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terça-feira, 20 de junho de 2023

Ensino Superior pode representar salto salarial de 200%, segundo IPEA.

Um dos campos que eu acho mais interessantes em Marketing Educacional é o estudo do payback do estudo no Brasil. Os números são sempre impressionantes e eu coleciono esses dados com muito carinho. Você pode encontrar alguns pontos de atenção aqui nas edições anteriores dessa NewsLetter ou no meu histórico de posts. Tem muitos dados legais e para inúmeros outros a gente pode tomar um café uma hora dessas.

Algumas informaões eu trago há luz outras seguro até encontrar um contexto mais adequado para a sua promoção.

É o caso do importante estudo "Education, Occupations, Lifetime Earnings" desenvolvido pela Georgetown University nos Estados Unidos que aponta que “estudar” paga mais dentro das mesmas atividades.

Essa era uma tese que eu defendia sempre que alguém trazia a tona a falsa retórica de que “todo motorista de aplicativo tem Ensino Superior”, falácia que já demolimos aqui na newsletter em outras ocasiões com tabelas e método científico.

Segundo o estudo da Georgetown mesmo dentro de uma mesma ocupação, recebe mais quem possui melhor formação. Entre motoristas de caminhão, aquele com formação abaixo do ensino médio ganhava USD 1,3 milhões ao longo de toda a sua vida contra US$ 1,5 milhão para caminhoneiros com ao menos um diploma do ensino médio. O mesmo para professores de educação básica. Segundo o estudo aqueles com bacharelado receberam USD 1,8 milhão ao longo da vida em comparação com USD 2,2 milhões para aqueles com Mestrado.

Os dados são muito mais acessíveis em países desenvolvidos que aqui no Brasil. Perguntas simples que me faço todos os dias seguem sem resposta pela nossa inaptidão para pesquisa social (objeto de um desmonte mal intencionado no passado recente).

Foi com muita alegria que recebi hoje do Márcio Pereira Dias o estudo "Trabalhadores com ensino superior: Área de formação, ocupação e diferencial de rendimentos em relação aos trabalhadores com ensino médio", conduzida pelo pesquisador do Ipea Maurício Cortez Reis.

O texto QUE VOCÊ PODE BAIXAR NA ÍNTEGRA ABAIXO revela: trabalhadores com ensino superior no Brasil têm remunerações significativamente mais altas em comparação aos que possuem apenas o ensino médio.

A pesquisa analisou a relação entre área de formação, ocupação e diferencial de rendimentos, destacando três fatores determinantes. 

1.     O primeiro fator é a qualificação geral adquirida durante o curso superior. Os profissionais com graduação possuem habilidades e conhecimentos mais amplos, o que os torna mais valorizados no mercado de trabalho.

2.     O segundo fator é o acesso a ocupações com maiores remunerações. Áreas como engenharia e saúde, que já possuem salários mais elevados, apresentam um diferencial de rendimentos quatro vezes maior em comparação aos trabalhadores com ensino médio. Essas áreas oferecem oportunidades mais atrativas e bem remuneradas para os profissionais formados.

3.     O terceiro fator é a relação entre a qualificação adquirida em determinada área de estudo e a exigida na ocupação. Em áreas como humanidades e artes, onde a remuneração costuma ser mais baixa, a falta de correlação entre os conhecimentos específicos e as demandas do mercado de trabalho contribui para os rendimentos mais modestos. 

O estudo também destaca que a valorização desses fatores varia consideravelmente de acordo com a área de formação. Em cursos como engenharia e saúde, todos os três fatores são relevantes para a diferença salarial. Por outro lado, em áreas como humanidades e artes, a falta de correspondência entre os conhecimentos adquiridos e as exigências ocupacionais resulta em rendimentos mais baixos.

A pesquisa conclui que, apesar do diferencial de rendimentos entre os trabalhadores com ensino superior e ensino médio ser significativo, a heterogeneidade dentro do grupo de ensino superior é notável. A área de formação é um elemento crucial para compreender essa diversidade.

Esses resultados destacam a importância do capital humano adquirido durante os anos adicionais de estudo, bem como do acesso a ocupações melhor remuneradas e da aplicação do conhecimento específico adquirido na formação.

Portanto, investir em educação superior continua sendo a estratégia mais valiosa para garantir melhores perspectivas de carreira e remuneração no mercado de trabalho.

E eu sigo espalhando essa palavra por aqui.



Rafael Villas Bôas
Marketing I Comercial I Inovação


Modelo de contratação eletrônica de produtores de tabaco, da JTI, vira referência nacional

Iniciativa foi reconhecida como uma das três melhores práticas jurídicas do Brasil


Começou em Santa Cruz do Sul (RS) e ganhou o país como uma das melhores práticas jurídicas. Esse é o resumo da contratação eletrônica de produtores de tabaco que a Japan Tobacco International (JTI) adotou em 2022 e que foi reconhecida na última quinta-feira (15) como uma das três melhores práticas do Brasil. O anúncio aconteceu durante a 7ª Edição do Prêmio de Melhores Práticas na Gestão de Departamentos Jurídicos, promovido pela Intelijur – Inteligência Jurídica em São Paulo. 

A inovação da contratação eletrônica está em substituir os contratos impressos pela versão digital em que os produtores rurais – mesmo sem acesso à internet – podem assinar o documento por meio do celular corporativo dos técnicos de Agronomia. Além de reduzir o tempo de contratação em 63 dias, a inovação também diminuiu o consumo de papel em 80% e a emissão de 4,2 toneladas de CO. Afinal, as viagens ao campo para corrigir erros nas informações, rasuras, omissões de dados, perdas e extravios dos contratos não são mais necessárias. 

“Desenvolvemos uma solução eficiente para os dois lados: JTI e produtor integrado, porque temos nossos parceiros no centro de tudo o que fazemos. Mesmo estando numa área sem sinal de internet, nosso integrado pode usufruir de um processo ágil e seguro para assinatura do contrato”, resume Cristina Quatke, gerente Jurídica da JTI no Brasil. 

