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quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Entenda as diferenças entre residência terapêutica e hospital psiquiátrico

Crédito: Canva.
Ainda que ambos os locais busquem encontrar o melhor caminho para estabilização do quadro, aceitação do paciente sobre seus sintomas, patologia e tratamento, devem ser pensados em momentos distintos da evolução da doença.


Com propostas completamente diferentes e complementares, os estabelecimentos não se assemelham nem na formação da equipe necessária e tampouco na estrutura física do ambiente onde está localizado. As residências terapêuticas são dispositivos que podem ser acionados no momento da estabilidade do paciente. E ao contrário dos hospitais psiquiátricos, as residências terapêuticas podem servir como uma solução definitiva de moradia para os pacientes, onde os mesmos encontrarão afeto, convivência, suporte em todas as suas necessidades e ajuda para usufruir da máxima autonomia que seu quadro permitir. 

De acordo com o médico psiquiatra sócio e diretor da Sig Residência Terapêutica, Ariel Mazur Lipman, é necessário entender que mesmo no período da estabilidade, muitos pacientes precisam de cuidados, como controle da sua medicação, cuidados com alimentação, higiene, convivência, lazer, etc. 

“Muitas vezes as famílias não conseguem prover todo esse cuidado, por questão de falta de tempo, esgarçamento das relações ou até mesmo morte/envelhecimento das pessoas que proviam todo esse suporte. Portanto, as residências terapêuticas ocupam esse espaço de prover todas as necessidades dos portadores de doenças psiquiátricas crônicas”, explica. 

Assim, as residências terapêuticas devem ser cogitadas quando o paciente está estabilizado de seus sintomas mais graves e uma solução mais definitiva se mostra necessária, na tentativa de prover a melhor vida possível e prevenir a reincidência das crises. É pensado como uma proposta de moradia, trazendo um novo olhar para a convivência com doenças psiquiátricas e um local para chamar de lar. 

Já os hospitais psiquiátricos devem ser utilizados em situações de crise. Momentos em que os pacientes estão com comportamento de risco e por isso precisam estar em um ambiente seguro e extremamente controlado. Neste caso não há um período determinado, que deve ser o menor período possível. 

“A chave para entender a diferença entre hospitais psiquiátricos e residência terapêutica está na compreensão da diferença de cuidado na crise e no período de estabilidade” explica Lipman. Os hospitais psiquiátricos são dispositivos que devem ser acionados no período da crise, momentos em que o tratamento deve ser feito de forma intensiva, o acompanhamento médico e multidisciplinar deve ser feito com muito mais frequência e recursos devem ser usados para garantir que o paciente não coloque em risco a si e terceiros.
 

Sig Residência Terapêutica


Vendas do comércio na semana do Dia das Crianças tiveram o melhor desempenho desde 2012, revela Serasa Experian

A expansão registrada foi de 6,4% considerando os dias que precedem a data no país; Cidade de São Paulo também marcou aumento

A atividade física do comércio brasileiro teve crescimento de 6,4% nos dias que antecedem o feriado de Dia da Criança feita a comparação com o mesmo período do ano anterior (5 a 11/10/21 x 5 a 11/10/22). Esse foi o melhor desempenho desde 2012, quando o índice marcou expansão de 7,7%. Confira a série histórica do dado no gráfico abaixo: 



O final de semana anterior a data comemorativa registrou aumento de 5,2% também no comparativo com o mesmo recorte do ano passado (08 a 10/10/21 x 7 a 10/10/22).

 

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, estamos no início de uma movimentação econômica positiva. “O recuo da inflação, principalmente sobre os preços dos combustíveis e da energia elétrica, trouxe uma redução de custos capaz de incentivar o consumo. Dessa forma, o comércio físico deve se fortalecer mais nos próximos meses contando, inclusive, com o período sequencial de datas comemorativas que se aproxima junto ao final do ano”.

 

A análise do cenário de vendas na cidade de São Paulo também mostrou um cenário positivo, pois os dias anteriores ao feriado registraram alta de 5,5% (5 a 11/10/21 x 5 a 11/10/22) e o final de semana (08 a 10/10/21 x 7 a 10/10/22), de 5,1%.

 

Serasa Experian

 www.serasaexperian.com.br


O fomento e os desafios do uso do etanol no território brasileiro

Muito se fala em sustentabilidade, na utilização de recursos limpos e renováveis, na preservação do meio ambiente. Pouco se faz, ainda, para que essas e outras atitudes sejam, de fato, aplicadas no cotidiano das pessoas. Aliás, o incentivo às práticas de consumo consciente deve-se “começar do começo”, ou seja, com leis específicas que visam implementar medidas para mudança de hábitos de consumo. 

O carro à álcool surgiu de uma crise, a chamada Crise do Petróleo de 1973. O Brasil foi impactado da mesma forma que os grandes mercados internacionais, porém, para resolver esse entrave, o país criou um combustível alternativo. 

Em 1951, no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), o professor e engenheiro Urbano Ernesto Stumpf deu início às pesquisas que culminaram no desenvolvimento do motor a álcool. Posteriormente, apresentou ao governo a tecnologia que permitiu aos automóveis rodarem com o álcool hidratado – o popular etanol. 

Dessa forma, em novembro de 1975, foi criado no Brasil o Programa Nacional do Álcool (Proálcool), criado por decreto governamental. Tal programa contribuiu para impulsionar a produção de bioenergia no país, conferindo uma das maiores realizações baseadas em ciência e tecnologia com selo 100% brasileiro. 

