frequentemente um tratamento multidisciplinar. Dra. Paula esclarece que o cirurgião-dentista especialista em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial é o profissional capacitado para promover o tratamento com base em conhecimentos científicos para a compreensão do diagnóstico e no tratamento de dores e distúrbios do sistema da mastigação, região orofacial e outras estruturas relacionadas, incluindo o bruxismo.

“Porém, é importante lembrar que o bruxismo, em algumas situações, requer a avaliação completa dos sintomas com uma equipe multidisciplinar, que inclui cirurgiões-dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos, para avaliar as causas e intervenções em cada área de atuação”.


O mais comum

bruxismo do sono é atualmente considerado o tipo mais comum de bruxismo. No entanto, segundo a cirurgiã-dentista, o bruxismo diurno ou de vigília, que começou a ser estudado há menos tempo, vem mostrando prevalência semelhante.

“Temos, portanto, o bruxismo noturno ou do sono e o bruxismo diurno ou de vigília. Em geral, o 'ranger' acontece mais durante o bruxismo noturno e o 'apertar', no diurno. É importante ressaltar que o simples encostar dos dentes já caracteriza o bruxismo, uma vez que apenas encostamos os dentes no final da mastigação e deglutição”.

Tratamentos disponíveis

A especialista esclarece que o bruxismo não tem cura, mas pode ser controlado por meio de vários tipos de intervenções, incluindo o tratamento cognitivo-comportamental.

“O tratamento cognitivo-comportamental promove a mudança de hábitos que são parafuncionais (ações frequentes realizadas pelas pessoas, mas sem uma função essencial reconhecida), como apertar os dentes, mascar chicletes, roer as unhas, entre outros. Por meio dele, são utilizados durante o dia recursos de autogestão e relaxamento”.

Além do tratamento cognitivo, existem recursos como as placas estabilizadoras para o sono, os dispositivos para bruxismo de vigília, ultrassom, fisioterapia e a toxina botulínica A.

Dra. Paula orienta que as pessoas procurem sempre um cirurgião-dentista especialista em DTM/DOF (Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial) para indicar o melhor tratamento.  

  

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo -CROSP


Mês da Mulher: Exame oferecido no SUS evita desenvolvimento do câncer de colo do útero

Entidade detalha trabalho de investigação dos médicos patologistas para diagnosticar lesões, alterações e outros indícios do HPV 

 

Neste Mês Internacional da Mulher, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) alerta para a importância dos cuidados ginecológicos de rotina para evitar doenças que ameaçam a saúde feminina. Entre os exames preventivos, um dos prioritários é o Papanicolau. Batizado em homenagem ao patologista grego Geórgios Papanicolau, o método analisa as células do colo do útero para diagnosticar lesões ou alterações que podem indicar o HPV, o principal causador do câncer de colo de útero.

O Papanicolau é coletado por meio de uma “raspagem” da superfície externa e interna do colo uterino. As células raspadas são colocadas em uma lâmina e, no laboratório, são coradas para permitir a análise pelo médico patologista das alterações microscópicas. O método possibilita diagnosticar precocemente alterações provocadas pelo HPV, que são precursoras do câncer de colo uterino.

“Quanto antes detectada qualquer alteração nas células, maiores são as chances de cura”, destaca o Dr. Clóvis Klock, presidente da SBP. “A identificação de lesões precursoras do câncer de colo uterino possibilita o tratamento de forma menos agressiva e previne o desenvolvimento do câncer no futuro”, explica o patologista.

O Papanicolau é ofertado pelo SUS e direcionado, de acordo com o Ministério da Saúde, a mulheres de 25 a 64 anos que já tiveram algum tipo de relação sexual. Além disso, o diagnóstico de HPV também pode ser feito por exames de biologia molecular, como a reação em cadeia da polimerase (PCR). Estes exames de biologia molecular, além do diagnóstico, possibilitam a identificação dos tipos virais, o que auxilia na determinação do melhor tratamento. No último dia 07 de março, foi anunciada a incorporação no SUS dos testes de PCR para HPV como método de rastreamento do câncer de colo uterino no país.

 

Sociedade Brasileira de Patologia - SBP
www.sbp.org.br

 

Fonoaudióloga alerta para cuidados com a voz durante mudanças climáticas repentinas

 Variações na temperatura e umidade podem afetar diretamente as vias respiratórias e as cordas vocais.