A aplicação de visual law/ legal design nos contratos de parceria da JTI também foi reconhecida e certificada pelo Intelijur como uma das melhores práticas jurídicas do Brasil. Ainda no setor jurídico, a JTI obteve outro reconhecimento nacional ao ter Roberta Venancio, diretora Jurídica da empresa, figurando no ranking The Legal 500 – Brazil  promovido pela editora britânica GC Powerlist.

 

Japan Tobacco International (JTI)
www.jti.com/brasil

segunda-feira, 19 de junho de 2023

Fragmentação é estratégia usada para manter consumo apesar do aumento de preços

 Pesquisa da Kantar mostra como latino-americanos administram as compras em tempos de inflação

 

Globalmente, o ano de 2023 tem sido marcado pelo medo de uma forte desaceleração econômica, resultante das medidas para reduzir a inflação. Essa é uma preocupação bastante razoável, já que o cenário atual é marcado pelo aumento de preços dos produtos de consumo massivo e pela redução do poder de compra. 

A América Latina, no entanto, mostra-se resiliente em absorver o impacto inflacionário e manter o consumo, conforme aponta o Consumer Insights 2023, estudo produzido pela Kantar, líder em dados, insights e consultoria. 

Com Brasil e México como referência, a cesta básica na América Latina apresentou crescimento em valor acima da inflação e performance positiva em volume. Em paralelo, outras regiões do mundo não tiveram crescimento em valor — protagonizando, inclusive, queda em volume. Isso significa que, enquanto o consumidor latino-americano absorve o impacto da inflação para seguir comprando, o global reduz o consumo. 

Ao considerar os aumentos de preço dos produtos de consumo massivo, o estudo mostra que os consumidores deveriam estar comprando 75% da quantidade que adquiriam há dois anos. Porém, este índice está em 99%. A questão é: como eles reduziram apenas 1% do nível de consumo mesmo com a inflação? A resposta está na fragmentação oportunizada pela omnicanalidade; o consumidor visita mais canais de compra buscando os mais atrativos para seu bolso. 

Nessa dinâmica, o consumidor latino-americano optou por fazer compras menores, mais frequentes e com maior experimentação. Diminuindo ligeiramente o volume de cada categoria para manter o número de categorias compradas, as compras têm sido 12% menores e com visitas a 18% mais canais. Com isso, está adquirindo duas categorias e seis marcas a mais do que há dois anos. 

Além disso, o consumo de bens de consumo massivo na América Latina pode ser considerado muito básico, ao contrário de outras regiões. Sendo assim, os consumidores se esforçam para manter os níveis de compra, diferente de países desenvolvidos, onde os shoppers podem tirar do carrinho produtos não essenciais. 

Vale destacar que esse não é um movimento recente. Ele começou no final de 2021, quando a inflação acelerou. Agora, em 2023, o que se vê é a repercussão desses hábitos. Isso significa que, embora a pressão econômica siga forte, as famílias já parecem ter incorporado bem essa nova estratégia de manutenção de consumo.

 

Kantar
www.kantar.com/brazil


Novo relatório da reforma tributária: cinco grandes mudanças para o mercado

A pressa é, definitivamente, inimiga da perfeição. Há anos, o texto final do relatório da Reforma Tributária é ansiosamente aguardado pelo mercado e pela população, com o intuito de adquirirmos um sistema tributário nacional menos complexo e burocrático. Em uma nova proposta divulgada recentemente, pontos importantes foram destacados na mira desta simplificação tributária – mas que devem ser cuidadosamente planejados para não reverter seu grande propósito em prol do maior bem coletivo.

Grande parte dos itens trazidos neste novo texto abrange, principalmente, a incidência tributária sobre o consumo, a qual sempre levantou fortes debates referentes à sua excessividade. Afinal, quando comparado a outros países, os impostos sobre mercadorias brasileiras chegam a ser até cinco vezes maiores do que o valor do tributo cobrado em outras regiões, segundo dados divulgados na pesquisa “Estatísticas Tributárias na América Latina e Caribe”.

Em meio a este claro desequilíbrio, cinco mudanças promissoras se destacam nesta nova proposta da Reforma Tributária. São elas:


#1 IBS e imposto seletivo: de acordo com o texto final apresentado, há a proposta de unificar o PIS, COFINS, IPI, ICMS e ISS no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que será um imposto sobre o valor agregado (IVA) dual. A ideia é que seja um imposto federal e um subnacional – este último gerido pelos estados, Distrito Federal e municípios, o que os dará maior autonomia política, legislativa e financeira, possibilitando sua administração sem que tenham que permanecer recorrendo à União. Paralelamente, foi destacado, ainda, a criação de um imposto seletivo sobre bens e serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como bebidas alcoólicas e cigarros, por exemplo. Uma medida que, apesar de não ser uma novidade na Reforma, mostra-se completamente benéfica para desestimular esse consumo danoso à vida de todos.


#2 Não-cumulatividade do imposto: complementando o tópico anterior, a proposta também enalteceu a não-cumulatividade plena na sistemática do IBS, bem como estipulou que a tomada de crédito decorrerá do valor destacado na nota fiscal, não dependendo, assim, da comprovação do pagamento. Apesar de não ter estabelecido um prazo determinado para a transição entre o sistema tributário corrente e o resultante da reforma, caso aprovada, este tempo não pode ser nem muito longo (uma vez que estenderá demasiadamente o denso e contraproducente sistema atual), nem curto demais (já que, além de impossibilitar que as empresas se reajustem adequadamente em âmbito contábil e administrativo, pode trazer prejuízos às suas operações, que certamente foram estruturadas considerando o regime tributário ainda vigente).


