Pesquisar no Blog

sexta-feira, 6 de maio de 2022

Câncer de ovário é silencioso e pode evoluir depressa se não tratado em estágio inicial: entenda a doença

Com maior incidência após os 50 anos, neoplasia é o sétimo tipo de tumor mais comum no público feminino. Oncologista explica por que pode acontecer, tipos e como identificar  


Considerado o sétimo tipo de tumor mais comum entre as mulheres, o câncer de ovário merece atenção. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é estimado que no triênio 2020-2022 sejam diagnosticados 6.650 novos casos da neoplasia ao ano. Quanto ao número de óbitos, o Atlas de Mortalidade por Câncer de 2020 apontou 3.921 mortes no período.  

Quando não tratado em estágio inicial, o câncer de ovário pode evoluir rapidamente e costuma ser assintomático. No entanto, quando existem sinais da doença, são bastante discretos, podendo dificultar o diagnóstico.  

“A neoplasia possui uma maior incidência em mulheres acima de 50 anos. Na grande maioria dos casos, não é possível que os fatores de risco sejam identificados previamente, tornando este tipo de câncer agressivo", comenta a Dra. Marcela Bonalumi, oncologista da Oncoclínicas São Paulo.

 

Tipos de câncer de ovário 

Ao todo, é estimado que existam cerca de 30 tipos de câncer de ovário, podendo ser denominados a partir de suas células de origem.  

"Em 95% dos casos, o câncer de ovário é derivado das células epiteliais, que revestem o ovário. Já os outros 5% são das células germinativas, que formam os óvulos, e também das estromais, responsáveis por produzir grande parte dos hormônios femininos", comenta a oncologista. 

Vale lembrar ainda que o câncer de ovário é o segundo tipo de câncer ginecológico mais comum em mulheres, ficando atrás somente do câncer de colo de útero. Os três principais grupos da neoplasia são:

  • Carcinoma epitelial de ovário -- vem da superfície do ovário (o epitélio) e é o subtipo mais comum. O câncer de tuba uterina e o câncer primário do peritônio estão incluídos neste grupo;
  • Carcinoma de células germinativas de ovário -- origina-se nas células reprodutivas ou germinativas dos ovários, ou seja, aquelas que dão origem aos óvulos;
  • Carcinoma de células estromais de ovário -- forma-se nas células do tecido conjuntivo.

Há também o carcinoma de pequenas células hipercalcêmico do ovário, que não se enquadra nos três grupos acima e é extremamente raro. Ainda não foi identificado em que tipo de células ele se origina.

 

Sintomas e sinais do câncer de ovário 

O câncer de ovário é uma doença silenciosa e em seus estágios iniciais não costuma apresentar sintomas específicos. À medida que o tumor cresce, pode causar:

  • Inchaço no abdômen;
  • Dor no abdômen;
  • Dores na região pélvica, nas costas ou nas pernas;
  • Náuseas;
  • Indigestão;
  • Gases;
  • Funcionamento anormal do intestino (prisão de ventre ou diarreia);
  • Fadiga constante;
  • Perda de apetite e de peso sem razão aparente;
  • Sangramento vaginal anormal, especialmente depois da menopausa;
  • Aumento na frequência e/ou na urgência de urinar.

 

Por que o tumor pode acontecer? 

"Não se tem um motivo ao certo, mas existem alguns fatores de risco que podem colaborar para o surgimento do câncer de ovário. Dentre eles, é possível citar: a obesidade, sedentarismo, tabagismo, endometriose, idade maior a 50 anos, fatores hormonais (menarca precoce ou menopausa tardia), histórico familiar, mutações em genes BRCA1 e BRCA2, fatores reprodutivos (mulheres que não tiveram filhos possuem um risco aumentado de desenvolver a doença), entre outros", comenta a oncologista da Oncoclínicas São Paulo. 

Alguns estudos sugerem que o uso de pílula anticoncepcional pode ser adotado como método preventivo, pois o número excessivo de ovulações tende a levar ao aparecimento de tumores. "A partir dos resultados, foi possível analisar que o medicamento diminuiu em até 33% o risco de câncer de ovário, seguido por 34% no de endométrio e 19% no de intestino", explica.
 

Diagnóstico  

Infelizmente, até o momento não existe um exame específico que possa detectar o câncer de ovário, assim como o Papanicolau para o câncer de colo de útero ou a mamografia para o câncer de mama.  

"Os sintomas da neoplasia podem ser facilmente confundidos com outras doenças. Por isso, caso qualquer um deles apareça, é muito importante procurar ajuda médica o mais rápido possível", comenta a oncologista.  

A partir disso, o médico pode solicitar exames clínicos ginecológicos, laboratoriais e também de imagem, para identificar a presença de ascite ou acúmulo de líquidos, além da extensão da doença em mulheres com suspeita de disseminação intra-abdominal. Se houver suspeita de câncer de ovário, é necessário uma avaliação cirúrgica.  

Vale lembrar que pode ser realizado também um raio x ou tomografia computadorizada do tórax, com o intuito de analisar derrame pleural, metástases pulmonares ou ainda quaisquer outras alterações.

