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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

A comoção nacional pelas falsas imagens de Brumadinho


 Prof. Dr. Jack Brandão explica porque somos tão atraídos pelas fake News


No dia 25 de janeiro de 2019, uma trágica notícia assolou o Brasil e o mundo: o rompimento da barragem da mineradora Vale, na cidade de Brumadinho, em Minas Gerais. Bastaram as primeiras publicações sobre a tragédia serem veiculadas na mídia que, rapidamente, as redes sociais foram bombardeadas de comentários de internautas. Verificaram-se também, em meio à avalanche informacional, as chamadas fake news que, mais uma vez, entraram em ação. Dentre elas havia, inclusive, a de internautas que se aproveitaram da situação para criar sites com campanhas falsas para arrecadar doações para, supostamente, ajudar as vítimas do desastre.

Um estudo, publicado em 2008, pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, concluiu que as informações falsas têm 70% mais chances de viralizar do que as verdadeiras e alcançam muito mais pessoas. Mas, que leva a essa crença tão efetiva nas fake news? Que as torna mais atraentes?
Com a infinidade de textos e imagens circulantes nos meios digitais, torna-se, cada vez mais, difícil distinguir o falso do verdadeiro, a ponto de aquele tornar-se mais real que este. Isso se potencializa, quando o que se tem diante da tela de um celular ou de um computador é, por exemplo, uma fotografia. Isso porque muitas pessoas ainda acreditam que ela é sinônimo de verdade, não um mero registro de um fato qualquer, uma das várias facetas da realidade, conforme nos diz o especialista e pesquisador em imagens, Prof. Dr. Jack Brandão.  

Tal ideia, a da fotografia como fiel à verdade, ainda se faz presente para muitas pessoas que enxergam nela a “cópia mais perfeita do mundo”, sem perceber suas incontáveis variáveis, como o olhar do fotógrafo, o contexto em que foi tirada, seu suporte, o ângulo da tomada, a intenção do fotógrafo ou do editor, sem contar com os diversos softwares de edição de imagem que existem hoje no mercado. Tais aspectos acabam sendo desconsiderados por muitos leitores que, ao se depararem com determinadas imagens, a interpretam por meio de seu próprio acervo imagético denominado de iconofotológico pelo Prof. Dr. Jack Brandão. Este se trata “de um acervo fotográfico virtual, construído durante toda nossa vida” que, segundo o professor, cada indivíduo possui e que consiste em um estoque de imagens mentais, ao qual recorre para interpretar determinada informação que tem diante de si.

Assim, além dos falsos pedidos de doações para Brumadinho, fotos e vídeos falsos também circularam nas redes, como a imagem de um bombeiro abraçando um homem, que gerou comoção nacional como se fosse da tragédia. Todavia, tal imagem foi registrada num resgate realizado em Pato de Minas (MG), em 2011. Para o Prof. Dr. Jack Brandão, toda essa comoção acontece, de maneira especial, porque junto às imagens são inseridas as legendas, ou seja, se a imagem fotográfica por si só já nos leva a acreditar em sua verdade; essa se torna inquestionável, quando estiver junto com a palavra. Sozinhas, as imagens, apesar da falsa crença de que falam por mil palavras, pouco dizem, já que cada um a interpretará conforme seu próprio acervo iconofotológico.

Se a descontextualização imagético-textual por parte dos leitores impede sua plena decodificação na contemporaneidade, que dizer da interpretação de informações extemporâneas? De acordo com o professor, no século XIX, concretizou-se a substituição dos modelos de representação vigentes nos séculos anteriores, fazendo com que houvesse um novo enfoque da realidade. A realidade visual de obras artísticas, por exemplo, começou a ser substituída pela plena subjetividade dos artistas, que ganharam liberdade para criar. Com isso, perdeu-se todo a rigidez do referencial imagético dos séculos anteriores, quando cada traço artístico possuía determinado significado.

Na contemporaneidade, com a imprensa e a fotografia, há uma constante e inebriante mudança de referencial que foi acelerada pela enxurrada imagética que se verifica a cada segundo; dificultando, dessa maneira, uma interpretação satisfatória do que se vê no mundo. Assim, uma imagem de alguns anos, como a fotografia do bombeiro citada anteriormente, pode ser inserida, como numa colagem, a outro contexto, como se pertencesse a ele, sem que as pessoas percebam isso. Tal fato é agravado quando se insere uma legenda qualquer: somo como impelidos a acreditar nela.

