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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Reflexões sobre o Dia Mundial do Câncer

 

Reflexões sobre o Dia Mundial do Câncer


O Dia Mundial do Câncer é celebrado anualmente em 4 de fevereiro e tem como objetivo chamar a atenção para a importância da prevenção e do tratamento do câncer. 

O câncer é uma doença complexa e pode afetar vários órgãos. Ele é causado pela multiplicação descontrolada de células no corpo. Existem muitos tipos diferentes de câncer, cada um com suas próprias características e tratamentos. 

A prevenção é a melhor maneira de combater o câncer. Isso inclui hábitos saudáveis, como manter uma dieta equilibrada, fazer exercícios regularmente, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, e se proteger da exposição dos raios solares e de substâncias tóxicas no ambiente de trabalho e no lar. Além disso, é importante realizar exames regulares para detectar o câncer precocemente, quando as chances de cura são maiores. 

Quando o câncer é detectado, o tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia-alvo e imunoterapia. A terapia é planejada de acordo com o tipo de câncer e estágio da doença. 

Além disso, é importante lembrar que o controle do câncer não é apenas uma questão médica, mas também psicológica e social. Acompanhamento psicológico e apoio de familiares e amigos são fundamentais para ajudar os pacientes a enfrentar a doença. 

Embora 10 milhões de pessoas no mundo morram a cada ano da doença, hoje, sabemos mais sobre o câncer do que nunca. Através do investimento em pesquisa e inovação, testemunhamos avanços extraordinários na medicina, diagnóstico e conhecimento científico. 

Mais de 40% das mortes relacionadas ao câncer poderiam ser evitáveis, pois estão ligadas a fatores de risco modificáveis, como tabagismo, uso de álcool, má alimentação e sedentarismo. 

Quanto mais sabemos sobre a doença, mais progresso podemos fazer na redução dos fatores de risco, aumentando a prevenção e melhorando o diagnóstico, a prevenção, o tratamento e os cuidados com o câncer.

A União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) acredita que o acesso ao diagnóstico, tratamento e cuidado do câncer que salva vidas deve ser equitativo para todos -- não importa onde o paciente mora, qual a renda, etnia ou gênero. 

A entidade crê que os governos devem ser responsáveis ​​e acredita que a liderança nacional em políticas, legislações, investimentos e inovação é a chave para o progresso acelerado. 

Em resumo, o Dia Mundial do Câncer é uma oportunidade para lembrar a importância da prevenção e do tratamento do câncer. Com hábitos saudáveis, exames regulares e tratamentos eficazes, podemos reduzir o impacto da doença na nossa sociedade.  

 

Dr. Paulo Pizão - oncologista. Por ter trabalho como docente em faculdade, como pesquisador na indústria farmacêutica, gestor em instituições de saúde e por atuar no atendimento clínico, tem uma visão geral do setor e conhece o mecanismo desse segmento. Especialista em Oncologia Clínica pela Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO); Especialista em Cancerologia (Oncologia Clínica) pela Associação Médica Brasileira; PhD em Medicina (Oncologia) pela Universidade Livre de Amsterdam, Holanda.


Ansiedade, depressão e burnout - como empresas devem lidar com essas doenças?



O mundo passa por uma verdadeira revolução nos últimos anos, com uma digitalização cada vez maior, com o avanço tecnológico. Tudo isso foi potencializado com a pandemia, isso tudo também tem impactos negativos, como é o caso da pressão cada vez maior nas empresas e busca por altas metas. Isso se potencializa nos períodos de fim de ano, com muitas frustrações por parte das pessoas.

“O fim de ano representa fim de um ciclo, para o qual muitas pessoas se planejaram e estabeleceram metas. Além disso, se observa que as pessoas ficam muito mais sentimentais e sensíveis nesse período. Isso, em conjunto com questões que vivemos recentemente, podem ser gatilhos para esses problemas de ordem psiquiátrica”, explica Vicente Beraldi Freitas, médico e consultor e gestor em saúde da Moema Assessoria em Medicina e Segurança do Trabalho.

Ele conta que neste ano ainda existiram fatores com as eleições e sua polarização e a Copa do Mundo, com sua euforia, que potencializam os impactos nas pessoas. Com isso, em relação a saúde do trabalhador grande parte dos problemas deixaram de ser de ordem física passando a atingir o psicológico.

"Há 20 anos, o maior número de afastamentos era por conta de acidentes do trabalho, de trajeto ou por problemas ortopédicos. Hoje, a situação se inverteu. Em uma rápida análise, percebemos que na Unidade da Moema 70% são de pacientes com problemas psiquiátricos. Em seguida vêm os problemas ortopédicos", aponta Tatiana Gonçalves, sócia da Moema Medicina do Trabalho.

Tatiana Gonçalves acrescenta que nestes 70% entre as doenças que acometem as pessoas se destacam o transtorno de ansiedade, a depressão e a Síndrome de Burnout. Essas doenças e os transtornos que as permeiam correspondem a um conjunto de doenças psiquiátricas, caracterizadas por preocupação excessiva ou constante de que algo negativo vai acontecer.


Quais as principais causas?

Esses problemas podem surgir a partir de grande competitividade no local de trabalho, pressão inadequada ou por ser a atividade exercida muito intensa, sujeita a riscos. Veja algumas das principais causas:

  • Estresse na atividade profissional que abranja áreas de conflito como competência(s), autonomia, relação com os clientes, realização pessoal e falta de apoio social de colegas e superiores;
  • Fatores organizacionais como a elevada sobrecarga de trabalho, o desalinhamento entre os objetivos da instituição e os valores pessoais dos profissionais e o isolamento social no trabalho. E ainda há fatores de ordem pessoal, entre os quais estão as relações familiares e as amizades.


Como combater

Para combater esses problemas existem caminhos para empresas, um desses passa pela intensificação de ações relacionadas a medicina do trabalho que trabalhem o lado de bem-estar. “Uma alternativa é que as empresas podem fazer grupos para vivenciamentos, onde se aprenda a lidar com situações e pessoas. Além disso, as vezes o que falta nas empresas é um setor para prepara a equipe e acompanhe a situação”, explica Vicente Beraldi Freitas.