#3 Fundo de Desenvolvimento Regional: tido por muitos como um dos pontos mais sensíveis da Reforma, foi sugerida a criação de um fundo de desenvolvimento regional para compensar os benefícios tributários oferecidos por estados e municípios a fim de atrair empresas às suas regiões. Sua aprovação, no entanto, deverá se empenhar em garantir segurança jurídica para esses empreendimentos, principalmente em relação aos contribuintes que estruturaram seu modelo de negócios com base na atual prática – e deverá contar com um aporte considerável da União na faixa de R$ 50 bilhões anuais.


#4 Cashback de impostos: mesmo ainda não contendo um plano detalhadamente arquitetado, este se mostra como um importante aliado ao combate de desigualdades, especialmente à população menos favorecida economicamente. Sua ideia é que, ao realizar uma compra, o consumidor de menor poder aquisitivo seja reembolsado dos tributos incidentes sobre a referida aquisição, como forma de reduzir o impacto da carga fiscal do consumo, em última análise, à renda do cidadão. O modelo pode ser, de fato, benéfico para esta compensação, desde que seja devidamente pensado e delineado.


#5 IPVA sobre veículos aquáticos e aéreos: o imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA) é uma das cobranças mais conhecidas pela população, incidindo, atualmente, apenas sobre veículos automotores terrestres – como carros, motos e ônibus – conforme o entendimento firmado pelo STF. Com a aprovação da Reforma, contudo, o imposto passará a abranger também veículos aquáticos e aéreos, como iates, lanchas, helicópteros e jatinhos. Sua implementação, embora represente estratégia louvável para trazer maior isonomia à tributação do patrimônio, também deverá ser meticulosamente organizada.

É indiscutível a urgência da aprovação da Reforma Tributária. No entanto, isso não significa que deva ser discutida às pressas, sem a devida maturação e debates acerca destes e outros pontos abordados. A análise destas propostas deve, a um só tempo, ser conduzida de forma célere, buscando a melhor resolução tributária e tornando o sistema nacional mais simples e justo para todos.

 

Gustavo Molina - advogado da área tributária do Arbach & Farhat Advogados.

 

Arbach & Farhat

https://arbachefarhat.com.br/

 

 

 

São João não é só no Brasil não! Conheça 5 países que celebram a festa junina pelo mundo

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Preply


Pesquisa realizada pela Preply revela que os famosos arraiais também são comemorados na "gringa"

 

Se existe um "trem" que o brasileiro é "bão" é em festejar ocasiões especiais, mas você sabia que a tradição da festa junina vai além das fronteiras brasileiras? Celebrada em diversos lugares ao redor do mundo, com músicas animadas e empolgantes, a festividade reúne vários pratos típicos e possui relevância e alcance internacionais. Pensando nisso, a Preply, plataforma que conecta alunos a professores de idiomas, fez uma pesquisa e descobriu como alguns países comemoram essa data e quais são os costumes desses "caipiras".

Apesar das influências europeias trazidas pelos colonizadores portugueses, como trajes característicos e danças folclóricas, a festa se desenvolveu mesmo no Brasil, se tornou algo muito popular e "virou a sensação do pedaço". Cheia de quadrilhas, fogueiras, bandeirinhas e quitutes, como milho, canjica, pé de moleque e quentão, a "farra" também é marcada por muitas brincadeiras e jogos. Entre os principais e mais famosos arraiais estão o São João de Campina Grande, na Paraíba, o Festival de Parintins, no Amazonas, e o Mossoró Cidade Junina, no Rio Grande do Norte.

Essa "tremedeira de festança", que é celebrada no mês "arretado" de junho no Brasil e nos outros locais analisados pela Preply, combina elementos religiosos em homenagem aos santos São João, São Pedro e Santo Antônio. Para a VP de Brand da Preply, Sofia Tavares, a comemoração é de extrema importância, pois representa uma manifestação cultural e uma preservação de tradições ancestrais que refletem a identidade de um povo.

“A diversidade que a comemoração representa é fundamental para a Preply, pois a mesma enriquece o aprendizado de idiomas por meio da troca de experiências culturais. O Brasil compartilha com o mundo a variedade de suas tradições juninas, deixando a sua marca globalmente. Isso é especialmente relevante no aprendizado de novas línguas, mostrando que os estudantes desejam vivenciar cada vez mais os costumes brasileiros. A festa junina inspira e motiva, proporcionando uma experiência cultural autêntica, o que é chave para nós”, complementa.


Mas como é celebrada a festa junina em outras partes do mundo?

1- Espanha

A "festança" na Espanha é muito diversificada e tem características únicas em cada canto. Na Catalunha, no nordeste, os fogos de artifício dão um show, iluminando o céu como se fosse um "estouro de alegria". Em Barcelona, no norte, é puro "arrasta-pé" com as tradições celtas, com danças e concertos muito animados, tudo no ritmo de São João. E, em Alicante, no sudeste, a festa na fogueira "é de arrepiar", porque tem queima de monumentos feitos de papel machê, muitos desfiles, oferendas florais, quitutes e um concurso de fogos de artifício na praia. Já em San Pedro Manrique, na província de Soria, eles queimam mil quilos de lenha na frente da igrejinha da Virgen de la Peña e os homens de São Pedro encaram um desafio muito corajoso, andando descalços com alguém nas costas enquanto o chão está em brasas.


2- Canadá

A festa do São João é "coisa séria" nas cidades do Canadá que foram colonizadas pelos franceses. Em Quebec, o dia 24 de junho é pura animação, com um desfile de rua todo politizado e patriótico, com pouca natureza religiosa. O evento, que virou feriado nacional, traz instrumentos de sopro, acrobatas que não param e ainda 24 bonecos gigantes representando figuras históricas de Quebec. E, não é só isso, porque tem muita fogueira, shows musicais, danças típicas, "churrascos dos bons" e fogos de artifício para iluminar o céu.


