Pesquisar no Blog

terça-feira, 3 de agosto de 2021

Jornada de mais de cinco dias de trabalho na semana expõe motofretistas a acidentes

Pesquisa realizada pela Fipe durante os dois dias do Pit Stop do Detran.SP aponta que 60% se machucaram durante o serviço 

 

Estudo realizado com exclusividade pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) durante os dois dias do Pit Stop do Programa Motofretista Seguro, do Detran.SP, revela que 60% dos moto entregadores já sofreram acidentes durante o serviço e 64% trabalham mais de cinco dias na semana. Ao todo, foram realizadas 602 entrevistas com os participantes do evento.

 

 

“O objetivo da pesquisa foi verificar suas condições de trabalho para dar o devido amparo a uma categoria profissional que tanto tem contribuído com a população durante a pandemia”, destaca Neto Mascellani, presidente do Detran.SP.

 

Para Luiz Natal Rossi, pesquisador da Fipe que coordena as atividades da parceria entre a fundação e o Programa Motofretista Seguro, o estudo pode corroborar com uma coleta de dados mais ampla, a fim de viabilizar melhores condições de trabalho para esses condutores.

 


“É preciso analisar que embora seja uma pesquisa preliminar de cunho social, feita com o público muito específico, temos uma amostra da situação de risco que os motofretistas estão expostos. Dos 60% que revelaram envolvimento em acidentes de trânsito, 32% consideraram que foram ocorrências graves”, ressalta Natal.

 

Dos motofretistas que afirmaram que já se acidentaram, 30% ficaram afastados de seis meses a um ano. E o trabalho de entrega é a principal fonte de renda dos entrevistados. 91% trabalham para aplicativos e 67% trabalham mais de oito horas por dia.

O trabalho informal é outro ponto relevante na pesquisa: 92% não possuem carteira assinada e 58% sequer tem a Carteira de Trabalho e Previdência Social.

 

Jairo Pimentel Júnior, pesquisador da Fipe que coordena pesquisas sociais sobre perfil socioeconômico e condições de trabalho dos motofretistas, reforça que, embora a maioria tenha uma jornada de mais de oito horas por dia, os entrevistados gostam do que fazem.


Acidentes envolvendo motofretistas durante o trabalho

 

 

“É preciso analisar que embora seja uma pesquisa preliminar de cunho social, feita com o público muito específico, temos uma amostra da situação de risco que os motofretistas estão expostos. Dos 60% que revelaram envolvimento em acidentes de trânsito, 32% consideraram que foram ocorrências graves”, ressalta Natal.

 

Dos motofretistas que afirmaram que já se acidentaram, 30% ficaram afastados de seis meses a um ano. E o trabalho de entrega é a principal fonte de renda dos entrevistados. 91% trabalham para aplicativos e 67% trabalham mais de oito horas por dia.


O trabalho informal é outro ponto relevante na pesquisa: 92% não possuem carteira assinada e 58% sequer tem a Carteira de Trabalho e Previdência Social.

 

Jairo Pimentel Júnior, pesquisador da Fipe que coordena pesquisas sociais sobre perfil socioeconômico e condições de trabalho dos motofretistas, reforça que, embora a maioria tenha uma jornada de mais de oito horas por dia, os entrevistados gostam do que fazem

“Temos um resultado que 66% estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o trabalho de motofretista. Mais importante do que a quantidade de dias, a jornada em horas parece se mostrar mais relevante para aumentar ganhos. E quem considera que tem bons ganhos estão mais satisfeitos, mesmo se trabalharem até cinco dias da semana”.

 

 

 

 

Acidentes envolvendo motociclistas no Estado

 

De acordo com os novos dados do Infosiga SP, sistema do Governo do Estado gerenciado pelo programa Respeito à Vida e Detran.SP, o Estado de São Paulo registrou aumento de 6,9% entre janeiro a junho de 2021 na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 38.924 ocorrências ante 36.420 em 2020.

Já acidentes fatais envolvendo motos resultaram em 148 óbitos no primeiro semestre de 2021 e 146 nos seis primeiros meses de 2020 (aumento de 1,3%).

“É preciso analisar que embora seja uma pesquisa preliminar de cunho social, feita com o público muito específico, temos uma amostra da situação de risco que os motofretistas estão expostos. Dos 60% que revelaram envolvimento em acidentes de trânsito, 32% consideraram que foram ocorrências graves”, ressalta Natal.

 

Dos motofretistas que afirmaram que já se acidentaram, 30% ficaram afastados de seis meses a um ano. E o trabalho de entrega é a principal fonte de renda dos entrevistados. 91% trabalham para aplicativos e 67% trabalham mais de oito horas por dia.

O trabalho informal é outro ponto relevante na pesquisa: 92% não possuem carteira assinada e 58% sequer tem a Carteira de Trabalho e Previdência Social. 

Jairo Pimentel Júnior, pesquisador da Fipe que coordena pesquisas sociais sobre perfil socioeconômico e condições de trabalho dos motofretistas, reforça que, embora a maioria tenha uma jornada de mais de oito horas por dia, os entrevistados gostam do que fazem

 


 

“Temos um resultado que 66% estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o trabalho de motofretista. Mais importante do que a quantidade de dias, a jornada em horas parece se mostrar mais relevante para aumentar ganhos. E quem considera que tem bons ganhos estão mais satisfeitos, mesmo se trabalharem até cinco dias da semana”.

 

 

 

Acidentes envolvendo motociclistas no Estado

 

De acordo com os novos dados do Infosiga SP, sistema do Governo do Estado gerenciado pelo programa Respeito à Vida e Detran.SP, o Estado de São Paulo registrou aumento de 6,9% entre janeiro a junho de 2021 na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 38.924 ocorrências ante 36.420 em 2020.