 

Tratamento 

Apesar do câncer de ovário ser o tumor ginecológico de maior índice de óbito no mundo, quando diagnosticado precocemente, as chances de cura podem aumentar. "O tratamento irá depender do tipo de estágio do câncer de ovário. Além disso, deve-se levar em conta os desejos da paciente, ou seja, se há a vontade de ter filhos. A partir disso, a cirurgia é o principal tratamento, mas pode significar a retirada unilateral ou bilateral dos ovários. Já no caso da quimioterapia, ela pode ser realizada antes ou depois da cirurgia", comenta a Dra. Marcela Bonalumi.  

Por isso, a oncologista aconselha que a decisão sempre seja tomada junto com o especialista. "O melhor método é aquele com o objetivo de salvar a vida da paciente, mas sem perder de vista os sonhos futuros. Contudo, devemos realizar uma abordagem personalizada para cada caso, pensando não só nas questões físicas, mas também nas emocionais durante todo o processo", finaliza.


Crianças e adolescentes também correm o risco de ter varizes

Estudos populacionais têm demonstrado um aumento na incidência de varizes que acometem aproximadamente de 10 a 15% dos jovens que cursam o ensino médio


O cuidado com a saúde, em geral, é um fator importante para prevenir várias doenças, incluindo as varizes, que são veias dilatadas e tortuosas, que perderam sua capacidade de fazer o retorno venoso. Apesar de serem mais comuns em adultos e idosos, e apresentarem relação direta com o envelhecimento, não é uma condição exclusiva dessas pessoas, e podem também se manifestar em crianças e adolescentes. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 30% da população mundial apresentam problemas com varizes. Em 70% dos casos, surgem antes dos 30 anos.

A cirurgiã vascular e membro da Comissão de Varizes da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Profa. Dra. Camila Baumann Beteli, informa que alguns estudos populacionais têm demonstrado um aumento na incidência de varizes em crianças e adolescentes, que acometem aproximadamente de 10 a 15% dos jovens que cursam o ensino médio. “As varizes já podem estar presentes ao nascimento, porém é mais comum que apareçam conforme a criança cresça e entre na puberdade. Frequentemente, a manifestação em pessoas mais jovens é mais branda, não sendo necessário um tratamento invasivo na maioria dos casos”, explica a médica.

No entanto, a Dra. Camila esclarece que alguns fatores podem provocar o desenvolvimento de varizes em crianças. “No caso dos pequenos, a Doença Venosa Crônica (que tem varizes como uma manifestação) é rara e pode ser resultado de uma malformação venosa congênita (falta das veias profundas), incompetência venosa valvar primária, ou trombose venosa profunda, o que causa insuficiência ou obstrução secundárias. “A ocorrência do tromboembolismo venoso aumentou nas últimas décadas devido ao uso mais frequente de cateteres venosos centrais em pacientes pediátricos graves. Além disso, estudos recentes têm investigado alterações genômicas também como responsáveis por um aumento da incidência de varizes em crianças e adolescentes”, pontua a cirurgiã vascular.

Apesar de o fator genético ser extremamente importante, existem outros motivos, como obesidade, sedentarismo, tabagismo e longos períodos em pé que podem atuar nas veias das pernas e levar à dilatação antes do tempo, e ocasionar o surgimento das varizes em pessoas ainda novas.  No caso dos adolescentes, podem aparecer também devido à oscilação hormonal da puberdade. A especialista ressalta ainda que o uso diário de salto alto por um tempo prolongado pode dificultar o bombeamento do sangue nas pernas e facilitar o surgimento de sintomas como dor e queimação na região.

Para evitar problemas futuros, Dra. Camila recomenda manter uma alimentação equilibrada e praticar atividade física regularmente. “Também é importante que a criança ou o adolescente que têm um histórico familiar para varizes receba uma atenção especial e que os pais busquem a orientação de um cirurgião vascular para auxiliá-los no diagnóstico e tratamento”, conclui. 

O presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo, Dr. Fabio H. Rossi, enfatiza a importância do estímulo à alimentação e hábitos saudáveis também para as crianças e adolescentes. “Temos visto um verdadeiro aumento de obesidade infantil, que foi ainda mais estimulada pela mudança dos hábitos e fortalecida durante a pandemia, o que fez intensificar o sedentarismo, a imobilidade, o uso excessivo de computadores, tanto para o homeschooling, como o aumento de número de horas em jogos de videogame”.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram). 

 

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP

www.sbacvsp.com.br


EUA criam 428 mil empregos em abril

No ano, já são 2 milhões de vagas geradas pela economia americana


 

Os Estados Unidos criaram 428 mil empregos não-rurais em abril, de acordo com dados divulgados pelo Escritório de Estatísticas do Trabalho nesta sexta-feira (6). No acumulado do ano, considerando os números revisados dos outros meses, já são 2 milhões de vagas geradas no país.

 

“O crescimento do emprego foi generalizado, liderado por ganhos nos setores de lazer e hospitalidade, de manufatura e de transporte e armazenagem”, disse o órgão em comunicado.

 

A taxa de desemprego de abril manteve-se em 3,6% - uma das menores dos últimos 50 anos. Desde 1969, em apenas dois meses os EUA registraram um patamar menor do que este. Em números absolutos, são 5,9 milhões de americanos sem trabalho. O desemprego é maior entre adolescentes (10%) e negros (5,9%).

