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quinta-feira, 19 de maio de 2022

Viajar: uma questão de escolha ou um privilégio para poucos?

Blogueiros e influenciadores no mundo inteiro se utilizam do mote “escolher viajar” para defender que qualquer um que tenha força de vontade, com planejamento, pode viajar todos os anos, conhecer novos países e se desenvolver culturalmente. A experiência de uma viagem é inigualável e, qualquer um que tenha acesso a outras culturas, compreende melhor de si mesmo, sua própria cultura, pratica outras línguas, conhece novas pessoas e se sente simplesmente feliz com essas realizações. Mas, será que viajar é mesmo uma escolha que depende de planejamento ou um privilégio para poucos?

Dados da PNAD Contínua, de janeiro de 2022, mostram que a renda média da população brasileira caiu 1,1% em relação ao trimestre anterior (outubro de 2021), de R$ 2.518 para R$ 2.489. Em termos da renda média per capita, a renda do brasileiro é de R$ 1.052. Esse número esconde ainda outro problema, a desigualdade. Segundo dados de 2019, do IBGE, a camada 1% mais rica da população recebia neste ano 34 vezes a renda dos 50% mais pobres. Portanto, quando falamos da média, podemos incorrer na ilusão de que um país com dois indivíduos, em que um ganha R$ 1 mil e o outro ganha R$ 99 mil, tem uma renda média de R$ 50 mil, quando a realidade é muito mais desproporcional.

A expressão “escolher viajar” é tão falaciosa quanto a crença de que existe meritocracia. Ainda que o planejamento seja um aspecto importantíssimo na realização das coisas que almejamos, para a grande maioria dos brasileiros, a realidade impõe restrições de níveis muito mais básicos como alimentação, moradia e saúde. Segundo a calculadora da desigualdade da Oxfam, se você mora sozinho e ganha R$ 3 mil, você já faz parte do grupo dos 10% mais ricos do país. E não é porque você é rico, mas sim porque os outros são muito pobres. Apenas 10% da população brasileira apresenta renda per capita acima de R$ 2.600. Considerando a estimativa do Dieese de que um salário mínimo, para ser compatível com as despesas básicas de uma pessoa, deveria ser de R$ 6.394,76, que espaço podemos encontrar para outras coisas que não as necessidades básicas em um salário médio de R$ 1.052?

À parte das críticas em termos das possibilidades financeiras para a maioria dos brasileiros, viabilizar projetos como viagens depende de muito mais do que força de vontade. Assim como qualquer orçamento, o primeiro passo se refere à simples comparação entre receitas e despesas. A forma mais direta de auxiliar nesse caminho é o investimento em si mesmo, por meio da qualificação. Ampliar as receitas para que as despesas se tornem relativamente menores. Um segundo passo, é o planejamento financeiro, que é uma condição necessária para realizar qualquer coisa. Evitar gastos desnecessários e planejar gastos maiores. Entender que uma viagem também é um investimento em si mesmo, pois, além de agregar cultura, está relacionada à saúde mental e, quando estamos bem, trabalhamos e estudamos melhor. Mas é justamente do lado das receitas que está a raiz dos problemas de desigualdade no Brasil.

Um dos setores que mais absorve a mão de obra não qualificada é o próprio setor de turismo. Dados de 2021 do Ministério do Turismo mostraram redução de 59% no faturamento do setor. Na estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o setor deixou de faturar em 2021 mais de R$ 214 bilhões. Essa fragilidade está relacionada aos trabalhadores de mais baixa renda, pois é justamente nos serviços que a informalidade encontra refúgio, especialmente em momentos de crise. Portanto, os impactos da pandemia ampliaram ainda mais essas desigualdades e a pobreza, quando não é influenciada pela falta de acesso a bens considerados não básicos – como a possibilidade de viagens – é afetada também pela falta de trabalho e demanda para seus produtos.

Ainda que o setor de turismo seja visto como um consumo supérfluo, ele tem a importância de gerar renda para uma camada não privilegiada da população, absorver mão de obra quando o setor formal está em crise e ser solução para diversas atividades que se utilizam da criatividade para se manter. E a resposta, mais uma vez, cai no clichê da educação. A capacidade de ganhar mais está intimamente relacionada a produzir mais do que se custa. Quando a nossa sociedade for realmente capaz de ter uma vida digna com seu próprio trabalho no seu próprio território, talvez ela realmente consiga escolher olhar para fora.

 

Walcir Soares Junior (Dabliu) - doutor em Desenvolvimento, é professor do curso de Ciências Econômicas na Escola de Negócios da Universidade Positivo.

 

Brasil registra abertura de mais de 270 mil MEIs em fevereiro, diz Serasa Experian

Microempreendedores individuais são maioria dentre as mais de 340 mil novas empresas


Em fevereiro deste ano, o país ganhou 346.480 mil novos negócios e, dentre eles, 274.145 são microempreendedores individuais. De acordo com o Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian, mesmo com números expressivos o comparativo anual (fev/21 x fev/22) mostra alta de apenas 0,8% na criação de empresas gerais e queda de 0,7% em relação as MEIs. No ano a ano foram as Sociedades Limitadas que registraram a maior expansão, essa de 33,5%. Confira no gráfico e tabela abaixo os dados completos:


Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a busca pela geração ou complementação de renda por meio do empreendedorismo continua sendo uma constante no país. “Com os níveis de desemprego ainda muito altos, parte da população continua encontrando boas oportunidades em abrir o próprio negócio. Além disso, quando vemos o número expressivo de MEIs que foram criadas, conseguimos deduzir que grande parte das novas empresas são abertas por pessoas que precisavam fazer um investimento prático e de baixo custo para começar a empreender e obter retorno financeiro”.   

Ainda em fevereiro deste ano, o setor que mais foi impulsionado pela abertura de empresas foi o de Serviços, com 240.809 novos negócios e um crescimento de 3,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em sequência está o segmento de Comércio, com 76.756 e as Indústrias com 25.506. Ambos marcaram quedas no ano a ano, essas de 5,7% e 4,2%, respectivamente. 

Na análise por região foi a Sudeste que obteve o maior destaque, registrando 179.956 negócios criados. Em ordem decrescente estão a Sul (61.978), Nordeste (56.761), Centro-Oeste (30.509) e Norte (17.276). Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br


Low-code: força motriz para agilizar negócios


O low-code pode ser definido como uma plataforma de desenvolvimento de código mínimo. Na sigla em inglês é conhecida por LCAP (Low Code Application Platform). Ela tem baixa complexidade para criar aplicativos e está em um movimento cada vez mais crescente.

