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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Abrir ou não?


Recentemente uma grande polêmica se estabeleceu, devemos taxar a importação do leite?

Porém é mais do que um caso localizado, trata-se da definição de uma linha estratégica para o País. O grande debate do agro e de todo o setor produtivo, com a equipe econômica do governo, é como se abrir, em que ritmo e em que setores. 

Sou a favor da abertura econômica porque ela é indispensável quando o mercado é mundial e as operações financeiras não conhecem limites geográficos. Porém é preciso integrar e não entregar. É necessário que seja gradativa para não prejudicar a nossa produção, não gerar empregos fora.

Exemplificados pela questão do leite em pó, devemos cuidar para que os produtos brasileiros disputem em iguais condições internacionais nas condicionantes sanitárias, de financiamento e de logística que devem ser considerados numa análise global.

Será feito um monitoramento diário das importações de leite em pó. Ocorrendo uma alta súbita das compras externas do produto, se aplicará uma salvaguarda preliminar. Isso só será feito se houver indícios de invasão de importados, são procedimentos corretos e que aperfeiçoam nossa proteção.

São cuidados para proteger a produção brasileira, mas devemos ir adiante, adotar medidas que elevam nossa produtividade e garantam que vamos competir sem salvaguardas, em breve!  Transformar este momento em um ponto de virada a nosso favor. Temos uma ótima oportunidade de trocar as proteções por desoneração em insumos importados e por ganhos de qualidade. No caso do leite, nossa maior dificuldade para exportar não é preço, mas sim o acesso a mercados, devido ao nosso padrão de qualidade inferior ao internacional.

Ao trocar as tarifas de proteção, em contrapartida teremos acesso a mercados. Cria-se então um círculo virtuoso. Ao acessar mercados com melhor qualidade e valor, somos competitivos em preços. Ao desonerar insumos importados em troca da redução das proteções, o beneficio financeiro é evidente. Isso é algo que deve ser feito paulatinamente, com cuidado, mas com determinação, prazos e metas.

Essa mudança de competitividade necessita que os governos federal e estadual façam suas partes. Estamos falando de redução da carga tributária sobre a produção, melhoria da infraestrutura logística, crédito e seguros.

Desenvolva também um programa de aumento intensivo da competição no setor bancário, por meio do incentivo ao crédito cooperativo e limitação das taxas cobradas por bancos e cartões de crédito.

Práticas desleais de comércio devem ser combatidas sempre e para isso acontecer precisamos que os setores público e privado estejam mais preparados para fazer as contestações formais, fazer as contas e saber recorrer aos fóruns adequados. A competição, sem grandes distorções, deve ser estimulada e adotada em todos os setores.

Um amplo programa de melhoria da competitividade nacional, o que permitirá uma ampla abertura da economia ao mercado global. Aí então a sobrevivência e a lucratividade estarão sujeitas unicamente à competência de gestão, disposição para trabalhar com eficiência, fatores que o nosso produtor rural e o empreendedor brasileiro já tem.

Igualdade para competir, abertura gradual e vamos conquistar mercados para gerar empregos e retomar o desenvolvimento!





Arnaldo Jardim - Deputado Federal - PPS/SP



Pesquisa internacional revela as tendências de RH

Estudo do Top Employers Institute é baseado na análise das práticas adotadas por 1600 empresas certificadas, em todo o mundo, como melhores empregadoras


O que faz uma empresa ser considerada melhor empregadora? Investir no desenvolvimento das lideranças e dos colaboradores, estabelecer plano de carreira e sucessão, ter uma comunicação interna ágil e efetiva, além de aprimorar o processo de seleção são algumas das práticas analisadas nas 1600 empresas certificadas este ano pelo Top Employers Institute, em 118 países. No Brasil, 38 companhias obtiveram o selo de excelência da consultoria holandesa.

O programa de Certificação Global Top Employers, que avalia a excelência do entorno oferecido pelas empresas aos seus colaboradores, gera diagnósticos individuais, mas proporciona uma visão macro do mercado uma vez que as mesmas práticas são avaliadas em todas as empresas. “É um verdadeiro raio X das práticas de RH em todo o mundo. A partir desse raio X é possível avaliar pontos fortes e fracos, fazer diagnósticos, desenvolver estratégias e analisar tendências mundiais”, detalha o Country Manager do Top Employers Institute Brasil, Gustavo Tavares.

A certificação é fruto de um processo de pesquisa que dura, em média, seis meses e analisa em torno de 600 práticas de gestão de pessoas. O número de empresas brasileiras participantes do programa global vem crescendo anualmente. “Apesar do avanço crescente ainda há muito a fazer. Somente 38 organizações em nosso país foram certificadas, em 2019, integrando o grupo dos 1.600 melhores empregadores do mundo. Isto é muito pouco, considerando o tamanho e representatividade das empresas operando no Brasil”, analisa Tavares.

