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segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Prevenção ao suicídio na infância e adolescência: precisamos falar sobre isso

Durante a edição do Setembro Amarelo e em tempos de pandemia, Pequeno Príncipe alerta sobre casos registrados e promove live sobre o assunto

 

Durante a edição do Setembro Amarelo, movimento mundial de prevenção ao suicídio, o Hospital Pequeno Príncipe, referência em atendimentos dessa natureza, alerta para os casos registrados de autoagressão e tentativa de suicídio entre crianças e adolescentes. O contexto da pandemia COVID-19 associado ao isolamento, as incertezas, ao medo de perder entes queridos e a recessão econômica podem tornar vulneráveis crianças, adolescentes e suas famílias. Este cenário tende a suscitar ou agravar o sofrimento e consequentemente os problemas de saúde mental, em especial a depressão e ansiedade, aumentando o risco do comportamento suicida.

No Pequeno Príncipe, de janeiro a agosto desse ano, já foram atendidos 12 casos de tentativa e ideação suicida e autoagressão contra oito casos registrados durante o mesmo período do ano passado, um aumento de 50%, com maiores incidências no mês de abril e agosto.

Considerada uma ferramenta importante de comunicação e fortalecimento de laços sociais durante o isolamento, a interação online de crianças e adolescentes merece atenção especial de pais e responsáveis, especialmente ao uso das mídias virtuais com conteúdo sobre o comportamento autolesivo e suicida. Páginas de Facebook, Instagram, grupos de WhatsApp e outras mídias digitais possibilitam tanto a construção de vínculos, o compartilhamento de experiências e a oferta de apoio, quanto podem contribuir para a normalização de comportamentos autolesivos.

E embora a autoagressão seja frequentemente um comportamento velado, a criança ou o jovem pode dar sinais sutis de que precisa ajuda como:

• Irritação ou agitação excessiva da criança ou adolescente;

• Sentimento de tristeza, baixa autoestima e impotência;

• Tentativas prévias de suicídio;

• Relatos de violência psicológica (humilhação, agressões verbais), física, sexual ou negligência;

• Problemas de saúde mental da criança, do adolescente e/ou de seus familiares, especialmente a depressão e ansiedade;

• Uso de álcool e/ou outras drogas;

• Histórico familiar de suicídio;

• Ambiente familiar hostil;

• Falta de suporte social e sentimentos de isolamento social;

• Sofrimento e inquietações sobre a própria sexualidade;

• Interesse por conteúdos de comportamento suicida ou autolesão em redes sociais virtuais.


Live

Ciente da importância de tratar desse tema, o Pequeno Príncipe promove, na próxima quarta-feira (9/9), a partir das 17h, uma live, via perfil institucional do Hospital no Instagram (@hospitalpequenoprincipe). A psicóloga do Serviço de Psicologia da instituição e professora da Faculdades Pequeno Príncipe, Daniela Prestes, vai falar sobre o assunto e responder perguntas do público feitas anteriormente pelas redes sociais. Voltada ao público em geral, a transmissão ao vivo dá continuidade à iniciativa que visa, durante o período de pandemia, atender um dos princípios do Pequeno Príncipe que é a disseminação do conhecimento, além de reforçar seu papel de referência no atendimento pediátrico e na proteção de criança e adolescentes. As lives são realizadas a cada 15 dias e seus conteúdos ficam disponíveis nos destaques do perfil da instituição.

 

Cinco dicas para amenizar os malefícios de ficar sentado por muitas horas

Passar muito tempo sentado tem uma relação direta com o aumento no risco de morte. Segundo o estudo publicado no Journal Medicine & Science, a cada hora assistindo TV, cresce em 12% o risco de morte por doenças inflamatórias. “E como a maioria da nossa população fica entre 9 e 12 horas por dia sentada, os riscos decorrentes desse comportamento sedentário estão associados a efeitos indesejáveis à saúde, entre eles, pressão alta, obesidade, síndrome metabólica, doenças do coração e câncer”, alerta Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company.