Segundo o Gartner, em 2021, o negócio de LCAP cresceu 23%, atingindo um faturamento de 11,3 bilhões de dólares, que chegará a 24 bilhões de dólares nos próximos três anos. E até 2024, as plataformas de desenvolvimento low-code serão responsáveis por mais de 65% da atividade de desenvolvimento de aplicativos, e 75% das grandes empresas usarão pelo menos quatro ferramentas de desenvolvimento low-code tanto para TIC quanto para desenvolver aplicativos.

Esses números mostram que essa abordagem de desenvolvimento de software está sendo promissora para os negócios. Diante da transformação digital cada vez mais rápida, as empresas precisam ser ágeis para atender aos requisitos de negócios e enfrentar a concorrência. E essa plataforma é veloz e fácil de ser utilizada.


Como funciona o low-code e porque traz vantagens aos negócios

O low-code é o desenvolvimento de software por meio de uma interface visual de arrastar e soltar com codificação manual mínima. Em plataformas de desenvolvimento low-code, o usuário move blocos visuais de código existente para criar um produto com a funcionalidade desejada.

Esses componentes pré-construídos aceleram o trabalho com tarefas típicas e eliminam ações repetitivas. Sim, ainda é preciso escrever código para soluções, configurações e personalização individuais, mas, é um requisito mínimo, em que os próprios profissionais de TI que já trabalham com os sistemas da empresa podem aprender facilmente. E isso é outra vantagem do low-code, que elimina a busca por profissionais especializados. Que, vale citar, são cada vez mais escassos.

Como exemplos, podemos criar um site sem habilidades de programação; fazer um chatbot para atender clientes; criar uma loja online; criar um aplicativo móvel ou mesmo automatizar um processo de negócios sem a participação de desenvolvedores especializados em programação ou linguagens.

O low-code não exclui o desenvolvimento e os programadores tradicionais, mas acelera seu trabalho. Mesmo a codificação manual nem sempre é um projeto do zero: desenvolvedores profissionais muitas vezes reutilizam modelos de seu próprio código para economizar tempo.

Então podemos ver as vantagens imediatas: alta velocidade no desenvolvimento, baixo risco de perdas financeiras, baixo custo de desenvolvimento e menor pressão sobre o departamento de TI. Portanto, construir um produto em uma plataforma low-code é um diferencial.

Enquanto especialistas em TI estão engajados em projetos prioritários que exigem conhecimento profundo, funcionários sem habilidades de programação podem criar, por exemplo, um aplicativo para tarefas internas da empresa ou mesmo ter uma equipe de low-code para criar soluções dentro do ambiente do cliente. Isso livra o departamento de TI de uma sobrecarga e resolve também o problema de contratação de profissionais específicos, economizando tempo e dinheiro.

Na Minsait, a aplicação das principais plataformas de low-code permitiu, por exemplo, a uma empresa líder do setor energético centralizar o atendimento a mais de 9.000 clientes em tempo recorde, reduzindo em mais de 75% o tempo médio de gestão e processamento de pedidos crescentes, com uma poupança global superior a 6.500 horas. Além disso, a companhia conferiu a um grande banco as capacidades necessárias para que os usuários das áreas de operações pudessem desenvolver seus próprios processos, o que se traduziu na automatização de mais de 700.000 tarefas de forma autônoma.

Além de soluções pontuais, temos uma proposta diferenciada no âmbito do Cloud-Data, que visa acompanhar empresas e organizações na sua transição fluida para a nuvem. A oferta vai desde a transformação de sistemas, com metodologias próprias desenvolvidas desde a experiência até à criação de ativos e processos digitais nativos, por meio da combinação personalizada de tecnologias de low-code e hiper automação para transformar as operações e aumentar a eficiência e competitividade das organizações.

E, para os próximos anos, podemos citar algumas áreas que serão a força motriz das plataformas de low-code: User Experience (UX), mobilidade e aplicações multi-device e back office; robotização e hiperautomação de processos internos e de negócios (BPA - Business Process Automation); o desenvolvimento de atendentes virtuais, baseados em linguística computacional e bots de assistência ao usuário; e Governança de Dados.

 

Marcus Luz - Diretor Executivo de Tecnologias Digitais da Minsait no Brasil.


Hotéis e outras empresas ligadas ao setor de eventos têm novo prazo para negociar com a União dívidas adquiridas durante a pandemia


Acaba de ser prorrogado para 30 de junho de 2022 o prazo para que empresas de todos os portes que atuam no setor de eventos e que tenham dívidas fiscais em razão da pandemia negociem o valor da dívida com a União. Esta possibilidade está prevista na Portaria 21.561/2020 da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que estabeleceu o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). A adesão deve ser feita no portal Regularize.

A Transação Excepcional é destinada aos débitos considerados pela PGFN como de difícil recuperação ou irrecuperáveis, e leva em consideração os impactos econômicos e financeiros sofridos pelo contribuinte devido à pandemia do coronavírus. O advogado tributarista Felipe Azevedo Maia, sócio fundador da AZM Advogados Associados, afirma que esta é uma oportunidade que precisa ser vista com bastante atenção pelo contribuinte. “As empresas devem avaliar suas contingências passivas para verificar se podem aproveitar os benefícios concedidos pelo programa, que está muito bem regimentado”, diz Maia.

O advogado ainda complementa “A prorrogação do prazo busca aumentar a adesão ao programa, uma vez que, mesmo com alta adesão, o setor certamente se beneficiará do período com mais pessoas jurídicas inscritas”, finaliza.


Quem tem direito

Essa modalidade de transação é destinada a pessoas jurídicas que exercem atividades econômicas ligadas ao setor de eventos pagar os débitos inscritos em dívida ativa da União com benefícios como descontos, entrada reduzida e prazos diferenciados, conforme a sua capacidade de pagamento, sendo elas:

- empresas de realização ou comercialização de congressos, feiras, eventos esportivos, sociais, promocionais ou culturais, feiras de negócios, shows, festas, festivais, simpósios ou espetáculos em geral, casas de eventos, buffets sociais e infantis, casas noturnas e casas de espetáculos;

- Hoteleiros;

- Cinemas e administração de salas de exibição cinematográfica; e

- Prestadores de serviços turísticos, conforme o art. 21 da Lei nº 11.771, de 17 de setembro de 2008.