Cristine Pereira, gerente de Recursos Humanos da Confirp Contabilidade, conta que tem desenvolvido diversas ações para combater esse problema. “A área de recursos humanos da empresa busca cada vez mais próxima aos colaboradores. Fazendo um acompanhamento desde a contratação. Caso se observe algo que posso direcionar a esse quadro já iniciamos uma ação mais aprofundada”, detalha.

Como estes problemas estão mais frequentes, um caminho é sempre repensar situações que podem originar esses males. Com melhores condições de trabalho e das relações profissionais com diminuição do isolamento.

Pode ser importante um afastamento temporário do local de trabalho da pessoa impactada, a reorganização das suas atividades, um adequado investimento em outros interesses, como no maior convívio com família e amigos, a prática de exercício físico ou de atividades relaxantes.

Pode ainda ser necessário ter ajuda médica, nomeadamente, quando a pessoa tem sintomas como a depressão, crise do pânico, Burnout e ansiedade. A psicoterapia também pode ajudar a compreender melhor as razões que o levaram a situação e a evitar procedimentos semelhantes no futuro.

Assim, antes de que esses males comecem a acometer os colaboradores, as empresas possuem papel crucial de revisão das condições de trabalho e busca de qualidade de vida, evitando que isso impacte diretamente nos resultados dos negócios.

 

Médico comenta os benefícios do uso do laser vaginal

Conheça o método, suas indicações e como é realizado o tratamento com este instrumento

 

A diminuição ou ausência da lubrificação vaginal é um problema que afeta muitas mulheres, principalmente aquelas que estão no climatério ou menopausa. Para aquelas mulheres que não desejam ou não podem fazer a reposição hormonal, o laser ginecológico é uma excelente alternativa para melhorar a libido e diminuir a dor durante a relação sexual, trazendo mais autoestima e qualidade de vida para mulheres que sofrem com o ressecamento vaginal.

 

O que o laser faz?

O laser vaginal, principalmente o laser de CO2 (Dióxido de carbono), cada vez mais mostra sua importância para a saúde feminina. Para o Dr. Marcos Tcherniakovsky, Ginecologista e Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), esta tecnologia é "nível A” de evidência na conduta do tratamento.

"Nas sessões de laser vaginal, um tubo emite o CO2, que quebra o colágeno da parede vaginal, melhorando a elasticidade desta região e estimulando as glândulas vaginais a produzir novamente uma lubrificação fisiológica, diminuindo a secura", diz o médico. 

 

Em qual situação o procedimento é indicado?

Esse procedimento é indicado para pacientes que têm queixas ao urinar, como em alguns casos de incontinência urinária; dor na região vaginal, ou em casos de atrofia vaginal. Também é indicado para mulheres na menopausa que apresentem secura vaginal ou em mulheres que sentem dores nas relações sexuais.

O laser melhora todo o ambiente vaginal de forma fracionada, e vale destacar que são necessárias de três a quatro sessões para se atingir um excelente benefício. E, dependendo da resposta de cada mulher, a duração desses efeitos perduram por até 2 anos.

"Este mesmo laser também é usado para fins estéticos. Usamos na plástica vaginal, para aquelas mulheres com flacidez na vulva", comenta o ginecologista. 

O laser vaginal possui muitos benefícios e por isso está cada vez mais sendo utilizado para beneficiar as pacientes e entregar uma melhor qualidade de vida, principalmente na menopausa. "Cada vez mais recebo em meu consultório mulheres que se informaram e estão querendo ter o benefício do laser ginecológico para a melhora de toda sua função vaginal. A mulher na menopausa tem o direito de se sentir perfeitamente bem, sem queixas que a incomodem e acima de tudo com sua saúde plena. Asseguro a vocês que a melhora é impressionante e, muitas vezes, acaba sendo mais efetivo do que o uso hidratante vaginal, que a mulher irá usar praticamente de duas a três vezes por semana durante toda a sua vida" finaliza Tcherniakovsky. 

 

Dr. Marcos Tcherniakovsky – Ginecologista e Obstetra – Alto conhecimento em Endometriose e Vídeo-endoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia). É Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE). Médico Responsável pelo Setor de Vídeo-endoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC. Membro da comissão de especialidades na área de Endometriose pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Médico Responsável da Clínica Ginelife. Instagram: @dr.marcostcher

 

Saúde integrada: a melhor maneira de cuidar da sua saúde

À medida que o mundo evolui, as pessoas estão buscando novas formas de tratamento. Exigem-se medicinas mais eficazes e práticas humanizadas por parte dos profissionais de saúde. As clínicas multidisciplinares têm ganhado muito espaço no Brasil devido à quantidade significativa de resultados positivos no tratamento dos pacientes. Esse tipo de clínica tem como objetivo principal investigar as causas das doenças de seus pacientes, para que ele tenha qualidade de vida e uma saúde integral. 

A saúde integrada é uma abordagem colaborativa para o atendimento ao paciente que combina os aspectos físicos, mentais e comportamentais da saúde. O objetivo é fornecer tratamento holístico e prevenção para uma ampla gama de condições crônicas. “Ela busca tratar a causa dos problemas de saúde, em vez de simplesmente aliviar os sintomas. Como resultado, os pacientes podem experimentar um aumento na qualidade de vida e um maior senso de bem-estar e promover um maior autodomínio de controle sobre sua própria saúde.” explica o diretor médico da Clínica Franco Amaral, referência em saúde integrada e especialista em medicina laboratorial, Dr. Roberto Franco do Amaral. 

Considerando todos os aspectos que afetam a sua saúde, a saúde integrada foca em unir diversos profissionais de saúde que se complementam, com o objetivo de oferecer um cuidado mais completo e eficaz. Dessa forma, o paciente recebe o tratamento mais adequado para as suas necessidades e pode melhorar sua qualidade de vida.

O Dr. Roberto Franco do Amaral vem agregando o mercado há 12 anos com um atendimento de ponta para pacientes que buscam tratamentos de saúde de forma multidisciplinar, ou seja, unindo profissionais de diferentes áreas em prol da melhora do paciente. Os atendimentos vão desde a cura de doenças, passando por aqueles que buscam se sentir com mais energia, dormir melhor, ter mais imunidade, mais desejo sexual e melhorar a forma física, integrando suplementação e tratamentos específicos prescritos pelo médico, dieta personalizada preparada pelo nutricionista e orientação pelo personal trainer do tipo de exercício físico a ser realizado após minuciosa avaliação física.
 