 

Durante mudanças climáticas constantes, é fundamental prestar uma atenção especial aos cuidados com a voz. As variações na temperatura e umidade podem afetar diretamente as vias respiratórias e as cordas vocais, tornando suscetíveis a problemas como ressecamento, inflamação, infecções e até mesmo dificuldades na fala. 

Fonoaudióloga da Clínica Áurea, Valéria Rezende, enfatiza a relevância da voz ao longo da vida e a necessidade de dedicar a devida atenção aos cuidados necessários, principalmente durante as repentinas mudanças de clima. “A voz é extremamente importante durante toda a nossa vida e muitas vezes não damos a importância necessária para os cuidados que devemos ter. Cuidar da voz requer dieta saudável, com alimentos que melhorem a vibração das pregas vocais e reduzam a secreção mucosa, principalmente neste período de constantes mudanças no clima”conta.

A especialista acrescenta que alimentos como maçã, frutas cítricas, verduras e legumes ricos em fibras e antioxidantes podem beneficiar a voz, enquanto alimentos gordurosos, gaseificados, condimentados e derivados do leite devem ser evitados. “A maçã, por exemplo, tem propriedade adstringente  que reduz a secreção da mucosa, além de hidratar. O consumo da fruta (sem exageros) auxilia na produção vocal e da dicção por meio dos movimentos vigorosos da mastigação que proporciona. Beber água regularmente, em pequenos goles, é essencial para a voz, porque hidrata o organismo e favorece uma emissão vocal sem tensão. Já bebidas alcoólicas, refrigerantes, alimentos gordurosos, gaseificados e condimentados alteram o movimento muco-ondulatório das pregas vocais. Achocolatados e derivados do leite, também aumentam a produção de secreção no trato vocal e dificultam a emissão, algumas pessoas são mais sensíveis a estas reações.”

A fonoaudióloga alerta que cuidados são necessários para a saúde da voz a longo prazo, mas que deve ser evitado a automedicação e consumo excessivo de produtos e alimentos conhecidos por “melhorar a voz”, como gengibre, hortelã, menta, sprays e pastilhas, que podem gerar alteração vocal a longo prazo e mascarar outros sintomas. “Nada em excesso faz bem, tente entender o seu corpo e se acontecer um episódio de rouquidão persistindo por mais de 15 dias, consulte o otorrino e/ou um fonoaudiólogo”, argumenta.

 

Além da alimentação, cuidados como evitar falar em alto volume, não fumar, manter-se hidratado e evitar ambientes com ar-condicionado excessivo também contribuem para a saúde vocal. É importante também praticar uma boa higiene vocal, evitando pigarrear em excesso e procurando repouso vocal em casos de irritação ou rouquidão persistente. 

“Evite forçar um tom de voz que não lhe é confortável, falar grosso ou fino demais, também evite travar os dentes ao falar e falar rápido demais. Procure variar sua entoação de voz, articule bem as palavras, perceba-se enquanto fala, esteja presente, consciente, calma, faça pausas expressivas e respiratórias”, explica a fonoaudióloga.

Manter-se atento aos sinais de alerta, como rouquidão persistente ou dor ao falar, é fundamental durante as mudanças de clima. Caso ocorram sintomas preocupantes, é importante buscar a avaliação de um médico ou fonoaudiólogo para receber o tratamento adequado. “Ao adotar essas medidas, é possível manter a saúde vocal e garantir uma comunicação eficaz”, finaliza Valéria Rezende.

 

Qual a importância da jornada do cliente na implementação de um ERP?

 Investir no Customer Success (CS), ou em português, sucesso do cliente, sem dúvidas, tem se tornado prioridade para as organizações. Afinal, diante dos novos hábitos dos consumidores, garantir uma jornada positiva do cliente é o que assegura e fortalece a construção de vínculos, parcerias, e sucesso nos projetos.

Em uma pesquisa realizada com mais de mil profissionais da área de CS, pela  Totango, identificou-se que durante a pandemia houve um crescimento significativo no investimento de Customer Success por parte das empresas. Ao todo, 91% dos entrevistados disseram que a equipe de CS cresceu entre os anos de 2020 e 2021, ao perceberem o desempenho das organizações que investiram no sucesso do cliente.