 

A taxa de participação da força de trabalho ficou em 62,2%. A estatística mede a porcentagem de americanos que estão trabalhando ou ativamente procurando emprego, “Os EUA vivem um momento de crescimento robusto. Existem mais vagas disponíveis do que pessoas desempregadas”, comenta Rodrigo Costa, especialista em mercado de trabalho americano e CEO da AG Immigration, escritório focado em green cards para profissionais.

 

Segundo os dados mais recentes da economia dos EUA, existem 11,5 milhões de vagas abertas no país. Portanto, mesmo que todas as pessoas desempregadas fossem contratadas, ainda assim restariam 5,5 milhões de empregos disponíveis.

 

“É um momento de aquecimento do mercado e, com isso, os salários estão subindo bastante, justamente em razão da escassez de mão de obra. Contudo, ao mesmo tempo que isso é benéfico para os profissionais, também pressiona a inflação”, diz.


 

Salários crescentes


A remuneração média por hora para os trabalhadores não-rurais dos EUA chegou a US$ 31,85. No acumulado dos últimos dozes meses, a alta é de 5,5%, menor do que a inflação oficial, de 8,5% para o mesmo período. Considerando-se que, em média, trabalham-se 2.080 horas por ano, a remuneração padrão de um americano ficou na casa dos US$ 66 mil anuais.


Já a média de horas trabalhadas na semana manteve-se em 34,6 horas.

 


Setores que mais contrataram


Dos 428 mil novos empregos criados em abril, o setor de lazer e hospitalidade foi o que mais contratou (78 mil). Em seguida, aparece a manufatura, com 55 mil vagas preenchidas, sendo 31 mil na produção de bens duráveis e 24 mil em bens não-duráveis.

 

Já o setor de transporte e armazenagem contratou 52 mil trabalhadores. “Conforme a economia americana cresce, as empresas precisam de mais mão de obra para mover as mercadorias produzidas internamente. Não à toa, motoristas de caminhão estão entre as profissões mais em alta no país. Um profissional da área pode ganhar entre R$ 25 mil e R$ 40 mil por mês”, comenta o CEO da AG Immigration. “Um número cada vez maior de pessoas tem buscado imigrar para os EUA”.

 

 

Rodrigo Costa - possui vasta experiência profissional na área de negócios, tecnologia e marketing, tendo atuado com consultoria em diversas multinacionais no Brasil, ajudando-as a melhorar sua performance financeira. É especialista em mercado de trabalho americano e CEO de um dos mais renomados escritórios de imigração dos Estados Unidos.

 

AG Immigration 

www.agimmigration.law

 

Especialista destaque golpes digitais mais praticado

País fechou o ano de 2021 com 4 milhões de fraudes desse gênero


Toda semana nos deparamos com novos golpes digitais. A engenhosidade dos criminosos para explorar fragilidades e induzir pessoas a erro, com o objetivo de obter dados pessoais e vantagem financeira, não têm limites.

Por mais que se alerte sobre os cuidados que se deve ter com dados, ligações telefônicas, mensagens de aplicativos e e-mails com links duvidosos, o número de golpes continua em crescimento. De acordo com a consultoria ClearSale, na comparação do primeiro trimestre deste ano com o de 2021, houve aumento de 23,6% nos golpes envolvendo compras online.

Nas fraudes em geral, o Brasil fechou o ano de 2021, de acordo com o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian, com mais de 4 milhões de golpes digitais. A cada ano, esse número cresce cerca de 20% (em 2020 foram registrados 3,5 milhões de fraudes digitais).

De acordo com Francisco Gomes Júnior, presidente da ADDP (Associação de Defesa dos Dados Pessoais e do Consumidor), alguns tipos de golpes permanecem em alta, com grande número de vítimas. “É o caso do phishing, que é a obtenção dos dados quando a vítima clica em um link malicioso ou o golpe do benefício falso (oferta de emprego ou de empréstimo), além das mensagens falsas por aplicativo de conversação. São golpes conhecidos e evitáveis, mas que, muitas vezes, as pessoas caem por distração ou impulso”.

O golpe do phishing (pescaria) consiste em fazer uma pessoa clicar em um link que instale um programa malicioso no dispositivo, capaz de ler ou extrair dados pessoais. E embora todos saibam que não devem clicar em links fraudadores, o golpe se aperfeiçoa. São links comunicando que a pessoa foi sorteada e ganhou um ótimo prêmio, que houve a concessão de algum benefício previdenciário ou auxílio, ou que foi detectada uma movimentação atípica em sua conta corrente. “São links com várias situações que podem despertar interesse e fazer com que, em um ato impensado, se clique para ver do que se trata. Clicou, seus dados estão em perigo”, alerta Gomes Júnior.

Já o golpe do falso benefício acontece, na maioria das vezes, por conta da vulnerabilidade econômica da vítima, que recebe mensagem com atrativa oferta de emprego, por exemplo. A proposta prevê uma boa remuneração, a possibilidade de trabalhar de casa e sem horário fixo. Ao entrar em contato manifestando interesse no emprego, a pessoa é seduzida com a vaga a ser disponibilizada para início imediato, bastando para tanto fazer o depósito do valor referente ao cadastro na vaga. “Obviamente, não há nenhuma vaga de emprego e a vítima perde o valor que adiantar. Nessa mesma modalidade de golpe estão os empréstimos consignados, onde se comunica a concessão de um crédito em conta mediante o depósito de uma taxa de adesão”, explica o especialista. 