Encostando nos anos 80 – mais precisamente em julho de 1979 – uma indústria automobilística lançou no mercado nacional o primeiro carro movido a álcool combustível. O Fiat 147 foi fabricado comercialmente com motor preparado para receber o combustível à base de cana-de-açúcar. 

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de etanol do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. O país poderia ser protagonista do uso do etanol, a fim de diminuir as emissões de gás carbônico (CO2). No entanto, essa cultura não vem sendo adotada, mesmo com a oferta do produto nas bombas, em tempos que às ações em prol da sustentabilidade deveriam ser palco das atenções em nível global. 

Tanto o Brasil como os Estados Unidos se diferenciam em relação a muitos países por suas extensas áreas agricultáveis, facilitando o cultivo de cana-de-açúcar ou milho para a produção de combustível. Eis o fato que justifica a disseminação do uso do etanol no país. Porém, as estratégias das montadoras automobilísticas estão mais voltadas à eletrificação das frotas – tática a qual atende os principais mercados da Europa no quesito sustentabilidade. 

No entanto, uma nova gasolina também vem para competir. Feita de CO2 captado da atmosfera, o resultado é um combustível limpo e renovável, e vem sendo a grande aposta de algumas empresas, como a Porsche, que está construindo uma fábrica desse tipo de combustível no Chile. 

O questionamento, contudo, fica em torno do porquê não usar o etanol? Além de exigir adaptações nos motores, esse tipo de combustível é popular apenas no Brasil. Em tempos atuais, a indústria automobilística já tem a sustentabilidade conceituada, com projetos sólidos de renovação e substituição nas frotas por veículos menos poluentes e de zero emissão. No entanto, às culturas regionais devem se conscientizar em consumir uma energia limpa, pois tem a oferta, mas não se tem consciência.

 

J.A.Puppio empresário, diretor-presidente da Air Safety e autor do livro “Impossível é o que não se tentou”.

 

150 vagas gratuitas para curso de capacitação profissional em tecnologia e programação

A oportunidade é para jovens de escola pública da Grande São Paulo, que estejam interessados em aprender programação Java e ingressar no mercado de trabalho  


Segundo estudo realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (BRASSCOM) até 2025 o Brasil terá uma demanda por 797 mil profissionais de tecnologia, essa demanda por profissionais foi distribuída por tecnologias maduras, emergente e de nicho. Pensando em capacitar jovens, entre 17 a 22 anos, para ocupar esses cargos e iniciarem a carreira profissional, o Instituto PROA desenvolveu o curso PROPROFISSÃO. A próxima turma disponibilizará 150 vagas e iniciará em 06 de fevereiro de 2023.

Os jovens receberão notebook, plano de dados, uniforme, mochila, vale-transporte e todo suporte necessário para acompanhar as aulas - que acontecerão de segunda a sexta-feira em dois turnos: manhã (9h às 13h) e tarde (14h às 18h). O curso tem duração de seis meses e é semipresencial. Às segundas, quartas e sextas-feiras os alunos podem acompanhar de forma remota, já às terças e quintas-feiras as aulas serão presenciais no Senac Lapa Tito (R. Tito, 54 - Vila Romana, São Paulo - SP).

Para participar os interessados precisam estar cursando ou terem concluído o 3º ano do Ensino Médio na rede pública e residirem nas cidades da Grande São Paulo. As inscrições irão até o dia 10 de novembro de 2022 e podem ser feitas no site da organização: https://www.proa.org.br/

Alini Dal’Magro, CEO do Instituto PROA, explica que cursos técnicos são um bom caminho para quem deseja iniciar a vida profissional e aliados às oportunidades de emprego da iniciativa privada, possibilitam acesso rápido à formação e ingresso de novos talentos no mercado de trabalho. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, em 2050, o Brasil será o 6º país com a maior população idosa do mundo, na frente de outros países desenvolvidos. Por isso, cuidar dos jovens agora, significa garantir o amanhã funcionando como uma engrenagem, fazendo girar a economia de forma sustentável. Para isso, eles precisam ser vistos e desenvolvidos hoje.

Queremos impulsionar esses jovens para essas oportunidades. A área de programação está muito aquecida e estamos felizes em formar esses futuros profissionais. As turmas anteriores foram um sucesso, com centenas de jovens empregados com excelentes salários e conquistando o tão sonhado êxito profissional, isso nos deixa cheios de orgulho e confiantes que estamos no caminho certo.”, afirma a CEO do Instituto PROA, Alini Dal’Magro.

Isabelle Victoria Pereira, se formou no 1º semestre de 2022 e atualmente cursa análise e desenvolvimento de sistemas na FIAP. “Fazer parte do Instituto PROA foi incrivelmente enriquecedor na minha vida e carreira, sem dúvidas existe a minha versão antes e depois do PROPROFISSÃO. Aprendi, amadureci, cresci e descobri que o meu limite é muito acima de onde eu imaginava. Além de ensinar programação, o PROA ensina comunicação e habilidades comportamentais, o que em meu ver faz toda a diferença”, conta.

Isabelle complementa que “Antes do PROA me sentia completamente perdida quanto o meu futuro, hoje me sinto uma pessoa preparada para ingressar no mercado de trabalho e, graças a essa grande oportunidade, eu consegui me preparar para os processos seletivos e atualmente sou estagiária na área de Gestão de Projetos de TI.  O PROA é muito mais do que um curso, é uma experiência. Lá eu fiz amigos e construí lembranças que levarei durante toda a minha vida! Foram 6 meses lindos e de eterna gratidão”, finaliza a jovem.