Para aderir ao programa, o contribuinte deverá prestar à PGFN informações sobre esses impactos financeiros sofridos. Com base na capacidade de pagamento estimada do contribuinte, será ofertada proposta de transação para adesão. OS descontos chegam a 100% do valor dos juros, multas e encargos legais, e o restante da dívida poderá ser parcelado em até 145 vezes, com parcela mínima de R$100,00 para empresário individual, microempresa ou empresa de pequeno porte e R$ 500,00 para demais casos.

 

O pacote trilionário chinês e os impactos no brasil e no mundo

Para analista financeiro do Hub do Investidor, o pacote de investimentos pretendido pelo governo chinês tende a ser muito bom para commodities

 

Mesmo com as duas economias em crise, Brasil e China ainda são duas importantes apostas do mercado internacional. O governo chinês anunciou uma meta ambiciosa de crescimento de 5,5% do PIB para este ano.

Ricardo Penha, sócio-fundador do Hub do Investidor, analisa os anúncios chineses e os possíveis impactos para os investidores brasileiros. Segundo ele, a paralisação da economia da China pode ser algo de curtíssimo prazo e, no segundo semestre, o país pode voltar ao caminho do crescimento. “O governo chinês defende uma campanha de construção de infraestrutura como forma de estimular o crescimento econômico no país, em uma tentativa de aumentar a demanda doméstica e manter o crescimento, o que pode ser um ponto chave para impedir uma desaceleração econômica local”, explica.

Analisando a atuação do Banco Central chinês, Penha destaca que a instituição se absteve de cortar as taxas de juros, apesar das crescentes evidências de uma forte desaceleração no crescimento econômico, sugerindo que banco pode estar preocupado com a depreciação da moeda e as saídas de capital do país. “Isso se nota porque o Banco Central manteve as taxas de empréstimo de médio prazo de um ano no patamar de 2,85%, além de renovar os 100 bilhões de yuans (cerca de 15 bilhões de dólares) em empréstimos de médio prazo sem fornecer liquidez adicional, mesmo diante de um dos menores índices de produção industrial e de consumo desde o início da pandemia”, ressalta.

A aposta da China também está no aquecimento do mercado imobiliário, ao anunciar uma redução das taxas de juros de hipotecas para compradores primários de habitação, além de incentivar um esforço, pelas instituições bancárias do país, em reduzir ainda mais as taxas para compradores. “O mercado imobiliário da China é uma fonte crucial de crescimento para a economia doméstica, mas está em queda há quase um ano, com as vendas caindo a um ritmo de dois dígitos todos os meses desde agosto de 2021 e os preços das novas casas, também, após a repressão do Governo. De fato, temos indicadores econômicos que sugerem uma economia um pouco mais desaquecida, porém, temos que ponderar que são dados de alta frequência e que estão sob forte influência das condições de curto prazo, influenciados pelos lockdowns e política covid zero por lá. Superada a crise sanitária, entendemos que os dados futuros, provavelmente, serão melhores”.

Ainda assim, é preciso ter cautela, pois o yuan desvalorizou cerca de 6,7% em relação ao dólar desde o final de março, tornando-se a moeda com o pior desempenho na Ásia durante o período. “O estímulo do Banco Central Chinês foi relativamente modesto este ano. Ele cortou a taxa em janeiro e fez uma redução menor do que o esperado na quantidade de dinheiro que os bancos devem manter em reserva em abril (compulsório). Em vez disso, os formuladores de políticas confiaram no uso de ferramentas estruturais para atingir áreas mais fracas da economia, como programas de repasse para pequenas empresas”, diz. Segundo Penha, mesmo com um cenário incerto e ambivalente, o pacote trilionário pretendido pelo governo chinês tende a ser muito bom para commodities, o que pode ser bastante interessante para países e empresas exportadores como Brasil e Vale.


 Hub do Investidor

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Você sabe a diferença entre estágio e emprego?

Conheça mais sobre as particularidades de cada uma das atuações e entenda melhor a legislação envolvida


Sempre vejo pessoas com dúvidas entre estágio e emprego, então, hoje resolvi escrever sobre esse tema. Afinal, as duas ocupações possuem legislações ímpares, com qualificações específicas. A Lei de Estágio contempla princípios e procedimentos diferentes da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), embora ambas regulem o exercício de atividades no meio corporativo. Porém, existem cláusulas e regras para separar as atuações, evidenciando para quem se destina e como devem ser propagadas. 

 

Conheça as especificidades de cada uma das modalidades 

 

A principal distinção se refere à definição da modalidade, descrita no primeiro artigo da Lei nº 11.788/2008 (Lei de Estágio), o qual expõe a prática como um ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho. Ou seja, seu intuito essencialmente é potencializar os estudos do discente, oferecendo o aprendizado prático em sua área de formação concomitantemente aos ensinamentos teóricos da sala de aula. Além disso, costuma ser a primeira função desse profissional, por isso, serve justamente para proporcionar-lhe experiência. 

 

Primeiro ponto, quem pode fazê-lo? Basta ser estudante, a partir dos 16 anos (não tem idade máxima), frequentar o ensino médio, técnico,  superior ou os dois anos finais do fundamental pelo EJA (Educação para Jovens e Adultos). Discentes de pós-graduação e MBA também estão aptos. Isso já é o passaporte para você aprender mais sobre seu campo escolhido e conviver no espaço corporativo para vivenciar os desafios do dia a dia, de forma empírica. Inclusive, segundo dados expostos pela Associação Brasileira de Estágios (Abres), quando considerado a soma de todos esses níveis, atualmente, temos 17,4 milhões de possíveis estagiários no país.

 

Mesmo sendo o desejo de muitos acadêmicos assumir um cargo efetivo de primeira, isso pode comprometer seu desempenho na faculdade, por exemplo. Afinal o emprego ocupa boa parte do dia, sem se preocupar com a jornada acadêmica do educando. Quanto à carga horária, pode ser de oito horas diárias e 44 horas semanais, conforme o artigo 7º, inciso XIII da CLT. Fora as horas extras, as quais são proibidas no estágio.

 

Já quem está estagiando, as tarefas são apresentadas em turno inverso das atividades escolares, logo não pode ultrapassar seis horas diárias e 30 horas semanais para alunos do ensino superior, da educação profissional de nível médio e ensino médio regular. Para estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental no EJA, está limitado em quatro horas diárias e vinte horas semanais, como prevê o artigo 10º, do capítulo IV, da legislação 11.788/2008. Por que essa diferenciação? Exatamente porque o foco é o aprendizado.