Resta ao público, portanto, não apenas recorrer ao seu acervo iconofotológico para preencher as lacunas trazidas pela imagem, como também buscar as fontes, para que também ele não potencialize, muitas vezes, a audiência das notícias falsas, propagando-as.






Prof. Dr. Jack Brandão - Doutor pela Universidade de São Paulo (USP), pesquisador da arte medieval, renascentista e seiscentista, de modo especial de sua recepção pelo leitor hodierno; desenvolvendo o conceito de iconofotologia, com o qual mantém sua linha de pesquisa. Autor de livros acerca do tema, bem como de artigos referentes ao assunto em revistas acadêmicas do Brasil e do exterior; poeta e romancista. Coordenador do Centro de Estudos Imagéticos CONDES-FOTÓS, além de editor da revista acadêmica Lumen et Virtus.  Ministra curso sobre a iconologia, a iconografia e a iconofotologia destinado a desvendar os mistérios que se escondem na imagem, no homem que a produziu e em seus leitores.
condesfotosimagolab.com.br

Mais de 5 milhões de carteiras de trabalho foram emitidas em 2018


Total é 5% superior ao de 2017, quando foram fornecidos 4,8 milhões de documentos. São Paulo lidera, com 1,2 milhão de carteiras no ano passado


O número de Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS) emitidas em 2018 em todo o Brasil foi de 5.084.515 – um aumento de 5% em relação a 2017, quando 4,8 milhões de trabalhadores receberam o documento. Foram 4.999.502 de carteiras para brasileiros e 85.013 para estrangeiros, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (4) pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.

São Paulo foi a Unidade da Federação (UF) onde houve mais emissões em 2018, com 1,2 milhão de CTPS. Em seguida aparecem os estados de Minas Gerais (501,9 mil), Rio de Janeiro (410 mil), Bahia (316 mil) e Paraná (270 mil) (veja tabela abaixo).

A UF com maior aumento proporcional na concessão de carteiras de trabalho foi Roraima, com alta de 115% – passando de 20 mil, em 2017, para 43 mil, em 2018. O estado também registrou o maior número de emissão de carteiras para estrangeiros (30.683 documentos, ou 36% do total para este público).

No Maranhão, o crescimento no número de documentos emitidos foi de 45% (de 115 mil, em 2017, para 167 mil, em 2018). A emissão no Pará subiu 31%, passando de 133 mil para 174 mil. Em Alagoas, o aumento foi de 24% (de 58,7 mil para 73 mil).


Solicitação do documento O serviço de emissão da carteira de trabalho está disponível nas unidades da Secretaria de Previdência e Trabalho. Também é possível requerer o documento em postos criados por meio de parcerias com estados e municípios, em todo o país. Ao todo, são mais de 2,1 mil locais de atendimento.

A Carteira de Trabalho e Previdência Social é o documento obrigatório para toda pessoa que presta serviço na indústria, no comércio, na agricultura, na pecuária ou mesmo de natureza doméstica. A CTPS garante o acesso a alguns dos principais direitos trabalhistas, como seguro-desemprego, benefícios previdenciários e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).


Carteira Digital – O trabalhador também pode contar com a Carteira de Trabalho Digital. Esta versão permite aos trabalhadores terem em mãos, instantaneamente e em qualquer tempo, as informações de qualificação civil e dos vínculos trabalhistas. Também é possível solicitar a primeira e a segunda vias da carteira de trabalho física.

Por meio da plataforma digital, o trabalhador ainda passa a ser um agente fiscalizador de todo o processo. Ele pode saber, por exemplo, se a empresa forneceu o vínculo trabalhista e se as informações dadas estão corretas nos sistemas de governo.


Para solicitar a primeira via da carteira de trabalho é necessário fornecer os seguintes documentos:

I - Documento oficial de identificação civil que contenha nome do interessado; data, município e estado de nascimento; filiação; nome e número do documento com órgão emissor e data de emissão;

II - Cadastro de Pessoa Física (CPF);

III - Comprovante de residência com CEP;

IV - Comprovação obrigatória do estado civil por meio de Certidão de Nascimento (se solteiro) ou Casamento (se casado) – com averbação, se for o caso (se separado, divorciado ou viúvo).

V – Foto 3x4, com fundo branco, com ou sem data, colorida e recente, que identifique plenamente o solicitante (no caso de emissão de CTPS manual).