Serviço:

Período de inscrições: 15 de agosto a 10 de novembro de 2022

Início das aulas: 6 de fevereiro de 2023

Requisitos: 

  • Ter entre 17 a 22 anos;
  • Estar cursando ou ter concluído o 3º ano do Ensino Médio em escola pública;
  • Morar na Grande São Paulo.

Link para inscrição: https://www.proa.org.br/


FMI reajusta para 2,8% a projeção de alta do PIB brasileiro em 2022

Freepik
A estimativa anterior era de avanço de 1,7%. Entretanto, para 2023 o Fundo prevê que a economia brasileira cresça apenas 1%, abaixo da projeção anterior, de 1,1%


O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou mais uma vez a projeção para o desempenho da atividade econômica do Brasil neste ano, na esteira de uma recuperação acima do previsto, com suporte dos preços da commodities. Por outro lado, reforçou o coro de bancos estrangeiros e consultorias e piorou novamente sua estimativa para o próximo ano.

O organismo espera que o País cresça 2,8% em 2022, conforme o relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), publicado nesta terça-feira, 11/10, em paralelo às reuniões anuais do FMI, que acontecem em Washington DC. A estimativa anterior era de avanço de 1,7%.

Apesar disso, o Brasil ainda crescerá abaixo da média global e também àquela esperada para mercados emergentes e economias em desenvolvimento, na visão do Fundo. Contudo, a melhora nas projeções do FMI este ano segue uma visão de que as economias da América Latina, dentre elas o Brasil, têm apresentado recuperação acima do esperado neste ano.

Para o próximo ano, porém, as projeções do organismo continuaram indo ladeira abaixo, em meio ao cenário global desafiador, com o processo de aperto monetário agressivo para controlar a escalada da inflação nas principais economias. Passadas as eleições gerais, o Fundo prevê que o PIB brasileiro cresça 1% em 2023, abaixo da projeção anterior, divulgada em julho e que apontava para alta de 1,1%.

O FMI reafirma, em relatório, que vê o Brasil "mais sensível" a choques inflacionários em geral e alerta ainda para maiores riscos de desancoragem das expectativas de inflação. "A maior sensibilidade poderia implicar uma reação mais forte do Banco Central (BC) para ancorar as expectativas", reforça o FMI, no documento.

No entanto, o Fundo considera as premissas de política monetária adotadas no Brasil, que iniciou bem antes o processo de elevação de juros, como "consistentes" com a convergência da inflação para o centro da meta até o fim de 2024.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu como alvo inflação de 3,50% neste ano, de 3,25% em 2023 e de 3,00% em 2024, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo.

O FMI alerta ainda para desafios gerados pelo dólar forte a economias emergentes, com o aperto das condições financeiras e o aumento do custo dos produtos importados. "O dólar está agora em seu nível mais alto desde o início dos anos 2000", destaca, sem citar países específicos, e sugerindo a calibração da política monetária e manutenção das reservas cambiais para caso o cenário piore ainda mais.

 

 Estadão Conteúdo

https://dcomercio.com.br/publicacao/s/fmi-reajusta-para-2-8-a-projecao-de-alta-do-pib-brasileiro-em-2022

 

Abertura do Mercado Livre de Energia: como reavaliar as ferramentas de gestão empresarial frente ao novo desafio?

O protagonismo do mercado livre de energia no setor elétrico brasileiro, segue avançando. Agora mais, com a publicação realizada no dia 28 de setembro, no Diário Oficial da União, da Portaria Normativa n° 50/GM/MME, que anunciou a abertura da comercialização da modalidade no país. Certamente, o momento é visto com euforia por parte das empresas ligadas à geração e comercialização de energia. Por sua vez, diante de um cenário promissor de crescimento, torna-se ainda mais fundamental alinhar estratégias operacionais, para se manter ativo na competição desse mercado.

A medida anunciada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) prevê que, a partir de 2024, os consumidores que se enquadrem no Grupo A, independente do seu nível de consumo, poderão comprar energia elétrica de qualquer provedor. Com essa liberação, estima-se que, aproximadamente, 106 mil novas unidades consumidoras empresariais passarão a estar aptas em migrar para essa modalidade.

Precisamos enfatizar que o mercado livre de energia já tem 27 anos de idade. E, diante das grandes oportunidades de expansão com a sua abertura, manter moldes de gestão desatualizados como o uso de planilhas acessórias para gestão empresarial, pode colocar em risco o desempenho da empresa. Tendo isso em vista, não é difícil encontrar diversas opções disponíveis no mercado, que “garantem” dar resultados rápidos após a implementação.

Sobretudo, cabe o alerta: é importante separar o “joio do trigo” na hora de escolher o ERP (Enterprise Resource Planning). Ou seja, antes de aderir uma ferramenta, é necessário levar em conta aspectos essenciais na aquisição que, de fato, irão atender as necessidades da empresa – tais como gerenciamento, módulos de controle de contabilidade, fiscal, vendas, serviços, entre outros.

E, em se tratando do setor de comercialização de energia, cujo qual, tem suas considerações e particularidades, qualifico os pontos mínimos na sua escolha de um verdadeiro ERP.


#1 Cobertura dos processos: o software precisa garantir o máximo de cobertura das operações, aglutinando as funções vitais da organização, evitando a necessidade de complementação por outros sistemas e que preferencialmente evitem a proliferação das “salvadoras da pátria” – as famosas planilhas.


# 2 Atender as funcionalidades críticas: o ERP deve ter a capacidade de integração com sistemas especialistas bem como atividades vitais, como conciliação de serviços bancários. Mas também outras específicas, como encontro de contas, tão normais em operações no mercado livre de energia.


