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sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Setembro Amarelo

A campanha Setembro Amarelo, que debate mundialmente a importância de prevenir problemas de saúde mental, ganhou ainda mais urgência entre os anos de 2020 e 2021, em meio ao isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19. Medos, incertezas em relação ao futuro, luto e dificuldades financeiras vêm marcando a vida de muitas pessoas e estão entre as principais causas de depressão, ansiedade excessiva e falta de motivação.

Pesquisa do instituto Ipsos, encomendada pelo Fórum Econômico Mundial, destaca que 53% dos brasileiros declararam que seu bem-estar mental piorou um pouco ou muito no último ano. Essa porcentagem só é maior em quatro países: Itália (54%), Hungria (56%), Chile (56%) e Turquia (61%).

Um relatório de 2017 da OMS (Organização Mundial da Saúde) já apontava o Brasil como um país de grande prevalência de transtornos de ansiedade nas Américas:  9,3% da população, o equivalente a 18,6 milhões de pessoas.


Alerta vermelho

Os sinais de alerta costumam variar de pessoa para pessoa, mas existem alguns indícios que servem para detectar se você ou um ente querido está precisando de auxílio profissional.

Segundo especialistas, é necessário ficar atento às alterações repentinas de humor e comportamento, bem como às mudanças bruscas na rotina, como qualidade do sono, alimentação, abandono de atividades que antes eram prazerosas ou ainda desistência de planos futuros.

O uso abusivo ou a mudança no padrão de consumo de álcool, substâncias tóxicas e medicações também servir de alerta.

 

Centro de Valorização da Vida

Umas das formas mais práticas de buscar apoio, seja para você ou para alguém que conheça e possa estar procurando ajuda, é entrando em contato com o CVV (Centro de Valorização da Vida, um serviço gratuito que oferece auxílio emocional 24 horas.

O atendimento é realizado em sigilo total, por meio de telefone (188), e-mail, chat ou ainda pessoalmente. Os canais e endereços estão disponíveis no site www.cvv.org.br.

Mais de 3 milhões de pessoas são atendidas anualmente pelo CVV, que oferece mais de 4 mil voluntários localizados em 24 estados e no Distrito Federal.

 


CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”


Entenda o tratamento para tumor no intestino grosso, doença que atingiu o Rei do Futebol


O Pelé, ídolo do futebol brasileiro, se recupera de uma cirurgia realizada para a retirada de um tumor do intestino grosso, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.


A lesão foi identificada em um exame de rotina e está em processo de análise laboratorial. De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo e professor de cirurgia da Universidade Positivo, Dr. Christiano Claus, na maioria dos casos os tumores de cólon são malignos.

"Tumores benignos no intestino grosso são raros. A cirurgia a qual Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, foi submetido é a primeira etapa do tratamento e consiste na retirada do tumor com margem de segurança e também dos gânglios/linfonodos por onde o tumor já possa ter começado a se disseminar", explica.

A cirurgia é considerada de média para alta complexidade, podendo ser realizada pelas técnicas minimamente invasivas, como videolaparoscopia ou robótica. A fístula é a principal possível complicação. "Trata-se da não cicatrização da sutura [costura] do intestino, ela ocorre na primeira semana e pode exigir a realização de nova cirurgia para utilização de colostomia [bolsa para o intestino na pele]".

O período da biópsia, que analisa se o tumor é ou não maligno, é de aproximadamente uma semana. "Nos casos em que se confirma que trata-se de um câncer, podem ser necessários tratamentos complementares como a quimioterapia", afirma o especialista.

Na maioria dos casos os pacientes não apresentam qualquer alteração nos hábitos ou na qualidade de vida após a cirurgia.



COMO SURGEM OS TUMORES DE INTESTINO?

Os tumores têm origem, principalmente, a partir dos pólipos intestinais. Como foi o caso do Pelé, eles não causam sintomas e os exames de rotina são a principal forma de diagnóstico precoce da doença.
"Quando encontrados pólipos nos exames eles são retirados durante a própria colonoscopia [exame intestinal] para evitar que se tornem malignos. Atualmente o exame é recomendado para homens e mulheres a partir dos 50 anos de idade", disse Claus.


christianoclaus.com.br


Vitamina D pode estar associada à prevenção de câncer colorretal, aponta estudo americano

Pesquisadores verificaram variação de incidência do tumor a partir de diferenças de exposição à radiação ultravioleta B


Um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego observou uma relação entre a exposição inadequada à radiação ultravioleta B (UVB) do sol e o aumento do risco de câncer colorretal, principalmente com o envelhecimento. O estudo, publicado recentemente pelo jornal científico BMC Public Health , considerou significativa a associação entre baixo nível de UVB e consequente baixa produção de vitamina D e chance de desenvolver câncer colorretal depois de analisar fatores como pigmentação da pele, expectativa de vida e tabagismo.