Para a segunda via (nos casos de perda, furto, roubo, continuação, danificação e extravio) a lista de documento é esta:
I - Documento oficial de identificação civil que contenha nome do interessado; data, município e estado de nascimento; filiação; nome e número do documento com órgão emissor e data de emissão;

II - Cadastro de Pessoa Física (CPF);

III - Comprovante de residência com CEP;

IV - Comprovação obrigatória do estado civil por meio de Certidão de Nascimento (se solteiro) ou Casamento (se casado). - com averbação, se for o caso (se separado, divorciado ou viúvo).

V - Documento que comprove o número da via anterior;

VI - Boletim de ocorrência (nos casos de 2ª via por furto, roubo, perda ou extravio);

VII - CTPS inutilizada/danificada (nos casos de 2ª via por inutilização).


Observação: em casos de perda, furto, roubo ou extravio de CTPS, o fato deve ser comunicado à autoridade competente para emissão de boletim de ocorrência.

Emissão 2018
Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)
Estado
Brasileiro
Estrangeiro
Total
AC
20.932
225
21.157
AL
72.931
85
73.016
AM
91.954
6.046
98.000
AP
25.181
51
25.232
BA
315.207
824
316.031
CE
197.835
833
198.668
DF
101.339
1.104
102.443
ES
97.040
240
97.280
GO
185.732
907
186.639
MA
167.005
165
167.170
MG
499.616
2.334
501.950
MS
74.586
1.075
75.661
MT
105.064
1.420
106.484
PA
173.565
339
173.904
PB
81.270
128
81.398
PE
198.125
332
198.457
PI
70.567
42
70.609
PR
264.114
6.361
270.475
RJ
406.990
3.211
410.201
RN
74.990
151
75.141
RO
42.645
754
43.399
RR
12.561
30.683
43.244
RS
247.898
5.207
253.105
SC
177.329
8.286
185.615
SE
51.127
132
51.259
SP
1.209.482
14.026
1.223.508
TO
34.417
52
34.469
TOTAL
4.999.502
85.013
5.084.515


Ministério da Economia

Verão: tempo de cuidar ainda mais dos olhos


 Época é propícia ao aparecimento de diversas doenças oculares, como conjuntivite, ceratites e alergias. Especialista do Hospital CEMA explica por que isso ocorre e como se prevenir



O verão traz muitas coisas boas: praia, férias, lazer. No entanto, pode também ser um fator de risco para alguns problemas de saúde. A aglomeração, o descuido, a exposição à radiação solar, todos esses fatores favorecem o aparecimento de doenças oculares, como a conjuntivite, ceratites, alergias, catarata precoce, DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade), tumores, pterígio, entre outras. “Dessas enfermidades, a mais comum é a conjuntivite, que pode aparecer por alguns fatores, como água poluída, fatores alérgicos e descuidos com a higiene das mãos”, explica o oftalmologista do Hospital CEMA, Omar Assae.

Nesta época, os casos de conjuntivite, por exemplo, podem aumentar até 80%. A doença ocorre quando há uma inflamação da conjuntiva, membrana que recobre o olho. A mais comum delas, a infecciosa, pode ser bacteriana ou viral, e é altamente contagiosa. Além dessas, há também a alérgica, fúngica e a tóxica. Já a ceratite acontece quando há inflamação da córnea, e o pterígio quando há crescimento anormal do tecido corneano. Ambas as doenças podem aparecer mais facilmente no verão por causa da exposição maior aos raios solares.

Porém, a ideia não é estragar a diversão de ninguém com medidas radicais, por isso é importante atentar aos principais cuidados a serem adotados nesta época. O especialista do Hospital CEMA lista abaixo algumas medidas para evitar complicações oculares:

- É importante, durante a exposição solar, utilizar óculos escuros de qualidade, certificado por profissionais. Só assim é possível proteger a visão com segurança. Óculos de procedência duvidosa podem causar o efeito contrário, e prejudicar ainda mais os olhos;

- Evite coçar os olhos, principalmente se as mãos estiverem sujas, ou caso esteja em ambientes aglomerados. Esse hábito simples é capaz de prevenir boa parte dos casos de conjuntivites e outras infecções;

- O uso de chapéu, em conjunto com os óculos escuros, melhora ainda mais a proteção ocular, principalmente nos casos de pessoas que ficam muito tempo expostas ao sol;

- O cloro e o sal do mar podem irritar os olhos, mas não chegam a causar doenças. De todo modo, todo cuidado é pouco para possíveis alergias ou irritações que não melhoram;

- Evite tratamentos “caseiros”, pois o problema pode se agravar. Basta lembrar que os olhos são um dos órgãos mais sensíveis. Caso desconfie de alguma doença ocular, consulte sempre um especialista.