O uso das novas tecnologias, em casa ou no local de trabalho, contribui muito para aumentar cada vez mais os comportamentos sedentários. E como podemos reverter esse surpreendente quadro? Um estudo realizado por Dempsey em 2016 sugere que a cada 30 minutos sentados, devemos tentar nos movimentar. Fazer uma caminhada ou movimentos simples, de intensidades leves e moderadas. Ao adotar esse comportamento estamos influenciando positivamente nossa saúde e evitando algumas doenças cardiovasculares e metabólicas.

Novas evidências surgem indicando uma forte associação entre o estilo de vida sedentário e doenças cardiovasculares. Dentro desse contexto trago cinco recomendações simples e eficazes para amenizar os efeitos de ficar sentado”, ressalta Netto.

1) Levante-se e ande pela residência ou trabalho a cada 30 minutos;

2) No local de trabalho ao invés de se comunicar por e-mail com os colegas, procure se locomover e dirija-se até eles;

3) Ao utilizar meios de transporte, procure estacionar o carro sempre um pouco mais longe do seu destino final. Caso utilize transporte público, uma opção é descer um ponto antes e ir caminhando até o destino final;

4) Em casa, ao assistir TV, nos intervalos do programas, levante e de uma volta em sua residência;

5) Durante a leitura, a cada 4, 6 ou 8 páginas, procure se levantar para caminhar pelo ambiente;

“As dicas são simples e fáceis de serem colocadas em prática. O objetivo é realmente ajudar a modificar seu perfil metabólico, adicionando mais movimento a sua rotina diária. É importante se manter ativo para não colocar a vida em risco”, lembra Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company.


Qual a melhor hora de demitir o seu chefe?

Mas quando é a hora certa?

 

O que aprendi ao longo de 20 anos dentro de grandes empresas e exercendo papéis de liderança desde muito nova, é que nós não aprendemos nos livros de gestão ou cursos tradicionais de liderança como lidar com as relações de poder e que no fundo esse é o maior conflito entre as pessoas nos bastidores corporativos.

Todo o ser humano tem uma programação básica para fazer o melhor para si e buscar ser bem sucedido em suas ações, no entanto, ao longo do dia a dia, nos deparamos com pessoas que acreditamos que não combinam com nossos valores, e por não saber lidar com isso, nos desgastamos e desistimos desses relacionamentos nos escondemos por trás da crença que não é possível conviver com pessoas que têm valores diferentes dos nossos, até porque é mais fácil julgar o valor do outro do que ter clareza exata dos próprios.

Quem nunca disse: "Não combino com os valores da liderança", "Não combino com os valores dessas pessoas".

O ponto em questão é que as pessoas têm valores diferentes sim e precisamos aprender a conviver com pessoas que fazem coisas que você não faria para chegar a determinados resultados e isso não quer dizer que você tem que ser como elas, concordar ou ferir os seus valores para entregar resultados esperados mas entender que esse convívio não pode ser uma limitação para o seu desenvolvimento ou crescimento.

É fácil lidar com pessoas que pensam como nós e têm as mesmas afinidades, mas não é possível crescer na vida convivendo somente com pessoas que estão na mesma sintonia.

A motivação central de 90% dos desligamentos voluntários, ou seja, quando a pessoa por vontade própria decide sair da empresa e ir para outra oportunidade, é não conseguir lidar com a liderança que, na maioria das vezes, realmente estão despreparadas. Ou seja, as pessoas demitem seus chefes.

Eu acredito que em muitos casos, principalmente com as mulheres, essa decisão pode ser precipitada pela falta de habilidade de lidar com essas relações de poder e seus respectivos desgastes, e as consequências acaba sendo retardar uma ascensão que poderia ser mais efetiva.

Compartilho algumas reflexões importantes para te ajudar a entender se é a hora de demitir o chefe ou insistir mais um pouco no seu crescimento no mesmo lugar.


# Reflexão 01

Você precisa ferir os seus valores para entregar resultados?

Se a resposta é não, isso é um sinal que ainda existe chance de você crescer onde está.

Isso é diferente de conviver com alguém que não faria o que você faria. Lidar com diversidade é lidar com as diferenças. A maioria dos chefes que mais me desenvolveu tinham valores distintos dos meus e fizeram coisas que eu não faria, mas tive a clareza que para eu entregar o que era esperado pela empresa eu não precisava ferir os meus valores precisava apenas exercer influência de forma mais estratégica no dia a dia, ganhando no processo, fazendo os outros ganhar também de forma ética e íntegra.