Já acidentes fatais envolvendo motos resultaram em 148 óbitos no primeiro semestre de 2021 e 146 nos seis primeiros meses de 2020 (aumento de 1,3%).


Educação não é modinha, é investimento perene

Victor Rocha, especialista em vendas e treinamentos, com mais de 20 anos de experiência, traz para debate o investimento em franquias de educação durante a crise

 

Investir em uma franquia, no mercado atual, é um tiro certeiro para quem quer alavancar sua vida financeira e se desenvolver profissionalmente. O cuidado que deve ser tomado é em qual tipo de franquia apostar, e se atentar se a modalidade escolhida não é parte de um mercado passageiro.

 

Já dizia Charles Duhigg: “Bons líderes aproveitam crises para reformular hábitos organizacionais”. Eu acrescento a esta frase e ainda digo que bons líderes também aproveitam o momento da crise para se reinventar e surpreender o mercado. Posso afirmar com garantias que a educação é um mercado perene para quem tem visão estratégica. 

 

No setor da educação, ao contrário do que muitos pensam, é possível ser um explorador e se aventurar nas suas diversas divisões. Eu, por exemplo, entendi que precisava fundar uma escola online de desenvolvimento humano porque enxerguei a necessidade de atenção nas soft skills no mercado atual.

 

Estou no ramo da educação, que é um ramo totalmente essencial independente da fase econômica, porém mesmo assim consegui me reinventar e me colocar em ação mesmo quando muitos outros negócios estavam parando.

 

Esse é o segredo para quem quer investir: a oportunidade não surgirá na sua frente, porque ela já existe. Basta você percebê-la. E no mercado da educação, basta você ter a qualificação e competência correta que oportunidades não faltarão, pois é um ramo com alto poder de mercado.

Minha dica para quem está buscando um novo negócio: invista em consistência, invista na educação. Além de ser um mercado constante, é um mercado em alta e, acima de tudo, um mercado muito necessário.

É só pararmos para analisar a crise pela qual acabamos de passar: a pandemia mundial. Com um rápido olhar nos setores mundiais, qualquer um consegue enxergar que não houve recuo no mercado educacional. Pelo contrário, graças à sua flexibilidade, acredito que houve um avanço considerável.

 

Também podemos enxergar o mercado educacional como um mercado de alto impacto, sem dúvidas. É um ramo em que você lida diretamente com vidas e cria oportunidades de futuro. Na minha escola de desenvolvimento humano, gosto de dizer que crio sonhos e ajudou a realizá-los. Então se você quer trabalhar com desenvolvimento de pessoas, está no ramo certo.

Para fecharmos o assunto, garanto a vocês: invistam na educação, invistam em pessoas e vejam o mercado se movimentar e crescer diante de seus olhos.

 


Victor Rocha

Presidente e Fundador da BiUP Educação


Olimpíadas 2021: atletas revelam aprendizados do esporte que aplicam em seus negócios

O Sebrae entrevistou medalhistas olímpicos e de outras competições que hoje são empreendedores. Persistência, disciplina, proatividade, trabalho com metas e objetivos bem definidos são algumas das características que esportistas levam para o mundo dos negócios quando decidem empreender


Adriana Samuel, medalhista olímpica por duas vezes, pioneira nos jogos de vôlei de praia feminino nas Olimpíadas, em 1996, trouxe medalha de prata, de Atlanta para o Brasil. Nos anos 2000, jogou em Sidney, trazendo para casa o bronze. Pedro Pizarro, campeão brasileiro de remo, com apenas 19 anos de idade, foi convocado para a seleção brasileira. Conquistou várias medalhas, liderou equipes e até hoje treina grandes potências do esporte. As duas personalidades carregam em comum, além da paixão pelo esporte, a atitude empreendedora.

Já é uma tradição, de quatro em quatro anos as Olimpíadas despertarem multidões de expectadores do mundo inteiro para acompanhar as provas de atletas de excelência. Nesta edição, em Tokyo, são mais de 12 mil esportistas divididos em 46 modalidades em disputa. Além da emoção e do orgulho durante a corrida pelas medalhas, o esporte traz consigo diversas lições que podem ser aplicadas no empreendedorismo. Tanto é que diversos atletas conseguem estruturar seus próprios negócios, ao longo de suas carreiras, aproveitando características fortalecidas no mundo do esporte.

A medalhista olímpica Adriana Samuel
Divulgação 

Foi assim com Adriana Samuel, a ex-jogadora de vôlei. Hoje ela administra três negócios: a Escola Adriana Samuel, o projeto Sem Barreiras, além de uma consultoria em gestão de patrocínios que oferece para outras empresas e atletas. “Os dois primeiros são projetos sociais que já eram latentes em mim, desde a época em que eu treinava. O esporte mudou a minha vida, mudou a vida do meu irmão (Tande) e essa foi uma forma que encontramos de retribuir para a sociedade um pouco disso. A ideia é ensinar, dar oportunidade para tantas pessoas que sonham em ser atletas. Já o trabalho de consultoria, surgiu organicamente. Eu costumo dizer que o vôlei foi a minha faculdade. No começo, a gente não tinha um empresário para buscar patrocínio, treinadores, terapeutas. Eu fazia isso sem imaginar que se tornaria meu ofício hoje em dia”, relembra Adriana.

De acordo com a atleta, o esporte transformou sua mentalidade, despertando diversos potenciais que ela desconhecia. “Me descobri no esporte, descobri capacidades, descobri paixões. O trabalho que faço hoje pelos atletas, eu fazia por mim e por minha equipe. Tem muito da veia empreendedora nisso. A disciplina, a iniciativa, a tomada de decisões, o apreço pela qualidade e pela eficiência são todas características de empreendedores e de esportistas também”, analisa Adriana.