 

Além disso, sua duração máxima é de dois anos na mesma concedente, exceto em casos de pessoas com deficiência (PcD). Por outro lado, na CLT é facultativo a compensação de expedientes e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva, e não há restrição de tempo para um colaborador permanecer contratado.

 

O que eu acho legal nesse modelo de contratação de estagiários? A possibilidade de efetivação de quem se destaca. Então, você pode formar profissionais conforme a cultura da sua instituição. No futuro, serão mantidos e até ocuparão posição na tomada de decisões como gestores. Ou seja, é uma oportunidade de criar “em casa” grandes talentos. Assim, quando precisar de funcionários para o quadro fixo, eles serão opções viáveis e já treinadas por você. 

 

Entenda melhor sobre os contratos envolvidos e a burocracia da contratação

 

Uma dessemelhança muito conhecida diz respeito ao Termo de Compromisso de Estágio (TCE), contrato celebrado entre as instituições de ensino, o aluno, a concedente e o agente de integração, opcional para ajudar nas burocracias. Inclusive, a Abres possui uma lista extensa com diversos associados para auxiliar nesse quesito. Já na CLT, apenas empregados e empregadores consumam o acordo.

 

Pela Lei de Estágio, quem estagia recebe auxílio-transporte (quando há deslocamento), recesso remunerado proporcional aos meses trabalhados (diferentemente da denominação férias, é contabilizado 2,5 dias a cada mês) e bolsa auxílio como forma de remuneração (para estágios nos formatos não-obrigatórios). Sem contar no seguro contra acidentes pessoais, para resguardar de imprevistos mesmo fora do ambiente empresarial.

 

Contudo, por não se tratar de um emprego, o dispositivo legal possui regras específicas e separa algumas determinações. Por exemplo, a moçada não tem direito aos proveitos assegurados aos demais contratados, tais como vale-alimentação, assistência médica, apoio para atividade física, entre outros. No entanto, caso a organização queira oferecê-los, não há problemas e pode ser combinado entre os envolvidos.

 

Como não há vínculo empregatício, a concedente fica isenta de impostos e deveres trabalhistas, como FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), sobre férias, 13º salário e multa rescisória de 40%. Inclusive, o acordo pode ser desfeito por qualquer uma das partes, sem aviso prévio. 

 

Contratar estagiários é benéfico tanto para o estudante quanto para a empresa 

 

Levando em consideração o alto nível de desemprego na nação, atingindo 26,6% das pessoas entre 18 e 24 anos, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a atividade torna-se ferramenta fundamental para o ingresso no mercado de trabalho. Afinal, segundo levantamento da Abres, apenas 900 mil desses jovens conseguem usufruir dessa oportunidade.

 

Vale ressaltar: o intuito central do estágio é possibilitar o crescimento de carreira e qualidade de vida para os mais novos, reconhecidos por serem a força para movimentar o futuro da nação. Em geral, esses jovens são determinados e querem ocupar um espaço corporativo, por isso, apresentam motivação e comprometimento. Além disso, estão naturalmente mais conectados com as tecnologias, pois cresceram inseridos nesse cotidiano cada vez mais digital. Assim como, possuem facilidade para desenvolver novas competências e maestrias, tendo em vista como chegam sem vícios na organização. 

Logo, se eu puder dar uma dica para os gestores e empresários, será: contrate estagiários! Ao investir nessa admissão, cumpre-se o papel em transformar o Brasil por intermédio da educação, melhorando os diversos aspectos da sociedade. Bem como, a ampliação do poder de compra e acesso é favorecido quando incluímos um novo cidadão no mercado de trabalho, gerando um impacto positivo na economia e nos lares brasileiros.

 

Carlos Henrique Mencaci - presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios


O RISCO DA PERDA DE TALENTOS NAS STARTUPS


Se trabalhar em promissoras startups sempre foi um sonho para muitos jovens profissionais, especialmente da área de Tecnologia, e muitas boas oportunidades foram abertas no segmento e abraçadas por eles, parece que, em um mundo em crise, entre os impactos da guerra na Ucrânia, alta dos juros e risco de recessão, além da COVID-19, a vida nas startups parece estar se tornando mais difícil. 

Só nos Estados Unidos, as startups demitiram mais de 2 mil funcionários no mês de março. Na Índia, foram 2,7 mil dispensas ao longo de 2022. Estima-se que mil terceirizados foram afetados por essas demissões. Só nesse ano, três startups avaliadas acima de US 1 bilhão demitiram em massa. Além da pressão das demissões, a cobrança de metas inalcançáveis também tem levado muito profissionais a abandonarem os seus cargos, afetados pela síndrome de Burnout. 

Embora o negócio de muitas startups tenha se acelerado durante a pandemia, novos desafios surgiram globalmente, impactando o ânimo dos investidores e afetando a economia de diversos países. Nesse contexto, tudo indica que o mercado da startups será ainda mais desafiador, inclusive no que se refere à retenção dos talentos. 

Tão importante quanto promover as inovações e adequações da startups a esse cenário, é fundamental desenvolver um trabalho cuidadoso de gestão de pessoas, no momento que as pressões provêm de diferentes fontes. Como a busca por resultados pode ser especialmente intensa em empresas que precisam escalar rapidamente o negócio, são cada vez mais frequentes os casos de profissionais de startups que querem largar o emprego. E aqui, falamos de colaboradores que valorizam, acima de tudo, as oportunidades de desenvolvimento, e que são, portanto, um ativo valioso no desenvolvimento da empresa. 

Os valores da geração de millenials, que compõem boa parte do quadro das startups, ficam evidentes em pesquisa do Instituto Gen Z, segundo a qual 90,6% dos entrevistados querem oportunidades de desenvolvimento, e 75% buscam flexibilidade e equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho. Já a importância dos salários e benefícios é apontada por 59,4% deles, enquanto o respeito aos valores e cultura da empresa é indicado por 53,1%. Sentirem-se estimulados, engajados de fato com o negócio, vendo espaço para crescer, sem comprometer a saúde física e mental, são, portanto, condições vitais para reter esses talentos, mais do que uma boa remuneração. 

Por outro lado, perder esses talentos, por conta da contingência de demissões ou devido a um ambiente pouco favorável à sua retenção, é algo que poderá demandar reavaliações mais adiante. Por isso, é preciso entender quem são esses colaboradores, o que se pode esperar deles e o que eles esperam da companhia, realizando um diagnóstico do perfil comportamental, para embasar as decisões e evitar medidas assoberbadas na gestão de pessoas, E, a partir daí, criar um plano de ações que impacte positivamente a equipe, fidelizando os talentos que fazem a diferença no negócio.