A liderança efetiva não tem a ver com cargo, tem a ver com autogestão e com saber a hora de pedir para sair. Para isso, antes da decisão, é necessário trazer-se outro questionamento: o que te faz pensar que sair deste emprego vai te impedir a encontrar outra pessoa igual à essa? Você fez tudo que cabia a você nesse lugar?

Mudar de empresa implica convencer novamente as pessoas da sua competência, ganhar a confiança do chefe novo, correr o risco de não ser um lugar legal. Então, você já tentou tudo que você podia onde está, ou simplesmente prefere começar tudo do zero? Às vezes, falta apenas uma habilidade de exercer influência ou fazer perguntas inteligentes e pode-se pensar em canalizar a essa energia para aprender isso, mudar de área ou até de chefe na mesma empresa ao contrário de começar tudo de novo em outro lugar.

Outro aspecto básico e que não é feito de maneira efetiva é perguntar claramente para a sua liderança qual a expectativa que ela tem sobre você, alinhar de forma clara esse ponto é muito importante. Fazer um acordo de expectativas entre o que é valor para a gestão e para o profissional. Perguntas como : Qual cenário traduziria para você (liderança) que eu terei atendido a sua expectativa como profissional? O que é esperado sobre o meu comportamento e meus entregáveis em determinado período de tempo?. Sem tem essa resposta efetiva fica difícil ter clareza das reais motivações de conflitos nessa relação com a liderança. E o problema pode continuar em outra empresa se essa pergunta continuar não sendo feita.


# Reflexão 02

Como chegar lá?

Primeiramente, onde é o seu lá? Relação com a gestão é relação de poder. Se a pessoa que faz sua gestão vê que você faz ela ganhar, ela vai te querer você por perto. Mas, fazer ela ganhar não é somente resolver os problemas dela sem alinhar expectativas de ambos.

Além de ouvir o que a sua liderança tem a te dizer, é necessário fugir de afirmações genéricas, busque exemplos e fatos.

O meu mantra pessoal replicado para as alunas da Escola ELAS é: se você é o bem, você merece o bem. Não tem problema nenhum querer crescer na vida. Muitas vezes você não pode vincular sua promoção exclusivamente à sua liderança direta, o ambiente também te promove, seus colegas de trabalhos podem te enxergar como referência. Para isso, é necessário ter clareza do seu potencial e do seu trabalho e isso implica em ser uma pessoa mais estratégia. Ou seja, antes de questionar seu chefe, se questione. Você está sendo influente o suficiente no ambiente mostrando o seu valor de maneira estratégica além dos muros da sua mesa para outras pessoas relevantes na empresa? Como as pessoas te conhecem? Além da sua sua liderança direta como as pessoas e outras lideranças conhecem o que você faz e o resultado que você já promoveu?


# Reflexão 03

A vida é um jogo, qual você quer jogar?

Quando mudamos a nossa perspectiva mudamos a nossa forma de agir, por isso te convido a pensar que a vida é um jogo e a nossa carreira também. Pensando sobre essa ótica, quando uma determinada etapa da sua carreira está "emperrada" você pode se lembrar que você é o bem e merece o bem e que se você é merecedora de sucesso, você pode pensar que existe alguma sacadinha para você mudar de fase nesse jogo, e não simplesmente alegar que esse jogo não é para você. Faz sentido?

Enquanto as pessoas procuram culpados para seus problemas, você na perspectiva de jogo pode pensar "Qual a sacada que eu ainda não percebi para mudar de fase, sendo ética e íntegra com os meus valores". Quando olhamos a vida a partir desta pergunta, saímos na frente e descobrirmos várias formas diferentes de avançar na vida sem perder o foco do que é mais importante, sem desfocar dos nossos objetivos. Só saia do jogo depois de ter certeza que ele não é mais conveniente para você.

Afinal, quando é a hora de demitir nosso chefe? Quando as expectativas foram combinadas e você não está progredindo. Você já fez tudo que cabia e somente há desgaste.