Atuando também na área de nutrologia, o Dr. Roberto tornou-se referência médica na área de emagrecimento, melhora da forma física e qualidade de vida. Através de sua equipe e pacientes, passa o legado de uma vida inteira voltada à saúde corporal. 

O Dr. Roberto Franco do Amaral comenta que a construção de hábitos saudáveis e a redução do estresse, por exemplo, são preceitos básicos que fazem com que a saúde integrada possa ser executada da forma esperada.
Outro ponto de vital importância é proporcionar ao paciente tratamentos que sejam complementares entre si, mas com abordagens diferentes. 

Com esse tratamento amplo, a qualidade de vida do paciente melhora consideravelmente, afinal, ter uma boa saúde vai muito além do que curar doenças, mas buscar o equilíbrio e a prevenção durante toda a vida. “A abordagem integrada utiliza tanto os recursos da medicina tradicional quanto as práticas de saúde alternativas para tratar o paciente de forma holística. Isso significa que ela não apenas visa curar doenças, mas também promover o bem-estar geral do paciente.” finaliza Dr. Roberto Franco do Amaral.


Roberto Franco do Amaral -  Diretor Médico da Clínica Franco do Amaral. Médico clínico geral. Graduação em Medicina pela Universidade Severino Sombra. Título de Especialista em Patologia Clínica -- Medicina Laboratorial pela Associação Médica Brasileira. Pós graduado em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia. Palestrante e idealizador do curso para médicos Performance Física e Envelhecimento Saudável. Coescritor do livro: Você Precisa Saber -- Tudo sobre a medicina do futuro


A vacina que pode prevenir o câncer: saiba tudo sobre a vacinação contra o HPV

Já tem algum tempo que o carnaval acende um alerta para doenças e infecções sexualmente transmissíveis.

Muitas pessoas aproveitam o Carnaval para se divertir, mas é importante lembrar que o risco de contrair DSTs e ISTs aumenta durante esse período. “Lembre-se que as DSTs podem ser transmitidas por qualquer pessoa, mesmo as que aparentam ser saudáveis. Então, não coloque a sua saúde ou a da outra pessoa em risco.” alerta o médico Dr. Marco César Rodrigues Roque, também diretor técnico da Clínica de Vacinas Salus Imunizações.
 

O principal foco do Ministério da Saúde é a prevenção de HIV/Aids. Mas especialistas alertam para o risco de propagação de outras doenças, como HPV, herpes genital, gonorreia, hepatite B e C e sobretudo sífilis - que vem apresentando aumento no número de ocorrências no Brasil, acompanhando uma tendência mundial.
 

Você sabia que 85% das pessoas terão uma infecção por HPV durante a vida?
 

Quase todas as pessoas não vacinadas que são sexualmente ativas contrairão o HPV em algum momento de suas vidas. Cerca de 13 milhões de americanos, incluindo adolescentes, são infectados com o HPV a cada ano. A maioria das infecções por HPV desaparece por conta própria. Mas infecções que não desaparecem podem causar certos tipos de câncer.
 

O Papilomavírus Humano existe com mais de 200 variações e se manifesta por meio de formações verrugosas - que podem aparecer no pênis, vulva, vagina, ânus, colo do útero, boca ou garganta.
 

A relação sexual é a principal forma de transmissão do HPV, seja pelo coito ou pelo sexo oral.
 

O HPV é uma preocupação grave de saúde pública pelo potencial de alguns tipos do vírus causarem câncer, principalmente no colo do útero e no ânus, mas também na boca e na garganta, que vêm aumentando entre os jovens.
 

“O vírus pode ficar latente por períodos prolongados sem que haja sintomas, e é difícil erradicar a infecção por completo.” comenta o Dr. Marco César Rodrigues Roque.
 

Por isso, especialistas recomendam que mulheres com vida sexual ativa façam exames preventivos anuais no colo do útero para monitorar o aparecimento de possíveis lesões que antecedem o câncer e que podem ser tratadas.


O HPV pode causar câncer de:
• Colo do útero, vulva e vagina em mulheres
• Pênis em homens
• Ânus tanto em mulheres quanto em homens
• Parte de trás da garganta (chamado câncer orofaríngeo), incluindo a base da língua e amígdalas, tanto em homens quanto em mulheres
 

A vacinação contra o HPV é a prevenção do câncer

Infecções por HPV, verrugas genitais e pré-cânceres cervicais (células anormais no colo do útero que podem levar ao câncer) caíram desde que a vacina começou a ser usada.
 

Prevenir o câncer é melhor do que tratá-lo e como já listado, o HPV pode causar vários tipos de câncer. Apenas o câncer do colo do útero pode ser detectado precocemente com um teste de triagem. O Dr. Marco esclarece que os outros tipos de câncer causados pelo HPV podem não ser detectados até que sejam mais grave e a vacinação contra o HPV também previne infecções que causam esses tipos de câncer.
 

As recomendações também se estendem a homens que fazem sexo anal desprotegido, e devem fazer exames preventivos na região anal e no reto.
 

O Ministério da Saúde anunciou que a vacina quadrivalente que protege contra quatro tipos de HPV passaria a ser oferecida também para meninos, na faixa de 11 a 14 anos. Anteriormente a vacina só era disponibilizada para meninas de 9 a 14 anos.
 

Crianças de 11 a 12 anos devem receber duas doses da vacina contra o HPV, com intervalo de 6 a 12 meses. As vacinas contra o HPV podem ser administradas a partir dos 9 anos de idade.
 

As crianças que iniciam a série de vacinas contra o HPV a partir dos 15 anos precisam de três doses, administradas durante 6 meses.
 

Se seu filho adolescente ainda não foi vacinado, converse com o médico sobre como fazê-lo o mais rápido possível.
 

Adolescentes e jovens também devem ser vacinados

Todas as pessoas até 26 anos de idade devem receber a vacina contra o HPV se ainda não estiverem totalmente vacinadas.
 

A vacinação contra o HPV não é recomendada para todas as pessoas com mais de 26 anos de idade.
 

• Alguns adultos de 27 a 45 anos que ainda não foram vacinados podem optar por receber a vacina contra o HPV após falar com seu médico sobre o risco de novas infecções por HPV e os possíveis benefícios da vacinação para eles.

• A vacinação contra o HPV em adultos oferece menos benefícios, porque mais pessoas nessa faixa etária já foram expostas ao HPV.