“Empreender no Brasil não é fácil, porque você tem um sonho, você imagina sua empresa resolvendo problemas, mas precisa tirar aquelas ideias do papel. São vários nãos ao longo da história, é por isso que você precisa acreditar muito. Ter muita persistência, planejamento, metas e trabalhar com objetivos reais e bem definidos. Tudo isso eu trouxe do esporte. A vida do atleta também é assim. Imagina, ele não pode desistir na primeira derrota, achar que está errado e parar. É preciso recalcular a rota e continuar”, indica a medalhista olímpica e empreendedora.


Superando desafios do cotidiano

Dono de uma das maiores academia de remo olímpico da capital federal, a @Crossrowing, o campeão brasileiro Pedro Pizarro, também leva consigo diversas lições do esporte para a vida empreendedora. “Com certeza há muitas similaridades. A gente brinca que o atleta mata um leão por dia. Tem uma prova de remo com 2km, que eu digo para os alunos que quem completa ela é capaz de resolver qualquer problema na vida. A realidade é que o esporte te prepara não só para as provas, mas para os desafios do cotidiano mesmo, as pessoas ganham mais sabedoria com a vivência dos treinos”, afirma Pizarro.

Ainda durante sua carreira no remo, Pedro teve a oportunidade de comprar uma tradicional escola do esporte em Brasília, com apenas 21 anos. “Na época eram 30 alunos, mas quando eu assumi com um amigo, muitos ficaram receosos com a nova administração e deram baixa na matrícula. Eu comecei então com 15 alunos que acreditavam na nova história que viria. Em três anos nos tornamos a maior escola de remo do Brasil, com mais de 400 matrículas. O tempo passou e esse projeto ficou estável, não me trazia tantos desafios. Vendi o negócio e dei uma pausa”, conta ele.

Pedro Pizarro e alunos no Lago Paranoá, em Brasília
Divulgação 

Após dois anos de reflexão e planejamento, Pedro Pizarro retornou ao mundo dos negócios, inspirado nas dinâmicas norte-americanas de treinos coletivos. “A Crossrowing nasceu com uma pegada mais dinâmica, com treinos coletivos, horários marcados, gerando um clima de parceria. As equipes se entrosam, há muita sinergia. Acaba que o ambiente de treino se torna uma comunidade, existe uma motivação a mais. Nós misturamos o remo com o crossfit e resultado tem sido fantástico. Hoje temos três atletas sondados pela seleção brasileira, já foram convidados para jogar pelo Flamengo, no Rio de Janeiro e venceram vários campeonatos. Então, eu acho que o esporte me deu muito disso, de parar, analisar, planejar, me inspirar, não desistir e buscar inovar”, diz ele.

Para a analista de competitividade do Sebrae, Hannah Salmen, as capacidades empreendedoras não são usadas somente em negócios, mas em toda a trajetória de vida das pessoas. “Praticar esportes profissionalmente é também uma forma de empreender. O esporte e o empreendedorismo possuem uma convergência muito maior do que pode aparentar num primeiro momento, pois em ambos é fundamental que se tenha disciplina, foco, metas bem definidas, perseverança e principalmente ética. Via de regra o esporte te ensina competir, ou seja, a perder e, mais importante, te ensina a ganhar e como ganhar do jeito certo, conhecendo suas potencialidades e pontos de melhoria e respeitando o seu oponente, que no mercado é o seu concorrente”, declara.

Hannah comenta que no caso do empreendedorismo social, as competências empreendedoras são igualmente evidentes. “Ainda há muito a ser transformado na sociedade, tanto o empreendedorismo quanto o esporte podem fazer isso, desde a infância até a vida adulta. Porém, ainda existe pouco apoio na promoção dos esportes (especialmente os olímpicos), o que requer além de resiliência, uma constante prospecção de oportunidades, fontes de apoio e capacidade de inovação para que sua iniciativa seja bem-sucedida”, complementa.

 

Justiça determina que planos de saúde forneçam remédio à base de canabidiol para criança de 3 anos

Menina sofre de epilepsia e usará produto para amenizar crises diárias de convulsões


O juiz Thiago Gonçalves Alvarez, da 3ª Vara Cível de São Vicente (SP) determinou, na última quinta-feira (29), que os planos de saúde SulAmérica e Qualicorp forneçam produto à base de canabidiol, derivado da planta Cannabis, a uma menina de três anos, que sofre, dentre outras doenças, de epilepsia focal estrutural grave. O magistrado concedeu a tutela de urgência antecipada, atendendo ao pedido do advogado da criança, Fabricio Posocco, do escritório Posocco & Advogados Associados. Deste modo, as rés têm cinco dias para providenciar o fármaco sob pena de multa diária de R$ 1 mil, até o limite de R$ 100 mil.

A mãe da menina procurou a Justiça depois que o pediatra neonatologista e a neuropediatra receitaram a substância para controlar as crises diárias de convulsões, mas os planos de saúde negaram o tratamento.

Segundo a SulAmérica e a Qualicorp, o medicamento não consta no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Para o juiz, que analisou o caso, “as doenças de que padece a autora constam da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, da Organização Mundial de Saúde (OMS) e estão, por isso, aparentemente cobertas pelo plano de saúde contratado”.

Na decisão judicial, o magistrado citou a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ): “O plano de saúde pode estabelecer quais doenças estão sendo cobertas, mas não que tipo de tratamento está alcançado para respectiva cura”; e do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP): “Havendo expressa indicação médica, é abusiva a negativa de cobertura de custeio de tratamento sob o argumento da sua natureza experimental ou por não estar previsto no rol de procedimentos da ANS”.

Dito isto, Alvarez ordenou que as rés providenciem o canabidiol 200 mg/ml, na dose de 1ml de 12/12h, ao longo do tratamento domiciliar da autora e nos termos da recomendação e prescrição médicas. “Preferencialmente, o produto Canabidiol Prati-Donaduzzi, fabricado pela Prati-Donaduzzi, no Brasil”.