Isso ocorreu, pois, durante a crise sanitária ficou bastante evidente a necessidade e importância em se manter um relacionamento próximo e personalizado com os consumidores – visto a urgência em relação a proteção, incentivo e engajamento dos clientes.

Dentre as mudanças, as principais estão as seguintes: maior foco no valor e resultado do cliente, que resultam em valor e receita para o negócio, e não mais no tamanho do negócio; maior cuidado na defesa e expansão do consumidor, para diminuir o percentual de churn e aumentar o consumo do cliente; e, maior compreensão que o sucesso do cliente é multifuncional e abrange toda empresa, portanto, não é responsabilidade somente da equipe de marketing e vendas, mas de todos que tem contato direto ou indireto com o cliente

Em se tratando do processo de implementação de um ERP (Enterprise Resource Planning), o CS é um importante aliado, pois ajuda o cliente a ter clareza sobre como a tecnologia apoiará sua empresa a realizar diversas mudanças, revisar processos, rotinas e aumentar a produtividade das pessoas. Implementar um ERP é um projeto que abrange toda a empresa e, necessita do envolvimento de diversas áreas. Tendo em vista que essa é uma ação de mudança torna-se crucial firmar um relacionamento muito próximo do cliente desde a abordagem inicial, pois a partir dos dados coletados será possível concluir cada etapa da implantação com tranquilidade.

É importante destacar que, atualmente, todo cliente quando adere ao uso de uma ferramenta de gestão tem como principal meta implementar melhorias no negócio. Devido a isso, os consumidores em todas as frentes de serviços estão cada vez mais atentos. Ou seja, antes de adquirir o sistema, primeiro, fazem diversas buscas e pesquisas, para compreender o que de fato o produto pode agregar para a empresa. Diante disso, ofertar um atendimento embasado nos conceitos de CS e no Business Experience, são excelentes abordagens.

Isso é, considerando a realidade atual, cabe à implementadora a missão de prestar um atendimento personalizado, em que, desde o início, no ato da venda, sejam compreendidas quais são as necessidades apontadas pelos clientes. Essa ação, além de auxiliar para uma jornada mais fácil e ágil, também contribui para que as principais demandas dos usuários sejam executadas, e que seja ofertado um atendimento ainda mais diferenciado.

Deste modo, o percurso do cliente na implementação de um ERP com base na metodologia do CS deve ser acompanhado em cada uma das etapas da jornada, divididas em:

#1 pré-onboarding: momento em que ocorre toda a preparação dos dados do projeto, documentação contratual e recepção do cliente.

#2 onboarding: sendo a fase que ocorre o pontapé inicial do projeto, marcada pela reunião de kickoff, onde é apresentado o macro do trabalho, quais etapas serão percorridas e apresentação das equipes da consultoria e do cliente que se unirão para a execução das atividades.

#3 ongoing: em um projeto de ERP, consiste na etapa de execução, em que ocorre o business blue print que é o levantamento de processos e funcionalidade que serão a base para as configurações e parametrizações do software para que ele fique aderente as necessidades do contratante. Nessa etapa da implantação ocorre também os testes e treinamentos dos usuários;

#4 adoption: que é marcada pela etapa do go live, fase em que o cliente passa a adotar o ERP como seu software de gestão oficial e passa a operacionalizar e gerir toda a rotina da empresa por ele.

#5 expansion: fase pós adoption em que o cliente passa a ser atendido pelo time de sustentação da consultoria com os recursos do AMS e suporte. É comum a partir desta fase com o apoio da consultoria o cliente ganhar maior maturidade no uso do sistema e enxergar a oportunidade de agregar ainda mais funcionalidades e processos em sua empresa, deixando o ERP mais robusto e adequado ao crescimento da companhia.

Na prática, ter uma conduta embasada em ofertar a melhor experiência ao cliente, independente das condições que ele acessa a sua empresa, é uma via de mão dupla em se tratando de ganhos. Isso porque, para a consultoria, oferecer um nível de atendimento personalizado gera um relacionamento mais próximo e duradouro com o cliente, o que permite que no durante e no pós-implantação se realize ajustes quando preciso, garantindo uma implementação mais segura e eficiente para ambos os lados.

Para o cliente, por sua vez, contar com uma consultoria que possui uma área de Business Experience, garante a certeza de que a empresa estará amparada por uma série de metodologias que prevê o bem de todo o ecossistema em que se está inserido, bem como métodos, processos e recursos humanos e tecnológicos que buscam contribuir para uma melhor experiência ao cliente, ao usuário e ao negócio como todo.