 

Jean Patrick - master coach e treinador comportamental, CEO e founder head coach do Instituto Jean Patrick.


Sedãs: conheça os 5 modelos mais acessíveis no Brasil

Segundo hub de conteúdo da Webmotors, mesmo após perder força nos últimos anos segmento permanece com boas opções de compra

 

Nos últimos anos, tem crescido cada vez mais a preferência dos brasileiros e o desejo em adquirir um veículo SUV. Mas, apesar dessa categoria liderar o sonho de consumo dos usuários, os sedãs, juntamente com os hatches, continuam em alta.

De acordo com o WM1, hub de notícias da Webmotors, ainda há ótimas opções da categoria disponíveis no mercado com preços mais acessíveis para quem ainda não pode ter um esportivo.

Em 2021, a lista com os cinco sedãs mais vendidos contou com Chevrolet Onix Plus; Toyota Corolla; Volkswagen Voyage; Fiat Cronos; e Hyundai HB20S. Confira abaixo boas opções de sedã a partir de R$ 81 mil selecionadas pelo WM1:


Hyundai HB20S – R$ 80.990

A configuração sedã do Hyundai HB20 faz do carro o mais barato da categoria atualmente: na versão Vision, pode ser comprado por R$ 80.990. O veículo é equipado com motor Kappa 1.0, que atua em conjunto com a transmissão manual de cinco marchas. A potência varia de 75 a 80 cv, de acordo com o combustível.

O modelo é bem equipado desde a versão de entrada e como destaque conta com central multimídia, com pareamento de smartphone por meio do Android Auto e do Apple Carplay, bem como ar condicionado, direção elétrica e computador de bordo com sete funções.



Chevrolet Onix Plus – R$ 82.760

Outro modelo disponível na lista que também tem configuração hatch disponível é o Chevrolet Onix Plus. A versão mais em conta é a LT, que tem preço de R$ 82.760. O sedã da GM também possui embaixo do capô um motor 1.0 aspirado. Nesse caso, a potência é de 78 cv com gasolina e 82 cv com etanol. A transmissão é manual de seis marchas.

O carro é equipado com o Chevrolet MyLink, uma tela sensível ao toque de 8 polegadas com integração com smartphones via Android Auto e Apple CarPlay, Rádio AM/FM, Função Audio Streaming, Bluetooth para até dois celulares simultaneamente e entrada USB.


Renault Logan Life – R$ 82.590

A montadora francesa Renault é representada pelo Logan na configuração Life, que tem preço de R$ 82.590. O carro está disponível com motor 1.0 flex aspirado. O propulsor gera 79 cv de potência com gasolina e 82 cv quando abastecido com etanol. Aliada ao motor está a transmissão manual de cinco marchas.

No conjunto de equipamentos, destaque para o sistema start-stop, vidros elétricos dianteiros e ar condicionado.


Fiat Cronos – R$ 83.409

Por mais que tenha um nome diferente, o Fiat Cronos é considerado o sedã do Argo, e é vendido por R$ 83.409. 

O Cronos em sua versão de entrada é equipado com motor 1.3 litros Firefly, que gera 98/107 cv de potência. O propulsor trabalha em conjunto com a transmissão manual de cinco marchas.

O sedã conta com predisposição para rádio (2 alto-falantes dianteiros, 2 alto-falantes traseiros, 2 tweeters e antena), quadro de instrumentos 3,5" multifuncional com relógio digital, calendário e informações do veículo em TFT personalizável e ar condicionado.


Volkswagen Voyage 1.0 – R$ 84.110

Por fim, o quinto sedã mais em conta do mercado nacional é o alemão Volkswagen Voyage. Hoje, o carro é vendido em versão única com motor 1.0 litro MPI que gera 84 cv de potência no etanol e 77 cv com gasolina. A transmissão é manual de cinco marchas.

A configuração tem como destaques freios com sistema antitravamento e distribuição eletrônica de frenagem, além de ar condicionado com filtro de poeira e pólen, direção hidráulica, sistema de partida a frio sem reservatório adicional de gasolina, banco do motorista com ajuste de altura e vidros dianteiros elétricos.

 

Webmotors

www.webmotors.com.br


Enem 2022: como organizar a rotina de estudos faltando seis meses para o exame

Coordenadora do Ensino Médio da Escola Vereda fala sobre a importância de fazer simulados para um bom desempenho no Enem e nos vestibulares

 

As inscrições para o Enem 2022, que acontece nos dias 13 e 20 de novembro, vão até o dia 21 de maio. É nesse período que a preparação para o exame se intensifica, assim como as preocupações dos estudantes em relação ao calendário e à rotina de estudos. Muitos ficam com a dúvida: afinal, ainda dá tempo de montar um cronograma e começar agora a se dedicar para os exames? A coordenadora do Ensino Médio da Escola Vereda da Mooca, Bárbara Molina, responde que sim: “dá com certeza, mas eles precisam ter muito foco e mentalizar quais são os seus objetivos”.

 

De acordo com ela, é frequente candidatos se enganarem e acharem que estão estudando com eficiência no seu aparelho eletrônico, quando, na verdade, para cada hora de trabalho, o estudante passa metade olhando para as redes sociais. Para auxiliar os estudantes nesse autopoliciamento, Bárbara orienta-os a usarem um método que se baseia na divisão do tempo em períodos de 25 minutos para a realização ininterrupta dos deveres e em intervalos de cinco minutos para o descanso, sendo a pausa maior – entre 15 e 30 minutos – a cada quatro ciclos. “Vários concurseiros pelo país utilizam a técnica e dá super certo, porque ela ajuda na concentração e produtividade”, reforça.

 

Em relação à quantidade de horas de estudo por dia, a coordenadora orienta a começar de forma gradual e a otimizar o tempo já durante as aulas. “O mais importante para quem ainda está na escola é que utilize o tempo de aula como um tempo de estudo, então, um tempo de bastante foco, aproveitando também para tirar todas as eventuais dúvidas que surgirem com o professor”. Para quem já está fora da escola, Bárbara indica assistir videoaulas já anotando os pontos principais, para não se distrair, e se utilizar de plataformas que tenham os exercícios já resolvidos para facilitar.