Os autores da pesquisa notaram que as diferenças nos raios UVB estavam diretamente ligadas à variação da taxa de câncer colorretal, principalmente em pessoas acima de 45 anos. Embora ainda seja uma evidência preliminar, o estudo demonstrou uma possibilidade de redução do risco de câncer colorretal a partir da correção da deficiência de vitamina D - que ajuda a inibir a proliferação das células cancerígenas -, que somaria a outros métodos preventivos, como manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas e não fumar.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer colorretal é o terceiro mais diagnosticado no mundo, ficando atrás apenas do câncer de mama e de pulmão. "Esse tipo de câncer geralmente tem cura se for diagnosticado precocemente e a taxa de mortalidade não chega a 6%. O tratamento costuma ser iniciado por uma cirurgia para remover a parte afetada do intestino e depois complementado por radioterapia e quimioterapia, podendo variar de acordo com cada paciente e seu respectivo estado clínico", explica Heber Salvador de Castro Ribeiro, cirurgião oncológico e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica.

Além de manter hábitos saudáveis, é fundamental fazer o rastreamento por meio de exames periódicos de colonoscopia a partir dos 50 anos para detectar o tumor em fase inicial e, assim, aumentar as chances de cura. É importante também prestar atenção a sinais que possam indicar a doença, como presença de sangue nas fezes, dor abdominal frequente, mudança repentina no ritmo intestinal e perda de peso sem explicação. "Muitas vezes esses sintomas podem não estar relacionados ao câncer, mas é fortemente recomendado que se procure um médico para investigar as causas", finaliza Heber.

 


Johnson & Johnson Medical Devices


Sangue do cordão expandido ajuda no combate à anemia falciforme

Estudos revelam que a técnica promissora permite a auto renovação das células

 

A anemia falciforme é uma doença hereditária que altera o formato dos glóbulos vermelhos, caracterizando-os com um aspecto de foice ou meia lua. Essa anormalidade faz com que o transporte de oxigênio no corpo seja mais difícil, devido à modificação da hemoglobina, que gera riscos de obstrução dos vasos sanguíneos e problemas como a anemia crônica, causada pela destruição dos glóbulos vermelhos. A partir disso pode se desencadear fraqueza, dor generalizada e apatia. Em casos mais graves, pode, inclusive, ocorrer complicações em outros órgãos devido ao bloqueio no fluxo sanguíneo, levando à insuficiência renal e cardíaca.

Segundo dados do Ministério da Saúde, coletados pelo Programa Nacional de Triagem Neonatal, cerca de 3.500 crianças nascem com a doença por ano no Brasil e, aproximadamente, 60 mil totalizam o número de indivíduos que possuem a enfermidade no país. O diagnóstico da anemia falciforme é sugerido por meio do teste do pezinho, dias após o nascimento da criança. "A partir disso é possível analisar a presença da doença por meio da verificação do tipo de hemoglobina e sua quantidade, por meio de exame de sangue chamado de eletroforese de hemoglobina. Quando o bebê possui somente um gene S, denominado hemoglobina AS, indica a presença do traço falciforme", explica Dr. Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP.

O tratamento convencional é feito com o uso de analgésicos e antibióticos, que ajudam no alívio das dores e o controle precoce das infecções. Em casos graves, realiza-se de transfusões de sangue para evitar o agravamento da anemia e melhorar o transporte de oxigênio.

Em busca de novos tratamentos, inclusive com o objetivo curativo da anemia falciforme, uma modalidade promissora é a terapia gênica. Para hemoglobinopatias, ela é utilizada, sobretudo para a anemia falciforme, baseando-se em modificar o DNA das células-tronco hematopoiéticas corrigindo o erro genético na raiz do problema, ou seja, na célula mãe. Em linhas gerais, as células-tronco do próprio indivíduo, seja do sangue do cordão umbilical ou outra fonte, são coletadas, levadas ao laboratório para correção do genoma e, após a manipulação celular, sua qualidade é testada e só então, reinfundidas no próprio paciente. Ou seja, este procedimento não depende de um doador compatível, como também não possui os efeitos colaterais graves de rejeição e imunossupressão como no transplante convencional. "O paciente não transplantado, com o passar dos anos, pode desenvolver muitas doenças, principalmente nos rins, fígado, pulmão e coração. Portanto, para evitar essas condições que limitam ou até impedem o transplante, o sangue do cordão umbilical, torna-se um aliado, uma vez que, é uma ferramenta valiosa da terapia gênica, pois impediria um retardo temporal no tratamento do paciente", comenta Tatsui.