História da pequena guerreira

A menina nasceu com cardiopatia congênita, que é uma malformação cardíaca ocorrida durante o desenvolvimento do coração do feto no útero materno. Por isso, com 7 meses de vida foi submetida à plastia de válvula mitral. A cirurgia tem como objetivo conservar ao máximo a estrutura original, reparando o que for necessário, mas não correu bem. Após 10 dias, necessitou de colocação de prótese valvar. Ficou sedada por mais de 10 dias e seu quadro evoluiu para acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi).

Como sequela, a criança apresenta epilepsia focal estrutural grave, paralisia cerebral, transtornos específicos da fala e da linguagem. O quadro leva ao atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, podendo gerar deficiência intelectual.

Ao longo desses três anos, a menina fez uso de diversas medicações antiepiléticas sem melhora nas crises, como Fenobarbital, Vigabatrina, Topiramato, Nitrazepam e Levetiracetam. Além de seis meses de dieta cetogênica, que também mostrou-se ineficaz.

Com epilepsia de difícil controle, seus médicos iniciaram o uso de canabidiol e constataram redução de 80% das crises convulsivas no primeiro mês da utilização do produto.

"Melhorou muito sua qualidade de vida. Também nota-se grande avanço no desenvolvimento neuropsicomotor”, afirmou a neuropediatra e neurofisiologista Paula Girotto.

"O recurso terapêutico apresentou bom controle dos espasmos, tornando-a mais alerta, mais interativa com a família e mais participativa nas sessões de reabilitação", revelou o pediatra neonatologista Allan Chiaratti de Oliveira.

Com esses bons resultados, a família, que não tem recursos financeiros, pede para que os planos de saúde, das quais a criança é beneficiária, forneçam a substância, comercializada por R$ 4.789,90.

De acordo com o advogado Fabricio Posocco, a necessidade do tratamento almejado não decorre da vontade do paciente ou de seus pais, mas sim de indicação médica que visa garantir a integridade física, a saúde e a própria vida da menina, que necessita, urgentemente, do canabidiol, sob pena de piora nas suas condições clínicas, podendo culminar com a sua morte. “Não fica difícil reconhecer que a pequena autora é uma guerreira, que vem lutando dia a dia com grandes dificuldades para sua regular sobrevivência”.

A ação segue no Poder Judiciário. A família também discute a existência de danos morais em favor da menor, por causa da negativa do plano de saúde em fornecer o medicamento.



Posocco & Advogados Associados

www.posocco.com.br



Emanuelle Oliveira (Mtb 59.151/SP)


Sebrae apoia isenção da distribuição dos lucros do Simples, prevista no novo relatório da reforma Tributária

Instituição ainda gostaria que fosse revista a obrigatoriedade da escrituração contábil e o reajuste do limite mínimo para a cobrança do adicional de IRPJ

 

O Sebrae comemorou a iniciativa do deputado Celso Sabino (PSDB/PA), relator da Reforma Tributária, de manter, no substitutivo apresentado, a isenção de tributação sobre rendimento líquido das empresas de 20% para empresas do Simples Nacional. Para a instituição, a isenção é positiva para a manutenção das micro e pequenas empresas brasileiras e respeita o tratamento diferenciado e simplificado para o segmento, previsto na Constituição Federal.

“Nós vemos com muito bons olhos a alteração no relatório que mantém a isenção na distribuição de lucros das pequenas empresas, optantes pelo Simples Nacional, para seus titulares ou sócios dentro dos limites do Lucro Presumido, de acordo o artigo 14 da Lei Complementar 123/2006”, comenta o gerente de Políticas Públicas do Sebrae, Silas Santiago.

Apesar da manutenção desse ponto, a proposta ainda merece revisão. Silas Santiago destaca que continua preocupando as diretrizes para a obrigação da escrituração contábil para os pequenos negócios do Lucro Presumido, o que trará complexidade para o segmento. “Isso aumenta os custos de cumprimento, o custo Brasil e o custo de conformidade e não traduz a necessidade do tratamento diferenciado para as micro e pequenas empresas”, pontua o gerente.

O Sebrae ainda defende que o adicional do Imposto de Renda, que são os 10% cobrados a partir de determinado lucro mensal da empresa, seja revisto. “Esse item foi instituído em 1996 e desde então não houve correção. Nós entendemos que isso tem que ser corrigido também, pois afeta as micro e pequenas empresas optantes pelo Lucro Presumido”, explicou Silas Santiago.


Porque alguns especialistas fracassam?

São vários os motivos, mas muitos fracassam por conta da armadilha da mentalidade de empregado, que funciona da seguinte maneira: você começa vendendo o seu atendimento, produto ou serviço barato e depois, vai aumentando. O problema é que quando essa transição do preço do mais baixo para o mais alto falha, o especialista se vê com a agenda cheia, com medo de aumentar e perder clientes no processo e acaba com uma qualidade de vida péssima, sem tempo para viver a vida.

Agora, de onde vem isso? Da mentalidade de empregado, em que a maioria de nós foi ensinada a começar de baixo e ir crescendo aos poucos. Muitas histórias são contadas valorizando o esforço de quem vem de baixo e isso acaba criando um mito e guiando a carreira de muitos especialistas experientes.

O empregado aprende desde cedo que o salário que ele recebe é diretamente relacionado ao tempo de experiência que ele tem e à quantidade de cursos que ele fez, mas no mundo dos negócios isso não é verdade, pois tempo é dinheiro. Então se você consegue resolver uma dor que o seu cliente tem, ele não está muito interessado onde você aprendeu aquilo ou quanto tempo de experiência você tem, ele quer saber do resultado que você entrega.