Instituto CEMA


5 de fevereiro é Dia Nacional da Mamografia: exame preventivo para câncer de mama que salva vidas


Em comemoração à data, oncologista faz uma breve linha do tempo do exame mais assertivo no combate ao tumor


Dados divulgados no ano passado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) em parceria com a Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia demonstram que o percentual de cobertura mamográfica de 2017 nas mulheres da faixa etária entre 50 e 69 anos, atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é o menor dos últimos cinco anos. Eram esperadas 11,5 milhões de mamografias e foram realizadas apenas 2,7 milhões, uma cobertura de 24,1%, bem abaixo dos 70% recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “No Brasil e no mundo, uma em cada oito mulheres será diagnosticada com câncer de mama durante a vida. No entanto, as taxas de cura são crescentes e maiores do que nunca. Quando pensamos em como ter mais chances contra o câncer de mama, imediatamente falamos na mamografia. Por isso, esses dados são alarmantes”, afirma a onclogista de Campinas-SP Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia.

Em 5 de fevereiro comemora-se o Dia Nacional da Mamografia. A data foi instituída em 2012, a partir do Projeto de Lei da Senadora Maria do Rosário (PT-RS), e tem como objetivo sensibilizar mulheres sobre a importância de realizar o exame para a detecção precoce do câncer de mama, uma das principais causas de morte entre mulheres no Brasil. “Foi graças aos esforços incansáveis ​​feitos por médicos, engenheiros, ativistas e políticos que a mamagrafia atingiu seu fundamental papel na saúde feminina, resultando em significativa redução no risco de morte por câncer de mama”, conta Dra. Vivian.

Para celebrar a  data, a oncologista traçou uma breve linha do tempo sobre o exame que salva vidas:

- Nos últimos 100 anos, avanços tecnológicos significativos ocorreram para ajudar os médicos no diagnóstico precoce do câncer de mama, aumentando assim as chances de cura, com notórios mais de 30% de redução no risco de morte pela doença.

- Em 1913, dezoito anos após a descoberta do raio X, em 1895, Dr. Albert Salomon, um cirurgião alemão, iniciou um estudo em que usou esses raios recém-descobertos em 3.000 mastectomias, correlacionando o tecido cancerígeno já conhecido dessas amostras de mama às radiografias tiradas do mesmo seio. “Ele descobriu microcalcificações e outras alterações nas imagens que estavam associadas ao câncer de mama. Foi da junção dessa brilhante ideia, com a não menos revolucionária descoberta do raio X, que surgiu a ferramenta que mudaria para sempre a história do câncer mais prevalente nas mulheres”, exalta.


- Em 1949, Raul Leborgne, um radiologista do Uruguai, apresentou à comunidade médica a técnica de compressão da mama, que trouxe uma avaliação bastante melhorada, inaugurando o que chamamos de mamografia moderna. “A partir daí, os avanços jamais pararam e os esforços de cientistas de diversos países resultaram em consecutivos aperfeiçoamentos da tecnologia”, completa.

- Na década de 60, o homem pisou na Lua pela primeira vez e mulheres do mundo todo receberam as primeiras unidades de mamografia disponíveis para a sua mais importante prevenção. “Certamente, foi um grande marco da história da saúde feminina, e nos faz pensar que as mulheres também tiveram sua verdadeira ‘Apollo 11’ naquela mesma década”, compara.


- Em 2000, foi aprovada a primeira unidade de mamografia digital e, uma década depois, veio a tecnologia de imagem de mama 3D, que rapidamente se  mostrou superior à imagem digital e é amplamente utilizada hoje. “À medida que a tecnologia avançou, a imagem digital tornou-se o método preferido de imagem da mama, por ser realmente ainda mais eficaz”, conclui Dra Vivian.


Cuidando de sua própria saúde


De acordo com a Dra. Vivian, os médicos e os cientistas entendem cada vez mais sobre o câncer de mama. Mas, atualmente as mulheres também sabem mais sobre a mamografia. 