 

De acordo com a coordenadora, é importante que os alunos não deixem para trás nenhum conteúdo. No entanto, em vez de focar nos conteúdos de maior dificuldade, ela sugere que eles utilizem o tempo para melhorar a redação, já que a produção textual tem um peso muito grande nas provas. Para isso, o estudante precisa saber como estruturar o texto e estar inteirado no que está acontecendo no Brasil e no mundo, de forma a ter mais ferramentas para construir seus argumentos. “Você pode, no ônibus, por exemplo, ouvir o podcast de algum jornal, ler alguma matéria, ouvir algum comentarista falando. Existe uma grande variedade de veículos e tipos de conteúdos especialmente nos podcasts. Esses materiais são ótimos para se informar e aumentar o repertório sociocultural, que é essencial na redação”, afirma.

 

A última dica dada por Bárbara é que o candidato simule em casa as provas como no dia oficial, ou seja, que ele imprima o exame de edições passadas, se organize para estar pronto e começar a prova às 13h, sem distrações e sem ter acesso ao celular, já que de nada adianta dominar todos os conteúdos e não estar preparado para as exigências físicas e emocionais dos exames. “Isso é algo que pega muito nos alunos, de não conhecerem a prova, de não saberem o que é ficar sentado ali durante cinco horas direto, ou de não conhecerem o que é fazer tantas questões em tão pouco tempo. Então, quanto mais fizerem, menos surpresas terão no dia que estiver valendo de verdade”, conclui a coordenadora.

 

Escola Vereda

www.escolavereda.com.br


Benefícios flexíveis: por que eles se tornaram decisivos nos processos de recrutamento e seleção?


Altos salários já deixaram de ser os maiores atrativos de uma vaga. Com as mudanças no mercado impulsionadas pela pandemia, novos critérios de seletividade emergiram, abrindo espaço para outros atrativos que são muito valorizados pelos profissionais. Dentre eles, os benefícios flexíveis são alguns dos mais populares e importantes tanto para a atração quanto retenção de talentos.

Um dos maiores ensinamentos proporcionados pelo isolamento social foi a importância da qualidade de vida em nossa rotina. Fugindo de modelos rígidos e sobrecarregados, propostas empregatícias que permitam conciliar as reponsabilidades profissionais com lazer e entretenimento ganharam força – assim como remunerações que estimulem essa união, em prol de uma maior satisfação dos times.

Indo ao encontro dessa nova demanda, os benefícios flexíveis surgem como aliados perfeitos, em especial nos processos de recrutamento e seleção. Quando ofertados, podem ser personalizados e adaptados para todas as necessidades e realidades, independentemente do porte ou segmento de atuação da companhia. Dentre os mais vistos no mercado – fora o plano de saúde corporativo – estão o vale-cultura, cupons para cinemas, teatros, viagens, e muitas outras opções de entretenimento e descontração.

A concessão destes benefícios flexíveis pode ocorrer de formas variadas. Uma das opções mais vantajosas e, que vem crescendo no mundo corporativo, são os famosos cartões de débito. Neles, toda a quantia condizente aos benefícios é depositada diretamente, permitindo que cada funcionário aloque o valor conforme suas preferências.

Optar pelo uso destes cartões evita o pagamento de taxas e cobranças excessivas do Imposto de Renda tanto para a empresa quanto para o colaborador. A redução de custos é imensa – permitindo, até mesmo, que não precisem dispor de um alto salário para determinadas vagas. Um pacote de benefícios flexíveis atrativo possui grandes chances de compensar uma remuneração menor.

Como prova de tamanhas vantagens, um estudo feito pela consultoria Willis Towers Watson mostrou que 78% das empresas pretendem diferenciar seus benefícios oferecidos nos próximos anos, como estratégia primordial para atender as necessidades individuais de seus funcionários. Ao escolher uma vaga ideal, os profissionais vão olhar para um todo: desde a possibilidade de aprendizado, ao salário e pacotes complementares. Em meio a este novo cenário, o segredo de sucesso é, justamente, conseguir equalizar e trazer a melhor balança dentre esses três aspectos.

Muitas soluções estão emergindo no mercado, abrindo portas para que os empreendimentos escolham o conjunto que esteja de acordo com seu orçamento e desejo dos times. Mas, além de suprir a demanda interna, sempre busque entender os anseios dos talentos que deseja atrair, e de que forma conseguirá se diferenciar dos concorrentes para chamar sua atenção.

O futuro do trabalho será pautado, dentre tantas mudanças, nas individualidades dos profissionais. Hoje, não há mais como imaginar um modelo de negócios rígido e impermeável, que não se preocupe em proporcionar uma boa qualidade de vida a todos os envolvidos no negócio. É preciso lidar com cada funcionário de maneira personalizada, trazendo uma novidade para sua rotina e, fazendo-o se sentir valorizado pela gerência. Assim, sua empresa não apenas conseguirá reter talentos fundamentais para seu destaque no mercado, como também criará um esplêndido ativo de atração dos melhores talentos da sua área.

 

 Jordano Rischter - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.

 

 Wide

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Rompendo rótulos e preconceito no mercado de trabalho

Quem mais sofre preconceito são os profissionais pretos, acima dos 40 anos, mulheres, portadores de necessidades especiais, entre outras minorias 

 

Por mais que as discussões sobre discriminações na sociedade venham crescendo, ainda temos muito para refletir sobre a identificação e ruptura dos estereótipos sociais, que dão origem a preconceitos e ações discriminatórias dentro do mercado de trabalho.   Já está mais do que na hora das lideranças das empresas entenderem, que o rótulo social insere o ser humano em grupos que olham somente para o exterior de cada um, o que não define qual é a verdadeira qualificação de um profissional ou candidato a uma vaga de trabalho.

O rótulo ou estereótipo no mercado profissional pode ser cruel com todas as pessoas, mas é especialmente mais cruel com as mulheres, as pessoas pretas, aqueles que tem mais de 40 anos, quem é portador de necessidades especiais, entre outras minorias. Essas pessoas encontram inúmeras dificuldades tanto durante um recrutamento para uma vaga profissional como também na ascensão profissional e financeira dentro das empresas. Pesquisas comprovam, que mulheres e pessoas pretas ainda possuem salários menores e são minoria nas posições de lideranças nas companhias. Com isso, podemos constatar que mais do que competência, ainda predomina o padrão estético e comportamental, que julga com desigualdade e diferenciação na escolha dos indivíduos.


Conscientização e mudança

Além de implantações de ações públicas do governo e de leis — como a do Jovem Aprendiz, a de cotas PCD e o Programa Nacional de Imunizações (PNI) —, as empresas precisam se conscientizar e buscar ações que eliminem todo e qualquer preconceito em suas gestões. Lembrando, que isso só será possível se em primeiro lugar os gestores admitirem que a discriminação existe.