“Vacinar-se é uma forma de demonstrar cuidado e respeito por si mesmo e com outros. A vacinação é a forma mais eficaz de proteger-se contra o vírus do papiloma humano. Por isso, faça a sua parte: vacine-se!” Finaliza o Dr. Marco César Rodrigues Roque.

Marco César Rodrigues Roque - Diretor Técnico da Clínica de Vacinas Salus Imunizações.
Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos com residência em Neurologia Pediátrica pelo Hospital do Servidor Público Estadual- IAMSPE, responsável pelo setor de Neurologia Pediátrica do Grupo Santa Joana. Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil, é preceptor do programa de Residência Médica do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus -PMSP

Câncer do pulmão, que vitimou Glória Maria, é o segundo mais comum no país

 O oncologista Ramon Andrade de Mello explica que novas terapias têm ampliado a sobrevida dos pacientes 


A jornalista Glória Maria foi vítima de um câncer de pulmão, a segunda doença oncológica que mais afeta a população brasileira. No mundo, esse tumor ocupa a primeira posição tanto em incidência quanto em mortalidade, alcançando 13% de todos os casos novos de câncer. “A informação positiva é que os tratamentos tiveram grandes avanços nas últimas décadas e vêm se tornando mais precisos e personalizados como as terapias-alvo e a imunoterapia”, explica o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), em São Paulo, e médico pesquisador honorário do Departamento de Oncologia da Universidade de Oxford, no Reino Unido. 

O oncologista alerta que a doença pode não apresentar sintomas na sua fase inicial: “Porém, os pacientes devem ficar atentos para alguns sinais como tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito e rouquidão. Em alguns casos, a pessoa pode apresentar piora da falta de ar, perda de peso e apetite, pneumonia recorrente ou bronquite, bem como sentir-se cansado ou fraco”. 

O tratamento de câncer de pulmão avançou nas últimas décadas. Segundo Ramon Andrade de Mello, os novos medicamentos ampliaram a taxa de sobrevida dos pacientes em 5 anos, que aumentou de 10,7% no início dos anos de 1970 para 19,8% na década de 2010: “Uma das indicações para o tratamento do câncer de pulmão é a terapia-alvo, prescrita para pacientes com determinadas características genéticas”. 

 

Dr. Ramon de Mello - oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP.

 

Previsões da IDC apontam crescimento de 5% do mercado de TIC no Brasil em 2023

Segundo o estudo IDC Predictions Brazil 2023, setor de tecnologia da informação deve avançar 6,2% diante de um cenário de ajuste e redirecionamento de gastos, enquanto o de telecomunicações deve aumentar em 3% puxado pela crescente importância da conectividade, especialmente pelo avanço da nuvem e do 5G

 

As perspectivas para o mercado brasileiro de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) em 2023 são positivas e o setor deve ter crescimentos importantes tanto em TI quanto em Telecom. A projeção é da IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências nas indústrias de TIC, e faz parte da edição de 2023 do estudo IDC Predictions Brazil, que anualmente antecipa as tendências e movimentos desses segmentos. De acordo com a pesquisa, a expectativa é de que o mercado como um todo avance 5% nesse ano, aproximando-se de um total de US$ 80 bilhões. Em recortes separados, a IDC Brasil projeta um avanço de 3% em Telecom e de 6,2% em TI, este último impulsionado pelo consumo de tecnologia pelas empresas (TI B2B), que deve crescer 8,7% puxado pelo investimento em Software e Cloud.

“De modo geral, o cenário de otimismo moderado do segmento de TI em 2023 se deve a ajustes e redirecionamentos de gastos, enquanto Telecom será puxado pela crescente importância da conectividade e avanço da nuvem e do 5G. Ambos os cenários têm sido estimulados pelo interesse por novas tecnologias e pela necessidade das empresas em acelerar seu crescimento por meio de aumento de produtividade, introdução de novos produtos e serviços suportados pelo digital e maior proveito do volume de dados gerados pelos negócios”, conta Luciano Ramos, Country Manager da IDC Brasil.

 

As 10 tendências do mercado brasileiro de TI e Telecom para 2023, segundo a IDC Brasil, são:

 

1- Amadurecimento do uso de Cloud fará com que as empresas busquem maior controle sobre uso e gastos da nuvem

Para 93% das companhias consultadas pela IDC, a otimização e redução dos custos de nuvem por meio de automação e pelo avanço do FinOps devem estimular os investimentos em provedores de serviços gerenciados. Nesse contexto, somente no Brasil, os gastos com IaaS (Infrastructure as a Service) e PaaS (Platform as a Service) somados passarão da marca de US$ 4,5 bilhões, um aumento de 41% em relação a 2022. “A TI terá que olhar mais fortemente para estratégias que simplifiquem a gestão e a conectividade de diferentes ambientes, tornando os ambientes híbridos e Multicloud mais eficientes pelo prisma de custos”, destaca Ramos.

Outro ponto de atenção no mercado de Cloud é que as pautas relacionadas a ESG (Environmental, Social and Governance) ganham cada vez mais espaço, com as empresas passando a demandar mais informações dos provedores sobre o impacto da nuvem sobre suas emissões de carbono, sejam diretas, ou indiretas (clientes). “Os fornecedores precisarão estar preparados Atualmente, 79% das empresas de grande porte no Brasil já avaliam se o uso de uma determinada tecnologia vai demandar mais ou menos recursos naturais. Há uma grande preocupação das áreas de negócio sobre como Cloud pode contribuir para imagem e resultados da empresa relacionados a ESG”, finaliza o executivo.

 

2- Avanço na virtualização do core das redes de telecomunicações

A necessidade de habilitar novas funções de TI – como BSS (Business Support Systems) e OSS (Operations Support System), digitalização de atendimento, aspectos data-driven, implementação de redes 5G, e elevação da conectividade nas empresas – provocarão uma grande alteração na arquitetura das redes de telecomunicações e mudarão o relacionamento entre companhias do setor (Telcos) e provedores de Cloud.

“A IDC espera que, em 2023, haja mais acordos relacionados a funções do core das redes e virtualização”, avalia Luciano Saboia, diretor de Pesquisa e Consultoria de Telecomunicações da IDC Latin America. “Com o fortalecimento dos laços entre provedores de nuvem e Telcos, esperamos um aprimoramento da transformação digital dessas empresas, que devem assumir algumas das tarefas necessárias nesse novo momento. Nos próximos 5 anos, o consumo de nuvem pelo segmento de Telecom crescerá, em média, 35,2% em IaaS e 42,2% em PaaS anualmente”.