A lição que fica é que se você começa vendendo barato, vai ter dificuldade em vender caro. Pense, por exemplo, em duas barras de chocolate, a Garoto e a Kopenhagen. A Garoto se posicionou como um produto popular e a  Kopenhagen como um produto premium. Se a Garoto tentar vender mais caro vai ter problema em fazer isso, já a Kopenhagen não precisou vender barato para depois ir subindo o preço. Isso se chama posicionamento.

Pense agora em um dono de concessionária que resolve atrair seus clientes oferecendo um ebook grátis. Ele divulga, as pessoas baixam e na sequência ele envia para elas a oferta de um Fiat Uno e essas pessoas acabam comprando, mas menos do que ele esperava. Depois ele tem a ideia de inserir alguns bônus: um kit esportivo, uma pintura metálica e as pessoas compram um pouco mais, porém, ainda menos do que ele espera. Mais uma vez ele resolve fazer uma terceira oferta, agora com parcelamento em 100x; ele vende um pouco mais, mas ainda insatisfeito, ele diz que o mercado está difícil.

Talvez ele tenha deixado uma informação importante passar, de que aquelas pessoas estavam querendo um carro melhor, talvez uma Mercedes ou um BMW, e possivelmente esses clientes poderiam inclusive pagar à vista.

 

A escala de consciência

No mercado você vai encontrar 5 níveis de consciência do seu cliente diretamente ligados e à intensidade da dor:

  •   Alheio, que nunca ouviu sobre você ou sobre o seu produto;
  •   Consciente do problema, da solução e do produto, o que personaliza alguém inseguro, que sabe que tem um problema, mas não está buscando uma solução, pois ainda é possível conviver com a dor;
  •   E o interessado ou aflito, que sabe que tem um problema e está buscando a solução, pois a dor está cada vez mais forte.

Meu pai durante muitos anos sofreu com dores de coluna. Ele foi ao médico e recebeu o conselho de operar imediatamente, pois ele havia chegado um período em que ele sentia dores até ao andar. Depois de um tempo convivendo com a dor, ele procurou uma terapia alternativa e encontrou um acupunturista que resolveu o problema sem precisar operar o meu pai. Aquele especialista não era famoso e não tinha página na internet, mas conseguiu resolver o problema do meu pai e cobrou caro por isso.

Portanto, o foco da sua comunicação deve ser o inseguro e o aflito, enquanto você pode continuar distribuindo o seu conteúdo para o curioso, que um dia vai virar inseguro ou aflito. Quando você entende isso, você para de produzir conteúdo inútil e passa a produzir informação relevante que leva em consideração o momento em que o seu cliente está e vai acabar trabalhando menos e de maneira muito mais eficiente.

 


Cláudio Brito - mentor de mentores e CEO Global Mentoring Group, um grupo internacional focado na alta performance de mentores, baseado nos Estados Unidos. Especializado em Marketing Digital pela Fecap-SP e em Dinâmica dos Grupos pela SBDG, tem 21 anos de experiência e treinou com mestres como Alexander Osterwalder, Steve Blank e Eric Ries. Além disso, é frequentador assíduo de treinamentos de alto impacto em Babson, Harvard e MIT – Massachusetts Institute of Technology. Para saber mais, acesse https://globalmentoringgroup.com/ ou pelo @claudiombrito ou @globalmentoringgroup

 

Global Mentoring Group

https://globalmentoringgroup.com/

@claudiombrito ou @globalmentoringgroup


Kantar: aumenta a preocupação com escassez e segurança alimentares e cai a revisão de itens como calorias, açúcar e gordura nos rótulos

Pandemia continua provocando mudanças no momento das compras

 

A pandemia da Covid-19 continua provocando mudanças nos hábitos de consumo. Na mais recente edição do estudo Who Cares, Who Does?, sobre sustentabilidade, a Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, identificou que a preocupação com a escassez e a segurança alimentares aumentou e a revisão de itens como calorias, açúcar e gordura nos rótulos diminuiu. Isso pode ser atribuído ao cuidado para não se contaminar e à busca por produtos indulgentes. 

Na América Latina, a checagem de calorias e do valor nutricional caiu de 42% em 2019 para 32% em 2020, a de açúcares de 53% para 40% e a de gordura de 49% para 34%. Além disso, as pessoas também passaram a se importar menos com os conteúdos de fibra (22% x 19%) e sal (40% x 30%). 

Em contrapartida, existe maior empenho na revisão do controle de qualidade nos rótulos (+3% versus 2019) e na preferência por embalagens recicláveis (4%). A quantidade de consumidores engajados também subiu: há 4% mais Eco Actives e 8% menos Eco Dismissers. 

E especificamente no Brasil, 27% das pessoas consideram comprar alimentos mais saudáveis e nutritivos durante a pandemia.

 

Sobre o estudo Who Cares, Who Does? 

O estudo Who Cares, Who Does? é realizado anualmente pela Kantar e contempla 80.000 entrevistas em 22 países, sendo 8.500 em 7 países latino-americanos. 

Nele os consumidores são divididos em três categorias: Eco Actives, que trabalham constantemente para reduzir seus níveis de resíduos plásticos; Eco Considerers, que tomam ações para reduzir seu impacto ambiental, mas com menor frequência; e Eco Dismissers, que possuem pouco ou nenhum interesse nos desafios ambientais que o mundo enfrenta e que não fazem nada para melhorar.