Dentro desta realidade, é crucial destacar que a jornada do cliente não se restringe ao momento da aquisição do ERP e realização do projeto. Até porque, empresas são organismos vivos, deste modo, mudanças e evoluções podem ocorrer e neste cenário de mudanças o CS permanece presente para garantir maior familiaridade e personalização no pós-atendimento, a fim de manter o nível de satisfação do cliente elevado, considerando que clientes satisfeitos tendem a consumir novos projetos e agirem como agentes de referência e recomendação para novos leads e negócios.

Estamos vivendo a era da transformação e avanço digital, o que favorece todas as empresas em muitos âmbitos, contudo, também é um facilitador para deixar as relações mais frias e genéricas entre as pessoas e consequentemente entre as empresas. Visto que a competitividade entre as implementadoras de ERP está cada vez mais acirrada, ofertar um serviço de qualidade é o básico esperado por qualquer cliente. Por isso, a necessidade de elevar ainda mais a experiência e sucesso do cliente, manter o relacionamento estreito e personalizado é o que irá garantir a permanência e satisfação dele junto a sua marca. Afinal em tempos em que respostas rápidas, atendimentos robóticos e acelerados parecem predominar, empresas que apostam em trabalhar em prol da experiência e sucesso do cliente, o colocando no centro de seu negócio se destacam.

 


Viviele Batista - coordenadora de Customer Success no Grupo INOVAGE.

Grupo INOVAGE


Flexibilidade no trabalho: por que ela é tão importante para o crescimento das empresas?

Empresas flexíveis atraem mais talentos qualificados, obtêm uma maior retenção destes e, consequentemente, se destacam em seu segmento. Esse se tornou um dos quesitos mais desejados e valorizados pelos profissionais nos últimos anos, o que desencadeou um movimento de adaptação necessário pelo mercado em prol do crescimento e prosperidade dos negócios. Porém, ao mesmo tempo, não são todos os empreendimentos que conseguem se beneficiar dele, o que ressalta a necessidade de aplicação de um diagnóstico profundo internamente a fim de identificar se a flexibilidade é – ou não – uma estratégia vantajosa de ser adotada em suas operações.

A pandemia foi um dos grandes responsáveis por fazer com que a flexibilidade ganhasse corpo no mercado de trabalho, uma vez que, diante do isolamento social, todas as empresas foram obrigadas a readequarem seus modelos à distância, sem prejuízo na entrega de resultados e produtividade. Contudo, antes mesmo dela, esse movimento já era visto por muitas big techs do mercado, que se tornaram percussoras desta nova visão acerca das vantagens em permitir que seus times operassem à distância.

Com o tempo, esta questão se tornou muito mais ampla do que a questão do modelo de trabalho, passando a incluir muitos outros aspectos como horário de trabalho (sendo flexível em seu início ou término da jornada), ou, até mesmo, na oferta de benefícios pautados neste aspecto como os famosos cartões flash – nos quais as contratantes depositam a quantia financeira estipulada e permite que cada profissional escolha a forma com a qual pretendem utilizá-la (academia, alimentação etc.). E, por mais que este novo cenário pautado na flexibilidade tenha gerado questionamentos compreensíveis sobre sua eficácia, os resultados surpreenderam positivamente diversos empreendedores e gestores.

Segundo dados do relatório de transformação digital da América Latina, os empreendimentos que adotaram totalmente o home office apresentaram uma produtividade 41% maior do que os que permitem menos de ¼ das atividades em casa. Isso fez com que, hoje, informações divulgadas pelo relatório Tendências e Perspectivas do Trabalho 2023 identificassem que a flexibilidade fosse o benefício inegociável mais citado por 46% dos profissionais da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México.

Esses dados evidenciam que, hoje, empresas que incorporam uma verdadeira política de flexibilidade conseguem alavancar significativamente sua competitividade no segmento, uma vez que atrairão um leque maior de talentos qualificados aderentes a essa mentalidade e, ainda, retê-los para construção de um time engajado e feliz para a conquista dos resultados corporativos estipulados. O que pode ser ainda mais potencializado considerando a possibilidade de contratação de profissionais geograficamente distantes ampliando gama de talentos e executivos globais.