 

3- Wireless first impulsionando a resiliência de missão crítica e continuidade de negócios

“O conceito de priorização da nuvem como ambiente de hospedagem de aplicações de uma empresa (Cloud first) já é algo incorporado ao planejamento de TI, mas em 2023, teremos também o movimento do Wireless first, que dá protagonismo às redes sem fio. Essa tendência será puxada pela implementação do Wi-Fi 6 e da conectividade 5G”, conta Saboia.

          A adoção de práticas Wireless first impulsionará o uso de serviços gerenciados, reduzindo a pressão nos times internos e habilitando uma rápida adoção de tecnologias e boas práticas. A IDC espera que, já em 2023, o mercado de Wi-Fi 6 tenha um crescimento de 17% em decorrência da implantação de tecnologias emergentes, como IoT e AI. Para 2026, o Wi-Fi 6 deverá representar 65% do mercado de W-Lan brasileiro.

 

4- Redes privativas móveis, habilitadas pelo 5G, permitirão aplicações aprimoradas de IoT (Internet of Things), AI (Artificial Intelligence) e ML (Machine Learning) no Brasil

Com a chegada do 5G, empresas de diversas verticais passarão a investir mais em redes privativas móveis a fim de atender necessidades específicas de suas operações e resolver desafios de conectividade. “Nunca antes uma nova geração de conectividade trouxe tanta expectativa de transformação para os negócios. Esperamos que todo o ecossistema de tecnologia seja impactado, incluindo operadoras de telecomunicações, OEMs (Original Equipment Manufacturer) de dispositivos, provedores de nuvem e de equipamentos de rede, desenvolvedores de softwares e aplicativos, até integradores”, analisa Saboia.

As novas possibilidades de receitas no setor geradas a partir das redes privativas móveis devem impactar verticais como Cloud, segurança, armazenamento, gerenciamento e análise de dados, assim como outros serviços gerenciados necessários para aplicações mais complexas, como IoT, AI e ML. Sendo assim, e impactados pelos crescentes investimentos em TI no Brasil, o mercado de redes móveis privativas deve crescer acima de 35% ao ano até 2026.

 

5- Aplicações de negócio consumidas a partir da nuvem se consolidam como principal caminho para modernização

As aplicações de negócios ofertadas no modelo SaaS (Software as a Service) estão avançando rapidamente, e, já em 2023, cerca de 29% das empresas farão investimentos estratégicos relacionados a SaaS. “O grande desafio será evitar que diferentes soluções consumidas a partir da nuvem se transformem em silos com potencial para dificultar o compartilhamento e integração de dados e aumentar os custos com conectividade”, avalia Ramos. “Os provedores de serviços gerenciados serão extremamente importantes nesse cenário, pois cuidarão da integração dessas soluções e da modernização de aplicações para habilitá-las na nuvem de forma adequada e funcional”.

          Segundo o estudo da IDC, o mercado de software deve crescer 15,1% em 2023, puxado por soluções de segurança, gestão de dados, AI e CX (Costumer Experience). Já em 2023, metade do que é gasto com software no Brasil será investido no modelo SaaS, com crescimento de 27,6%.

 

6- Fusão de inteligência e automação traz novas capacidades para apoiar os negócios, mas ainda precisa ganhar confiança

O estudo da IDC mostra que 20,5% das empresas brasileiras de grande porte entrevistadas afirmam que os processos de automação e RPA (Robotic Process Automation) serão estratégicos para as iniciativas que envolvem TI em 2023 e que AI vai ganhar mais espaço nos seus orçamentos, sendo o terceiro maior potencial, atrás apenas de Cloud e segurança.

“Ainda há um desafio de confiança para delegar a tomada de decisão para capacidades autônomas de AI, que não se resolverão no curto prazo. Por isso, a IDC acredita que em 2026 ainda teremos metade das empresas enfrentando esse impasse”, prevê Ramos.

Com o amadurecimento da AI, a expectativa da IDC é que o Brasil ultrapasse US$ 1 bilhão de gastos em 2023 com essa tecnologia, um aumento de 33% comparado a 2022. Já os gastos com soluções de automação inteligente devem superar US$ 214 milhões, crescimento de 17% frente ao ano passado.

 

7- Segurança de TI e dados continuará sendo prioridade e motivo de preocupação em 2023

Desde o primeiro pico de incidentes de Ransomware em 2017/18 (WannaCry), segurança é vista como prioridade número um da maioria dos executivos de TI no Brasil (53,6% em 2022) e na América Latina (50,6%). Em 2023 não será diferente.

“A segurança de TI e dados continuará no topo das preocupações das empresas brasileiras. Antes, para falar com um colega de trabalho e passar alguma informação ou dado, bastava olhar para o lado, e as informações sigilosas ficavam centralizadas dentro da empresa. Agora, seja via chat, WhatsApp, e-mail ou outra ferramenta, a informação vai trafegar vários quilômetros, e o dado sensível e confidencial estará espalhado em muitas nuvens. Por isso, a forte preocupação com a segurança das informações não vai diminuir”, explica Pietro Delai, diretor de Pesquisa e Consultoria de Enterprise da IDC Latin America.

No Brasil, os gastos com soluções de segurança devem atingir US$ 1,3 bilhão em 2023, um crescimento de 13% em relação ao ano anterior.

 

8- O mercado de Devices segue importante e representará 43,7% de todas as receitas de TI no país, a despeito dos desafios esperados em 2023

          “Desktops, notebooks, tablets, feature phones, smartphones, impressoras, multifuncionais, monitores e wearables, enfrentaram diversos momentos críticos em 2022 e esse mercado de Devices seguirá com uma dinâmica desafiadora em 2023. As fabricantes entrevistadas pela IDC Brasil indicam um sentimento misto, mas, no geral, esperam um primeiro semestre de adaptações ao novo governo e um segundo de certa recuperação e relativo crescimento no consumo das famílias”, esclarece Reinaldo Sakis, diretor de Pesquisa e Consultoria de Consumer Devices da IDC Latin America.