O assunto deve ser pauta dos assuntos internos e até de treinamentos e congressos, que trabalhem o assunto em equipe, lembrando que a empatia e o respeito às individualidades reduzem conflitos e trazem leveza ao ambiente profissional. As pessoas que se sentem vítimas de algum tipo de discriminação dentro da companhia devem ter espaço aberto para expor a sua dificuldade e chegar a uma solução ou entendimento com todo apoio da equipe de Recursos Humanos. Outros funcionários, que presenciaram atitudes deste tipo em seus departamentos, devem colaborar intervindo ou levando a situação a líderes que possam solucionar o problema.


Empatia profissional

A discriminação não deve ser tolerada em ambiente de trabalho e é preciso deixar claro que liberdade de expressão não dá carta branca para o preconceito. Pois, respeito, solidariedade e empatia, são valores fundamentais em ambientes corporativos. Portanto, atitudes de preconceitos devem ser punidas, seja com advertências, afastamentos ou respondendo à justiça, dependendo do caso.

O preconceito, muitas vezes, está enraizado nas palavras e, por isso, as empresas devem levar ao conhecimento dos funcionários o Manual Prático de Linguagem Inclusiva — podendo até criar uma cartilha interna sobre o assunto.  Há determinados tipos de piadas e palavras que são ofensivas e as pessoas precisam ter mais consciência sobre esse tipo de comportamento.  A relação do trabalho deve ser pautada pelo respeito, lembrando que, a diferença entre um profissional e o outro está apenas relacionada a eficiência, habilidade e competência, e isso, independe da idade, da ascendência ou de qualquer outro fator desse tipo.


Bons exemplos de inclusão

Algumas empresas buscam programas específicos de inclusão para os que possuem menos oportunidade e vivem uma situação de vulnerabilidade social. Há exemplos como o Programa de Trainee da Magalu, voltado 100% para pessoas negras, e ­eu mesma trabalhei num projeto da Seda para jovens entre 16 e 18 anos, cujo o objetivo era fazê-las acreditar nas suas capacidades de realizar seus objetivos de vida em todas as áreas, incluindo profissional e financeira.  

Já o departamento de Recursos Humanos deve se precaver contra qualquer tipo de rótulo e preconceito, lembrando que diversidade favorece o ambiente profissional, pois gera troca de experiência. Na contratação de pessoas é necessário não só checar suas habilidades, mas também levar em conta o histórico de vida e as dificuldades encontradas.  Somente desta forma, as oportunidades serão distribuídas em igualdade entre todos os candidatos.  Há requisitos que podem ser exclusivos e dependendo da vaga podem ser flexibilizados, como por exemplo o inglês, que nem todos tiveram a oportunidade de se aprofundar na disciplina em escolas públicas.


Mudando o cenário de preconceito

Ainda há inúmeras empresas com unanimidade branca ou onde a maioria ainda é homem. Está mais do que na hora destas companhias repensarem esse sistema e começarem a fazer uma análise interna de quantas mulheres ou pessoas pretas estão na liderança? Quantos funcionários com mais de quarenta anos fazem parte da equipe? Ou ainda, se estão dando espaço para todos que, de alguma forma, sofrem preconceitos?

Já vemos em algumas emissoras de televisão e até em campanhas publicitárias maior diversidade de raça, de cor, de gênero e até de estilo e, aos poucos aquele padrão branco, magro e perfeito — muito visto nas passarelas da moda — vai dando lugar a realidade da dissemelhança. Que assim seja também no mercado de trabalho!

  

 Kelly Stak- consultora de RH e especialista em desenvolvimento de pessoas e escritora do livro "Rótulos Não Me Definem: Uma História de Resiliência"

 

"Decisões de Alto Impacto": o livro que vai te ensinar a decidir nos negócios e na carreira com mais assertividade

Todos os dias, tomamos decisões – algumas corriqueiras, como escolher almoçar um prato balanceado ou um fast food, outras mais complexas, como definir qual será a próxima campanha de marketing da empresa, por exemplo. Ambas possuem consequências, mas a última certamente tem maior impacto. Pensando nessas decisões em que o peso é maior, cheguei aos três pilares mais importantes que trazem mais assertividade nas escolhas: informação, emoções e valores.

Recolher informações e dados que nos ajudem a entender o contexto no qual uma decisão será tomada, sua origem, seus riscos e suas oportunidades, é uma forma de se preparar para agir. O segundo ponto é o emocional: faz parte do processo de gestão lidar com frustrações, medos, sonhos, ambições… a questão principal é equilibrar a balança – não dá para decidir algo importante quando estamos estressados ou emocionalmente tomados. Por último, e ao meu ver, mais importante, é que as decisões precisam ser baseadas em seus princípios e valores. Costumo brincar que se eu não puder comentar sobre uma decisão durante o jantar com minha família, é porque a escolha que fiz não está de acordo com os meus valores ou questões éticas, – que nos garantem o princípio da boa convivência. 

Foi a partir dessas observações que criei uma metodologia de tomada de decisão e trago na semana que vem, pela editora AltaBooks, a obra “Decisões de Alto Impacto – como decidir com mais consciência e segurança na carreira e nos negócios”. Neste novo livro, proponho uma reflexão para que tenhamos as rédeas de nossa vida – o primeiro passo é o autoconhecimento: ao identificar seu perfil, seu propósito e seus valores, decisões profissionais e pessoais ficam mais fáceis. É possível aprender estratégias e técnicas que podem aumentar a margem de sucesso de nossas decisões. Ainda que erremos, o fato de estarmos conscientes e bem posicionados com relação aos nossos valores na tomada de decisão que fizermos, diante das alternativas que se apresentam, enfrentaremos eventuais falhas e consequências com mais tranquilidade. Também, aprenderemos com eventuais erros, sendo possível identificar de maneira clara em que momentos nos equivocamos no processo, corrigindo-os e não incorrendo mais no mesmo erro.

Se no dia a dia não conseguimos evitar tomar decisões, assim como também é impossível deixar de respirar ou piscar os olhos, podemos aprender a manejá-las. Decidir sobre as coisas de uma maneira mais racional e consciente, nos permite encarar o processo com mais leveza e segurança. O ambiente dos negócios, com suas pressões e prazos desafiadores, acaba por nos incentivar a tomar decisões importantes de maneira automática, o que nos tira o tempo para organizar as ideias e refletir com relação às escolhas que temos à nossa frente. A consequência desse hábito é que frequentemente nossas decisões são de uma qualidade inferior àquela que tomaríamos caso agíssemos de uma maneira mais refletida, racional e lógica. 

