Já tem algum tempo que o carnaval acende um alerta para doenças e infecções sexualmente transmissíveis.
Muitas pessoas
aproveitam o Carnaval para se divertir, mas é importante lembrar que o risco de
contrair DSTs e ISTs aumenta durante esse período. “Lembre-se que as DSTs podem
ser transmitidas por qualquer pessoa, mesmo as que aparentam ser saudáveis.
Então, não coloque a sua saúde ou a da outra pessoa em risco.” alerta o médico
Dr. Marco César Rodrigues Roque, também diretor técnico da Clínica de Vacinas
Salus Imunizações.
O principal foco
do Ministério da Saúde é a prevenção de HIV/Aids. Mas especialistas alertam
para o risco de propagação de outras doenças, como HPV, herpes genital,
gonorreia, hepatite B e C e sobretudo sífilis - que vem apresentando aumento no
número de ocorrências no Brasil, acompanhando uma tendência mundial.
Você
sabia que 85% das pessoas terão uma infecção por HPV durante a vida?
Quase todas as
pessoas não vacinadas que são sexualmente ativas contrairão o HPV em algum
momento de suas vidas. Cerca de 13 milhões de americanos, incluindo
adolescentes, são infectados com o HPV a cada ano. A maioria das infecções por
HPV desaparece por conta própria. Mas infecções que não desaparecem podem
causar certos tipos de câncer.
O Papilomavírus
Humano existe com mais de 200 variações e se manifesta por meio de formações
verrugosas - que podem aparecer no pênis, vulva, vagina, ânus, colo do útero,
boca ou garganta.
A relação sexual é
a principal forma de transmissão do HPV, seja pelo coito ou pelo sexo oral.
O HPV é uma
preocupação grave de saúde pública pelo potencial de alguns tipos do vírus
causarem câncer, principalmente no colo do útero e no ânus, mas também na boca
e na garganta, que vêm aumentando entre os jovens.
“O vírus pode
ficar latente por períodos prolongados sem que haja sintomas, e é difícil
erradicar a infecção por completo.” comenta o Dr. Marco César Rodrigues Roque.
Por isso,
especialistas recomendam que mulheres com vida sexual ativa façam exames
preventivos anuais no colo do útero para monitorar o aparecimento de possíveis
lesões que antecedem o câncer e que podem ser tratadas.
O HPV pode causar câncer de:
• Colo do útero, vulva e vagina em mulheres
• Pênis em homens
• Ânus tanto em mulheres quanto em homens
• Parte de trás da garganta (chamado câncer orofaríngeo), incluindo a base da
língua e amígdalas, tanto em homens quanto em mulheres
A vacinação contra o HPV é a prevenção do câncer
Infecções por HPV,
verrugas genitais e pré-cânceres cervicais (células anormais no colo do útero
que podem levar ao câncer) caíram desde que a vacina começou a ser usada.
Prevenir o câncer
é melhor do que tratá-lo e como já listado, o HPV pode causar vários tipos de
câncer. Apenas o câncer do colo do útero pode ser detectado precocemente com um
teste de triagem. O Dr. Marco esclarece que os outros tipos de câncer causados
pelo HPV podem não ser detectados até que sejam mais grave e a vacinação contra
o HPV também previne infecções que causam esses tipos de câncer.
As recomendações
também se estendem a homens que fazem sexo anal desprotegido, e devem fazer
exames preventivos na região anal e no reto.
O Ministério da
Saúde anunciou que a vacina quadrivalente que protege contra quatro tipos de
HPV passaria a ser oferecida também para meninos, na faixa de 11 a 14 anos.
Anteriormente a vacina só era disponibilizada para meninas de 9 a 14 anos.
Crianças de 11 a
12 anos devem receber duas doses da vacina contra o HPV, com intervalo de 6 a
12 meses. As vacinas contra o HPV podem ser administradas a partir dos 9 anos
de idade.
As crianças que
iniciam a série de vacinas contra o HPV a partir dos 15 anos precisam de três
doses, administradas durante 6 meses.
Se seu filho
adolescente ainda não foi vacinado, converse com o médico sobre como fazê-lo o
mais rápido possível.
Adolescentes
e jovens também devem ser vacinados
Todas as pessoas
até 26 anos de idade devem receber a vacina contra o HPV se ainda não estiverem
totalmente vacinadas.
A vacinação contra
o HPV não é recomendada para todas as pessoas com mais de 26 anos de idade.
• Alguns adultos de 27 a 45
anos que ainda não foram vacinados podem optar por receber a vacina contra o
HPV após falar com seu médico sobre o risco de novas infecções por HPV e os
possíveis benefícios da vacinação para eles.
• A vacinação contra o HPV em adultos oferece menos benefícios, porque mais
pessoas nessa faixa etária já foram expostas ao HPV.
“Vacinar-se é uma forma de demonstrar cuidado e respeito por si mesmo e com
outros. A vacinação é a forma mais eficaz de proteger-se contra o vírus do
papiloma humano. Por isso, faça a sua parte: vacine-se!” Finaliza o Dr. Marco
César Rodrigues Roque.
Marco César Rodrigues Roque - Diretor Técnico da
Clínica de Vacinas Salus Imunizações.
Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos com residência em
Neurologia Pediátrica pelo Hospital do Servidor Público Estadual- IAMSPE,
responsável pelo setor de Neurologia Pediátrica do Grupo Santa Joana. Membro da
Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil, é preceptor do programa de
Residência Médica do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus -PMSP
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