Estresse pode desenvolver alopecia, assim
como algumas doenças autoimunes
Problemas para lá, problemas para cá, muita
pressão no trabalho, na faculdade e até mesmo nos relacionamentos, pois é, todo
mundo está sujeito a passar por esse estresse em algum momento da vida.
Obviamente, cada pessoa lida de maneira diferente, mas o organismo também reage
a todos esses acontecimentos e cabe a você ficar atento, pois o corpo fala.
Mudança de apetite, insônia, cansaço
constante, tensão muscular, alergia na pele, esses são alguns dos sinais
físicos que você pode receber, e isso significa que precisa dar uma pausa. Além
desses sintomas, existe um outro que abala diretamente a sua autoestima de
forma mais rápida: a queda de cabelo. Sim, os fios podem cair demasiadamente em
consequência de estresse.
Especialistas explicam que a perda de fios
pode estar diretamente ligada a problemas emocionais, mas que tudo deve ser
analisado de perto por um profissional para avaliar se realmente este é o
motivo, além disso, é necessário verificar se outros problemas estão sendo
desencadeados, como as alergias, por exemplo.
Alopecia
areata X fatores emocionais
De acordo com o médico especialista em
transplante capilar, Alan
Wells, fatores emocionais podem provocar desequilíbrio
hormonal, estimulando a alopecia areata, que é um tipo de queda capilar.
“Sabe-se que fatores autoimunes estimulam, mas apenas um especialista pode
diferenciar se a queda ocorre por variações hormonais ou autoimune, sendo
assim, deve-se procurar um especialista o mais rápido possível”, detalha.
Diferença
entre alopecia areata e alopecia androgenética
A queda de cabelo pode acontecer não apenas
por problemas emocionais, mas também por causa da genética, por isso, quando
existe uma perda significativa de cabelo, é necessário procurar um médico
especialista. Mas, muitas pessoas possuem dúvidas sobre os tipos de alopecias e
às vezes não procuram uma orientação por acreditarem que é algo momentâneo ou
até mesmo se auto diagnosticam. Sendo assim, os tipos de calvície mais comuns
são definidos da seguinte forma:
Areata:
Relacionada a fatores autoimunes e pode ser agravada por problemas emocionais
ou de saúde. A perda de cabelo acontece de maneira acelerada, sendo de forma
parcial ou total em regiões do couro cabeludo, ou até mesmo em outras áreas que
possuem pelos, como a barba e sobrancelha, por exemplo. Os fios podem voltar a
crescer, mas em alguns casos raros acontece a perda total.
Androgenética: Essa
é a principal causa da perda de fios nos homens e é desencadeada pelos genes
que podem vir tanto do pai quanto da mãe. Pode acontecer de forma acelerada ou
não, entre os mais jovens e também ao envelhecer. Essa queda ocorre apenas na
cabeça e é estimulada pela testosterona, por isso e mais comum entre o sexo
masculino, mas as mulheres também podem ter, porém, de forma rara.
Wells conta que ambos os casos precisam ser
tratados, pois, independente do motivo, pode trazer problemas que vão além da
estética. “É algo que vai de encontro com a autoestima e que que pode causar
vergonha e descontentamento com a aparência. A alopecia androgenética é mais
fácil de ser identificada pelo paciente, principalmente, por ser hereditária e
ser conhecida como calvície, mas no caso da areata, questões hormonais ou
outros problemas de saúde podem estar envolvidos”, conta.
Como combater
a queda de cabelos
Não existe uma solução milagrosa para uma
queda de cabelo, mas, primeiro é necessário avaliar a intensidade do problema.
Por dia, caem cerca de 100 fios do couro cabeludo, mas o cabelo sempre cresce e
mantem esse equilíbrio. No caso da alopecia areata, ele pode voltar a crescer,
mas também pode ser devastador, fazendo com que a pessoa tenha uma interrupção
brusca no crescimento. Quando cai por causa deste tipo de alopecia, é possível
enxergar regiões do couro cabeludo totalmente sem fios e isso faz com o que
paciente tenha muita dificuldade de esconder. Existe tratamento com base em
remédios que devem ser prescritas pelo médico especialista, que é o único que
pode indicar um tratamento para a queda capilar.
Pode fazer um
transplante capilar?
O transplante é mais indicado quando a
calvície acontece estimulada pela genética (alopecia androgenética), porque
neste caso o cabelo não irá mais crescer na região que sofreu a queda de fios.
“Em caso de alopecia areata o cabelo cai de forma aleatória nas regiões do
couro cabeludo, e é bem raro acontecer a perda total. Sendo assim, não é
aconselhável fazer transplante na região afetada pois é provável que venha a
cair de novo, o melhor nesse caso é um tratamento clínico”, afirma o
especialista.
Algumas
indicações
Se os problemas emocionais são a causa da sua
perda de cabelo, vale algumas indicações para reverter o quadro:
Reduza o
estresse e relaxe
Descanse. A dica é distrair a mente e ajudar
o seu organismo: praticar algum esporte, meditar, ter pensamentos positivos,
essas são algumas alternativas que ajudam o seu corpo a relaxar e a resolver
possíveis problemas.
Previna-se
Nem sempre é possível evitar a alopecia, mas
há formas de se preservar dos danos que os cabelos podem sofrer devido a falta
de cuidados. Lavá-los com frequência, usar shampoos e cremes adequados, no
consumo de produtos químicos é importante contar com a ajuda de um profissional,
todos esses detalhes contribuem com a saúde capilar. “Além dessas precauções é
importante ir a médico para saber se está em dia com a saúde, e, claro, se
houver queda bruscas de cabelo, é necessário buscar um especialista para
investigar a causa”, finaliza Wells.
Fonte: Alan
Wells - Cirurgião Plástico