“Há um foco crescente em capacitar as mulheres para que participem de forma ativa no gerenciamento de sua própria saúde e em aumentar a disponibilidade de acesso aos aparelhos de forma uniforme, para que a mamografia continue, todos os dias, mudando positivamente a história de mulheres ao redor do globo todo”, finaliza.





Vivian Castro Antunes de Vasconcelos - formada em oncologia clínica pela Unicamp, oncologista do Caism/Unicamp. Doutoranda na FCM-Unicamp e membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e da Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO). Vivian é membro no Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia.


Vitamina D: e a sua importância para o organismo



A vitamina D é fundamental para o bom funcionamento do corpo.  Ela é responsável pela saúde dos ossos, do metabolismo, do sistema imunológico e cardiovascular, dos músculos, além de regular a formação dos dentes. O hormônio é produzido pelo corpo, e pode ser adquirido pela exposição solar diária (início da manhã ou final da tarde) e por meio dos alimentos. Entre eles: peixes gordurosos, cogumelos secos, óleo de fígado de bacalhau, leite e seus derivados, ovos, fígado bovino, e castanhas.

A falta de vitamina D pode causar a osteoporose (ossos frágeis), a perda da força muscular e fraturas espontâneas em adultos. Nas crianças, a deficiência compromete o crescimento e pode ocasionar a formação inadequada dos ossos e dos dentes. “A vitamina D tem ligação direta com a absorção do cálcio, mineral extremamente importante para o organismo. Quando a pessoa possui deficiência desse hormônio, o nível de absorção do cálcio será pequeno, podendo acarretar em doenças como a osteoporose. O principal reservatório de cálcio em nosso organismo são os ossos”, enfatiza Érika Vassolér, dentista e consultora de higiene bucal da Condor. 

Durante a gravidez é essencial redobrar a atenção com a alimentação. A formação dos dentes de leite acontece na fase intrauterina, e dos dentes permanentes ocorre ao longo dos primeiros anos de vida.  “É importante estar com o nível adequado de vitamina D para não prejudicar a saúde do bebê e garantir uma boa formação óssea e bucal”, pontua a dentista.

Uma dieta rica em alimentos com cálcio como: verduras escuras, leites e derivados, castanhas, e peixes (salmão, sardinha, atum), assim como os banhos de sol são fundamentais para a formação dos dentes. A carência da substância pode ocasionar a hipocalcemia (diminuição nos níveis de cálcio no sangue), afetando diretamente a formação do esmalte tanto dos dentes de leite quanto dos permanentes.

”O dente é formado por três camadas: esmalte dentário, dentina e polpa dentária. A falta de vitamina D causa a hipoplasia de esmalte, acarretando o tom esbranquiçado, a anatomia diferenciada em termos de estrutura do dente e ainda a má-formação da coroa dos dentes permanentes. A hipoplasia de esmalte pode surgir também por fatores sistêmicos, por problemas nutricionais, metabólicos e medicamentosos e ainda por conta de nascimento prematuro”, relata a dentista.

Segundo a especialista, não existe um índice mínimo de ingestão de cálcio. A quantidade varia de pessoa para pessoa. As consequências da má-formação são dentes menos resistentes, mais sensibilidade, alteração do osso que sustenta os dentes e esmalte defeituoso. Em casos de acúmulo de placa bacteriana as crianças podem sofrer de forma mais intensa os danos causados pela cárie.  Já em pacientes idosos a carência de vitamina D pode prejudicar a osteointegração de implantes, reflexo de falhas na etapa de calcificação.

A falta de cálcio causa danos permanentes durante a formação dos dentes. “Depois que a coroa dos dentes está formada é impossível reverter o processo. Por isso é preciso ficar atento aos níveis de vitamina D no organismo. A boa notícia é que é possível realizar procedimentos para minimizar os problemas estéticos e de saúde como tratamentos de microabrasão, facetas de porcelana ou lentes de contato, clareamento para hipoplasia e restaurações”, ressalta a dentista e consultora de higiene bucal da Condor.

Para saber como está o nível do nutriente no organismo é necessário realizar um exame de sangue. A falta da vitamina pode ser suplementada com a orientação médica. Em hipótese alguma deve ocorrer a automedicação. O uso indiscriminado e em excesso de suplementos para amenizar a ausência de vitamina D no organismo pode elevar a concentração de cálcio no sangue e provocar a calcificação de tecidos e afetar os rins.





Condor
http://www.condor.ind.br/  / SAC: 0800 47 6666


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