A pandemia causada pelo novo coronavírus e suas variantes ainda é a preocupação número um quando se trata de saúde pública. No Brasil, mais de nove milhões de pessoas já pegaram a doença e quase 230 mil perderam a batalha contra o Covid-19. Mas é hora de falar, também, sobre dengue. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), mais de 1,6 milhão de casos de dengue foram registrados nas Américas nos primeiros cinco meses do ano passado, alertando para a necessidade de se continuar eliminando os mosquitos vetores da doença. Em 2019, foram mais de três milhões de casos.
Segundo a organização Médicos Sem
Fronteira ,
há quatro tipos diferentes de dengue. Atualmente, todos circulam no Brasil. Os
primeiros sintomas aparecem entre quatro e dez dias depois da picada do
mosquito infectado. A doença começa bruscamente e se assemelha a uma síndrome
gripal grave, com febre elevada, fortes dores de cabeça e nos olhos, além de
dores musculares e nas articulações. Sinais clínicos que podem indicar dengue
hemorrágica incluem dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes,
desmaios, aumento de tamanho do fígado, sangramento na gengiva e no nariz, além
de desconforto respiratório.
Por existirem quatro tipos diferentes de vírus,
alguém que tenha contraído um dos tipos não está imune aos demais. Pior do que
isso: a cada contágio, os sintomas se mostram mais intensos e o risco de
desenvolver a forma grave de dengue aumenta. Vale ressaltar que mosquitos do
tipo Aedes transmitem dengue, mas também são responsáveis pelos casos de
Zika, febre amarela de Chikungunya. Atualmente, a principal forma de
prevenção é o combate aos mosquitos - eliminando os criadouros de forma
coletiva com participação comunitária - e o estímulo à estruturação de
políticas públicas efetivas para o saneamento básico e o uso racional de
inseticidas.
Estudo conduzido pela Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São
Paulo (USP), revelou que o uso de água sanitária (hipoclorito de sódio a
2,5%) é 100% eficaz na eliminação de larvas do mosquito Aedes aegypt,
transmissor da dengue. Ao diluir 10 ml de água sanitária em um litro de água
corrente e passar no chão e em superfícies que atraem moscas e mosquitos é
possível acabar com todas as larvas depositadas em 24 horas, evitando sua
propagação.
Na opinião de João
César de Freitas, diretor comercial da Katrium Indústrias
Químicas -
uma das maiores produtoras no país de hipoclorito de sódio -, o uso da água
sanitária tem de ser ampliado e amplamente divulgado, principalmente em
comunidades com alta densidade populacional - em que um único mosquito pode
fazer várias vítimas. "Essa solução de uma tampinha de água sanitária para
um litro de água pode ter seu uso estendido para a limpeza de cozinhas e
banheiros, para regar plantas (já que nessa proporção é inofensiva a elas),
para limpar bancadas, mesas de bar etc. Mas também não podemos nos esquecer de
inspecionar tudo o que pode acumular água nesta época de chuvas intensas, como
pneus velhos, pratos, copos e garrafas largados em terrenos baldios ou nos
quintais das casas, superfícies desniveladas... Enfim, é preciso disposição
para eliminar os mosquitos oportunistas e impedir a progressão da doença".
Freitas afirma que a
Katrium, indústria com mais de 60 anos de atividade e que viu crescer toda uma
comunidade em torno da fábrica de Honório Gurgel, no Rio de Janeiro, faz um
trabalho de conscientização sobre a prevenção da dengue com as populações
vizinhas, doando mensalmente hipoclorito de sódio para que possam sanitizar
suas casas.
Fonte: João César de Freitas - diretor
comercial da Katrium Ind. Químicas