O executivo afirma que “avaliando os dados da última pesquisa Top Employers é possível não só identificar os motivos que levam as empresas brasileiras a apresentar níveis de competitividade inferiores aos do resto do mundo, mas principalmente definir quais devem ser as prioridades deste ano para quem deseja crescer através do desenvolvimento do talento humano”.

Dentre os 10 fatores avaliados pelo Top Employers, somente em dois (Gestão de Desempenho e Cultura) as empresas brasileiras apresentaram resultados similares à média global. “Até aqui, nenhuma surpresa. Nós brasileiros somos bastante orientados a resultados e temos muito orgulho do ‘jeito’ como desempenhamos nosso trabalho”.

Nos pontos onde as empresas brasileiras apresentaram os melhores resultados absolutos (Planejamento da Força de Trabalho, Carreira e Sucessão e Desenvolvimento da Liderança), apesar da média das notas das empresas certificadas no Brasil ter ficado em média 2 pontos percentuais abaixo do benchmark global, ainda assim fica evidente a excelência das práticas locais.

“Por outro lado, avaliando os três maiores gaps (Remuneração e Benefícios, Atração de Talentos e Aprendizagem e Desenvolvimento), todos com scores médios 6 pontos percentuais abaixo do benchmark global, notamos de imediato onde estão as maiores oportunidades para os RHs no Brasil em 2019: melhorar a experiência do colaborador, e reforçar a proposta de valor de sua marca empregadora”, enfatiza Gustavo.

É importante verificar que, quase a totalidade das empresas certificadas como Top Employer e que vêm investindo em iniciativas de posicionamento de sua marca empregadora, têm apresentado melhoras contínuas em uma série de indicadores de desempenho (entre eles, absenteísmo, rotatividade, retenção de conhecimento, satisfação de clientes, NPS, entre outros) e que, no médio prazo, vêm também impactando positivamente seus resultados financeiros.

“Como já afirmamos há algum tempo, é chegado o momento da área de Recursos Humanos ‘humanizar’ as suas abordagens, dar mais ênfase aos soft skills, à equidade e diversidade, ao tipo de impacto que as organizações querem causar na sociedade, e buscar se conectar com as pessoas de formas ainda mais genuínas, inovadoras, disruptivas e ágeis”, reforça Tavares.

“É fundamental fazer uma autocrítica e reoxigenar as práticas em gestão de pessoas vigentes em nosso país. Chega de empresas ditas ‘modernas’ e ‘digitais’, e que continuam pedindo fotocópia dos documentos do candidato no momento da sua admissão. A reputação e o legado dos empregadores nunca estiveram tão associados às experiências proporcionadas (e percebidas), e todas as iniciativas em RH devem, sempre que possível, buscar potencializar estes atributos”, conclui.

 
Pesquisa Top Employers 2018/2019
1600 Empresas de 118 países do mundo
Pontos Fortes Brasil
Planejamento Força de Trabalho (88,8% - Global 91,7%)
Desenvolvimento da Liderança (86,7% - Global 88,1%)
Carreira e Sucessão (86,6% - Global 88,8%)
Maiores Gaps Brasil
Remuneração e Benefícios (71,8% - Global 79,0%)
Atração de Talentos (73,4% - Global 78,1%)
Aprendizagem e Desenvolvimento (76,9% - Global 83,4%)
Demais fatores
Estratégia de Talento (86,6% - Global 88,2%)
Gestão de Desempenho (83,8% - Global 84,1%)
Cultura (81,5% - Global 81,2%)
Introdução (77,6% - Global 83,2%)

 
Trinta e oito empresas atingiram o nível de Top Employer no Brasil e foram reconhecidas entre os melhores empregadores do mundo em nosso país em 2019. São elas:

 
AkzoNobel
Enel
Amil
Everis Brasil
Arcos Dourados
JTI Brasil
Atento Brasil
Merck
Autoneum
Naturgy
B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão
Orange Business Services
BANCO DO BRASIL S.A.
Philip Morris Brasil
Baxter
Reed Exhibitions Alcantara Machado
Boehringer Ingelheim do Brasil
Roche Diabetes Care Brasil
Chiesi
Saint-Gobain
China Construction Bank
Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda
Cognizant
Sanofi
Conductor
SAP Brasil
Corbion
SAS Institute Brasil
Deloitte
Souza Cruz
DHL Express Brazil
Takeda Farmacêutica
DHL Global Forwarding Brazil
Tata Consultancy Services
DHL Supply Chain
Valeo Sistemas Automotivos
Dimension Data
Volkswagen do Brasil
 


 Top Employers Institute
www.top-employers.com

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