# 3 Escala e desempenho: é crucial que o sistema acomode com folga o potencial de crescimento do mercado livre que agora desponta, atendendo com performance o hoje e o amanhã – tendo em vista a projeção de crescimento de consumidores na escala de centenas de milhares.


# 4 Visibilidade da posição financeira: o preço da energia tem características de oscilação às vezes muito bruscas e importantes – condição inerente à maior ou menor disponibilidade de recurso energético na nossa matriz elétrica brasileira.  Deste modo, ações rápidas e muitas vezes em tempo real, vão precisar ser tomadas, por exemplo, condições de mercado que exijam reação a questões de quebra de contratos ou potenciais inadimplências.


# 5 Extensibilidade e personalização: um sistema que é engessado, inflexível, não atende a dinâmica da modalidade. Por isso, o ERP precisa ter múltiplas camadas de acesso a ele, permitindo flexibilidade para ampliação de funcionalidades e adaptação aos processos específicos da sua empresa. Em palavras mais simples, o sistema precisa ser capaz de se adaptar à sua empresa e não o contrário.

# 6 Capacidade de integração: toda empresa que atua nesse segmento, tem o seu sistema especializado ou dedicado para atender partes específicas da operação. Um exemplo são os softwares ETRM (Energy Trading and Risk Management), que dentre outras funções controlam seu “book” e sua posição, assim, o seu ERP tem que suportar de forma completa a integração com os esses sistemas.


# 7 Emitir relatórios do simples ao complexo: de nada adianta a empresa crescer, sem que haja o devido acompanhamento próximo das normais dores oriundas desse crescimento. Para isso, o software de gestão precisa ter capacidade ampla de emissão de relatórios, para eventuais consultas, mas primordialmente ajudando nas tomadas de decisão. Ademais, além dos tradicionais relatórios, a disponibilidade de visualizações dos KPIs (key performance indicators) em tempo real, em uma interface com usuários totalmente configurável, na linha de “web clients”, é altamente desejada.


# 8 Licenças: o ERP deve ter um sistema de licenciamento que atenda as características dos profissionais atuais que exercem múltiplas funções dentro de das organizações, não os limitando ou segregando acesso por conta de licenças inflexíveis ou limitadas.

Mesmo diante da gama de funcionalidades que envolvem a aquisição de um ERP, ainda lidamos com o desafio de que muitos veem isso como um gasto, e não um investimento para garantia do compliance na empresa. Aqui, cabe uma singela reflexão – afinal, se você gestor, acha que é caro ter compliance experimente o custo de não o ter.

Deste modo, para os gestores de empresas que ainda não decidiram aderir a um ERP eficiente, a sugestão é que não se alonguem mais. A abertura do mercado livre de energia revela um momento promissor de ganhos e benefícios, que exige uma verdadeira readequação dos moldes de gestão, livre das amarras caseiras de improvisação. Mas lembre-se, o caminho até pode ser longo, mas haverá sempre uma luz guiando em cada passo rumo a expansão e crescimento.

 

Claudio Wagner - executivo de contas da G2, consultoria especializada em SAP Business One.


G2
https://g2tecnologia.com.br/

Unrecognized effort: quais seus impactos para o aumento de demissões?


Todos nós gostamos de ser reconhecidos em nosso ambiente de trabalho. A importância desta valorização para a satisfação e produtividade dos profissionais é um tema padrão nas empresas, mas, nem sempre colocada em prática de maneira adequada. Nos últimos anos, constantes índices de demissões vêm afetando o mercado, justificadas especialmente por esta falta de retorno sobre as responsabilidades individuais. Nesse cenário, aquelas que permanecerem desmerecendo esta relevância, certamente correrão riscos graves para sua perpetuidade.

Existem diversos motivos presentes no dia a dia corporativo que podem desencadear o unrecognized effort, como é conhecida esta falta de reconhecimento. Na maioria dos casos, é muito comum observar companhias que, devido à correria na entrega de projetos ou acúmulo de responsabilidades, acabam deixando de lado os feedbacks positivos a seus times por não conseguirem conciliar ambas as tarefas. Ainda, em casos mais questionadores, ainda existem muitas marcas que não compreendem tal importância, ao ponto de não ser uma prática fundamentada em sua política interna.

Já em níveis de experiência profissional, essa lacuna também é acentuada naqueles que já estão no mercado há algum tempo e, dessa forma, são erroneamente entendidos como trabalhadores que não necessitam mais de reconhecimento por suas conquistas. Em seu lugar, apenas aqueles mais jovens e recém-formados costumam receber maior atenção, alegando como uma ação essencial para seu crescimento na empresa.

Seja qual for a situação, deixar de reconhecer até mesmo as mínimas conquistas dos profissionais, podem desencadear uma insatisfação crescente com um risco perigoso de se tornar irreversível até seu pedido de demissão. Para comprovar essa relação, um estudo realizado pelo Office Team constatou que cerca de 66% das pessoas provavelmente deixariam seu emprego caso não se sintam apreciadas. Nos millenials, esse número chega a 73%.

Independentemente de idade, perfil ou área de atuação, o unrecognized effort é um dos descuidos mais perigosos que uma empresa pode ter com seus times. Sem o devido marco de reconhecimento sobre comportamentos ou ações corretas, fica fácil se perder e sentir confuso perante a eficácia de seu trabalho – levando a um aumento inevitável de desorientação nas equipes, desmotivação e, assim, redução da performance em um efeito cascata.