As mensagens falsas, por sua vez, são aquelas que a vítima recebe geralmente em nome de um parente ou amigo que informa ter alterado o número de telefone. Pede-se que anote o novo número e a partir daí passa a conversar por meio dele. Conversas se desenvolvem até chegar ao diálogo em que se alegará que necessita efetuar um pagamento com urgência e por algum motivo não está conseguindo por meio do próprio banco. Pede-se então que a vítima faça uma transferência, alegando que em pouco tempo o valor será devolvido. 

“Os golpes são conhecidos, mas constantemente aperfeiçoados. Diante de um aviso de tentativa de fraude em sua conta bancária, muitos clicam no link disponibilizado para ver do que se trata, assim como se a pessoa está desempregada, uma boa proposta de emprego pode ser muito interessante. O fraudador sempre busca um ponto fraco, um atrativo que faça com que a vítima reduza seu nível de atenção e por impulso tome uma atitude que se pensasse com calma certamente evitaria”, complementa o advogado.

Por isso o especialista alerta: “A regra é clara: nunca se descuide dos cuidados básicos. Não acredite em prêmios inusitados, ofertas tentadoras, empregos que caem do céu, comunicados bancários alarmantes. Antes de agir impulso, faça uma checagem sobre a segurança da mensagem recebida. Prevenir é muito melhor que remediar”, finaliza Gomes. 

 

Francisco Gomes Júnior - Sócio da OGF Advogados. Presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP). Autor do livro Justiça Sem Limites. Instagram: https://www.instagram.com/franciscogomesadv/


Dentre as muitas riquezas que vêm do agro, o leite está entre as que mais geram empregos

Geração de emprego e renda no campo
Divulgação
Estima-se que 600 milhões de pessoas vivam da produção de produtos lácteos no mundo. No Brasil, são mais de 4 milhões de postos de trabalhos ocupados no campo e na cidade


Quando alguém diz que a “nossa riqueza está no campo”, isso não é de forma alguma uma força de expressão, mas a pura realidade. Para se ter uma ideia, em 2021 o agro brasileiro, segundo dados da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), somou uma receita recorde de US$ 120,6 bilhões, crescimento de 19,7% em relação ao ano anterior. Também em 2021, o setor abriu mais de 150 mil novas vagas de emprego, de acordo com números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em 2020, as atividades no campo já empregavam, direta e indiretamente, cerca de 9 milhões de trabalhadores.

Por isso, nesse Dia do Campo, celebrado em 10 de maio, o nosso agronegócio tem alguns títulos a comemorar como: o terceiro maior produtor de carne do planeta (englobando rebanhos bovinos, suínos), terceiro maior produtor de leite do mundo e quarto maior produtor mundial de grãos. Entre os diversos segmentos que integram a nossa agropecuária, a produção leiteira está sem dúvida entre as mais relevantes para nossa economia. Assim como a carne e a soja, commodities as quais também somos grandes produtores mundiais, o leite é um alimento de grande impacto mundial: estima-se que 600 milhões de pessoas vivam da produção de produtos lácteos.

Com mais de 34 bilhões de litros por ano, a produção leiteira do Brasil alcança hoje 98% dos seus municípios, e dentro deste percentual, a predominância é de pequenas e médias propriedades. A extensa cadeia produtiva do leite emprega atualmente, tanto no campo quanto na cidade, cerca de 4 milhões de pessoas. “O leite tem em nossa economia um impacto muito grande, porque ele gera empregos e renda, não só lá na ponta do produtor, mas ao longo de toda a sua cadeia, seja na indústria, com o processamento do produto e fabricação de derivados; no transporte, com a distribuição para todo país de um item essencial na mesa dos brasileiros; ou no ramo de serviços de alimentação, em restaurantes, padarias e confeitarias. Enfim, o caminho do leite é longo, felizmente”, destaca André Luiz Rodrigues Junqueira, presidente do Grupo Marajoara, indústria de laticínios que fica em Hidrolândia, interior de Goiás.



Dificuldades e resiliência

Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o país conta atualmente com mais de 1 milhão de propriedades produtoras de leite. Produtores como Deusimar Vieira, que herdou do pai e do avô o gosto pela pecuária leiteira. Ele é dono de uma propriedade rural de dez alqueires na cidade Pontalina, também no interior de Goiás, onde cuida de cerca de 80 cabeças de gado e produz mais de 1.200 litros por dia. No ramo leiteiro há mais de 20 anos, o produtor rural conta que já viveu muitas fases difíceis e boas no mercado, mas atualmente ele diz que o setor passa por um daqueles momentos complicados. 

Apesar de ser o leite um alimento que integra uma extensa cadeia produtiva, Deusimar revela que muitos têm deixado o ramo devido à baixa lucratividade e altos custos de insumos, como ração, energia e fertilizantes. Mas apesar dessas dificuldades, Deusimar, resiliente como a grande maioria das pessoas do campo, entende que o leite é um produto que nunca sairá do mercado e que se o momento está ruim, pode também rapidamente melhorar. “No mercado leiteiro é assim, cheio de altos e baixos. É importante persistir e se atualizar para melhorar”, diz o produtor. 