 

Saiba mais em https://kantar.turtl.co/story/whocares-who-does-2020-latam/page/1

 

 

Kantar

www.kantar.com/brazil


Dia dos Pais - dicas de segurança durante as compras

- Não entre em lojas muito cheias, procure fazer compras em horário de menor movimento, isso vale também para ida ao banco;

- Se estiver com crianças: alerta dobrado! Elas costumam ficar impacientes enquanto esperam e a qualquer descuido do responsável elas podem se perder ou mesmo serem sequestradas;

- Procure manter a bolsa ou pasta sempre firme entre o braço e o corpo, com a mão sobre o fecho e posicionada do lado da calçada;

- Não carregue uma bolsa presa ao seu pulso, de forma que você não possa soltá-la caso seja necessário, isso pode provocar sérias lesões. Mantenha sua bolsa ou pasta à sua frente;

- Evite carregar grandes quantias em dinheiro; se houver necessidade divida o dinheiro em várias partes da roupa, porém, evite bolsos traseiros para carregar carteira ou dinheiro;

- Tenha dinheiro separado, especialmente para pequenas despesas;

- Uma bolsa apoiada em seu ombro apenas por uma alça lateral pode facilmente ser apanhada e furtada por alguém que venha de trás;

- Evite usar joias, relógios, roupas e outros objetos que possam demonstrar ser de valor;

- Não espere o ônibus em paradas desertas e mal iluminadas;

- No transporte público, evite viajar em ônibus ou vagões vazios,

- Em ônibus com poucos passageiros, sente-se próximo ao motorista ou cobrador.

Dicas de segurança para comerciantes e varejistas:

-Nunca divulgue a existência de valores em espécie a ninguém;

- Procure sempre que possível depositar os valores em dinheiro, evitando-se manter grandes somas no local;

- Evite ficar sozinho no estabelecimento comercial;

- Mantenha uma boa visibilidade dentro do estabelecimento;

- Instale espelhos e equipamentos de segurança;

- Tenha mais de um cofre, colocando um deles em local bem discreto;

- Mantenha a frente e os fundos do comércio bem iluminados no período noturno, e tenha equipamentos de monitoramento, pois eles inibem a ação de criminosos;

- Escolha locais estratégicos para a instalação dos caixas;

- Afixe nas paredes do estabelecimento comercial cartazes de proibição de entrada de pessoas usando capacetes, toucas e similares;

- Não é recomendável contar dinheiro na frente de clientes;

- Fique atento, pois a desatenção e fragilidade do espaço físico são os principais fatores que desencadeiam roubos e assaltos no comércio de maneira geral;

- Observe com atenção e cuidado as pessoas que permanecem um grande período no estabelecimento sem objetivos de comprar ou consumir alguma coisa;

- Estabeleça códigos entre os funcionários que indiquem situações de risco, tal como uma frase, que, ao ser dita, servirá como alerta para que chamem a polícia. Este código deve ser alterado periodicamente;

- Uma rede de proteção comunitária também é indicada para lojistas. O comerciante pode, por exemplo, instalar uma luz na loja vizinha que, acesa, indicará uma situação de perigo;

- Como é comum que funcionários sejam trancados em banheiros, este é o local mais conveniente para se instalar o botão de alarme e também para deixar escondido um telefone celular;

- Fique atento ao contratar pessoas para serviços esporádicos;

- Caso alguma chave das portas de acesso ao interior do estabelecimento comercial seja perdida, providenciar a troca do segredo da fechadura;

- Ao copiar chaves, nunca mencione onde elas serão usadas. Procure ter um chaveiro de confiança;

- Faça depósitos bancários frequentes e em horários alternados;

- Nunca reagir contra o bandido, tentando agarrá-lo ou agredi-lo, pois ele poderá estar acompanhado de outros cúmplices;

- É sempre importante manter a calma, isso ajudará na memorização das características dos meliantes (aparência, vestuário, etc.), que é fundamental para a polícia capturá-los;

- Não ter em seu poder armas, pois ela poderá aumentar o risco em caso de um assalto;

- Se presenciar um furto, ligar para o 190 e tentar não interferir;

- Registrar o Boletim de Ocorrência, mesmo que tenha ocorrido somente tentativa de assalto,

- No caso de furto ou qualquer ocorrência policial, não perca tempo, comunique imediatamente à Polícia Militar mais próxima da área.

 


GRUPO GR


As melhores dicas para quem quer começar a fazer investimentos na bolsa de valores

Muitos acreditam que investir é algo difícil ou complicado, ou que é necessário ter muito dinheiro para começar a aplicar. Realmente é importante ter alguma base no assunto para ter mais segurança nas ações e evitar problemas. Por conta disso, a recomendação é ter uma carteira de ativos que seja compatível com o investidor, ou seja, em negócios e empresas que você conheça e se identifique, considerar o horizonte de investimento versus sua aversão ao risco. Quanto mais tempo você puder deixar o investimento aplicado, atrelado a um risco compatível, maiores serão as oportunidades de ganho.  

Além disso, existe a opção de contratar um bom consultor financeiro, que possa auxiliar na trilha de encontrar as melhores opções. Esses consultores também são responsáveis por fazer com que o investidor atinja sua meta de maneira mais assertiva, com ações com bons potenciais de ganho, afinal, nem todos estão dispostos ao método de tentativa e erro, uma vez que aplicar em bolsa é uma caixa de surpresas, por conta de toda oscilação macro e microeconômica à qual ela está exposta, e também aos mercados externos.

Especialmente para trabalhadores que recebem um salário fixo, esse método não é interessante. Hoje em dia, aqueles que antes optavam pela poupança, hoje procuram por meios mais eficazes de aumentar a renda por diferentes motivos, entre eles a independência financeira, visto que muitas pessoas querem ter uma quantia reservada e eventualmente se dar o direito de deixar um trabalho fixo.

Mas e de forma prática, como montar uma carteira seguindo essas premissas? Creio que seja fundamental a consultoria de um mentor ou de um estrategista financeiro, porque esse profissional é capaz de desenvolver um API, que é basicamente uma Avaliação do Perfil de Investidor. Com base nessas informações é que o consultor vai montar uma boa carteira voltada especialmente para os objetivos reais de um investidor, dentro do horizonte de tempo estipulado.