          A IDC estima que o mercado brasileiro de Devices gere a considerável soma de US$ 21,5 bilhões em 2023, ou seja, 1,1% acima de 2022. Isso faz com que sua participação no total de gastos de TI no Brasil seja de 43,7% em 2023, pouco abaixo do patamar de 2022.

          Mesmo com o modesto crescimento das receitas, a importância dos Devices para o segmento total de TI ainda será muito grande, com smartphones somando US$ 13 bilhões, computadores US$ 5,8 bilhões, Wearables US$ 882 milhões, impressoras US$ 542 milhões e Tablets US$ 464 milhões.

 

9- A distribuição das vendas de Devices sofrerá mudanças em 2023, refletindo o dinamismo necessário para atuar neste segmento

          Algumas mudanças que tiveram início ano passado seguirão acentuadas agora em 2023. O varejo online, por exemplo, perdeu participação no ano passado e sofrerá mais um pouco em 2023. Já o varejo físico retomou espaços perdidos para o online e seguirá a mesma trajetória em 2023.

          “Apesar do grande portifólio e dos benefícios oferecidos aos usuários, o varejo online deve perder ainda mais algum espaço para as lojas físicas em 2023, ainda que continue tendo grande potencial de crescimento a curto prazo. O principal motivo é que as lojas físicas voltam a ganhar mais espaço por conta da maior flexibilidade de negociação no momento da venda associado a um volume de brasileiros que voltaram às compras presenciais após o auge da pandemia”, esclarece Sakis.

          A IDC estima que os varejos físicos e online gerem US$ 10 bilhões e US$ 5 bilhões, respectivamente, em 2023.

 

10- As empresas compradoras de Devices também podem colher os benefícios do alinhamento com as práticas de ESG

O mercado brasileiro de Devices terá vários desafios no ano de 2023 e a IDC prevê que os fabricantes e canais de distribuição que oferecem produtos ou serviços alinhados com ESG terão mais chances de sucesso.

“As empresas nacionais e multinacionais já começam a olhar para os Devices como ponto de partida para demonstrar resultados e métricas alinhadas ao ESG. Por isso, os fabricantes ou canais que oferecerem práticas que demonstram preocupação com padrões e boas práticas sociais, sustentáveis e de gerenciamento, – como créditos de carbono, uso responsável dos recursos, Device as a Service alinhado ao ESG, logística reversa e economia circular –, devem sair na frente de seus concorrentes. Hoje, esses tipos de iniciativas são considerados diferenciais competitivos”, conclui Sakis.

A IDC estima que 5% das vendas de Devices para empresas B2B serão concluídas em 2023 por terem certo alinhamento com conceitos ESG, o que significa algo em torno de US$ 250 milhões. 



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Como a evolução tecnológica (IA) pode afetar o processo de aprendizagem

Nos últimos anos, observamos uma aceleração nos processos de inovação em inteligência artificial. Um exemplo é o ChatGPT, protótipo de um chatbot com inteligência artificial generativa desenvolvido pela OpenAI que interage com os usuários sobre diferentes assuntos, além de ser capaz de executar inúmeros comandos, como resolver operações matemáticas e produzir textos. Com isso, podemos observar que a evolução da tecnologia impacta diretamente o setor educacional, mas como isso pode afetar o processo de aprendizagem?

Recentemente vimos as tentativas de inserir diferentes tecnologias na esfera educacional, muitas vezes sem sucesso por conta da falta de destreza em operar e entender essas tecnologias, ou por inseri-la forçadamente quando não é necessária. Por outro lado, existe uma gama de exemplos que foram essenciais no momento da pandemia e se provaram eficientes, como computadores, tablets e smartphones para acessar recursos educacionais on-line como vídeos, simulações e jogos educacionais. 

O aprendizado nem sempre é visto como algo engajador, dessa forma, tecnologias mais recentes podem tornar esse processo mais interativo e atrativo para o aluno. Além disso, a inteligência artificial (IA) e o conhecimento da máquina podem ser usados para personalizar o aprendizado, atendendo às necessidades individuais dos alunos e fornecendo feedbacks instantâneos sobre seu progresso.

O uso correto de tecnologias como a IA pode alavancar resultados de estudantes como, por exemplo, por meio de trilhas adaptativas de aprendizagem que se adequam em formato e dificuldade para o aluno, além de análise de sentimento para avaliar a compreensão e o engajamento deles com o conteúdo. Fora que é possível proporcionar experiências mais palpáveis como conversar com livros, extraindo o máximo de conteúdo de uma maneira mais ativa. 

Em contrapartida, o uso indevido dessas possibilidades pode gerar um resultado indesejado como o comodismo de ter as informações de maneira imediata, o que permite o aluno ficar em sua zona de conforto sem estimular seu esforço mental, tão fundamental no processo cognitivo de aprendizagem. 

Além do próprio mal uso, aspectos inerentes a IA podem contribuir negativamente na formação intelectual e social do indivíduo. Se uma inteligência é criada sem uma estrutura de qualidade, pode desencadear modelos incompletos de dados que refletem e perpetuam preconceitos, além de desigualdades existentes na sociedade. Outro ponto de desvantagem importante de pontuar é a falta de acesso dessas ferramentas, já que possibilitam a criação de barreiras a determinado grupo de pessoas e a discriminação indevida no uso da tecnologia como, por exemplo, o etarismo, preconceito contra pessoas com base em estereótipos associados à idade.  

Apesar dos contrapontos, entendo que a evolução tecnológica não pode ser encarada como um obstáculo no processo de ensino-aprendizagem, e sim como um propulsor. Diante disso, com o uso apropriado, igual a várias outras aplicações e ferramentas que foram criadas na história da humanidade, cabe a nós adaptarmos a forma como testamos e cobramos nas instituições de ensino, assim como já fizemos anteriormente, além de evitarmos o mau uso da inteligência. 

Nos próximos anos, a tendência é aumentar cada vez mais o uso de IA em diversas áreas, a educação não é diferente. Novas metodologias avaliativas precisarão ser testadas e criadas, instituições de ensino superior precisarão adaptar seus currículos e suas ementas a fim de trazer ainda mais o ensino prático e menos teórico. As ferramentas estão disponíveis, resta nós sabermos usá-las e, como tudo na história, evoluirmos com elas. 