 

Pagamento de dívidas de consumidores inadimplentes tem o pior desempenho desde 2018, revela Serasa Experian

Apenas 41% das dívidas foram ressarcidas em janeiro, o menor percentual de toda a série histórica; índice revela a dificuldade populacional para tirar o nome do vermelho

 

O Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian revelou que, em janeiro deste ano, apenas 41% das dívidas de consumidores inadimplentes foram pagas em até 60 dias a partir desse mês de referência. Apesar da desaceleração que já vinha acontecendo desde agosto de 2021, quando o indicador marcou 57,5%, esse foi o menor percentual de pagamento em toda a série histórica, iniciada em 2018. A análise por setor mostrou que os Bancos e Cartões continuam com o melhor nível de recuperação de crédito (48,0%), enquanto os segmentos de Securitizadoras e Telefonia têm os menores percentuais de dívidas negativadas pagas, com 2,7% e 8,9%, respectivamente. Confira os dados completos nos gráficos abaixo:


De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a situação econômica do país torna o cenário de quitação de dívidas desafiador para os consumidores. “No início deste ano a população já precisava lidar com o encarecimento de itens básicos devido a alta da inflação. Muitas pessoas, principalmente de rendas menores, buscaram as linhas de crédito como uma forma de suprir suas necessidades e fechar as contas no final do mês. No entanto, também pelo aumento da taxa Selic, ficou mais complexo se apoiar no crédito e não se endividar. Dessa forma, se os consumidores brasileiros já encontram dificuldades para não caírem na inadimplência, quitar dívidas atrasadas e limpar o próprio nome ficou ainda mais complicado”, finaliza. 

Ainda em janeiro deste ano, o indicador também destaca a idade das dívidas e mostra um padrão, pois aquelas contraídas mais recentemente tendem a ser mais recuperadas, enquanto as que possuem mais tempo de existência têm o percentual de quitação menor. Quando analisados os  compromissos vencidos há 30 dias, o percentual de recuperação foi de 59,1%. de 30 a 60 dias, 42,9%; de 60 a 90 dias, 26,2%; de 90 a 180 dias, 16,4%; entre 180 dias e o primeiro ano, 14,5% e 5,7% entre um e mais anos. Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.

 

Metodologia

O Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian considera o número de dívidas incluídas no sistema de inadimplência em cada mês específico. A medida de até 60 dias para quitação dos compromissos financeiros deste indicador foi selecionada por refletir a régua comum utilizada pelas soluções de cobrança, mas esse tempo pode variar de acordo com cada credor. Além disso, a série histórica do índice ainda é curta, com dados retroativos desde 2017, dessa forma, não é possível afirmar períodos de sazonalidade, uma vez que seria necessário contar com no mínimo 05 anos de observação para fazer essa análise.

 

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br


MAIO AMARELO: ARTESP E CONCESSIONÁRIAS REALIZAM AÇÕES FOCADAS NA SEGURANÇA DOS CAMINHONEIROS

Créditos: CCR Rodoanel

Ao longo do mês, os condutores dos veículos pesados vão contar com ações específicas para a categoria sobre a importância da direção segura para a redução de acidentes no trânsito

 

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo, com o apoio das 20 concessionárias que integram o Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, lançam ações de conscientização trânsito focadas nos caminhoneiros como parte das iniciativas do Maio Amarelo. As atividades ao longo do mês têm como objetivo orientar os condutores sobre a importância da redução de acidentes e adoção de atitudes que salvem vidas no trânsito.

 

Ao todo, serão realizadas 30 ações em toda malha rodoviária concedida, do dia 04 até o fim do mês, voltadas aos caminhoneiros, categoria que garante o transporte de mercadorias e produtos em todo país e, assim, trafega com frequência e com cargas de todo tipo pelas rodovias.

 

Entre as ações, destaque para a Acorda, Motorista que alertará para a importância da manutenção dos veículos e a segurança viária. Já a Acorda, Caminhoneiro, que será realizada em parceria com a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), focará na verificação dos itens de segurança do caminhão, como troca de lâmpadas e adesivos refletivos. O Pit Stop Caminhoneiro terá como foco principal a saúde dos caminhoneiros, a partir da realização de testes para avaliar a glicemia, colesterol e pressão arterial. A Tô de Cinto, Tô Seguro tem como mensagem principal a importância do uso do cinto de segurança para salvar vidas no trânsito.  Além disso, haverá a distribuição de panfletos de orientação e de kits de lanches aos motoristas em pontos das rodovias concedidas durante todo o mês de maio.

 

“Nosso trabalho é garantir a segurança dos usuários que utilizam a malha viária. E não medimos esforços para salvar vidas. Por isso estamos, constantemente, investindo em obras de modernização e melhorias nas rodovias por todo o Estado”, afirma Cibele Andrade Alves, Gerente de Segurança e Sinalização do Departamento de Operações da ARTESP.