Ao reconhecer as vitórias de cada um, a companhia reforça constantemente o esforço individual e coletivo, ressaltando o caminho certo percorrido até então e estimulando que este comportamento permaneça progressivamente no desenvolvimento profissional. Muito além do que um incentivo emocional, o reconhecimento no trabalho é um direcionamento corporativo, indicando o que deu certo e que deve permanecer sendo aplicado.

Um bom relacionamento entre líderes e equipe deve ser composto por uma remuneração justa, estímulo ao aprendizado das habilidades e conhecimentos, sentimento de realização em suas funções e, acima de tudo, capacidade de equilibrar a satisfação dos membros da empresa conforme suas necessidades. Afinal, enquanto alguns profissionais possam precisar de uma atenção à mais sobre suas tarefas, outros não sentem tamanha importância deste retorno constante.

Mesmo sendo uma prática teoricamente enraizada em diversas companhias, o reconhecimento dos esforços dos profissionais deve se tornar algo natural na rotina das empresas. É preciso aprimorar um olhar diferenciado para os times, compreendendo a importância de um feedback positivo sobre suas conquistas para sua satisfação, produtividade e bom desempenho.

Caso não se sintam realizados neste quesito, é papel do profissional buscar compreender o motivo – seja pela quebra de expectativa com as entregas desejadas pela empresa, não inciativa da contratante ou falta de conhecimento sobre tal essencialidade. Todo negócio de sucesso é formado por equipes engajadas e motivadas, e aqueles que fugirem desta relação, certamente terão dificuldades em construir e gerenciar verdadeiros talentos rumo ao sucesso.

 

Ricardo Haag - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.

 

Wide

https://wide.works/


Automóveis com motor diesel para carga lidera o ranking de itens mais importados no Espírito Santo em agosto

Segundo dados da Logcomex, o estado importou mais de US$ 55 milhões, seguido de Veículos automóveis para transporte de 10 pessoas ou mais, incluindo o motorista, com US$ 9 milhões

 

Em agosto deste ano, o estado do Espírito Santo importou mais de US visibilidade avançada, automação e data analytics$ 55 milhões em outros veículos automóveis com motor diesel, para carga <= 5 toneladas. Segundo dados levantados pela Logcomex, startup que oferece isibilidade avançada, automação e data analytics para o comércio exterior, na totalidade de 2022 já foram importados mais de US$ 67 milhões em veículos com motor a diesel para cargas, o que representa uma queda de 35,42% em relação ao mesmo período do ano passado. 

Desperdícios e resíduos de alumínio também aparecem entre o top 3, somando mais de US$ 7 milhões. Se comparado com o mesmo período de 2021, o item teve um crescimento de 177,64% em importação. “O crescimento mostra que esses produtos seguem como destaques no Espírito Santo, um dos estados mais importantes do Brasil”, comenta Helmuth Hofstatter, CEO da Logcomex.

O levantamento da startup segue com outros veículos, equipados unicamente com motor elétrico para propulsão, além de outros itens e compostos. Confira a lista dos 10 produtos mais importados pelo Espírito Santo com seus respectivos valores abaixo:

  1. Outros veículos automóveis com motor diesel, para carga <= 5 toneladas - US$55.133.853,00
  2. Veículos automóveis para transporte de dez pessoas ou mais, incluindo o motorista - US$9.142.564,00
  3. Desperdícios e resíduos de alumínio - US$7.773.083,00
  4. Outros veículos, equipados unicamente com motor elétrico para propulsão - US$7.723.654,00
  5. Outros cloretos de potássio - US$5.385.965,00
  6. Uréia, mesmo em solução aquosa, com teor de nitrogênio (azoto) superior a 45 %, em peso, calculado sobre o produto anidro no estado seco - US$5.138.606,00
  7. Malte não torrado, inteiro ou partido - US$3.972.893,00
  8. Leite integral, em pó, com um teor, em peso, de matérias gordas, superior a 1,5 %, sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes - US$3.244.649,00
  9. Helicópteros, de peso inferior ou igual a 3. 500 kg - US$2.714.734,00

3 sinais de mudança no comportamento do consumidor da internet após a pandemia

Rodrigo Garcia, diretor da Petina Soluções em Negócios Digitais, comenta o que mudou para o internauta na hora de comprar online

 

Com a pandemia de covid-19, a população em geral adotou novos hábitos, e esse novo modo de se comportar e consumir impulsionou as compras online. Com o isolamento social, a busca por serviços remotos, a um clique de distância, foi expressiva. Após o fim das restrições e a retomada econômica, muitos consumidores continuaram a comprar pela internet.

Segundo a 46ª edição do Webshoppers, divulgada recentemente, a pandemia impulsionou em larga escala o crescimento do e-commerce no Brasil, e houve crescimento acentuado em setores de compras, com destaque para Alimentos e Bebidas, que teve um crescimento de 12% apenas no primeiro semestre de 2022.

“O segmento que mais cresceu foi o de supermercados, as pessoas estão fazendo cada vez mais esse tipo de compra pela internet. Outra categoria que teve crescimento foi a de perfumaria e cosméticos, além de produtos de bebê e de higiene e saúde. Ou seja, identifica-se que houve uma mudança no comportamento do consumidor, que passou não mais a comprar apenas por preço mais em conta, ou por sonhos de consumo, e passou a consumir produtos do dia a dia de forma virtual”, avalia Rodrigo Garcia, diretor da Petina Soluções em Negócios Digitais.

Pensando nisso, ele listou 3 novos comportamentos na hora de comprar online:


Dia da semana “queridinho” para compra
Segundo o Webshoppers, a maioria dos consumidores faz suas compras durante a semana - principalmente na terça-feira- e ocorre uma queda no final de semana.