O mais desafiador do processo é ter clareza do que se quer e você não precisa estar sozinha, para descobrir essas habilidades, procure bons exemplos para dialogar, mentorias e invista em autoconhecimento para aprender a jogar sendo autêntica e feliz com seu progresso.

 



Amanda Gomes - especialista em análise comportamental e co-fundadora da ELAS, primeira escola de liderança feminina do Brasil.


O amor é possível no isolamento

Uma discussão sobre modelos de relacionamentos e afetividade em tempo de pandemia 



Em um mundo polarizado e em isolamento social por causa da pandemia do novo coronavírus, há espaço para falar de amor?

"Sim", responde Ieda Tucherman, doutora em comunicação e professora titular do Programa de Pesquisa e Pós-Graduação da Escola de Comunicação da UFRJ. "Como teriam sido escritas as lindas cartas de amor se não houvesse distância, qualquer que fosse a razão?", rebate.

Com o tema "Uma história do amor: o que ainda temos a dizer", Ieda dará curso on line na Casa do Saber Rio (
http://rj.casadosaber.com.br/), a partir de 17 de setembro, em que abordará questões sensíveis, como amor e religião, o mito da cara-metade e amores múltiplos. E adianta uma conclusão pessoal:
"Se for do bem, todo amor é festejável". 



Confira a entrevista:

Pandemia e isolamento social permitem falar de amor?
Pandemia e isolamento social permitem, sim, falar de amor. Podemos dizer que o amor sabe inventar e usar as formas de comunicação possíveis: quantos romances falam dos sentimentos de saudades? Como teriam sido escritas as lindas cartas de amor se não houvesse distância, qualquer que fosse a razão: guerra, imigração, peste etc? 



História e literatura são feitas de amor e ódio. São estes os sentimentos que movem o mundo e as letras?

Sim, mas não são os únicos: esperança e medo, curiosidade, desejo e memória, que não se opõem ao amor e ao ódio, participam do jogo. 



Religião é uma barreira para o amor?

Não. Religião vem de "religare", que significa tornar comum, e pode ser, em si mesma, uma forma de amor. Fanatismo, sim, é uma barreira para o amor porque se alimenta, principalmente, do ódio. 



É preciso dizer "eu te amo"?

Roland Barthes brinca no seu lindo livro, "Fragmentos do discurso amoroso" que o primeiro que diz "eu te amo" é quase um covarde: o outro só pode responder eu também ou eu não. Se torna um passivo. Dizer "eu te amo" é uma forma de ser ativo, assumindo para si e para o outro a existência nova de um sujeito apaixonado. 



Amor real ou virtual? Amor romântico ou poliamor? Qualquer maneira de amor vale a pena?

Penso como alguns filósofos, como Espinosa, que concordariam com nossos músicos populares; toda forma de amor que aumente a potência de sentir e perceber o mundo e as pessoas vale super a pena. Não é desejável, e isto é uma posição pessoal, o amor que vitimiza, que escraviza, que maltrata. Se for do bem, todo amor é festejável.

 

Escolher perdoar é se libertar

O processo de perdoar possui vários passos, e inclui a autoaceitação.


Perdoar não significa considerar correto o que nos fizeram, nem que simplesmente deixamos passar ou nos esquecemos do que aconteceu. Perdoar significa que nos libertamos do passado que nos amarrava, que deixamos de rejeitar esse sentimento e escolhemos a calma de corpo e espírito, dos momentos presentes. Perdoar é retirar a carga emocional de um acontecimento, e sem carga emocional a experiencia se transforma em aprendizado.

Você deve levar em conta que perdoar alguém é só para você mesmo. Não é para ninguém mais. “Se tenho ressentimento por alguém e digo a mim mesmo que não posso perdoá-lo, nunca conseguirei a paz interior. E quanto mais esta situação se prolonga, maior é o sofrimento”, explica Mariana Sousa, Coach Holística e reprogramadora mental.

Provavelmente haverá quem pense: “é impossível perdoar tal pessoa”. Neste caso não se culpe nem pense “sou um desastre porque não posso perdoá-lo”. Você terá que compreender que te feriram e antes de começar a perdoar será necessário que você aceite  que o perdão é um processo.