A inserção do uso correto da IA em grades formativas de ensino básico e superior, e desenvolvimento de raciocínio lógico e crítico precisam ser fortificados, pois saber o que perguntar será o mais importante e o pensamento crítico é fundamental, já que as informações estão ainda mais disponíveis do que antes. O que move o mundo não são as respostas, e sim as perguntas. Dessa forma, deixo como reflexão a frase do empresário norte-americano Paul Tudor Jones: "Nenhum homem é melhor do que uma máquina e nenhuma máquina é melhor do que um homem com uma máquina".


Lorenzo Tessari é Chief Operating Officer (COO) da Gama Ensino - startup de tecnologia desenvolvedora de um algoritmo proprietário que identifica os gaps de aprendizado dos alunos para o direcionamento dos seus estudos.

 

Projeções indicam queda nos custos e aumento de oferta de financiamentos para empresas em 2023

Análise de Wagner S. de de Moraes, sócio-fundador e Ceo da A&S Partners,  também evidencia o crescimento do PIB do país, impulsionado pelo setor agropecuário, desde que o governo não atrapalhe com novas medidas e taxações para o setor

 

Um melhor cenário para as companhias no Brasil para 2023. Projeções indicam queda nos custos e aumento de ofertas de financiamentos para as empresas.

O mercado tem enxergado com o otimismo a possibilidade do ciclo da alta de juros chegar ao fim e, aliado a outros fatores, inclusive externos, a expectativa é de que o Brasil seja favorecido.

Wagner S. de Moraes, sócio fundador e Ceo da A&S Partners, empresa de negócios voltada a implementação e reestruturação de operações nas áreas de M&A, turnaround, project finance, real estate, fintechs, bancos digitais e meios de pagamentos, explica os fatores envolvidos para esta estimativa de redução nos custos de financiamentos e também uma maior oferta de crédito para suportar o capital de giro das empresas.

“A taxa Selic, que reflete o custo primário do dinheiro, já está apontando uma ligeira queda de 13,75% a.a. para 12,50% a.a. em 2023. Isso já aponta para um redução proporcional para as operações de financiamento e crédito para as empresas, pois é o principal balizador do custo do dinheiro. A taxa de câmbio também sinaliza para uma certa estabilidade frente a taxa atual. Por outro lado, a taxa do IPCA acumulou uma alta de 0,62% referente ao mês de dezembro de 2022, de acordo com dados divulgados em 10 de janeiro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o país fechou o ano de 2022 com IPCA acumulado de 5,79% e, pelo quarto ano seguido, ultrapassou a meta anual da inflação. Pelo último estudo apresentado pelo Banco Central no relatório Focus, o IPCA projetado para o ano de 2023 é de 5,39%, também apresentando ligeira retração. Ao somarmos todos esses fatores internos, como a redução da taxa de juros, a manutenção da taxa de câmbio que deverá favorecer bastante os preços das commodities agrícolas e previsão de queda da inflação, com fatores externos, como o aumento da taxa de juros nos Estados Unidos e o possível aumento de demanda no mercado Chinês, o Brasil deverá ser muito favorecido por esses fatores”, detalha.

Nas projeções do Centro de Estudos de Mercado de Capitais da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Cemec/Fipe), em setembro deste ano, a previsão é de que as taxas de financiamento para as empresas tenham uma retração de quase 5% com base nos 23% registrados no mesmo período de 2022.

Moraes concorda com a projeção e ressalta que a taxa de juro deverá começar a sofrer redução a partir de junho deste ano. Esta diminuição estará alinhada ao cenário de crescimento externo e aumento na demanda interna.

A redução do risco das empresas deverá se refletir diretamente no custo do dinheiro e spreads bancários. “Com isso, é perfeitamente factível vislumbrarmos uma redução nos spreads bancários de 5 pontos percentuais, podendo as taxas de financiamentos para empresas com riscos médios para cima, operarem com taxas em torno de 18% a 18,50% a.a. a partir de setembro de 2023, salvo mudanças abruptas no cenário ou mesmo novas decisões governamentais que possam impactar sobre maneira neste cenário”.


A alavanca do crescimento

Para Wagner S. de Moraes, o setor de agropecuária no Brasil será a principal alavanca para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do país.

O sócio-fundador da A&S Partners evidencia que conforme o último relatório do Banco Central o crescimento do PIB brasileiro tem previsão de crescimento de 0,77% impulsionado pelas safras apontadas para este ano, que podem bater recordes em função da estabilidade climática e aumento da demanda no mercado mundial. “O PIB agrícola deverá crescer por volta de 8% para este ano, lastreado num aumento de 16% para as commodities agrícolas, frente a ano passado. Basta o governo não atrapalhar com novas medidas e taxações para o setor, que já sofre bastante com a interferência governamental, bem como termos estabilidade cambial”.


As condições globais de créditos

Moraes ressalta ainda que as condições globais de crédito tendem a piorar neste ano em função da recessão prevista para o mercado americano. Ele cita que a Zona do Euro deverá sentir os impactos da inflação mais elevada – por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia – que já trouxe uma pressão inflacionária ao mercado europeu.

O crescimento mundial também será afetado, porém a China ainda tem um papel decisivo nisso. Diante da possibilidade de retração de atividades, o governo chinês já entrou com medidas para estimular o consumo e aumento de produção nos principais setores. O efeito COVID está muito próximo do fim para a economia chinesa. Se tivermos uma retomada econômica na China, algo muito provável, é possível que tenhamos uma reversão nas expectativas de crescimento do PIB mundial, revertendo o cenário bastante pessimista”.

 

Lições que podemos tirar do caso Americanas

Temos sido impactados por diversas notícias sobre o caso envolvendo a empresa Americanas, neste início de 2023. Diversas exposições sobre potencial “fraude” contábil, falta de transparência para o mercado, responsabilidade da auditoria externa e decisão do executivo indicado para ser presidente desta empresa, ter trazido à tona, em apenas 9 dias, a real situação financeira da Americanas.

O impacto destas notícias abalou tanto o mercado brasileiro, quanto o internacional, uma vez que a Americanas tem ações na bolsa de valores do Brasil e de Nova York. Entretanto, pensando de uma forma macro, pois ainda não temos todos os detalhes sobre este caso, já podemos tirar algumas lições sobre este acontecimento.