Com o avanço da técnica de expansão celular do sangue do cordão umbilical, ou seja, o aumento quantitativo de células-tronco, tal transplante passa a ser muito seguro. "A técnica de expansão permitirá uma redução do tempo de internação, redução da necessidade de antibióticos e transfusão, pois o paciente apresentará menos infecções graves ou problemas de sangramento ou anemia. Em resumo, um custo menor e uma mortalidade reduzida. Aliado a terapia gênica, o tratamento será mais rápido e curativo, devido à abrangência maior em virtude do número de bancos de sangue do cordão, seja público ou privado.", esclarece.

Atentos a esses resultados promissores, o senado dos Estados Unidos aprovou uma lei, em dezembro de 2020, que autoriza o repasse de U$ 256 milhões de dólares para um programa de células-tronco, que comtempla o transplante de sangue de cordão umbilical expandido. O projeto possibilita avanços no tratamento e pesquisas até 2025.

 

Criogênesis

https://www.criogenesis.com.br


Gordura no sangue: conheça e saiba as diferenças dessas doenças

Triglicérides em excesso e taxas de colesterol muito altas podem não ser um sinal de má alimentação, mas indicar doenças como síndrome de quilomicronemia familiar (SQF) e hipercolesterolemia familiar (HF)

 

Nos exames de rotina, ao se deparar com altos níveis de colesterol ou de triglicérides, é muito comum que instantaneamente os hábitos alimentares ou até mesmo o aumento da intensidade das atividades físicas sejam repensados. Entretanto, existem doenças, como a síndrome da quilomicronemia familiar (SQF) e a hipercolesterolemia familiar (HF), que apresentam como principal sinal o alto nível dessas gorduras, mesmo que o indivíduo tenha hábitos totalmente saudáveis.

Para melhor compreender essas doenças relacionadas à gordura, é preciso entender o que são os triglicerídeos (TGs) e o colesterol. Ambos são conhecidos como os dois principais tipos de gordura que circulam pelo sangue. O triglicerídeo é um tipo de gordura presente no organismo e serve como uma reserva de energia[1]. Enquanto o colesterol é um composto gorduroso utilizado na produção das membranas celulares e de alguns hormônios[2].

Os triglicérides provêm de alimentos ricos em carboidratos e gordura. Esses alimentos, quando em excesso, podem elevar os níveis de triglicerídeos no sangue, causando diferentes problemas cardiovasculares[3]. Em alguns casos é necessário realizar ajustes na alimentação e, eventualmente, o uso de medicamentos entram no tratamento para reduzir os índices. Quando a condição está relacionada aos hábitos do indivíduo, em geral, os sinais clínicos podem estar presentes, no entanto se tornam mais exuberantes quando estão relacionados a outras doenças como a SQF.

A síndrome da quilomicronemia familiar (SQF), considerada uma doença hereditária rara, é responsável por apresentar altas taxas de triglicerídeos no sangue, podendo chegar a concentrações de até 10.000 mg/dL, em geral acima de 1.000 mg/dL, quando os níveis normais não deveriam passar de 150 mg/dL[1]. Estima-se que entre uma e duas em cada um milhão de pessoas no mundo seja afetada pela doença[1].

Segundo a médica especialista Maria Cristina Izar, ‘’nesses casos, o sangue fica bastante viscoso. Quando colhido, apresenta a aparência e consistência de um creme de leite, assim, além do risco de entupimento da agulha da seringa, é possível que os vasos capilares do pâncreas também fiquem obstruídos, impedindo que o sangue passe para as células, o que resulta na falta de circulação e em complicações que podem levar à morte’’.

A doença se caracteriza por uma falha no gene responsável pela produção da enzima lipoproteína lipase (LPL), ou por falhas em outros genes associados à função da LPL[1]. A LPL tem o papel de digerir os triglicérides presentes nos quilomícrons, que correspondem à primeira partícula de lipoproteína formada a partir da ingestão de alimentos. Os quilomícrons, quando sofrem a ação da LPL, transformam-se numa partícula que é removida pelo fígado[1,4].

A deficiência ou ausência da LPL provoca um acúmulo de quilomícrons, que são partículas de gordura que transportam os triglicérides pelo sistema sanguíneo. O excesso de quilomícrons eleva muito as taxas de triglicérides o que pode desencadear dores abdominais, pancreatites, alterações nos vasos da retina, chamadas de lipemia retinalis e lesões cutâneas, chamadas xantomas eruptivos, por deposição de gorduras nesses tecidos[1].

Embora a SQF seja uma doença crônica, a idade em que os pacientes apresentam sintomas pela primeira vez e os tipos de manifestações variam. O diagnóstico pode ser feito através do exame clínico ou laboratorial. Inicialmente, o médico pode identificar sinais, como hepatomegalia, que caracteriza o aumento anormal do tamanho do fígado, depósito de gorduras na pele e, em alguns casos, na retina. Entre as avaliações laboratoriais que podem ser feitas, está a da ausência ou baixa atividade da enzima LPL por meio de uma amostra de sangue. Além disso, também é possível realizar um exame genético[5].