 

Dicas de Segurança aos Caminhoneiros:

  • Realizar a manutenção preventiva do caminhão;
  • Não dirija com sono e cansado;
  • Mantenha uma distância segura dos demais veículos;
  • Planeje o trajeto com antecedência;
  • Obedeça às sinalizações e à legislação de trânsito;
  • Evite distrações durante o percurso;
  • Alimente-se adequadamente;
  • Respeite os limites de velocidade;

A programação completa das iniciativas voltadas aos caminhoneiros durante o Maio Amarelo pode ser encontrada no site da ARTESP, através do link: encurtador.com.br/rJOR7. 

Durante todo mês de maio, peças de comunicação sobre conscientização, educação e segurança viária estão sendo exibidas nas cancelas de pedágio em todas as rodovias concedidas do Estado de São Paulo, ao longo dos 11,1  mil quilômetros de malha sob fiscalização da ARTESP. Nas redes sociais da ARTESP e das concessionárias, também são compartilhadas dicas de segurança e incentivo às boas práticas.

 

ARTESP – Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo – regula o Programa de Concessões Rodoviárias do Governo do Estado de São Paulo há mais de 20 anos. A Agência também fiscaliza o Transporte Intermunicipal de Passageiros, exceto nas Regiões Metropolitanas de São Paulo, de Campinas, da Baixada Santista, do Vale do Paraíba/Litoral Norte e Sorocaba.


Juros e inflação levam a recordes de endividamento e inadimplência na capital paulista em abril

Famílias pagam mais em juros e usam crédito para manter o consumo diante da alta dos preços

 

O aumento dos juros e da inflação levaram o endividamento e a inadimplência a alcançarem recordes na capital paulista, em abril. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), 75,3% dos lares tinham dívidas no quarto mês do ano. Este foi o maior nível desde o início da série histórica (2010) e a primeira vez que o número de famílias endividadas chegou a 3,01 milhões. Já a inadimplência atingiu a taxa de 24,6% – o que significa 986 mil famílias com contas em atraso. O porcentual das que avaliaram que não conseguirão quitar as dívidas atrasadas atingiu 10,1%, maior taxa desde 2010. 

 

De acordo com a pesquisa, 93,7% dos lares estavam endividados no cartão de crédito, e 19,1%, nos carnês. A modalidade de crédito pessoal registrou o porcentual de 11,2%. O aumento na taxa básica de juros da economia, a Selic, que saiu de 2% para 11,75% ao ano (a.a.), além de dificultar o acesso ao crédito, encareceu os financiamentos, levando a uma transferência maior da renda para o sistema financeiro, em detrimento do consumo. Isto é, as famílias estão pagando mais em juros e têm menos recursos para compras e pagamento de contas. 

 

A guerra na Ucrânia, que agrava o processo inflacionário, dificulta ainda mais o cenário com alta das commodities agrícolas, como o trigo e a soja, além do reajuste dos combustíveis e do aumento dos alimentos. A junção destas circunstâncias tem levado as famílias a buscarem, no crédito, a alternativa para manter o consumo diante da elevação dos preços.   

Desta forma, a PEIC aponta para uma tendência de aumento dos que pretendem contrair crédito nos próximos meses. A pesquisa demonstra que 8,1% consideravam obter algum recurso com bancos ou financeiras. Destes, 66,3% disseram que a finalidade seria o consumo/compras (imagina-se que para despesas com gasolina, supermercados, medicamentos etc.), e 31,9% pretendiam utilizar para pagamento de dívidas e de contas.  

Todas as classes sociais analisadas pela pesquisa apresentaram recordes de endividamento e inadimplência. Nos lares com renda de até dez salários mínimos, a taxa de endividamento foi de 78,1%. Já nos que ganham menos, o porcentual ficou em 67,1%. No entanto, em relação à inadimplência, nota-se que as famílias de menor poder aquisitivo são as mais atingidas pelo fenômeno: 29,5%, contra 12,2% das que ganham mais.


 

Melhora do emprego não foi suficiente 


O ICF, indicador que mede a Intenção de Consumo das Famílias, se manteve tecnicamente estável em abril. Com variação de 0,6%, o índice ficou na casa dos 76 pontos (76,8 pontos). O item Emprego Atual, que compõe o indicador, subiu 5%, atingindo os 102,6 pontos – maior nível desde abril de 2020.

 

Outra variável do ICF, a Perspectiva Profissional se consolidou em 1,9%, porém, abaixo dos 100 pontos (99,8). Com a recuperação do mercado de trabalho formal em São Paulo, era esperado um crescimento da renda, o que levou o item Renda Atual a subir 4,2%, alcançando 80,6 pontos.

 

Contudo, a melhora do emprego não foi suficiente para contrabalancear a inflação. Prova disso é que o Nível de Consumo Atual ficou praticamente estável nos 57,4 pontos (ligeira alta de 0,4%), enquanto a Perspectiva de Consumo retraiu 6%, assim como a variável Momento para Duráveis (-2,7%). Por fim, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apresentou recuo de 0,7%, voltando aos 104,3 pontos. O Índice de Condições Econômicas Atuais (ICEA) subiu 2,8% e ficou nos 68,9%. Já o IEC (Índice de Expectativa do Consumidor) registrou queda de 1,9% e recuou para os 128 pontos.