Em primeiro lugar, cabe salientar que todas as empresas são entes ficcionais e são geridos por pessoas. Seres humanos, que deveriam atuar com ética, transparência e respeito aos acionistas e sociedade durante suas respectivas práticas como profissionais, comportamentos que deveria ser de todos os colaboradores, independentemente da posição que ocupam na empresa, mas em posições hierárquicas mais elevadas, esta conduta deveria ser o básico para ocupar tais posições. Na prática não tem sido o que acontece, não somente na Americanas, mas em muitas empresas nacionais e/ou internacionais.

O capitalismo que visa apenas o lucro rápido pode gerar comportamentos não éticos, sem transparência e totalmente desrespeitosos, perante os acionistas e para com a sociedade.  Apesar de muitas empresas falarem que são adeptas a programas de ESG, do inglês, Environmental, Social and Governance, infelizmente, não é visto uma efetividade na aplicação destes programas. Realmente tem sido muito bonito ler que a Americanas tinha uma preocupação com a questão das mulheres ocuparem cargos de direção e que atuavam em várias frentes ambientais, mas fica a pergunta: como realmente era a governança desta empresa?

Aparentemente, podemos dizer que existem problemas estruturais na governança da Americanas, pois os comitês, de finanças e executivo, não sabiam, ou não queriam, tratar do tema contábil. Portanto, como fica a questão do Conselho de Administração e o Fiscal? Que deveriam ter a preocupação de manter a empresa saudável para garantir aos colaboradores, acionistas e sociedade a continuidade desta empresa tão tradicional na comunidade brasileira.

Quando temos, de fato, o capitalismos voltado para os stakeholders, cada executivo e colaborador irá atuar com integridade, transparência e respeito, porém, ainda não chegamos neste patamar global, estamos em um momento de transição do capitalismo tradicional para este novo capitalismo, e este caso da Americanas reflete o quão atrasado estamos no mercado brasileiro em relação ao internacional.

Enquanto não existir uma compreensão que se as empresas mantiverem comportamentos negativos, elas não saíram do perpetuo círculo vicioso de crises, sejam contábeis ou de corrupção, e o custo decorrente será uma economia mais fraca, desemprego em larga escala e falta de credibilidade em relação as empresas de auditoria externa.

Neste momento no qual as notícias falam em uma potencial recessão global, uma crise reputacional e estrutural como o que acontece com a Americanas, somente irá prejudicar ainda mais a frágil economia brasileira. Entretanto, podemos apontar apenas um responsável? Não podemos, e como sociedade, chegou o momento de decidirmos se temos maturidade ética para de fato sermos um capitalismo de stakeholders.

Estamos em uma encruzilhada ética e moral, mas ainda tenho esperança de que o caso da Americanas será uma grande lição para toda a sociedade brasileira.


Patricia Punder - Advogada é compliance officer com experiência internacional. Professora de Compliance no pós-MBA da FIA e LEC – Legal Ethics and Compliance (SP). Uma das autoras do “Manual de Compliance”, lançado pela LEC em 2019 e Compliance – além do Manual 2020. Com sólida experiência no Brasil e na América Latina, Patrícia tem expertise na implementação de Programas de Governança e Compliance, LGPD, ESG, treinamentos; análise estratégica de avaliação e gestão de riscos, gestão na condução de crises de reputação corporativa e investigações envolvendo o DOJ (Department of Justice), SEC (Securities and Exchange Comission), AGU, CADE e TCU (Brasil). www.punder.adv.br


Como a Lei Geral de Proteção de Dados pode influenciar os sistemas de videomonitoramento nas empresas

 

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) aprovou o monitoramento dos empregados no ambiente de trabalho por meio da utilização de câmeras. Apesar de a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) ter entrado em vigor em 2021, muitos profissionais ainda desconhecem as normas, aplicações e os limites que ela determina a respeito do armazenamento e do tratamento de dados.

De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, em agosto de 2022, apenas 23% das empresas brasileiras criaram uma área específica ou funcionários responsáveis por proteção de dados pessoais, demonstrando a baixa preocupação quanto à regulação da segurança da informação, o que pode resultar em problemas futuros. 

Considerando o dado acima, é necessário que as instituições dêem cada vez mais a devida atenção para a inserção de uma política de privacidade efetiva, determinando a razão da obtenção dos dados e sua utilização. A segurança deve sempre estar atrelada à adoção de boas práticas, independentemente de certificação, para garantir a proteção das informações. 

Assim, alguns aspectos precisam ser considerados, como a realização da classificação das informações e o sigilo em todas as etapas; permissão (ou não) da utilização de dispositivos móveis nos locais de captação e armazenamento das imagens; utilização da criptografia e do antivírus para garantir a segurança na transmissão dos dados; gestão de cabeamento, terceirização no processo e outros dados que impactam diretamente a integridade e gestão dos processos de obtenção, tratamento e transmissão das imagens; planejamento e gestão de incidentes de segurança, caso ocorra um vazamento ou perda de dados.

E, ao se tratar do processo de captação de imagens, a empresa responsável pelos arquivos do videomonitoramento precisa estar atenta aos princípios básicos da segurança da informação, tais como: 

  • definição da finalidade das imagens para adequar a coleta de dados por meio do posicionamento das câmeras; 
  • verificação de câmeras em áreas que não demandam monitoramento, evidenciando a boa intenção da empresa e a sua adequação às leis de coleta de informações;  
  • tratamento e transmissão das imagens; 
  • ter uma política de privacidade clara e que seja comunicada internamente e externamente; 
  • não favorecer no processo algum fator relacionado aos dados pessoais sensíveis.

Também é preciso considerar o planejamento e gestão de incidentes de segurança, caso ocorra um vazamento ou perda de dados. Para isso, é fundamental definir corretamente quem são os responsáveis pelo armazenamento das informações da política de privacidade e a sua disponibilização à autoridade nacional.

Por fim, outra exigência estabelecida pela LGPD é a elaboração do relatório de impacto à proteção de dados pessoais. Nele, tem que estar em evidência a análise do cenário de riscos nas operações de tratamento de dados pessoais e a adoção de medidas para mitigá-los. Mediante isso, é primordial que o documento englobe a descrição dos tipos de dados obtidos, metodologia para o levantamento e garantia da segurança das informações, análise sobre as medidas adotadas, medidas de gerenciamento de riscos e identificação dos agentes de tratamento.

 

Cristiano Felicíssimo - vice-presidente de design de projetos da Seal Telecom na América Latina


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