“Aos sábados e domingos, quando as pessoas costumam estar menos ocupadas, elas acabam optando por comprar no varejo físico e acabam deixando de lado os e-commerces. Mas, ao longo da semana, preferem comprar online devido à rapidez na compra e à praticidade de ter o produto entregue em casa", avalia o executivo.


Expectativa do consumidor 
A experiência de compra foi um ponto importante na mudança de comportamento. Antes da pandemia, muitas pessoas optavam pelo comércio físico por conta da demora na entrega das aquisições via e-commerce. Mas, com a pandemia, a necessidade de atender à demanda fez com que esses prazos se encurtassem.

“A experiência de compra é fundamental, e hoje os modais logísticos buscam envolver o cliente, para que queira repetir a experiência. Assim como a Americanas tem opção de entrega em até 3 horas, o Mercado Livre tem a entrega no mesmo dia para compras até as 11 horas dependendo da cidade e na Magalu é possível também ter esse mesmo prazo. Os consumidores que aderiram às compras online por conta do confinamento continuaram a adquirir produtos por esse canal, e isso é um ótimo sinal”, explica ele.


Influência das redes sociais 
Em um mundo cada vez mais digital, as redes sociais influenciam o comportamento das pessoas a todo momento, e nas compras isso não é diferente. Antes de comprar algum item, é comum procurarmos opiniões de outros sobre o produto. 

“As mídias sociais passaram a ser uma referência para muitos, portanto, quando a pessoa pensa em comprar algo, normalmente é impactada por meio das redes, nas quais há vários vídeos e posts falando sobre determinado produto, críticas positivas e negativas que ajudam o comprador a decidir se irá ou não adquirir o item”, finaliza.

 

 Petina

 

Brasil está entre os países que mais cresce na área da odontologia

Investir em cursos de reciclagem e capacitação é fundamental para que esses profissionais possam se destacar


O Brasil é referência mundial em Odontologia. Para se ter uma ideia, em 2010, eram 219.575 profissionais – valor que cresceu 46,6% em 11 anos. Hoje, são mais de 330 mil dentistas formados, além de quase 210 mil auxiliares e técnicos de prótese dentária e saúde bucal, de acordo com o Conselho Federal de Odontologia (CFO). Essa estatística aponta ainda que existe um cirurgião-dentista para atender cada 450 habitantes no Brasil, considerando que o recomendável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é um profissional para cada 1.200 pessoas.

De acordo com Éber Feltrim, especialista e consultor de negócios na área da saúde e CEO da SIS Consultoria, essa quantidade é apenas um dos indicadores que representam o protagonismo brasileiro no setor. “Segundo o ranking universitário QS World, as 35 melhores instituições de ensino em odontologia do mundo estão no Brasil, Suécia, Estados Unidos, China, Japão, Coreia do Sul, Bélgica, Inglaterra, Austrália, Suíça, Finlândia, Holanda e Dinamarca. A qualidade de ensino é fator importante nessa equação, e talvez justifique a escolha desses estudantes, além das inúmeras possibilidades de atuação no mercado de trabalho. De 2015 a 2019, o número de universidades que ofertam a graduação no país em Odontologia cresceu 87%, passando de 220 para 412 faculdades, segundo informações do Conselho Federal de Odontologia”, explica.

O país como um todo oferece uma estrutura favorável à capacitação de profissionais do setor. Outro ponto que conta a favor é a grande quantidade de áreas em que esses especialistas podem se aperfeiçoar. “Isso amplia as chances de se encaixar em nichos de atendimento”, completa Feltrim.

Além de ter seu próprio consultório, o dentista pode trabalhar no serviço público (prefeituras, por exemplo), sindicatos, clínicas de convênios, hospitais, escolas, instituições previdenciárias, empresas particulares e em universidades, na pesquisa científica ou como professor. “É preciso levar em conta algumas características importantes para definir essa escolha. A primeira delas é que, para quem deseja montar um consultório, é preciso ir além da especialização odontológica. É necessário ter conhecimento sobre aspectos gerenciais, o que pode ser uma habilidade que a pessoa já domine ou algo que precisa ser aprimorado ao longo da vida”, ressalta. 

Quando o tema é estruturar um consultório, por exemplo, o fundador da SIS reforça que é uma forma estratégica de se posicionar como autoridade no mercado, atribuindo nome e qualidade ao atendimento, além de trazer uma margem de lucro superior a 30% ao mês, quando comparado a ser um colaborador de uma clínica. “Claro que são necessários investimento inicial, conhecimento de áreas administrativas e dominar estratégias de marketing ou contratar uma consultoria especializada que vai apontar as melhores soluções e opções para esse tipo de negócio”, conclui Feltrim.

 

Dr. Éber Feltrim - Especialista em gestão de negócios para a área da saúde, começou a sua carreira em Assis (SP). Após alguns anos, notou a abertura de um nicho em que as pessoas eram pouco conscientes a respeito, a consultoria de negócios e o marketing para a área da saúde. Com o interesse no assunto, abdicou do trabalho de dentista, sua formação inicial, e fundou a SIS Consultoria, especializada em desenvolvimento e gestão de clínicas.


SIS Consultoria
https://www.sisconsultoria.net/
Instagram @sis.consultoria


Lei do Agro: mudanças na CPR trazem obrigações e benefícios para o mercado de café

CPR no café é o título mais utilizado nas negociações
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Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, em 2021, cresceu 8,36%, o que representa 27,4% de todo o PIB brasileiro. Ainda de acordo com o Cepea, de janeiro a março de 2022, a população ocupada no agronegócio brasileiro chegou a 18,74 milhões de pessoas, quase 20% do total da participação do mercado de trabalho no país.