No caso do colesterol, existem dois tipos: o LDL (colesterol ruim), isto é, aquele que se acumula nas artérias, estreitando-as, ocasionando acidente vascular ou doenças cardíacas, e o HDL (colesterol bom), responsável por retirar o colesterol ruim das artérias. Além disso, 70% dele é produzido pelo nosso corpo e somente o restante através da alimentação, ou seja, é de suma importância considerar a herança de alguma doença genética como uma possível causa de colesterol alto, principalmente se o indivíduo leva uma vida saudável e ainda assim apresenta alterações nos exames[6]. Ainda segundo a dra. Maria Cristina, o colesterol é fundamental para a produção de vitaminas no organismo, como a vitamina D, além de ser importante para a síntese de hormônios sexuais nas glândulas.

Por outro lado, quando há um nível extremamente elevado de colesterol, é preciso investigar a hipercolesterolemia familiar (HF), é uma doença genética do metabolismo das lipoproteínas cujo modo de herança é autossômico codominante e que se caracteriza por níveis muito elevados do colesterol da lipoproteína de baixa densidade (LDL-c), e pela presença de sinais clínicos característicos, como xantomas tendinosos e risco aumentado de doença arterial coronariana prematura[2].

A especialista explica que a primeira indicação para o diagnóstico é a dosagem do colesterol LDL. "Outro dado que completa o diagnóstico é a presença de muitos membros da uma mesma família com níveis elevados de colesterol LDL ou total. Além de ocorrências precoces de eventos cardiovasculares", completa.

Pacientes heterozigotos, herdam de um dos pais um gene defeituoso para o receptor de LDL e um gene normal, do outro. Entretanto a ausência de um de um gene funcional resulta em um aumento no nível de LDL para aproximadamente duas vezes o normal já na infância. Já os pacientes homozigotos herdam dois genes defeituosos, o que faz com que os receptores de LDL não tenham funcionalidade o que leva os pacientes a apresentarem uma hipercolesterolemia grave (650 a 1.000mg/dL)[2].

A médica reforça que, em caso de evolução da doença, sintomas como nódulos benignos, que são depósitos de colesterol nos macrófagos em células inflamatórias tendem a aparecer ao longo dos tendões, de Aquiles, joelhos e cotovelos.

 

Referencias
[1]Falko JM. Familial chylomicronemia syndrome: a clinical guide for endocrinologists. Endocr Pract. 2018;24(8):756-763.progra/
[2]https://https://www.scielo.br/j/abc/a/YCTd7bFnndPZRyB9VRQzBqS/?lang=pt&format=pdf
[3]https://https://www.scielo.br/j/abem/a/vX8p8HfT5tPkrCngs7BQRCG/?lang=pt#
[4]Baass A, Paquee M, Bernard S, Hegele RA. Familial chylomicronemia syndrome: an under recognized cause of severe hypertriglyceridaemia [published online ahead of print, 2019 Dec 16]. J Intern Med. 2019;10.1111/joim.13016.
[5]Sugandhan S, Khandpur S, Sharma VK. Familial chylomicronemia syndrome. Pediatr Dermatol. 2007;24(3):323-325
[6]SOUSA, Maria Karoline Silva de et al. O LADO BOM E O RUIM NA BIOQUIMICA DO COLESTEROL. Mostra Científica da Farmácia, [S.l.], v. 4, n. 2, aug. 2018. ISSN 2358-9124. 

Estudo espanhol observa menor risco de infecção por Covid-19 em pacientes com níveis adequados de vitamina D

Pesquisadores utilizaram bancos de dados do sistema público de saúde de Barcelona e da Catalunha avaliando registros de mais de 200 mil pacientes

Suplementação não substitui a vacinação e outras medidas de proteção contra o vírus

 

Uma pesquisa espanhola publicada no Journal of Endocrinological Investigation ¹ na segunda quinzena deste mês apontou que pacientes suplementados com vitamina D apresentaram discreta diminuição do risco de infecção por Covid-19.

Realizado com a população adulta de Barcelona e da Catalunha, o estudo foi feito com base nos bancos de dados do sistema público de saúde das cidades avaliando prontuários e registros de database, abrangendo um total de 201.445 pacientes acima de 18 anos de idade que faziam tratamento com vitamina D.

A amostra substancial traduz o resultado da suplementação rotineira. Ao comparar o subgrupo de pacientes que tinham vitamina D acima de 30 ng/mL com os que não suplementavam e tinham deficiência, foram encontrados ainda melhores desdobramentos nos quadros de Covid-19, com redução do risco de gravidade e mortalidade pela infecção viral.