3- Dinamarca

A festa tem nome pomposo na Dinamarca: é a tal de Sankha Saften, ou seja, a noite de São João, em português. Até 1970, essa "festarola" era feriado oficial. Os dinamarqueses tinham o costume de criar uma bruxinha feita de palha e pano, que era colocada na fogueira durante a celebração, evocando os tempos de caça às feiticeiras na Europa. Além disso, o negócio "pega fogo" mesmo, pois eles acendem fogueiras para espantar maus espíritos. Hoje em dia, a "farra" acontece nas praias, com piqueniques super animados e cantorias tradicionais.


4- França 

A galera pensa que as famosas quadrilhas surgiram no Brasil, contudo, esse tipo de dança é original da França. No território francês, eles chamam de Fête de la Saint-Jean, o que pode ser traduzido para Festa de São João. Contudo, não pense que é só "balancê" não, porque tem toda uma tradição por trás. Embora tenham algumas origens pagãs, os franceses comemoram com uma pegada católica e acendem fogaréus para homenagear uma estátua do profeta João Batista. E, para "não deixar a peteca cair", ainda dançam umas "músicas de arrepiar" e fazem até uma missa para esse santo.


5- Noruega 

O arraial é conhecido como Sankthans na Noruega, uma combinação de palavras que, quando traduzidas, querem dizer Santo e João, respectivamente. Por lá, rola um banquete de dar água na boca, cheio de quitutes regionais: salsichas grelhadas, cachorros-quentes, arroz doce com manteiga e canela e carnes e frutas defumadas. Nessa versão nórdica da festa junina, eles também capricham na fogueira, empilhando caixas, madeiras e outros itens inflamáveis para formar uma pilha gigante de fogo.

 

Preply
https://preply.com/pt/


Espelho da liderança: céu ou inferno

Recentemente fomos surpreendidos com a renúncia do CEO da Hurb, João Ricardo Mendes, também fundador da empresa, considerada a maior agência de viagens online com sede no Brasil, criada há mais de 12 anos e avaliada em R$ 2 bilhões, ou seja, estamos falando de um negócio sólido, consagrado pelo tempo de existência e por seu valor. Ele permanece como investidor, mas não está mais à frente da companhia, precisou renunciar após ter xingado e ameaçado clientes insatisfeitos. 

Com essa atitude ele entrou no que chamo de inferno da liderança, pois contrariou uma das primeiras, e talvez a principal regra da gestão de um negócio: colocar o cliente no centro das atenções. Refletindo sobre este assunto, que ganhou as páginas de todos os sites de notícias, elenquei quatro pontos que considero vitais para colocar o gestor no céu da liderança:

  1. O cliente no centro das atenções;
  2. Ter processos confiáveis;
  3. Ter gestão próxima;
  4. Orientação aos dados.

Esses quatro itens parecem óbvios, mas nem sempre são seguidos. Em qualquer ramo, o cliente tem que ser o centro das atenções, afinal, é ele que garante a existência do próprio negócio. Ter processos confiáveis também, já que se entendermos o negócio como uma grande engrenagem, a falha em qualquer elo, vai colocar tudo em risco. 

No mesmo grau de importância está o time, pois é quem faz essa grande engrenagem funcionar bem. Por fim, porém na mesma ordem de importância, está a constante tomada de decisão baseada em dados. É preciso avaliar e comunicar constantemente o andamento de todo o negócio. Do contrário, uma falha que começou bem pequena, pode ganhar proporções gigantescas, difíceis de serem contornadas ou resolvidas. 

Certamente na Hurb houve falha em algum ou alguns desses itens, afinal, não haveria necessidade de o CEO da empresa se indispor com clientes, se tudo estivesse funcionando corretamente. Claro que a maneira como ele o fez dificultou ainda mais. No entanto, quero me concentrar neste artigo no problema. Por que ele ocorreu? Onde está a falha? Que tipo de gestão eles adotaram que coloca a direção da companhia numa situação dessas?

Na gestão por objetivos e resultados, os chamados OKRs, do inglês Objects and Keys Results (Objetivos e Resultados Chaves), esses 4 pontos fazem parte constante da discussão e, portanto, endereçam os problemas que levantamos por, pelo menos, três princípios básicos: é o tipo de gestão em que o líder deve estar muito próximo do liderado, é uma forma de administrar que dá mais autonomia e é o tipo de administração que prevê ajustes constantes. 

É uma gestão horizontal, porque o líder não se coloca como um ser inatingível, que decide tudo de forma unilateral e passa as determinações para que todos as sigam. Ao contrário, ele está próximo,  traz o time para discutir e priorizar a melhor maneira de endereçar os temas, o famoso bottom up. 

Segundo: é premissa do OKR deixar claro para cada integrante da equipe qual sua missão no dia a dia e qual a contribuição dessa tarefa no todo. Cada membro do time sabe o que vai fazer, e sabe a razão pela qual está fazendo e a importância perante o todo. Por fim, é também premissa da gestão por Objetivos e Resultados Chaves o realinhamento constante das atividades, então, em ciclos de três meses é preciso avaliar todo o processo, para entender a necessidade de ajustes de rota ou manutenção do que vem sendo feito. 

Penso que esses pontos não tenham sido observados no Hurb, afinal, o gestor se expôs, de forma bruta, é verdade, mas o fez tentando explicar falhas recorrentes no processo da empresa. Numa forma de gestão onde o líder e o liderado estão próximos, onde cada integrante tem plena consciência de suas atividades, dentro de todo o processo do negócio, e onde tudo precisa ser avaliado periodicamente, provavelmente não teríamos chegado ao pico emocional que desencadeou toda esta situação. 

 

Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. Mais informações acesse

 

Não existe um planeta "B"

Os avanços na área de Astronomia permitiram à ciência explorar diversos cantos da Via-Láctea e até mesmo fora dela, principalmente por meio de telescópios espaciais como o Hubble e o James Webb. Mas, se esses instrumentos permitiram observar galáxias, processos de formação de estrelas e planetas distantes, ao mesmo tempo, deixaram evidente a dificuldade inicial de se colonizar qualquer um desses corpos celestes.