 

Notas metodológicas


PEIC


A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde fevereiro de 2004. São entrevistados aproximadamente 2,2 mil consumidores na capital paulista. Em 2010, houve uma reestruturação do questionário para compor a pesquisa nacional da Confederação Nacional do Comércio (CNC), e, por isso, a atual série deve ser comparada a partir de 2010.O objetivo da PEIC é diagnosticar os níveis tanto de endividamento quanto de inadimplência do consumidor. O endividamento é quando a família possui alguma dívida. Inadimplência é quando a dívida está em atraso. A pesquisa permite o acompanhamento dos principais tipos de dívida, do nível de comprometimento do comprador com as despesas e da percepção deste em relação à capacidade de pagamento, fatores fundamentais para o processo de decisão dos empresários do comércio e demais agentes econômicos, além de ter o detalhamento das informações por faixa de renda de dois grupos: renda inferior e acima dos dez salários mínimos.

 

ICF


O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil

consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: Emprego Atual; Perspectiva Profissional; Renda Atual; Acesso ao Crédito; Nível de Consumo; Perspectiva de Consumo e Momento para Duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de cem pontos é considerado insatisfatório, e acima de cem pontos, satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, tornando possível, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, ser uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes, para as consultorias, assim como para as instituições financeiras.

 

ICC


O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados com aproximadamente 2,1 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura. Esses dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, se apresenta como: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.

 

FecomercioSP

Como funcionam as Transferências Internacionais?

Saiba como enviar e receber transferências, quanto custa, quem pode realizar e outras dúvidas


As transferências internacionais consistem, em resumo, em enviar e receber recursos financeiros em moedas estrangeiras. Por regras e legislação do BACEN (Banco Central), as operações devem ser feitas através de uma instituição autorizada a operar no mercado de câmbio. A operação consiste em trocar a moeda local por moeda estrangeira, de maneira eletrônica e rápida. Os pagamentos e recebimentos devem partir sempre do titular da operação (cliente) e ter um motivo específico (natureza de câmbio).

Matheus Carnelossi, COO da plataforma de serviços financeiros Exon, assegura que todas  as instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central podem realizar transferências internacionais e, assim como qualquer outro serviço, a instituição financeira irá cobrar para receber/enviar e realizar as transações financeiras. “A cobrança pode ser feita tanto com taxas fixas, como também por meio de spread (ganho sobre a moeda). Em média, os bancos podem cobrar de 3% a 4% por operação. A Exon, visando o melhor para seus clientes, opera com um custo inicial de 1,3% por operação”, destaca Matheus.

O fechamento da operação poderá ser feito em minutos, com a conversão da moeda e efetivamente a entrega para a contraparte – (liquidação) em até dois dias úteis, podendo em alguns casos, ser até no dia seguinte.

Qualquer pessoa e empresa pode realizar uma transação, desde que seja feito um cadastro prévio com as informações solicitadas pela instituição financeira, segundo as normativas do BACEN. E, para receber uma ordem em moeda estrangeira, é necessário ter um canal bancário especifico que irá recepcionar a transferência. Esse canal é fornecido pela instituição bancária autorizada.

Não existe limite para enviar ou receber recursos do exterior. Entretanto, visando coibir a lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo, as instituições devem aplicar limites de operação, de acordo com a capacidade financeira do cliente, evitando assim fraudes e evasão de divisas.

 

Exon - plataforma que une remessas financeiras e consultorias para empresas importadoras/exportadoras com tecnologia de ponta e atendimento especializado.


Especialista em linguística pela Unicamp faz ponderações positivas e negativas sobre novo formato do Enem

Exame terá questões discursivas e itens da língua inglesa


O Ministério da Educação (MEC) confirmou o novo modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que poderá ser aplicado à partir de 2024. O novo formato terá questões discursivas e itens de língua inglesa integrada às demais áreas do conhecimento. O MEC também começara uma transição gradual para a aplicação de provas digitais e correção automatizada, de acordo com o documento elaborado por um Grupo de Trabalho (GT), composto por servidores do MEC e de entidades da educação como Consed, Undime, CNE, entre outros.

Neste documento, ficou decidido que para avaliar as competências e habilidades da formação geral, conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com ênfase em língua portuguesa e matemática, a redação dissertativo-argumentativa e avaliação de língua estrangeira integrará este grupo. Outra decisão foi que serão avaliados os itinerários formativos, em uma combinação optativa ao estudante, a depender do curso de ensino superior que deseja cursar. 

Esse novo modelo acabou agradando educadores, como a professora e linguística da Unicamp, Vivian Rio Stella, que ponderou sobre essa nova fórmula de avaliação de conhecimento, feita não apenas baseada em testes, mas também com abertura para uma resposta dissertativa, 

“O lado positivo é que o aluno que está sendo avaliado tem o espaço da elaboração de uma resposta e não cair em armadilhas, ou seja, nas pegadinhas das perguntas de testes em múltiplas escolhas, provas com respostas dissertativas acaba demandando justamente o conhecimento para elaboração da resposta, o que é positivo e mais justo”, comentou.

Especialista em comunicação, Vivian também abordou um aspecto negativo neste novo modelo, no qual muitas pessoas podem derrapar na expressão da comunicação, que é a forma de elaborar esse conhecimento na escrita. 

“Em provas deste tipo, muitas pessoas podem saber a determinada resposta, mas não saber expressar isso em palavras. Os últimos levantamentos feitos mostram que existe um déficit de alfabetização e de evasão escolar mais alto que em anos anteriores, acredito que fazer essa mudança, depois de dois anos de pandemia não seja positivo, embora eu aprecie esse modelo de teste com questões dissertativas, como é o caso da Unicamp”, explicou. 