É necessário aceitar a si mesmo. Primeiro perdoamos a nós mesmos. Isto em psicologia é conhecido como autoaceitação. “Primeiro aceitamos que nos feriram e depois nos perdoamos pelo que estamos sentindo. Deste modo conseguimos a autoaceitação e o alívio que nos possibilitará perdoar o próximo” apresenta a Coach.

Algumas crenças podem frear a aceitação e o perdão:


- Se eu perdoasse, eu sairia perdendo;


- A pessoa tem que pagar pelo que fez;


- A dor não desaparecerá a menos que eu me vingue;


- Para proteger-me não devo perdoá-lo.


- Perdoar me torna vulnerável

Por isso, Mariana apresenta alguns passos que podem ajudar nesse processo:


- Procure os motivos daquele ato

Escreva o que fez aquela pessoa que não te permite perdoá-la;

Imagine e escreva os motivos que levaram aquela pessoa a agir de tal maneira.


- Utilize a força das palavras

Coloque em mantra a seguinte declaração: “para minha própria felicidade, calma e liberdade, eu perdoo”.


- Escreva tudo o que você pode agradecer a essa pessoa.

Mesmo que você precise de muito tempo, tente se lembrar do máximo de detalhes possível. Um momento feliz, uma palavra amiga, um presente, tudo isso conta.


- Expresse seus sentimentos

Prepare várias folhas de papel e escreva seus sentimentos por aquela pessoa. Escreva os sentimentos que tinha naquele momento do trauma, expresse sua ira, sua dor, seu pesar. Escreva como quiser, o momento é seu.

Se você tem vontade de chorar, chore. “Chore tudo o que quiser porque depois você se sentirá melhor” comenta Mariana. Quando você achar que já escreveu tudo o que sente, rasgue o papel e jogue no lixo.

A reprogramadora mental finaliza, “Todos os problemas que surgem na vida ocorrem para fazer-nos perceber algo importante. Você tem a força necessária para resolver qualquer problema, o qual ocorre para que você perceba algo importante. Neste momento você tem o poder do perdão”.

Quando temos um problema na maioria das vezes não é algo para resolver e sim algo para entender.

 



Mariana Sousa - Coach Holística e Reprogramadora Mental

www.marianasousa.com

E-mail: Info@marianasousa.com

Instagram: @marianasousa_coach


Setembro Amarelo: a importância de falar sobre prevenção de suicídio

O Setembro Amarelo é uma campanha criada com o intuito de informar as pessoas sobre o suicídio, uma prática normalmente motivada pela depressão. Mesmo com tantos casos notórios, crescentes a cada ano, ainda existe uma expressiva barreira para falar sobre o problema.

Segundo dados recolhidos em 2012 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) , mais de 800 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos, sendo 75% destes indivíduos moradores de países de baixa e média renda. Estima-se que no mundo acontece um suicídio a cada 40 segundos.

Atualmente, o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idades entre 15 e 29 anos. Todos os dias, pelo menos 32 brasileiros tiram suas próprias vidas. Todos esses números poderiam ser evitados ou reduzidos consideravelmente se existissem políticas eficazes de prevenção do suicídio.

Como o Setembro Amarelo começou?

A campanha teve início no Brasil, em 2015, pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) , Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) . As primeiras atividades realizadas pelo Setembro Amarelo aconteceram na capital do país, Brasília. Entretanto, já no ano seguinte várias regiões de todo o país aderiram ao movimento e também participaram.

A Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP) estimula a divulgação da causa em todo o mundo no dia 10 de setembro, data na qual é comemorado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Esta data foi criada em 2003 pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio e pela Organização Mundial de Saúde, com o objetivo de prevenir o ato do suicídio , por meio da adoção de estratégias pelos governos dos países. Neste dia, realizam-se cerca de 600 atividades em 70 países do mundo para salvar vidas.

Objetivos do Setembro Amarelo

O principal objetivo da campanha Setembro Amarelo é a conscientização sobre a prevenção do suicídio, buscando alertar a população a respeito da realidade da prática no Brasil e no mundo. Para o Setembro Amarelo, a melhor forma de se evitar um suicídio é através de diálogos e discussões que abordem o problema.