Alguns empecilhos são a grande distância deles, bem como a composição de sua atmosfera. Embora as observações e os estudos apontem para a esperança de um dia encontrar um planeta com condições de habitabilidade humana semelhantes à da Terra, no momento não existe um planeta “B”, não temos um lugar alternativo para viver como humanidade.

O “planeta azul”, morada dos seres humanos, animais e plantas ainda é o único disponível para a vida da forma como se conhece. Por isso, mais do que nunca, é necessário cuidar dele como a única forma de garantir a sobrevivência dos seres vivos. E, adicionalmente, exemplo da Fábula de Esopo da “galinha dos ovos de ouro”, é também a única maneira de se obter os recursos e riquezas necessárias para a evolução da sociedade humana.

Na década de 1980, o banimento da produção e uso dos gases CFC foi discutido arduamente e tornou-se realidade com o Protocolo de Montreal. Estudiosos do mundo todo se empenharam em busca de uma saída e encontraram alternativas de menor impacto ambiental. Esta é apenas uma das provas de que é possível mudar a rota da história quando a humanidade se une por um objetivo comum.

Infelizmente, os problemas relacionados às questões ambientais se intensificaram nas últimas décadas e fizeram emergir, também, problemas sociais. Dessa vez, porém, o esforço coletivo para mudar essa situação é quase imperceptível. Estes dilemas do mundo moderno são, muitas vezes, jogados para debaixo do tapete, como se tivéssemos tempo para lidar com eles em algum momento do futuro.

Cobrar das empresas, pequenas ou grandes, um compromisso realmente efetivo com as questões ambientais e sociais, por meio de políticas bem definidas de ESG, sigla em inglês que representa a sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa, é um dos movimentos que precisamos reforçar.

Ao mesmo tempo, também devemos reavaliar nossas próprias atitudes e encontrar meios para contribuir com mudanças positivas no mundo. Lembre-se: se o único planeta que temos para existir é esse, por que não cuidar mais dele e das pessoas que vivem aqui?

 

Ricardo Ribeiro Alves - Administrador, Doutor em Ciência Florestal e autor do livro “ESG: O presente e o futuro das empresas” (Editora Vozes)


Bateria: saiba o momento certo de trocá-la

 

Com os modelos cada vez mais tecnológicos, baterias sem condições de uso podem causar muitos transtornos


A indústria automobilística tem passado por uma evolução significativa nos últimos tempos, incorporando aos modelos uma variedade de sistemas eletrônicos para melhorar o desempenho, a segurança e a conveniência para os motoristas e passageiros dos veículos. Unidades de Controle Eletrônico - ECU’s, sistemas que integram funções de entretenimento, comunicação e navegação, de assistência ao motorista e de segurança são apenas algumas das funcionalidades atuais que dependem de um sistema de alimentação elétrica para funcionar, ou seja, a bateria.

 

A principal função da bateria veicular é fornecer energia elétrica para iniciar o motor do veículo. Quando você gira a chave de ignição, a bateria envia uma corrente elétrica de alta potência para o motor de partida, que aciona o motor do veículo. Com isso, a preocupação com a boa condição da bateria, tem se tornado cada vez mais necessária.

Os veículos automotores começaram a utilizar baterias para alimentar seus sistemas elétricos a partir do final do século XIX, pois antes disso, os carros eram principalmente movidos por motores a vapor ou motores de combustão interna, que utilizavam manivela para iniciar o processo de ignição. Em 1959, Gaston Planté inventou a bateria recarregável de chumbo-ácido, que era capaz de fornecer energia elétrica para alimentar sistemas como a ignição, faróis e buzinas.

No entanto, foi somente no início do século XX que os veículos começaram a adotar amplamente o uso de baterias. Com o avanço da tecnologia e o desenvolvimento de conjuntos elétricos mais complexos, como os sistemas de partida elétrica, iluminação e sistemas de ignição por centelha, as baterias se tornaram uma parte essencial dos veículos. De lá pra cá, houve avanços significativos nas tecnologias, com o surgimento de baterias de diferentes tipos, como os modelos de íons de lítio e de níquel-cádmio, o que têm melhorado a eficiência energética, a capacidade de armazenamento de energia e a vida útil.

A manutenção das baterias é de extrema importância por várias razões, e podem influenciar no correto desempenho do veículo e no funcionamento de itens de segurança, pois além de fornecer energia para motor de partida, elas também são responsáveis por alimentar os sistemas elétricos, como ignição, luzes, rádio, e nos modelos mais novos, supre com energia o compressor do sistema de ar-condicionado. Falha de bateria é uma das principais causas de veículos que não ligam, por isso, fazer a manutenção adequada ajuda a evitar contratempos inesperados e inconvenientes, principalmente em situações críticas ou de emergência.

A frequência com que é necessário trocar a bateria do carro pode variar, dependendo de vários fatores, como a qualidade da bateria utilizada, as condições climáticas e a manutenção adequada no sistema elétrico do veículo (evitar fuga de corrente). No entanto, existem alguns sinais comuns que indicam que é hora de trocar a bateria, como dificuldade na partida do motor, luz de advertência no painel, tempo de uso, corrosão ou danos visíveis, dificuldade em manter a carga, entre outros. 

A manutenção adequada, incluindo a limpeza e ajuste das folgas nos terminais da bateria, verificação regular da carga e da voltagem, é essencial para garantir o funcionamento adequado e prolongar a vida útil da bateria, economizar custos evitando substituições prematuras, e garantir a segurança do veículo e de seus ocupantes. 

É importante ressaltar que as baterias de veículos têm uma capacidade limitada e podem se descarregar ao longo do tempo, especialmente se não forem usadas por um período prolongado. Além disso, fatores como temperatura extremamente baixa ou alta podem afetar o desempenho da bateria. Recomenda-se seguir as orientações do fabricante do veículo e realizar a manutenção de acordo com as recomendações específicas para o tipo de bateria utilizada no veículo.