Sobre o modelo de inteligência artificial para aplicação e correção de provas, mesmo em desenvolvimento, Vivian disse que ainda é preciso ponderar, antes de colocar em prática. 

“Embora seja necessária, ainda temos um chão a percorrer, já aprendemos que os “chats box” não são tão eficientes assim, chegam até uma parte dos problemas nos atendimentos e não conseguem encontrar uma solução, vale ponderar, não será tão simples assim”, finalizou. 

Ainda segundo o documento apresentado, o O MEC criará um comitê de governança do Enem para garantir a incorporação correta das mudanças propostas, assim como a transparência do processo e aperfeiçoamentos necessários. O MEC não informou se essas mudanças serão aplicadas imediatamente na edição de 2024. 

 

Vivian Rio Stella - Doutora em linguística pela Unicamp, com pós-doutorado pela PUC-SP, especialista em comunicação. Idealizadora da VRS Academy. Professora da Casa do Saber, da Aberje e da Cásper Líbero. Começou a realizar textos, produzir materiais didáticos e a dar curso sobre redação de e-mails, e do mundo da academia queria migrar para o mundo corporativo. Passou anos como consultora, até que montou a VRS Academy. Ao longo dessa trajetória, Vivian já realizou palestras, workshops e consultorias a mais de 100 empresas, dos mais variados portes.


Você não sabia que usava tantos tipos de aço no seu dia a dia!

Tipo de aço que você usa e não sabia
 Canva.com
Considerado um material extremamente versátil, o aço é utilizado em diferentes objetos e locais da nossa rotina e nem percebemos!


Extremamente fácil de ser moldado, o aço é utilizado de diversas formas, espessuras e tamanhos, além de possuir um preço mais atrativo quando comparado com outros materiais, o que o torna útil em vários setores.  Basicamente, existem seis tipos de aço: carbono, ligado, aço inoxidável, aço inoxidável ferrítico, aço inoxidável austenítico e aço galvanizado.

O aço está presente em todos os lugares. Na alimentação, por exemplo, além das óbvias latinhas, também são utilizados nas embalagens longa vida, aqueles que contêm leite, sucos, molhos ou alimentos em que basta abrir a caixa, colocar o conteúdo em um prato e levar ao micro-ondas.

"O aço de baixo carbono, por exemplo, é o tipo de aço mais popular no mercado, normalmente utilizado em como vigas, chapas e suportes. E com cada tipo de composição, o aço se torna específico para cada tipo de utilização na nossa rotina”, comenta o gerente de marketing da Açovisa, Giovani Marques da Costa.  

Além disso, o aço é um produto 100% reciclável. Números da International Iron and Steel Institute indicam que 630 milhões de toneladas do produto são recicladas anualmente. E o Brasil tem se apresentado como um dos líderes globais em reciclagem. Só a associação sem fins lucrativos Prolata reciclou 55.090 toneladas de latas de aço em 2021 – por exemplo -, o que representa um aumento de 141% em comparação a 2020. A maioria dessas latas foram recicladas nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste: 28, 16 e 8 mil toneladas de latas de aço pós consumo, respectivamente. Paraná é o estado que mais reciclou.

Abaixo, a Açovisa listou os tipos de aço mais utilizados e locais que são encontrados:


Aço Carbono

Os aços carbono  são classificados em outros seis tipos: aço de baixo carbono, aço de médio carbono e aço de alto carbono. E essas categorias podem variar ainda mais dependendo do tipo de elementos acrescentados na composição do material como manganês, cromo, silício, níquel, molibdênio, vanádio, alumínio e nióbio.

Brinquedos, carcaças de celulares e equipamentos de ginástica são um dos produtos onde o aço carbono pode ser encontrado. Ele também serve de matéria-prima para obras arquitetônicas e de arte contemporânea;

Já na indústria automotiva, ele está mais do que presente:  representa 56% do peso total de um carro; Aviões, trens e bicicletas, são alguns dos modais de transporte que usam bastante aço carbono.


Aço liga: Também possui sub variações, como  baixa liga, aço média liga e aço alta liga.  São usados, principalmente na fabricação de eixos, tubos e peças para aplicações relacionadas à geração de energia e fabricação de ferramentas para exploração de petróleo ou em juntas universais, terminais de direção e correntes de acionamento de máquinas. “A indústria destes setores demandam muito do aço em torres de transmissão, turbinas, rotores, reatores e exaustores”, explica o gerente de marketing da Açovisa. Outros setores, como construção civil e naval, além das indústrias automobilística também usam bastante do aço de ligamento. 

Aço inox

È o tipo de aço que é bastante utilizado na construção civil, dentro das residências, pois por se tratar de um ambiente úmido na maioria das vezes, ali é preciso um material que não enferruje e cuja superfície seja lisa e livre de poros a fim de dificultar a adesão de bactérias.  Nesse ambiente residencial o aço é usado em pias, bancadas, panelas e eletrodomésticos em geral, como fogões, máquinas de lavar, micro-ondas e geladeiras.

 

Açovisa 

 

Posts mais acessados