Em 2021, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, o Brasil ficou entre os cinco maiores exportadores agrícolas mundiais, alcançando o valor de U$ 55,4 bilhões. No período da pandemia da Covid-19, por exemplo, o setor agro praticamente não foi afetado e ajudou o país a atravessar o colapso econômico advindo com a crise sanitária.

Um produto que representa alta relevância nas exportações brasileira é o café. No momento, o mercado passa por um período de dificuldades, como questões climáticas e acesso a insumos, que causam variações de preços de mercado e afetam substancialmente as negociações e trazem mal estar ao setor. Essas dificuldades do mercado, por sua vez, provocam modificações na legislação a todo momento. Os players do café diariamente buscam soluções para essas questões e, nesse contexto, estar atento às mudanças legais passa a ser exigência básica na tomada das decisões acertadas e na segurança das operações.


Lei do Agro e CPR

Em 2020 entrou em vigor a Lei n° 13.986/2020, também conhecida como a Nova Lei do Agro. Um de seus objetivos é estimular e facilitar a liberação do crédito rural por meio de financiamento privado via mercado de capitais. Desde então, as mudanças ocorrem em ritmo acelerado e a última alteração foi a entrada em vigor da Lei 14.421/22, que modificou a legislação agrícola pertinente à Lei da CPR, a Lei dos Registros Públicos, o Decreto-Lei de Desapropriação por Utilidade Pública, o Decreto-Lei do Crédito Rural, a lei dos Títulos de Créditos do agronegócio e outros.

Em 1994, com o Brasil às voltas com grandes mudanças sociais, políticas e econômicas, foi instituída a CPR – Cédula de Produtor Rural, um dos principais instrumentos de financiamento privado do agronegócio, pois facilita a comercialização de produtos agropecuários. A CPR é um título representativo de promessa de entrega de produtos rurais e seu conceito é bem simples: o agricultor promete a entrega do produto rural ao investidor em troca de financiamento de seus negócios.

Como ocorre em vários mercados, a CPR no café é o título mais utilizado nas negociações e sua forma de trabalho passa por constantes alterações para que possa operar com validade e eficácia negocial e jurídica. Entre as novas obrigações, o registro da CPR em entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil e novos requisitos de redação do título.

O advogado especializado em agronegócio  Vinicius Souza Barquete, explica que “houve várias alterações significativas em relação à CPR e podemos citar como as principais a ampliação do conceito de produtos rurais e da lista de pessoas físicas e jurídicas que podem emitir o título; regras mais claras em relação à forma de assinatura eletrônica aceita para emissão da CPR; aumento do prazo para registro ou depósito da CPR em entidade autorizada pelo Banco Central e alteração da competência para o registro da alienação fiduciária de produtos agropecuários”.

Barquete comenta que, o novo texto, embora tenha apresentado novas situações, não tem sido visto como um portador de benefícios. “Na verdade, tem mais cara de novas obrigações”, explica. “Mas acredito que o grande benefício é o fato de a lei ter regulamentado melhor os mecanismos de negociação dentro da CPR, como a utilização de patrimônio rural de afetação, alienação fiduciária, assinatura eletrônica, entre outros, o que confere segurança para as operações”.

 

Se você é médico, preste muita atenção na hora de contratar um seguro de responsabilidade civil profissional

Especialista orienta profissionais da área de Saúde sobre a contratação desse tipo de proteção


Trata-se de um fenômeno recente: o aumento no número de ações judiciais por erro médico tem levado muitos dos profissionais da área a contratarem o seguro de responsabilidade civil profissional como medida protetiva e reparadora das indenizações por falhas profissionais involuntárias.

“Esse seguro oferece cobertura de riscos predeterminados que resultam de atos ilícitos culposos -- como imperícia, imprudência ou negligência -- praticados pelo profissional, no exercício de suas funções, que violem ou causem dano a terceiro”, explica a advogada e especialista em Direito Médico Mérces da Silva Nunes.

Em outras palavras: as apólices E&O -- erros e omissões -- garantem proteção contra os danos decorrentes de erros ou omissões culposas ocorridos durante a prestação de serviços profissionais pelo segurado.

A especialista oferece uma advertência, porém. “Muitos profissionais acreditam que, ao contratarem essa modalidade de seguro, passam a estar totalmente protegidos contra processos judiciais por danos materiais, corporais e/ou morais causados a terceiros, de forma involuntária no exercício de sua atividade profissional -- mas, além das especificidades do contrato de seguro de responsabilidade civil, o profissional deve ficar alerta quanto aos termos da contratação e às hipóteses; ao alcance e valores das coberturas contratadas; e ao momento do sinistro, que deve ocorrer durante a vigência da apólice, para que a seguradora efetue o pagamento da cobertura contratada.”

Mérces explica que, “se a decisão judicial condenatória foi proferida durante a vigência do contrato de seguro de responsabilidade civil, mas o ato ilícito culposo ocorreu antes da contratação do seguro, a seguradora estará desobrigada de promover o pagamento da indenização fixada no processo”.

Outro aspecto importante a lembrar é a especificação de todos os que deverão figurar na qualidade de segurados: “Se o profissional figurar no contrato como único segurado, não haverá cobertura para os eventuais atos ilícitos praticados por outros profissionais; a seguradora não fará o pagamento da indenização, exigida judicialmente da clínica do profissional, se essa não figurava como segurada no contrato e se não se tratar de condenação solidária”.