Contudo, é importante ter claro em mente que, para muitos setores, a flexibilidade pode não ser uma opção tão vantajosa, como ocorre no caso do varejo ou da indústria. Estes são exemplos nítidos de setores que, por terem horários de trabalho e cronogramas mais rígidos, tenderão a enfrentarem maiores dificuldades em um modelo mais flexível e em sua capacidade de adesão.

Por isso, a melhor forma de identificar se este é um aspecto vantajoso para a sua empresa é realizando um diagnóstico interno minucioso, analisando questões como: se há algum tipo de perda devido à falta da flexibilidade, as possíveis vantagens a serem adquiridas ao aderir a este modelo e, acima tudo, as opiniões dos próprios times e líderes sobre este tema.

Esse último é um dos pontos mais importantes antes de tomar a decisão, uma vez que com ele será possível compreender os motivos pelos quais sua empresa pode estar perdendo talentos, tendo dificuldades em atrair e o que eles buscam em uma oportunidade para que se sintam felizes e motivados em suas tarefas. Afinal, não faltam pesquisas que mostrem que não ser uma empresa flexível possa fazer com que sua marca perca profissionais e lideranças importantes para seu crescimento.

Cada negócio terá seu próprio fluxo de organização para que a flexibilidade seja adotada. Não existe receita de bolo sobre esta resposta, apenas tentativas e erros que devem ser feitos para que encontrem onde podem ser flexíveis e onde isso não faz sentido. Um processo de diagnóstico e tentativas, para que tenham segurança em qual caminho seguir e persegui-lo com assertividade. 



Jordano Rischter - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.


Wide
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Lucrando com a Alta do Mercado de Criptomoedas? Confira como declarar no Imposto de Renda!

 

 

Investiu em criptomoedas e não sabe se precisa declarar? O prazo para declaração de imposto de renda começa em 15 de março e muitos investidores ainda se perguntam: como declarar bitcoin e outras criptomoedas no IRPF2024? Será que ainda dá tempo de reunir as informações necessárias? Antes de qualquer coisa, então, é preciso pedir: Calma! Dá tempo, sim.

A especialista em Criptomoedas Ana Paula Rabello explicou tudo que você precisa saber e fazer para incluir as criptomoedas no seu imposto de renda.

 

Antes de Fazer a Declaração

Antes de iniciar a declaração propriamente dita, é preciso avaliar uma série de aspectos para que você saiba, primeiro, se precisa declarar e, em precisando, para que você declare de forma correta.

 

Eu preciso declarar?

Conforme as regras gerais para declaração, divulgadas para o IRPF2024, são obrigados a declarar os contribuintes que se enquadrem nas seguintes situações, relativamente ao ano de 20231:

  • recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$ 30.639,90;
  • recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior R$ 200 mil;
  • obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos (inclusive criptoativos), sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitos à incidência do imposto;
  • teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias;
  • teve receita bruta em valor superior a R$ R$ 153.199,50 em atividade rural;
  • tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil;
  • passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023;
  • optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física;
  • titular de trust no exterior;
  • deseja atualizar bens no exterior.

É importante ressaltar que a obrigação de declarar criptomoedas cujo valor de aquisição (da data da compra) seja igual ou superior a R$ 5 mil não induz, por si só, obrigação de declarar IRPF. O investidor só será obrigado a declarar essas criptomoedas se estiver enquadrado em alguma das situações gerais acima.

Além disso, é importante destacar que a obrigação de declarar o Imposto de Renda não se confunde com a obrigação de pagar imposto. Para os investidores de criptomoedas, a obrigação de pagar imposto ocorre somente quando houver lucro (ganho de capital) e a soma das alienações (vendas e trocas) ultrapassar o limite mensal de R$35 mil reais. O imposto incide apenas sobre o lucro, conforme alíquotas progressivas:

  • abaixo de R$ 5 milhões: 15%;
  • entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões: 17,5%;
  • entre R$ 10 milhões e R$ 30 milhões: 20%;
  • acima de R$ 30 milhões: 22,5%.



O GCAP, programa da Receita Federal, deve ser preenchido quando o total de alienações supera R$35 mil e há pelo menos uma operação lucrativa. 


