A
reposição hormonal na menopausa é uma estratégia amplamente utilizada para
amenizar os sintomas dessa fase da vida da mulher. Mas, enquanto o estrogênio e
a progesterona são frequentemente discutidos, a testosterona ainda gera dúvidas
e até controvérsias. De acordo com A ginecologista e obstetra Dra. Renata
Moedim, a testosterona desempenha um papel essencial no corpo feminino,
influenciando desde a libido até a disposição e a saúde óssea, mas é preciso
cautela para usar.
"A
testosterona não é um hormônio exclusivo dos homens. As mulheres também a
produzem, só que em menores quantidades. Com a chegada da menopausa, os níveis
caem ainda mais, o que pode impactar diretamente a qualidade de vida",
explica a médica.
Embora
seja mais associada aos homens, a testosterona tem funções importantes no
organismo feminino, como, melhora da libido e da função sexual e combate ao
ressecamento vaginal, aumento da disposição e da energia, auxilio na manutenção
da musculatura e na prevenção da osteoporose e redução do risco de depressão e
na melhora da clareza mental.
Mas,
a médica alerta que nem todas as mulheres na menopausa precisam de reposição de
testosterona. “O tratamento é indicado para aquelas que apresentam sintomas
associados à deficiência do hormônio e por isso, a decisão deve ser
individualizada e baseada em exames laboratoriais, sintomas e histórico de
saúde da paciente. O uso sem indicação ou sem acompanhamento pode gerar efeitos
colaterais indesejados", alerta a ginecologista.
Ela
alerta ainda que o uso inadequado da testosterona pode levar a efeitos
colaterais como aumento da oleosidade da pele, acne, crescimento de pelos em
áreas indesejadas e, em casos extremos, alterações na voz. “Por isso, o
acompanhamento médico é fundamental para ajustar doses e formas de
administração, garantindo que a reposição seja segura e benéfica”, finaliza.
Dra. Renata Moedim – ginecologista. Residência médica pelo Hospital do Servidor Público Estadual de 2001 a 2003. Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia). Oncologia Pélvica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) de 2004 a 2005. Membro da Sociedade Europeia de Estética Íntima.
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