A partir desse ponto, uma boa recomendação é pulverizar os seus investimentos. Colocar todo o seu recurso em um único ativo ou em pouquíssimos ativos pode comprometer toda uma vida de trabalho. Lembre-se também de monitorar os valores, o mercado financeiro é muito dinâmico, por isso quem não mede, não gerencia. É quase impossível você ter ganhos cada vez melhores se engessar os investimentos numa única carteira, e não a movimentar periodicamente.

Um fator importante é lembrar de calcular os riscos, seja o seu perfil conservador ou arrojado, ter uma quantia reserva também é ideal. Reforço que esse cuidado é necessário para emergências e, em números, significa aproximadamente seis meses dos seus gastos essenciais, como aluguel, alimentação e saúde.

Minha recomendação é começar o quanto antes, porque quanto mais jovem, maior será o tempo e o valor do rendimento. Um jovem de 16 anos que começa a poupar e investir cerca de 15% dos ganhos mensais e aumenta esse número anualmente, pode chegar aos 35 anos com uma boa reserva. Na prática é muito importante considerar que quanto mais tempo você mantiver o dinheiro estocado, mais chances de ganho você terá.

Como consultor ao longo desses 28 anos, vejo que tem mais dinheiro quem guardou por mais tempo do que quem guardou, poucas vezes, por menos tempo uma quantia um pouco maior. O importante é começar!

 

 

Dr. Éber Feltrim - Especialista em gestão de negócios para a área da saúde começou a sua carreira em Assis. Após alguns anos, notou a abertura de um nicho em que as pessoas eram pouco conscientes a respeito, a consultoria de negócios e o marketing para a área da saúde. Com o interesse no assunto, abdicou do trabalho de dentista, sua formação inicial, e fundou a SIS Consultoria, especializada em desenvolvimento e gestão de clínicas.

 

SIS Consultoria

https://www.sisconsultoria.net/

instagram @sis.consultoria

https://www.sisconsultoria.net/

instagram @sis.consultoria

 

Autossuficiência?

De acordo a sabedoria popular, há males que vem para o bem. No caso da pandemia da Covid é difícil encontrar algo que possa validar este ditado mas, procurando com afinco, podemos acabar achando alguma coisa que o confirme. A crise sanitária desnudou as deficiências brasileiras para o enfrentamento desta epidemia. O país demonstrou não estar preparado, e esta é a lição a ser aprendida. O SUS, nosso sistema de saúde, até que se portou razoavelmente bem, acima, até, das expectativas médias.

Enfrentou bravamente uma doença desconhecida, e somente entrou em colapso e, assim mesmo, por um breve período, por motivos que não são de sua responsabilidade direta. Na verdade, as falhas foram causadas muito mais pelo histórico de baixos investimentos públicos em equipamentos e produtos, o que causou, desde a falta de máscaras e de roupas de proteção individual, até a falta de oxigênio, respiradores, remédios para intubação, e leitos equipados para o apoio à vida dos pacientes.

Também ficou patente, durante o pico da primeira e, mesmo da segunda onda da Covid, a falta de capacidade produtiva de nossa indústria de equipamentos e de insumos farmacêuticos incapaz de reduzir nossa dependência de fornecedores externos, fato que se refletiu na escassez de equipamentos e produtos farmacêuticos e no forte aumento de seus preços. A incapacidade brasileira de produzir vacinas sem o fornecimento, chinês ou indiano, de insumos farmacêuticos básicos é, de certo modo, chocante.

Esta escassez, entretanto, não se limitou à área da saúde. A recuperação rápida da indústria, a partir do segundo semestre do ano passado, esbarrou na desorganização das cadeias produtivas mundiais e no insuficiente fornecimento local. Faltou de tudo, nas cadeias produtivas, desde matérias primas e insumos básicos como o aço, até componentes sofisticados, como circuitos impressos, o que acabou afetando a produção de diversas indústrias, aí incluídas algumas montadoras de veículos.

A bem da verdade, esta escassez ocorreu a nível mundial, o que consolidou um rally de preços nas principais commodities e nem produtos intermediários, algo que somente agora dá sinais de acomodação ainda que os preços permaneçam num patamar bem mais elevado do que na pré-pandemia. Voltando à tese inicial de que há males que vem para o bem, podemos dizer que um legado bom da pandemia foi a confirmação de que o Brasil precisa mudar uma série de coisas em seu modelo econômico.

Algo que ficou muito claro durante esta crise, e a demonstração não ficou restrita ao Brasil, é que o Estado tem um papel fundamental na vida econômica de um país. Ele não deve ser relegado à função de mero espectador, enquanto o mercado resolve os problemas. Em todos os lugares, durante a crise, foi o Estado quem garantiu a continuidade dos empregos e das empresas, quem assegurou uma renda mínima aos mais necessitados e quem forneceu os investimentos necessários para a retomada do crescimento econômico.

Foi novamente o Estado quem, nos países desenvolvidos, propiciou a quase totalidade dos recursos necessários ao desenvolvimento das vacinas permitindo a resposta rápida da indústria farmacêutica. A lição da importância do Estado foi aprendida pela maioria dos países. O governo Biden, nos EUA, recuperou, depois de quatro décadas de predomínio do mercado, o Estado como indutor do desenvolvimento através de um ambicioso programa de recuperação de empregos e de investimentos públicos em educação e infraestrutura.

O exemplo americano, ainda que em menor grau, foi acompanhado pelos países da União Europeia e pela maioria dos demais países que compõe a OCDE. Há, no mundo todo, um renascimento das políticas públicas de desenvolvimento e até de políticas industriais, tema que ficou banido durante as últimas quatro décadas. O  modelo de desenvolvimento chinês, apesar de sua estrutura autocrática, tem sido citado recorrentemente como exemplo. O Brasil, entretanto, parece não ter aprendido nada com a crise da pandemia.