Uma novidade neste ano é a obrigatoriedade de identificar especificamente altcoins e stablecoins na declaração do Imposto de Renda. Anteriormente, a separação era feita apenas por códigos: 01 para Bitcoin, 02 para Altcoins, 03 para Stablecoins, 04 para NFTs e 99 para outros criptoativos. Agora, para altcoins e stablecoins, será necessário informar o criptoativo específico a partir de uma lista pré-formatada, proporcionando um detalhamento maior, semelhante à identificação de ações, onde é necessário informar o ticker da ação.

Certifique-se de enviar sua declaração dentro do prazo estabelecido pela Receita Federal, para evitar multas e outras penalidades. Este ano, a data limite é 31.05.2024. Após enviar sua declaração, guarde uma cópia para seu próprio registro, pois você pode precisar dela no futuro.

 

Como a transformação digital ajuda a reduzir os custos dos negócios

Lembra quando a ideia de transformar seu negócio digitalmente parecia uma viagem a Marte? Mas assim como as viagens espaciais não são mais ficção científica, a transformação digital também não é mais uma opção – é essencial. E não se trata apenas de permanecer à frente no jogo, mas também de economizar muito dinheiro. 

Mas como exatamente você pode navegar por esse caminho e usá-lo para reduzir custos? Todos já ouvimos histórias sobre empresas que pouparam milhões por meio de transições digitais bem-sucedidas. E se eu lhe dissesse que essas economias também estão ao seu alcance? Você provavelmente está pensando: “Tudo bem, por onde começamos?” A resposta está à frente. Então, vamos mergulhar na nossa exploração.

 

Compreendendo os benefícios 

A transformação digital, um termo popular no mundo empresarial atual, não consiste simplesmente em incorporar tecnologia às suas atividades. É uma forma de repensar em como você faz negócios. 

Imagine ir do ponto A ao ponto B com um mapa desatualizado. Você provavelmente chegará ao destino, mas isso exigirá mais tempo e esforço. Este cenário assemelha-se às empresas presas aos métodos tradicionais sem abraçar a transformação digital que contribui para a mudança. 

A McKinsey define a transformação digital como a reinvenção das organizações por meio da tecnologia para melhorar o desempenho e o alcance.

 

Os componentes 

A transformação digital não consiste simplesmente na adoção de novas ferramentas tecnológicas, porém existem tem três componentes principais: 

  • Uma mudança cultural no sentido de estar aberto a modificações rápidas e à aprendizagem em movimento;
  • A integração da digitalização em todas as áreas leva a um melhor recolhimento de dados, o que ajuda a tomar decisões com mais rapidez;
  • Inovação que pode redefinir ou criar propostas de valor para os clientes com base em insights obtidos em análises avançadas. 

Mas, por que isso importa? O objetivo não é apenas a sobrevivência, mas o crescimento, abrir caminhos antes inimagináveis. Assim como os jogadores de xadrez que pensam em vários movimentos à frente, as empresas precisam de previsão. A transformação digital é como uma varinha mágica que pode ajudar as empresas a reduzir custos, aumentar a eficiência, reduzir o desperdício e promover a inovação.

 

Superando desafios 

Navegar pela transformação digital pode ser intimidante, mas vale a pena o esforço. O primeiro desafio que muitas empresas enfrentam é compreender o que significa transformação digital e como iniciar o processo. 

Imagine transformar o seu negócio numa máquina eficiente onde o desperdício se torna obsoleto, como atualizar um carro velho e desajeitado para um elegante veículo elétrico. 

A McKinsey sugere que a IA e outras ferramentas de automação estão preparadas para mudar o jogo. Eles podem realizar tarefas repetitivas mais rapidamente do que os humanos e com menos erros. É como ter robôs trabalhando 24 horas por dia, 7 dias por semana, sem intervalos para café ou férias. 

Para dar algum contexto a essas previsões - não se trata de substituir pessoas por máquinas, mas de garantir que todos estejam usando o seu tempo com sabedoria. 

Lembre-se de que não se trata apenas de seguir tendências, trata-se de aproveitar estrategicamente a transformação digital para reduzir custos, escolhendo de forma inteligente quais tecnologias atendem melhor às necessidades do seu negócio. 

Seu caminho rumo à eficiência de custos não termina aqui. Fique atento às tendências futuras em transformações digitais, pois elas serão fatores chave na sua missão de reduzir ainda mais os custos.

 


Inon Neves vice-presidente sênior da Access Latam


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