De acordo com os autores, existem vários mecanismos fisiopatológicos que poderiam explicar os benefícios de alcançar um nível adequado de vitamina D, como pode proteger contra infecções, aumentando a produção de peptídeos antimicrobianos LL-37 - um dos principais componentes da imunidade inata.

O médico ginecologista, ex-secretário de saúde Campinas SP e consultor de saúde Odair Albano ressalta que a suplementação deve ser indicada por um médico de acordo com avaliação individual de cada paciente. Ele orienta, no entanto, quais medidas ajudam a aumentar os níveis de vitamina D no organismo. "A exposição ao sol, diariamente, por pelo menos 15 minutos, entre 10h e 16h, preferencialmente, sem protetor solar, é essencial para síntese na pele da vitamina D. Quando necessário, a suplementação ajuda na reposição nutricional".

Vale ressaltar, no entanto, que a suplementação não substitui os outros esforços para lidar com a pandemia, como a adesão à vacinação em seu ciclo completo (com as duas doses), o distanciamento social, o uso de máscaras e medidas sanitárias de higiene.

 


Referência:

¹ Oristrell, J., Oliva, J.C., Casado, E. et al. Vitamin D supplementation and COVID-19 risk: a population-based, cohort study. J Endocrinol Invest (2021). https://doi.org/10.1007/s40618-021-01639-9


Vinho é mais seguro do que cerveja para minimizar o risco de doença cardíaca

Beber menos de seis copos de álcool padrão australiano por semana está associado ao menor risco de desenvolver fibrilação atrial, mas nem todo álcool é criado da mesma forma, mostra uma nova pesquisa da Universidade de Adelaide.

Fibrilação atrial (FA) é uma frequência cardíaca irregular e rápida que pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e outras complicações relacionadas ao coração. Os sintomas incluem palpitações cardíacas, falta de ar e fraqueza.

Pesquisas anteriores mostraram que o consumo excessivo e grandes quantidades de álcool, aumentam o risco de desenvolver fibrilação atrial, mas não estava claro se o consumo de baixas quantidades de álcool aumenta o risco de desenvolver FA.

Este estudo, publicado hoje em JACC: Clinical Electrophysiology, usou dados do UK Biobank, um banco de dados de pesquisa em grande escala com informações de saúde coletadas de meio milhão de voluntários do Reino Unido.

O autor principal, Samuel Tu, do Centro de Distúrbios do Ritmo Cardíaco da Universidade de Adelaide, disse que os pesquisadores descobriram que aqueles que consumiam menos de seis bebidas alcoólicas padrão australianas por semana tinham o menor risco de desenvolver FA.

"Também descobrimos que o consumo de cerveja e cidra foi associado a um risco maior de fibrilação atrial, em comparação com o consumo de vinho tinto e branco", disse ele.

"Nossas descobertas sugerem que o consumo responsável de álcool até seis doses por semana é seguro em termos de minimizar o risco de fibrilação atrial. Para aqueles que consomem álcool atualmente, beber vinho tinto ou branco pode ser uma alternativa mais segura a outros tipos de bebidas alcoólicas".

"É importante ressaltar que essas descobertas não se aplicam a pessoas que já sofrem de fibrilação atrial, que podem descobrir que reduzir o consumo de álcool pode reduzir seus sintomas".

Os pesquisadores também investigaram se o número recomendado de bebidas por semana era diferente para homens e mulheres.

"Uma questão chave que buscamos responder neste estudo é se o efeito do álcool é diferente em mulheres e homens em termos de desenvolvimento de fibrilação atrial", disse Tu.

"A resposta é não - menos de seis drinques por semana é o limite para homens e mulheres."

 


Rubens de Fraga Júnior - professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: Samuel J. Tu et al, Risk Thresholds for Total and Beverage-Specific Alcohol Consumption and Incident Atrial Fibrillation, JACC: Clinical Electrophysiology (2021). DOI: 10.1016/j.jacep.2021.05.013


Nutricionistas contribuem com qualidade de vida de brasileiros

Profissionais são cada vez mais procurados por pessoas que buscam por uma dieta equilibrada com acompanhamento especializado


A imagem do nutricionista está quase sempre associada a dietas para emagrecer, mas este profissional se tornou uma fonte de conhecimento confiável sobre alimentação e saúde. O especialista também é responsável por realizar um acompanhamento alimentar que contribui para um organismo mais saudável, proporcionando melhor qualidade de vida e bem-estar.

Atualmente, segundo o Conselho Federal de Nutricionistas, existem no Brasil mais de 158 mil profissionais trabalhando para garantir uma qualidade de vida melhor para quem busca por uma alimentação mais saudável. Os setores de alimentação coletiva (30,8%) e nutrição clínica (30,4%) são as duas áreas com a maior concentração de profissionais, seguido da saúde coletiva (17,7%) e docência (11,4%).