A especialista acrescenta que o médico deve ter muita clareza ao identificar os riscos e estabelecer o alcance e os valores das coberturas contratadas para evitar futuras e indesejáveis surpresas. “Além disso, caso queira aumentar a proteção -- ou se considerar que as coberturas são insuficientes --, deverá contratar coberturas adicionais que permitam a ampliação da abrangência do seguro", completa.


Mérces da Silva Nunes - graduada em Direito pela Instituição Toledo de Ensino - Faculdade de Direito de Araçatuba; mestrado e doutorado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Advogada sócia titular do Silva Nunes Advogados Associados. Autora de obras e artigos sobre Direito Médico.


É possível o eleitor votar no segundo turno, caso não tenha comparecido no primeiro turno?

O primeiro turno das eleições aconteceu em todo Brasil. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mais de 156 milhões de eleitores estavam aptos a irem às urnas eleger seus representantes. Esse é o maior contingente da história, quase 10 milhões acima do registrado no ano de 2018, conforme informativo do TSE. 

Todavia, o fato de os cidadãos estarem aptos, não significa que todos compareceram às urnas. Ainda que o voto no Brasil seja obrigatório e facultativo para analfabetos e pessoas com mais de 70 anos de idade ou que tenham entre 16 e 18 anos,  nesse primeiro turno de votação, cerca de 32 milhões de eleitores deixaram de comparecer às urnas.


Posso votar no segundo turno, se faltei ao primeiro?

O Tribunal Superior Eleitoral considera que o 1º e o 2º turno são eleições independentes, de modo que, qualquer eleitor ou eleitora poderá votar, desde que esteja em situação regular com a Justiça Eleitoral e seu título eleitoral não esteja cancelado ou suspenso.

Nesse contexto, vale esclarecer que o título pode vir a ser cancelado quando o eleitor faltar às urnas por três eleições consecutivas e não justificar a ausência e nem efetuar o pagamento da multa. Por sua vez, a suspensão ocorre quando não há cumprimento do serviço militar obrigatório, condenação criminal transitada em julgado ou condenação por improbidade administrativa. 

Como observado, por ser uma eleição independente, na hipótese de o eleitor não ter comparecido às urnas no 1º turno, deverá apresentar justificativa à Justiça Eleitoral em até 60 dias. A mesma regra vale para o cidadão que não votar no segundo turno, por meio do aplicativo e-Título, pelo Sistema Justifica, nos portais da Justiça Eleitoral; ou preenchendo um formulário de justificativa eleitoral.

No caso de eleitor inscrito no Brasil, que esteja no exterior, no dia da eleição, deverá apresentar justificativa pela ausência pelo e-Título e, pós-eleições, seguir a regras dos 60 dias após cada turno, conforme explicitado no site do TSE, ou no período de 30 dias contados da data do retorno ao Brasil. 

Importante destacar que, o cidadão pode justificar a ausência às eleições quantas vezes forem necessárias. Além disso, caso a justificativa seja aceita, haverá o registro no histórico do título eleitoral. Porém, se a justificativa for indeferida, a pessoa precisará quitar o débito. Se o cidadão declarar, sob as penas da lei, perante qualquer juízo eleitoral, seu estado de pobreza, ficará isento do pagamento da multa por ausência às urnas. 


O que pode acontecer se o eleitor ou eleitora não votar e não apresentar justificativa nas eleições? 

Como exposto acima, completadas três ausências consecutivas não justificadas, o título será cancelado e para regularizar a situação eleitoral, será necessário o pagamento ou a dispensa das multas e a realização da operação de revisão ou de transferência de domicílio eleitoral, caso não existam outras restrições. 

Ademais, sem a prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou que justificou devidamente, a legislação eleitoral prevê, ainda, que não poderá o eleitor (art. 7º, § 1º, da Lei 4.737/65): 

  • Inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, e caso aprovado, investir-se ou empossar-se neles;
  • Requisitar carteira de identidade ou passaporte;
  • Renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo;
  • Obter empréstimos em bancos oficiais, e participar de concorrência pública ou administrativa;
  • Praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda; 
  • Os servidores públicos ficarão sem receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição, até que regularizem a situação junto à Justiça Eleitoral. 

Entretanto, a restrição no tocante à obtenção de passaporte, não é aplicável ao brasileiro residente no exterior que requeira novo passaporte para identificação e retorno ao Brasil (art. 7º, § 4º, da Lei 4.737/65) 

Em resumo, quem não compareceu às urnas no primeiro turno, pode e deve votar no segundo turno, mas claro, desde que esteja em situação regular com a Justiça Eleitoral. No mais, caso não tenha a prova de que voltou na última eleição, pagou a multa ou apresentou justificativa, a legislação prevê algumas sanções. 

Desse modo, embora obrigatório o voto, e na hipótese de ausência, sem justificativa, seja o eleitor ou eleitora passíveis de sofrer penalidades, esses não devem ser os fatores preponderantes para se comparecer às urnas. 

Isso porque, exercer a cidadania por meio do voto, representa um dos raros momentos em que todos se igualam, pois não há diferença de raça, sexo, condição financeira, classe ou grupo social, pois existe igualdade de valor no voto dado por cada cidadão e, escolheremos aqueles que ocuparão importantes cargos eletivos, que tomarão decisões em nome do país, pelo período de 4 anos.

 

Dra. Priscilla da Silva Santos - Bacharela em Direito pelo Centro Universitário de Brasília, em 2010 e inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº 35.838


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