Suicídio é o ato de tirar a própria vida intencionalmente. Também fazem parte deste comportamento os pensamentos suicidas , planos e tentativas de morte, assim como os transtornos relacionados ao problema.

Durante todo o mês de setembro, ações são realizadas a fim de sensibilizar a população e os profissionais da área para os sintomas desse problema e para a saúde mental. Assim, fazendo-os entender que isso também é uma questão de saúde pública. Infelizmente para muitos, o suicídio ainda não é visto como um problema de saúde pública, mas sim uma espécie de fraqueza de conduta ou personalidade.

Como identificar alguém que precisa de ajuda e corre risco de suicídio?

Pessoas sob risco de suicídio podem:

• apresentar comportamento retraído, dificuldades para se relacionar com família e amigos;

• ter casos de doenças psiquiátricas como: transtornos mentais, transtornos de humor (depressão, bipolaridade ), transtornos de comportamento pelo uso de substâncias psicoativas (álcool e drogas), transtornos de personalidade, esquizofrenia e ansiedade generalizada ;

• apresentar irritabilidade, pessimismo ou apatia;

• sofrer mudanças nos hábitos alimentares ou de sono.

• odiar-se, apresentar sentimento de culpa, sentir-se sem valor ou com vergonha por algo;

• ter um desejo súbito de concluir afazeres pessoais, organizar documentos, escrever um testamento;

• apresentar sentimentos de solidão , impotência e desesperança;

• escrever cartas de despedida;

• falar repentinamente sobre morte ou suicídio;

• apresentar um convívio social conturbado;

• ter doenças físicas crônicas, limitantes e dolorosas, doenças orgânicas incapacitantes como dores, lesões, epilepsia, câncer ou AIDS;

• apresentar personalidade impulsiva, agressiva ou humor instável.

Quais os sintomas de depressão que levam ao suicídio?

Se você está deprimido ou angustiado , sem vontade de viver, é fundamental buscar ajuda o mais rápido possível. Existem alternativas ao suicídio e buscar o auxílio adequado é o primeiro passo. Os acompanhamentos médicos e psicológicos são as maneiras mais eficazes de tratamento.

As pessoas que pensam em suicídio normalmente estão tentando fugir de uma situação da vida que lhes parece insuportável, buscando o alívio por:

• sentirem-se envergonhadas, culpadas ou por se acharem um peso para os demais;

• sentirem-se vítimas;

• sentimentos de rejeição, perda ou solidão.

O que leva a comportamentos suicidas?

Detectar o potencial de comportamentos suicidas é muito importante para a prevenção. Eles são causados por situações que as pessoas encaram como devastadoras. Por exemplo:

• depressão ou transtorno bipolar;

• morte de uma pessoa querida;

• trauma emocional ;

• desemprego ou problemas financeiros;

• algum membro da família que cometeu suicídio;

• histórico de negligência ou abuso na infância

• não aceitação do envelhecimento;

• término de relacionamentos ;

• não aceitação da orientação sexual ou identidade de gênero;

• dependência de drogas ou álcool.

Como ajudar?

Para ajudar uma pessoa com comportamentos suicidas, algumas ações são fundamentais, como:

• ouvir, demonstrar empatia e ficar calmo;

• ser afetuoso e dar o apoio necessário;

• levar a situação a sério e verificar o grau de risco;

• perguntar sobre tentativas de suicídio ou pensamentos anteriores;

• explorar outras saídas para além do suicídio, identificando outras formas de apoio emocional;

• conversar com a família e amigos imediatamente;

• remover os meios para o suicídio em casos de grande risco;

• contar a outras pessoas, conseguir ajuda;

• permanecer ao lado da pessoa com o transtorno;

• procurar entender os sentimentos da pessoa sem diminuir a importância deles;

• aceitar a queixa da pessoa e ter respeito por seu sofrimento ;

• demonstrar preocupação e cuidado constante.

O que não fazer

Jamais ignore a situação de uma pessoa com comportamentos e pensamentos suicidas. Não entre em choque, fique envergonhado ou demonstre pânico. Não tente dizer que tudo vai ficar bem, diminuindo a dor da pessoa, sem agir para que isso aconteça.