Além de proporcionar ao leitor que trilhe seu próprio caminho, um grande diferencial do livro, além de trazer uma metodologia, é exatamente o público a que se destina: enquanto a maioria dos livros do gênero foca só em negócios, “Decisões de Alto Impacto”  também fala sobre carreira, dando exemplos práticos de tomada de decisões – como um adulto de 40 anos que está pensando em mudar de profissão. Quais perguntas ele deve se fazer antes de abandonar uma carreira sólida na área de marketing para abrir um restaurante? No hall das alternativas a uma decisão, devemos procurar isolar as emoções e usar a razão e a reflexão sobre as escolhas possíveis. Quais as consequências dessa escolha? Quantas pessoas serão beneficiadas? São questões fundamentais a se fazer, lembrando que quanto maior o número de beneficiados, maior a chance de ser uma decisão assertiva, pelo engajamento que ela pode proporcionar.

Não há nada melhor do que aprender qual a melhor decisão a tomar na prática, ou seja, vivendo as consequências de cada escolha e, dessa forma, tendo a decisão sido tomada de forma consciente, nos tornamos cada vez melhores em tomar decisões que se apresentarão pela frente. Por isso, tomar uma decisão é um processo de aprendizagem. Quando fazemos escolhas consistentes e alinhadas com os nossos valores, ganhamos confiança e ficamos mais confortáveis e rápidos ao fazer as próximas. Saber como decidir de maneira inteligente e eficaz é uma das habilidades mais importantes para o sucesso profissional. A necessidade de estarmos à altura de um mercado de trabalho que está sempre se transformando e sendo modificado por novas tecnologias e modelos de gestão, faz com que tenhamos que tomar decisões de alto impacto, com o risco de, se não escolhermos um bom caminho, sofrermos consequências desconfortáveis ou nocivas para nós e terceiros. O que temos que aprender é por onde queremos caminhar, de que forma, e fazer com que as coisas sejam feitas com respeito à ética e aos nossos valores. 

 

Uranio Bonoldi - palestrante e especialista em negócios e tomada de decisão, é professor do Executive MBA da Fundação Dom Cabral, onde leciona sobre "Poder e Tomada de Decisão". Foi educado no método Waldorf, e graduou-se e pós-graduou-se em administração de empresas pela FGV-SP. Mora em São Paulo com a esposa e é pai de dois filhos. Em seu Livro 1, a série "A Contrapartida" cativou rapidamente milhares de leitores, tornando-se um best-seller principalmente pela qualidade da trama e pela valorização da diversidade cultural brasileira.

 

Como a pandemia fortaleceu o mercado de cloud computing?


Estamos vivenciando o cenário de transformação pós-pandemia. Dentro desses dois anos, diversas modalidades de trabalho sofreram os impactos do período de isolamento social, passando a utilizar, de forma árdua, ferramentas tecnológicas a seu favor. Essas tendências mantém o seu ritmo de crescimento até os dias de hoje, aquecendo fortemente inúmeros segmentos do mercado – principalmente o de tecnologia da informação.

A área de TI passou a ter maior protagonismo e importância nesse período. Esse fato pode ser confirmado com a mais recente pesquisa da consultoria Gartner, que apontou a projeção de que os gastos mundiais com estes serviços devem chegar a US$ 4,5 trilhões em 2022. Considerando a variedade de segmentações e atuação do setor, podemos apontar que o mercado de cloud computing, está entre os muitos que vem conquistando crescimento acelerado.

Para entender a expansão desse mercado, é importante frisar que sua adesão está relacionada com a grande preocupação das empresas em ganhar agilidade e mobilidade nas operações, e armazenar registros em uma infraestrutura segura em nuvem – incentivados, justamente, pela permanência do modelo de trabalho remoto. Segundo a mesma pesquisa, 30% das companhias devem manter o home-office após o fim da pandemia.

Todas essas novas características do meio corporativo vêm despertando, na maioria das organizações, o crescimento da demanda em atender essa tendência, ao mesmo tempo em que adquirem uma infraestrutura segura, ágil e escalonável. Esse processo se dá pela alta nos casos de ataques e sequestros cibernéticos, e pelos altos custos de manter uma infraestrutura local, tanto pelo braço técnico, quanto pela infraestrutura envolvida.

Embora estejamos presenciando uma valorização e reconhecimento das usabilidades que o cloud pode proporcionar para as empresas, a implementação de recursos de T.I no ambiente corporativo ainda é vista como um gasto e não um investimento. Essa visão equívoca contribui para que a maioria das instituições possua, do ponto de vista de T.I, uma atmosfera de vulnerabilidade, facilitando invasões de sistemas, perda de dados, roubos de informações.

Segundo uma recente publicação da Fortinet, líder global em soluções de segurança cibernética, o Brasil sofreu mais de 88,5 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos em 2021, um aumento de mais de 950% com relação a 2020 (com 8,5 bi). Esses dados mostram a importância da busca por soluções com maior segurança pelos gestores.

A cultura organizacional, em muitos estabelecimentos, inibe a compreensão das vantagens existentes ao aderir os recursos em cloud. Quando implementado internamente, os ganhos a nível de segurança atrelados ao uso da ferramenta fortalecem a competividade da organização no mercado, possibilitando operações ágeis e direcionadas que enriquecem a eficiência da comunicação entre áreas e elimina redundâncias em processos.

Cabe ressaltar que o sucesso da aquisição de recursos em cloud não deve ser limitada a implementação de um único recurso ou máquina. Para que os benefícios dessa conduta sejam, de fato, efetivados, é importante que haja um treinamento entre a equipe técnica e investimentos nas formas de segurança que contemplem toda a cadeia de serviços.

Esses novos indicativos da aceitação das organizações em investir em plataformas em nuvens trazem uma nova perceptiva de mercado e relacionamentos entre os gestores. Até porque, o investimento em novas soluções cloud permite a expansão dos negócios e contempla todos os espaços, sejam eles físicos ou digitais – favorecendo, desta forma, as organizações que buscam constantemente por eficiência e melhorias nos fluxos de trabalho. 

 

Eliezer Moreira - sócio-gerente de Data Center na SPS Group, destaque dentre as cinco maiores consultorias de SAP Business One do Brasil.

 

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