Nós continuamos com a mesma agenda das intermináveis reformas, apesar de que, cada reforma aprovada, não tenha, na prática, mudado nada de essencial no “status quo” vigente. O governo, o setor financeiro e boa parte do setor produtivo continuam acreditando que o mercado, a livre concorrência e a abertura comercial irão resolver o desemprego, a extrema pobreza, a fome e a péssima qualidade da educação. A crença, aqui, continua sendo a de que o Estado atrapalha e a desigualdade de renda é vista mais como uma questão de meritocracia.

Acreditam que o atual modelo será suficiente para garantir um mínimo de segurança industrial na produção de insumos farmacêuticos básicos, de equipamentos hospitalares, de vacinas e de componentes industriais. Vamos torcer.

 


João Carlos Marchesan - administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ


"Esquemas" de vistos e venda de vagas de trabalho em outros países podem caracterizar crime internacional

Segundo uma reportagem do jornal O Globo, recentemente uma quadrilha de brasileiros foi presa por cobrar aproximadamente 122 mil reais para conseguir documentos falsificados de cidadania portuguesa, ou seja, eles falsificavam os documentos para conseguir a aplicação da cidadania no país.

Com a prisão do grupo, certamente serão encontradas também as pessoas que utilizaram esse meio para conseguir documentos, passaportes e vistos. Esses irão responder por dois crimes em dois países diferentes, com o agravante de se tratar de um crime internacional.

Portanto, toda a situação cria um grande problema que eu venho alertando há algum tempo. Embora seja um assunto delicado, vale a informação e também os cuidados: eu tenho observado acontecerem muitos casos parecidos com os vistos EB-2 e EB-3, até mesmo com pessoas oferecendo vagas de trabalho em troca de uma grande quantia em dinheiro.

Ao verificar as informações sobre o processo para essas modalidades de visto, é importante que a empresa que pretende contratar um estrangeiro faça uma publicação da vaga para demonstrar que de fato não existem pessoas dentro dos Estados Unidos aptas a realizar determinado trabalho. Ao publicar a vaga, a empresa pode receber inúmeros currículos a depender do nível de experiência e a remuneração. Dessa forma, os gestores podem escolher o melhor profissional.

No entanto, quando existe um “esquema” para a contratação de um currículo específico dentre os enviados, de uma pessoa que pagou previamente pela vaga, trata-se de fraude. Isso acontece e muitas empresas podem contratar dessa forma, mas quando um funcionário é exposto, todo o restante dos colaboradores também está sujeito ao crime.

Isso ocorre porque o dono da empresa, em parceria com o vendedor da vaga, ganham dinheiro juntos ao fazer a contratação de um estrangeiro pelo sistema dos vistos EB-2 e EB-3.

 

Mas conforme a reportagem e o caso dos documentos para cidadania portuguesa, é possível prever que quando uma pessoa envolvida é exposta, todo o restante da quadrilha, além de possíveis clientes, também serão descobertos e investigados. É importante pensar se o valor investido nesse tipo de procedimento vale a pena, visto que pode sim chegar à esfera criminal.

 


Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo LLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com quase 115 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB Santos.

 

Toledo e Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br

 

Youjin Law Group

https://leetoledolaw.com/

 

Cerca de 50% dos brasileiros já negociaram dívidas através de ferramentas de auto negociação

Durante a pandemia a modalidade ficou mais evidente pela facilidade e praticidade


A inovação e tecnologia estão cada vez mais presente no ambiente corporativo, sempre atrelada ao objetivo de gerar melhores resultados e otimizar o tempo gasto em algumas atividades. Há anos, o brasileiro se mostra adepto à tecnologia para compras e pagamento de contas, porém, outra modalidade que ganhou destaque principalmente durante a pandemia foram os canais de auto negociação.

Segundo o levantamento feito pelo IGEOC, em 2020, cerca de 50% das pessoas entrevistadas pela entidade já negociaram uma dívida por um canal digital, seja ele, um chatbot (atendimento por operador virtual), boleto online (retirada de boleto) ou auto negociador (onde dentro dos parâmetros preestabelecidos gera-se os boletos e opções de pagamento).

Para Simone Silva, gerente de marketing do Grupo KSL, essas plataformas ganharam destaque pela agilidade que pode trazer para o consumidor. “Acreditamos que o cliente gosta de ser atendido como e quando ele quiser, nesse sentido, disponibilizar ferramentas que permitam ao consumidor ou inadimplente escolher a melhor forma de ser atendido é fundamental”.

Ela pontua que durante a pandemia esse tipo de auto negociação foi essencial para facilitar a vida do consumidor. “Essas ferramentas vêm para completar o atendimento ao cliente de nosso cliente, visando a sua satisfação e resolvendo questões de primeiro nível, ou seja, questões rotineiras e que não impliquem em negociações mais avançadas, dessa forma estando disponível 24h por dia todos os dias da semana, garantindo maior agilidade e objetividade para este cliente”.

Com mais de 20 anos mercado, o Grupo KSL Associados é especialista em contact center focado em atendimento humanizado. Simone reforça a importância de acompanhar de perto e medir a qualidade do atendimento sejam eles virtuais ou não. “Para questões mais complexas e que exijam maior habilidade, conhecimento, jogo de cintura e abertura de novas possibilidades ainda acreditamos que quem faz a diferença é o ser humano. Nesse sentido, medir e acompanhar muito de perto os atendimentos e os resultados, são fundamentais para mantermos a qualidade dos atendimentos”, finaliza.

 


GRUPO KSL


Posts mais acessados