A principal medida é não fazer com que o problema pareça uma bobagem ou algo trivial. Não dê falsas garantias nem jure segredo, procure ajuda imediatamente. Principalmente, não deixe a pessoa sozinha em momentos de crise nem a julgue por seus atos.

Recursos da comunidade e fontes de apoio

Para pessoas com pensamentos suicidas, os primeiras recursos ou fontes de apoio são:

• família;

• amigos e colegas;

• unidades de saúde: CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) , Unidades de Saúde da Família, clínicas, consultórios psicológicos, urgências psiquiátricas.

• profissionais de saúde: médicos, psicólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem, agentes de saúde.

• centros de apoio emocional: CVV (Centro de Valorização da Vida), ligue para o 188.

• grupos de apoio.

A grande maioria das mortes por suicídios podem ser evitadas e o diálogo sobre o assunto é o melhor jeito de fazer isso. Se você ou alguém que você conhece possui pensamentos suicidas, peça ajuda.

 

O autoconhecimento gera prosperidade

 Se conhecer ajuda a equilibrar a vida


A procura pelo autoconhecimento representa uma busca pelo eu interior, pelo propósito na vida de todos os indivíduos. Com esse conhecimento, é possível colher diversos benefícios, que podem ajudar tanto no âmbito pessoal quanto profissional.

Mesmo que pareça simples, o autoconhecimento envolve um processo profundo de descoberta, “O indivíduo que consegue perceber os seus próprios conflitos é capaz de olhar para o próximo com afeto e entendimento, assim como, adquire o poder de enxergar as oportunidades que o Universo promove e resolver as questões da vida de forma mais leve” explica a Facilitadora de Consciência, Bianca Drabovski.

Esse processo pode ser facilitado por algumas técnicas como as Perguntas que fazem parte da formação do curso de Barras de Acces, a Descompressão Tecidual Global que conecta o corpo e mente num processo de relaxamento e conexão corpo e mente, e a Limpeza Energética com Cones Chineses, que libera inseguranças e reequilibra a energia.

O processo de se conhecer leva o sujeito a acessar sua Consciência. “A capacidade de olhar para dentro e saber quais são as nossas as forças e as fraquezas, gera auto responsabilidade, empoderamento e novas possibilidades”, comenta Bianca.

Perceber o que te alegra, qual a marca que você deseja deixar no mundo, quais são suas paixões, pelo o que você é grato, o seu propósito daqui a dois, cinco, dez anos e como alcançar seus objetivos fazem parte desse conhecimento, “Como seria perceber a grandiosa contribuição que você pode ser para você mesmo, para os outros e para o mundo?”, finaliza a terapeuta.

 



Bianca Drabovski Chemin - Facilitadora de Consciência, Terapeuta, Saúde integrativa.

https://www.facebook.com/bianca.bioterapeuta

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Whatsapp: 41.98896.1704

bianca.bioterapeuta@gmail.com

 

Estudo da UFSCar avalia impactos do distanciamento social nas ocupações de crianças entre 4 e 6 anos

 Pesquisa procura por voluntários para responderem questionário online sobre o tema

 

Uma pesquisa de mestrado realizada no Programa de Pós-Graduação em Terapia Ocupacional (PPGTO) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está convidando voluntários para analisar o impacto do distanciamento social em crianças de 4 a 6 anos. O trabalho é desenvolvido pela terapeuta ocupacional Ana Claudia Moron Betti, sob orientação da professora Patricia Carla Della Barba, do Departamento de Terapia Ocupacional (DTO) da Instituição.


De acordo com Betti, a pesquisa vai investigar os principais impactos do distanciamento social relacionados à rotina e às ocupações das crianças em idade escolar (4 a 6 anos) e discutir quais os recursos disponíveis para apoiar e promover a participação delas nesse contexto. "Consideramos que este estudo trará benefícios para as crianças, pois deve proporcionar uma compreensão sobre os possíveis impactos do distanciamento social em seus cotidianos e ocupações e sobre como facilitá-las e desenvolvê-las, contribuindo também com projetos futuros sobre o tema", afirma a pesquisadora.