Segundo Lucas Derick, Analista de Processo e Garantia da DPaschoal, muitas vezes os motoristas se esquecem de dar a atenção adequada à bateria, o que pode ocasionar falhas em diversos sistemas elétricos dos veículos. “Precisamos estar sempre atentos a alguns sinais que o carro nos dá, como dificuldade na partida e alertas no painel, que nos mostram que está na hora de fazer a manutenção ou a substituição da bateria. Atualmente os modelos dependem do conjunto elétrico para o correto funcionamento de vários sistemas, desde a iluminação, até componentes de segurança. Não podemos afirmar um período exato para a troca da bateria, pois existem vários fatores que implicam em sua vida útil, mas é de extrema importância estarmos sempre atentos”, sinalizou Lucas Derick. 



DPaschoal
https://www.dpaschoal.com.br


Lei contra "golpe do baú" no STF ganha novo capítulo

Processo aguarda posição do Ministério Público Federal para que ministros definam se idosos com mais de 70 anos são obrigados a se casarem em regime de separação total de bens


Está nas mãos da Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília, o processo que discute se é constitucional a norma que obriga pessoas que tenham mais de 70 anos a se casarem em regimento de separação total de bens. A regra foi instituída em 2010 para prevenir o que se convencionou chamar de "golpe do baú" -- expressão pejorativa, de cunho machista, usada para definir quando uma mulher se casa com um homem mais velho com o intuito de ficar com sua herança.

A PGR é a terceira instância do Ministério Público Federal onde atuam os subprocuradores-gerais da República perante os tribunais superiores e o Supremo Tribunal Federal. O processo em questão está no STF, que, já em setembro do ano passado, reconheceu que o tema trata de questão constitucional, e por isso mereceria ser analisado pela Corte. Desde maio deste ano, espera-se que a PGR dê sua orientação sobre o tema para que então os 11 ministros julguem o caso.

O caso que chegou ao STF e originou a discussão ocorreu na cidade de Bauru, no interior de São Paulo. Um casal composto por um homem e uma mulher mantiveram uma união estável de 2002 a 2014, ano em que ele morreu. A primeira instância reconheceu a mulher como herdeira, mas ela acabou perdendo o processo quando os filhos do marido recorreram ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Lá aplicou-se o regime de separação de bens, uma vez que ele já tinha mais de 70 anos quando a relação foi selada. Na busca por Justiça, os autos foram parar no Superior Tribunal de Justiça e, agora, no STF.

Segundo a advogada Marilia Golfieri Angella, sócia-fundadora do Marília Golfieri Angella – Advocacia Familiar e Social, especialista em Direito de Família, Gênero e Infância e Juventude, mestranda em Processo Civil pela Faculdade de Direito da USP e professora colaboradora do FGV Law, a discussão extrapola a questão da proteção do patrimônio. Para ela, esse debate precisa ser feito do ponto vista da autonomia da pessoa idosa.

O próprio Estatuto da Pessoa Idosa foi alterado em julho de 2022 para a substituição as palavras “idoso” ou “idosos” por “pessoa idosa” ou “pessoas idosas”, respectivamente. “Os recentes debates a respeito deste caso em julgamento no STF caminham no mesmo sentido daquelas destinadas ao estudo da dignidade humana da pessoa idosa e da necessidade de garantia de maior respeito e autonomia dessa parcela da população”, afirma.

“A discussão sobre a alteração do termo ‘idoso’ foi iniciada a partir do Projeto de Lei 72/2018 tendo em vista a necessidade de adequação da terminologia em respeito à luta das pessoas idosas, assim como ocorre com as pessoas com deficiência, que também vêm encontrando respaldo na legislação para serem mais valorizadas a partir de um tratamento adequado, sem preconceitos e rotulações, promovendo inclusão social e criação de políticas públicas protetivas, também destinadas a uma maior participação comunitária”, comenta Marilia Golfieri Angella.

De acordo com a especialista no tema, quando a lei presume, de forma indistinta, a absoluta incapacidade das pessoas maiores de 70 para decidir sobre o regime patrimonial aplicável às suas uniões familiares, sejam elas através do casamento formal ou da mera união estável, “a regra afronta diretamente a autonomia destas pessoas, ocorrendo um esvaziamento da capacidade natural de decidir sobre os atos mais banais da vida civil supostamente em prol da proteção patrimonial”.

“Em verdade, a norma que buscava promover a proteção patrimonial da pessoa, quiçá de uma possível herança, age em desfavor da autonomia e do respeito da vontade da pessoa idosa, ainda mais atualmente, com o avanço dos pactos sociais e da medicina, que promovem aumento da expectativa de vida e fazendo com que pessoas com setenta anos ainda estejam completamente ativas e plenamente conscientes de seus atos”, finaliza.

Como ocorre no caso posto em julgamento pelo STF, o casal de idosos viveu por mais de 10 anos junto e, a partir do momento da morte do marido, seus filhos começaram a discussão contra a companheira com finalidade puramente patrimonial. “O que acaba acontecendo é justamente como no caso do STF: a companheira cuida no final da vida, muitas vezes assumindo importante função de cuidado e, após a morte, os filhos deixam-na sem nada”, completa.

Sobre a necessidade de se observar o caso também por um viés de gênero, Marília explica que “há desrespeito não só ao que o pai provavelmente desejaria em vida, que seria a proteção de sua companheira, mas possível desrespeito à dignidade desta mulher, que sofre o luto e enfrenta uma nova disputa contra a família. Há discriminação etária, ante o desrespeito da vontade do pai, e de gênero, a qual precisa ser analisada adequadamente pela sociedade, pelo legislativo e pelo Poder Judiciário a partir da ótica do novo Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero, lançado pelo CNJ”.

 

Marilia Golfieri Angella - sócia-fundadora do Marília Golfieri Angella – Advocacia Familiar e Social, especialista em Direito de Família, Gênero e Infância e Juventude.


