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terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Geração Z: será que essas pessoas irão transformar e potencializar o significado do intercâmbio?

  

Caracterizadas pelo domínio das novas tecnologias, forte senso de urgência e autonomia, as novas gerações são compostas por indivíduos habituados a mudanças e a fluxos rápidos de informações. Além disso, são curiosos e muito versáteis quando o assunto é experienciar rotinas e aprender sobre outras culturas — qualidades essenciais de uma geração que pode transformar e potencializar o significado do intercâmbio. 

No entanto, apesar do engajamento tecnológico e comportamental, as competências profissionais em alguns momentos podem deixar a desejar. De acordo com uma pesquisa realizada em 2024 pelo Education at a Glance, jovens 'nem-nem' — aqueles que nem trabalham nem estudam — correspondem a 24% da população com idade entre 18 e 24 anos no Brasil. Apenas 1% da população brasileira é fluente em inglês e 5% falam inglês básico. Além disso, o relatório “Tendências de Gestão de Pessoas”, do Ecossistema Great People & GPTW, mostra que lidar com a Geração Z é desafiador para 68% dos entrevistados. 

Olhando para este cenário, o intercâmbio pode se tornar um verdadeiro catalisador de potenciais talentos, refletindo inclusive nas gerações futuras, já que os aprendizados adquiridos em uma experiência internacional ajudam as gerações a se desenvolverem no âmbito linguístico, cultural e profissional. Ou seja, agrega valor e repertório comportamental e econômico tanto para o indivíduo, quanto para a sociedade como um todo. 

Do ponto de vista profissional, o choque cultural adquirido no intercâmbio pode ser agregador, ajudando a trabalhar a empatia, foco e maturidade — habilidades que qualificam o indivíduo a desenvolver senso crítico e criatividade, o que é essencial no que diz respeito à dinâmica do mercado de trabalho, que está cada vez mais competitivo. Além disso, a valorização profissional muda, uma vez que o intercâmbio no currículo gera um diferencial, aumentando as chances de ascensão na carreira. 

Outro ponto a ser abordado é que a geração Z valoriza estar feliz no trabalho e isso diz muito sobre estilo de vida e performance. É importante ressaltar que, em países desenvolvidos, as profissões em todos os níveis são valorizadas e há mercado em todas as áreas para imigrantes que entram no país de forma legal. Diante deste cenário, é possível ser bem remunerado e receber em euro ou dólar, com boas condições trabalhistas. Desta forma, o intercâmbio também tem moldado as relações dos mais jovens com o trabalho. 

Falar sobre gerações é falar sobre pessoas. A proposta do intercâmbio para o futuro das próximas gerações é justamente valorizar indivíduos engajados que dão importância para a experiência do autoconhecimento e aprendizado, e levam a inovação e a diversidade a sério. Em outras palavras, o intercâmbio é uma aposta para transformar o futuro das próximas gerações.

 

Matheus Tomoto é CEO e Cofundador da Universidade do Intercâmbio,
consultoria de preparação para oportunidades internacionais 


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