A hipótese é que as famílias estejam encontrando desafios e desenvolvendo estratégias para adequar suas rotinas e promover a participação das crianças em atividades diárias neste período de pandemia da Covid-19. "Na literatura encontramos impactos relacionados à saúde física e mental das crianças, referentes às oportunidades de movimento, brincadeiras e interação social, bem como às mudanças de rotina", complementa a pesquisadora. De acordo com ela, alguns autores citam que as famílias têm utilizado estratégias relacionadas à organização de rotinas, autocuidado, fortalecimento de vínculos e engajamentos em ocupações significativas.


A partir da compreensão advinda do estudo, a expectativa é desenvolver estratégias e soluções individuais e coletivas de apoio às crianças e famílias. Para realizar a pesquisa, estão sendo convidados pais ou responsáveis por crianças entre 4 e 6 anos para responderem questionário online (
https://bit.ly/3kNbjKr) que inclui perguntas gerais sobre a criança e sua família (condições de moradia, renda familiar, acesso a benefícios governamentais, escolaridade, condições de trabalho, características da criança etc.) e sobre mudanças percebidas pelo adulto em relação às ocupações da criança. Caso o voluntário tenha mais de uma criança nessa faixa etária, é preciso preencher um questionário para cada uma. São cerca de 50 questões e o tempo de resposta é de 10 minutos. Os interessados podem participar até o dia 18 de setembro. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail pesquisa.infancia.to@gmail.com


Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 32535220.2.0000.5504).


Sete de setembro: como estimular o conhecimento histórico que acompanha o feriado

Mesmo sem desfiles e atividades presenciais nas escolas, que costumam promover o debate sobre o tema, a data pode ser trabalhada no ensino remoto e também em casa


Todo ano, em setembro, na chamada Semana da Pátria, que abrange o feriado de 7 de setembro, data da Proclamação da Independência do Brasil, é bastante comum escolas promoverem atividades abordando o tema e ajudando a estimular o conhecimento histórico por trás do feriado. Os desfiles cívicos também fazem parte do calendário de comemorações dessa data. Este ano, com a pandemia, os desfiles estão suspensos e as atividades previstas no calendário escolar precisarão sofrer adaptações por conta do ensino remoto. De acordo com o coordenador da Assessoria de História, Filosofia e Sociologia do Sistema Positivo de Ensino, Norton Frehse Nicolazzi Junior, essa não é uma data apenas para ser comemorada com um feriado. "É importante entender efetivamente o significado histórico dessa data, o que ela representou para a época em termos de transformações e rupturas e também em termos de permanência do pensamento colonial", explica. 

Para o educador, um papel importante da escola e do professor como mediador desse conhecimento é combater a tradicionalidade da história que vem desde a década de 1930, com a construção de um nacionalismo que atendia a interesses políticos e se perpetuou por muito tempo. "Atualmente, quando pensamos nessas comemorações do 7 de setembro, é preciso destacar que não se trata apenas do desfile, da aula sobre a independência, mas entender o que há de relevante nisso tudo". Segundo Nicolazzi, esse trabalho pode ser realizado de forma remota. "Nas aulas on-line, é possível potencializar essas reflexões com o uso de objetos educacionais digitais, já que os professores têm maiores possibilidades de trazer vídeos, jogos e outros tantos recursos para ajudar nessa ressignificação do processo de independência", sugere.  

E para quem quer explorar um pouco mais o tema em casa, uma dica do coordenador é a obra em quadrinhos "Dom João Carioca - A corte portuguesa chega ao Brasil", que traz uma perspectiva interessante, animada e descontraída, que atrai mais facilmente as crianças e pode ser aproveitada como uma leitura em família, além de proporcionar a ideia da independência como um processo, iniciado anos antes. A obra ganhou uma versão em série animada, disponível no YouTube do Canal Futura. Outra indicação é o livro 1822, de Laurentino Gomes, que segundo Nicolazzi, não se trata de uma obra de historiografia, portanto, deve ser problematizada posteriormente em sala de aula, mas é um primeiro contato inicial para os jovens dos anos finais do Ensino Fundamental e também do Ensino Médio.


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