Dia do Cinema Brasileiro: filmes nacionais são aliados para o vestibular

Obras cinematográficas podem servir como ferramenta para explicar a sociedade e os lugares nos quais suas histórias estão inseridas. Thiago Braga, autor de Língua Portuguesa do Sistema de Ensino pH, comenta a importância dos filmes para a educação

 

Em 19 de junho, é celebrado o Dia do Cinema Brasileiro. A data surgiu em homenagem ao dia em que o cinegrafista e diretor, Afonso Segreto, registrou as primeiras imagens em movimento no território brasileiro, em 1898. A filmagem histórica mostrou a beleza da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, e aconteceu a bordo do navio Brèsil. A partir daí, a data ficou marcada na história da cultura brasileira.

 

Reservado como um momento de celebração e reflexão, a efeméride homenageia todas as obras nacionais, sejam elas de longa ou curta-metragem, sejam narrativas fictícias ou documentários.

 

Indo muito além da sua função de emocionar e entreter, os filmes brasileiros são grandes aliados no momento em que precisamos entender o próprio contexto no qual estamos inseridos. Por exemplo, segundo o próprio Ministério da Educação (MEC), a exibição de filmes foi oficialmente reconhecida como recurso para ajudar no aprendizado.

 

Pensando nisso, Thiago Braga, autor de Língua Portuguesa do Sistema de Ensino pH, comenta, na entrevista abaixo, a relevância dos filmes nacionais para a educação brasileira e quais produções podem cair no vestibular.

 

Importância e papel dos filmes na educação 

O professor acredita que utilizar filmes como complemento para o aprendizado dos alunos é um bom método para que eles possam promover reflexões e apresentar outras percepções de como abordar as diversas práticas sociais que existem no mundo. “O cinema sendo uma arte mimética acaba sendo uma releitura da realidade e, ainda que ficcional, alisa a realidade, trazendo os elementos culturais e comportamentais do real”, explica Braga.

 

Os filmes também agregam na construção de um repertório sociocultural, desenvolvendo toda uma bagagem de referências e conhecimentos gerais que podem ajudar na vida pessoal da pessoa, quando estiver inserido no mercado de trabalho e, principalmente, academicamente na melhora do aprendizado como um todo ou em situações como a prova do ENEM ou vestibulares.

 

Além da função de repertório, as obras nacionais também ajudam os estudantes a entender a realidade socioeconômica e política do nosso país por trazer personagens e contextos tipicamente brasileiros, priorizando discussões relevantes à vida no campo e nas cidades do Brasil.

 

“O cinema nacional monta um quebra-cabeça importante sobre a realidade do país na mente dos nossos alunos, promovendo como um item de prática social, de entendimento do contexto social e que, muitas vezes, é deturpado pelas pessoas”, completa Braga.

 

O autor do Sistema de Ensino pH exemplifica que para entender todos os meandros da nossa sociedade, é importante ver o filme nacional “Que Horas Ela Volta?”, protagonizado pela Regina Casé, que mostra a realidade da empregada doméstica de uma família de classe média quando ela sai do trabalho.

 

Nesse sentido, os componentes presentes nos filmes brasileiros acabam tendo papel muito importante para o desenvolvimento da consciência social e da percepção de uma realidade que é muito mais próxima da nossa do que a representada nas obras estrangeiras.


 

Filmes que podem cair no vestibular

 

1 - Cidade de Deus

 

Além de ser um retrato rico de uma comunidade no Rio de Janeiro, o filme é essencial para o entendimento do contexto urbano brasileiro, com a ascensão do tráfico de drogas, a vida nas periferias e nas favelas junto de todos os seus problemas e o descaso governamental com as classes menos abastadas no Brasil.

 

2 - O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias

 

De uma perspectiva mais íntima, o filme mostra o contexto da ditadura militar que começou na década de 60 do século passado pelo olhar de uma criança cujos pais se ausentam de sua vida por estarem envolvidos na luta política.

 

3 - O Que É Isso, Companheiro?

 

Trazendo por uma visão mais sóbria, adulta e envolvida diretamente em ações da luta armada, o filme retrata a ação de grupos de guerrilha e é muito importante para o aprendizado dos acontecimentos da Ditadura Militar brasileira.

 

4 - Tropicália

 

Por meio de material fotográfico, sequências de filmes e programas de TV recuperados, o documentário utiliza imagens de arquivo autênticas dos anos 60 para explicar o que foi o movimento que marcou a cultura brasileira e é assunto recorrente em provas de vestibulares.

 

5 - Que Horas Ela Volta?

 

O filme usa da história pessoal de uma empregada doméstica que, apesar de ser considerada “parte da família”, tem que ficar isolada no seu quarto e viver uma vida absolutamente conturbada para tratar de assuntos complexos da sociedade brasileira.

 

6 - Carandiru

 

O longa-metragem mostra a dura realidade dos detentos da maior prisão da América Latina durante a década de 90 e propõe uma reflexão sobre a situação prisional no Brasil, violência policial e a agressão aos direitos humanos.

 

7 - Bacurau

 

Disfarçado pela comédia do filme, é outro exemplo para uma completa compreensão do descaso que se tem com as classes menos abastadas no Brasil, refletindo sobre a desigualdade social e com o nosso complexo de vira-latas em relação aos estrangeiros.

 

8 - Ilha das Flores

Embora seja alegórico, o curta-metragem da década de 80 e premiado em Cannes aborda a desigualdade social, além da desumanização de pessoas menos abastadas no nosso país, trazendo uma história delicada para refletir o papel da humanidade, não apenas no Brasil, mas como um todo.



Sistema de Ensino pH
www.sistemadeensinoph.com.br


WhatsApp: como utilizar a tecnologia para amplificar vendas e aproximar clientes

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Especialista explica o impacto das novidades recentes do aplicativo de mensagens para as prospecção de novos negócios e geração de leads


O WhatsApp está presente em 99% dos celulares em operação no País, conforme demonstram os números levantados pelo Mobile Time em parceria com a empresa de pesquisas on-line, Opinion Box. O uso da ferramenta para fins comerciais também apresentou um crescimento nos últimos anos e chamou a atenção das empresas. Dados da Panorama de Vendas, desenvolvida pela RD Station, mostram também que o WhatsApp se tornou a ferramenta mais utilizada pelos times de vendas para 86% dos usuários. 