"A presença de um nutricionista em um programa alimentar se torna fundamental porque ele tem o conhecimento necessário para fazer uma avaliação detalhada das condições de cada paciente. Ele considera individualidade, estado clínico, preferências alimentares, aversões e intolerância a algum tipo de alimento, doenças associadas à má alimentação e, até mesmo, questões psicológicas que podem interferir no metabolismo", explica Júlia Canabarro, nutricionista da starturp de nutrição Dietbox .

A profissional lista alguns benefícios do acompanhamento nutricional:


Manutenção do peso e da saúde

Muitas pessoas associam a nutrição apenas ao emagrecimento e a dietas restritivas. Na verdade, o nutricionista é responsável por propor um plano alimentar adequado e de acordo com as necessidades e objetivos de cada indivíduo. Assim, seja qual for a meta, emagrecer, ganhar peso ou manter, será de forma saudável. O acompanhamento de um nutricionista ajudará nesta etapa de forma equilibrada e personalizada, de acordo com as particularidades de cada pessoa.


Fornecer nutrientes adequados para cada organismo

Algumas pessoas ficam doentes com frequência, apresentam unhas quebradiças e não possuem energia para o dia a dia. Esses problemas podem estar associados a uma questão nutricional, quando a quantidade de nutrientes consumidos não seja suficiente. Por isso, o profissional pode ajudar a identificar onde está este desequilíbrio e como corrigi-lo.


Minimizar restrições alimentares

As pessoas com algum tipo de restrição alimentar também devem procurar um nutricionista. Somente um profissional terá propriedade para avaliar quais os melhores alimentos que podem contribuir para a saúde de cada paciente.


Combater doenças influenciadas pela alimentação

Alguns alimentos podem ser vistos como vilões para pessoas com diabetes ou hipertensão, mas quando existe acompanhamento de um nutricionista, podem ser consumidos da maneira adequada. Nesses casos, o profissional pode elaborar um cardápio específico para as necessidades e preferências do paciente.


Melhora da saúde

Doenças associadas à má alimentação como anemia, falta de Vitamina A, desnutrição, obesidade, diabetes e hipertensão têm aumentado graças ao uso exagerado de industrializados na rotina. Uma alimentação saudável e equilibrada, acompanhada de um nutricionista, pode melhorar muitas os seus hábitos e prevenir a longo prazo muitas patologias.

 


 Dietbox 

 https://dietbox.me


A voz também envelhece: especialista ensina a cuidar da saúde das cordas vocais

Professor de canto Marcio Markkx, mestre em fonoaudiologia pela PUC-SP, explica que as cordas vocais são como os músculos do corpo. Se não treinar, elas perdem força

 

Você sabia que a voz também envelhece com o passar dos anos? Sim, isso já está comprovado. Para garantir a longrevidade da voz, é muito importante ter alguns cuidados com as cordas vocais, como indica o professor de canto Márcio Markxx, mestre em fonoaudiologia pela PUC-SP. E isso não vale apenas para quem usa a voz como ferramenta de trabalho: vale para todo mundo que quer continuar falando até o fim da vida.

“Cuidar da voz é como cuidar do corpo. Se não ficarmos atentos, perdemos condicionamento físico e musculatura. É por isso que alguns idosos começam a falar baixinho”, afirma o professor.

Segundo ele, a qualidade da voz interfere muito nos resulados que temos no dia a dia, seja nas relações pessoais como no desempenho profisisonal. Com uma voz saudável, é possível transmitir segurança ao comunicar e também sustentar um tom afinado na hora de cantar, por exemplo.

O processo de envelhecimento da voz, chamado de presbifonia, é perceptível a partir dos 65 anos de idade. Ele está diretamente ligado à saúde física e também emocional de uma pessoa, além das condições ambientais e os cuidados do dia a dia.

A presbifonia causa alterações na voz porque a laringe, onde é produzido o som por meio da vibração das pregas vocais e do ar que vem dos pulmões, é a principal estrutura afetada. Sendo assim, a voz acaba perdendo a flexibilidade, resistência e força; ficando mais fraca e rouca.

"Gritar ou cochichar, fumar, dormir pouco, abusar do consumo de álcool, abusar de alimentos condimentados como chocolates, excesso de leite e seus derivados e usar a voz excessivamente sem aquecimento prévio, no caso de cantores e narradores, por exemplo, são alguns hábitos que favorecem e aceleram esse envelhecimento", explica Marcio Markxx.

Se uma pessoa quer cantar, sozinha ou em uma banda, manda, você gosta de cantar solo, com a banda de música ou até no chuveiro, você pode seguir as recomendações para manter a saúde das pregas vocais em dia.

Myla Duarte, é cantora e intérprete há mais de 30 anos, e afirma que os treinos para as cordas vocais têm ajudado ela a manter a sua voz saudável e forte com o passar do tempo.

“Eu amo os palcos e uso muito a minha voz, de uns anos para cá estou sentindo mais facilidade para alcançar notas graves, mas eu me cuido desde nova e acredito que todos tenham que se cuidar também”.

O professor de canto Marcio Markkx listou algumas dicas e exercícios para fazer em casa, e garantir longevidade vocal. Veja a seguir:

Para ajudar a manter a voz saudável inspire e produza uma vibração com a língua, em "Trrrrr", soltando o ar e sentindo a vibração da língua no céu da boca retraindo o abdômen devagar e controlando o ar. Em seguida inspire e faça uma vibração com os lábios, em "Brrrr", até o ar acabar, trabalhando o abdômen também.

Beba água: para manter as pregas vocais em boas condições é preciso hidratá-las durante o dia com água, de preferência em temperatura natural.

Durma bem: ter uma boa noite de sono regular permite que o corpo e a mente descansem e recarreguem as energias.

Cuidado com o pigarro: evite beber leite, chocolates e bebidas gasosas antes de cantar. Essas bebidas aumentam a secreção da garganta, o famoso pigarro, que pode causar um choque nas pregas vocais.

Evite gritos e cochichos: procure falar normalmente, pois usar a voz em tons diferentes do habitual (alto ou baixo) é necessário um esforço maior, podendo provocar a formação de nódulos nas cordas vocais.

Respire com o diafragma: esse tipo de respiração auxilia a regular o organismo e o sistema nervoso.


Evite o cigarro: É o maior inimigo da voz e da laringe.

Cientistas investigam como a infecção pelo SARS-CoV-2 pode levar a problemas renais

 Perda da proteína ACE2 – usada pelo novo coronavírus para invadir a célula humana – desequilibra sistemas que regulam funções essenciais no organismo, sobrecarregando o aparelho urinário e provocando lesões nos rins que podem se tornar permanentes (ilustração: Holly Fischer/Wikimedia Commons)

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Artigo publicado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) na revista Frontiers in Physiology discute mecanismos pelos quais o novo coronavírus provoca lesões nos rins de pacientes com COVID-19. O estudo de revisão pode embasar novas pesquisas voltadas à busca de um tratamento capaz de prevenir problemas mais graves no sistema renal ou até mesmo o desenvolvimento de uma doença crônica.

O trabalho mostrou que a interação do vírus com a enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2, na sigla em inglês), além de permitir a infecção e replicação do SARS-CoV-2 na célula humana, pode provocar importante desequilíbrio nos sistemas renina-angiotensina (que regula a pressão arterial) e calicreína-cinina (envolvido em vários processos biológicos), influenciando, por exemplo, inflamação, controle da pressão sanguínea e proliferação celular.

Esse comprometimento da função biológica da ACE2 pode levar à redução do fluxo sanguíneo renal e da taxa de filtração glomerular (TFG), alterando a capacidade dos rins de eliminar substâncias (metabólitos) que em excesso são tóxicas para o organismo. Além disso, há um aumento da vasoconstrição, que também sobrecarrega e compromete a função renal.

“Estudos e revisões sistemáticas confirmaram a incidência de 20% a 40% de lesão renal aguda em pacientes com COVID-19. Agora estão sendo publicados dados mostrando que em alguns casos a recuperação é mais lenta e em outros há sequelas, necessitando de diálise para esses pacientes”, afirma a pesquisadora Nayara Azinheira Nobrega Cruz, primeira autora do artigo.

Conduzido na Escola Paulista de Medicina da Unifesp, o trabalho integra o doutorado de Cruz e teve apoio da FAPESP por meio de três projetos (18/16653-717/17027-0 e 18/23953-7).

Outra parte do estudo, que analisou um conjunto de dados relacionados à infecção pelo SARS-CoV-2 em gestantes e o papel de ACE2 na placenta, também foi publicada recentemente na Clinical Science. Mostrou que grávidas infectadas pelo novo coronavírus correm mais risco de desenvolver pré-eclâmpsia, caracterizada pela elevação da pressão arterial materna e que pode trazer complicações para mãe e bebê (leia mais em: https://agencia.fapesp.br/36563/).

Uma das orientadoras da pesquisa, juntamente com o diretor superintendente do Hospital do Rim e integrante do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, José Medina Pestana, a professora Dulce Elena Casarini destaca a preocupação com um possível crescimento de casos graves de lesão nos rins decorrentes da COVID-19.

“Se há um aumento agora pela procura de diálise, no futuro poderemos ter demanda maior por transplantes”, diz a professora, em entrevista à Agência FAPESP.