Nesse sentido, Marcos Andrade, CSO da 8D Hubify, maior agência de marketing especializada em Revenue Operations do país, lista abaixo quatro estratégias que podem ser utilizadas por meio do aplicativo de mensagens, para converter em vendas e leads.

 

1. Response Time no WhatsApp 

Muitas empresas enfrentam um adversário silencioso e invisível na sua área comercial. Este adversário é conhecido como "Response Time" ou tempo de resposta, um fator crucial que determina a eficácia da interação com o cliente. O tempo de resposta pode ser definido como a duração que um vendedor leva para entrar em contato com um lead ou cliente que mostrou interesse, por exemplo, o tempo entre a conversão do lead e a primeira chamada do vendedor.

Estudos realizados em 2011 por Oldroyd, McElheran e Elkington, destacam a importância do tempo de resposta. Segundo a pesquisa, empresas que tentaram entrar em contato com clientes potenciais dentro de uma hora após receber uma consulta eram quase sete vezes mais propensas a qualificar o lead. Este número saltou para mais de 60 vezes em comparação com empresas que esperavam 24 horas ou mais.

Agora, considere duas estratégias. A primeira empresa recebe o lead e simplesmente o direciona para a equipe de vendas. Neste caso, a responsabilidade do contato e a padronização recaem sobre a equipe de vendas. Por outro lado, a segunda empresa automatiza o processo de forma que, ao receber um novo lead, um WhatsApp é enviado em tempo real. Isso não apenas aumenta as chances de qualificar o lead e seguir o processo comercial, mas também padroniza os contatos e garante a otimização do processo e velocidade.

Embora possa parecer trivial, Marcos Andrade, especialista em CRM de vendas, confirma a importância desta estratégia. Ele afirma: "As maiores barreiras de performance de CRM vendas que tenho visto nos últimos 10 anos estão relacionadas a problemas comportamentais. Um dos piores deles é o tempo de resposta. Os vendedores muitas vezes negligenciam a importância da rapidez na primeira abordagem, o que definitivamente pode prejudicar a performance de vendas."


2. Campanhas de reaquecimento de base

Abordar o envio em massa de mensagens é uma tarefa que requer delicadeza, já que esta prática, quando mal utilizada, pode ser facilmente associada a spam. O WhatsApp é rigoroso em relação a isso e, com razão, limita sua ocorrência. No entanto, há uma maneira inteligente e estratégica de utilizar ações de campanha em massa: reativar e engajar bases de contatos que se encontram desinteressadas ou que há muito não interagem com a empresa.

“A aplicação cuidadosa de uma estratégia temporal pode ser uma maneira eficaz de engajar leads, prospects, ex-oportunidades e até clientes, reacendendo seu interesse e potencialmente levando a novas oportunidades de vendas”, diz Marcos. “O elemento chave dessa estratégia está na escolha correta da frequência e volume de contatos. Estes devem ser criteriosamente selecionados para evitar a impressão de spam ou importunação. Quando bem implementado, este método pode estimular significativamente a movimentação na base de vendas, resultando em um retorno promissor. Portanto, é essencial equilibrar a comunicação, proporcionando valor e respeitando o espaço do receptor”, explica.

 

3. Click-to-WhatsApp

O recurso Click-To-WhatsApp é um botão nos anúncios do Facebook e Instagram que direciona clientes para uma conversa com a empresa no WhatsApp. Ele pode ser utilizado para alcançar diversas metas de negócios, como a geração de cadastros, promoção de vendas e execução de estratégias de marketing. O uso desse recurso potencializa a descoberta de produtos e serviços da empresa, ao mesmo tempo que oferece métricas para avaliar o desempenho das campanhas.

A Take Blip, por exemplo, em parceria com a Meta, desenvolveu o Click Tracker, uma ferramenta que avalia a performance desses anúncios e calcula o Retorno Sobre o Investimento (ROI). Com essa ferramenta, empresas como Stellantis e Direcional conseguiram aprimorar a experiência do usuário e aumentar suas taxas de conversão. 

“Dessa forma, a estratégia Click-To-WhatsApp está revolucionando a comunicação entre empresas e clientes, criando conexões mais eficientes e abrindo novas oportunidades de negócios”, detalha Andrade.

 

4. Atualizações de transações

Soluções de marketing conversacional podem contribuir até na atualização de transações em diversos setores como e-commerce, delivery, suporte ao cliente e atendimento. Utilizando até Processamento de Linguagem Natural (NLP), essas soluções oferecem atualizações em tempo real sobre transações, assistência em compras online, respostas rápidas às consultas dos clientes e ajudam a resolver reclamações de forma eficaz. Com a disponibilidade 24/7 e a capacidade de gerir várias interações simultaneamente, estas ferramentas se tornam um recurso valioso para aprimorar a experiência do cliente e a eficiência operacional.

Segundo o executivo da 8D Hubify, um exemplo notável da eficácia dessas soluções é o chatbot "Lu", do Magazine Luiza. “A "Lu" hoje no WhatsApp tem uma aplicação incrível no pós-venda que lida com questões como rastreamento de entregas, emissão de segunda via de boleto e nota fiscal, e informações sobre o status do pedido”, explica Andrade.  

Segundo dados divulgados pela própria empresa, em apenas sete meses, a "Lu" atendeu a mais de 1,2 milhões de usuários em quase 1,3 milhões de sessões, com uma taxa de compreensão de mais de 94% das solicitações realizadas. “Esse caso demonstra a eficácia revolucionária do marketing conversacional na melhoria da experiência do cliente e na otimização das operações de negócios”, finaliza Marcos.

 

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