No Brasil, o número de transplantes de rim se manteve em pouco mais de 5.900 ao ano entre 2017 e 2019, segundo dados do Ministério da Saúde. Mas a lista de espera por esse tipo de órgão teve aumento, passando de 28.351 pacientes para 29.554 no mesmo período.

Pesquisa de grupo internacional publicada no dia 1º de setembro no Jornal da Sociedade Americana de Nefrologia, com base em dados dos Estados Unidos, apontou que, em média, sete pessoas precisaram de diálise ou de transplante de rim a cada 10 mil pacientes de COVID-19 com quadros leves ou moderados. Entre os pacientes infectados com o coronavírus e não hospitalizados, o risco de sofrer lesão renal aguda em um período de seis meses foi 23% maior se comparado aos não infectados.

Múltiplas funções

Supervisora do Laboratório de Rim e Hormônios da Unifesp, Lilian Caroline Gonçalves de Oliveira, coautora do artigo, afirma que um dos pontos analisados foi o papel de ACE2 na patogênese da COVID-19.

“A importância de ACE2 como receptor para internalização do SARS-CoV-2 na célula já estava comprovada. Com essa interação entre vírus e receptor, a enzima deixa de desempenhar a função protetora, o que acaba tornando o sintoma de COVID-19 cada vez mais preocupante”, afirma Oliveira.

No estudo, o grupo destaca que o mecanismo exato de complicação renal em pacientes com o novo coronavírus ainda é desconhecido e pode ser multifatorial. Porém, aponta que a infecção é capaz de provocar lesão indireta nos rins devido à inflamação sistêmica, à insuficiência de oxigênio transportado para os tecidos do corpo (hipoxemia) e ao desequilíbrio do sistema renina-angiotensina.

Esse sistema compreende uma série de reações que ajudam a regular a pressão arterial. Quando a pressão cai, por exemplo, os rins liberam a enzima renina na corrente sanguínea. Ela produz angiotensina 1, que é convertida pela ACE em angiotensina 2, um hormônio ativo que atua nas paredes musculares das pequenas artérias levando à vasoconstrição. Em condições normais, há um balanço harmônico entre ACE e ACE2 para manter a homeostase do organismo.

Além disso, o novo coronavírus pode infectar células renais causando lesão direta e comprometimento do sistema renina-angiotensina intrarrenal, contribuindo assim para doenças agudas e de longo prazo. “Fizemos um compilado para embasar futuros estudos e mostrar a importância do impacto da COVID-19 em outros órgãos, além do sistema respiratório”, diz Cruz.

O artigo Angiotensin-Converting Enzyme 2 in the Pathogenesis of Renal Abnormalities Observed in COVID-19 Patients pode ser lido em www.frontiersin.org/articles/10.3389/fphys.2021.700220/full#h4.


 

Luciana Constantino

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/cientistas-investigam-como-a-infeccao-pelo-sars-cov-2-pode-levar-a-problemas-renais/36796/


No Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, especialistas reforçam a importância da atividade física

Controle das emoções, redução do estresse e diminuição da ansiedade são alguns benefícios causados pela prática regular de exercício físico

 

Você sabia que além do bem-estar físico, ser ativo pode ajudar a regular os hormônios, evitar e tratar doenças? A atividade física traz inúmeros benefícios e pode ser uma ferramenta no cuidado com a saúde mental. Pesquisas demonstram que a prática regular de exercícios, além dos benefícios fisiológicos, acarreta ganhos psicológicos, tais como: melhor sensação de bem-estar, humor, autoestima, assim como, redução da ansiedade e depressão, que são grandes causas de suicídio no mundo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é um transtorno comum em todo o mundo. Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas sofram com ele e, 5,8% da população brasileira é afetada pela doença. O Brasil ocupa a segunda colocação na América com mais casos, atrás apenas dos Estados Unidos, com 5,9%. Essa é uma doença comumente associada ao suicídio. E, para conscientizar a população sobre a importância dos cuidados e atenção ao tema, hoje, 11 de setembro, lembra-se o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Márcio Silva, especialista em exercício físico para grupos especiais, da Bodytech Brasília, pontua que o exercício tem efeito terapêutico, liberando o hormônio conhecido como "endorfina", que ajudará no processo de analgésico natural, reduzindo/minimizando as tensões, regulando as emoções, diminuindo a ansiedade, aumentando a cognição e reduzindo o stress.

A médica psiquiatra e presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília, Renata Figueiredo, complementa que ser ativo é mais importante para a saúde mental do que se pensa. "Praticar exercícios físicos reduz os níveis de estresse e ansiedade de forma considerável, além de melhorar a capacidade cognitiva da pessoa", destaca. "A endorfina, liberada durante o exercício, é conhecida como hormônio da felicidade. Bons níveis dessa substância trazem melhora na qualidade do sono, disposição física e mental, melhora de memória e fortalecimento do sistema imunológico", conclui
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