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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Estudo do Ipea projeta cenários macroeconômicos para o Brasil até 2031


Análise reúne estimativas de dados como o PIB e as taxas de investimentoe de produtividade


Ainda que o governo brasileiro continue a reduzir os gastos públicos primários, projeções feitas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram a necessidade de avanço nas agendas de reformas macro e microeconômicas para tirar o país da crise e promover um crescimento econômico sustentável. O estudo Cenários Macroeconômicos para o período 2020-2031, divulgado nesta sexta-feira (30), apresenta panoramas que se diferenciam pelo grau de avanço ou não de reformas econômicas e seus impactos na população brasileira. Pelas estimativas, a taxa de crescimento média anual do produto interno bruto (PIB) e do PIB per capita brasileiro pode variar até 3,5 pontos percentuais entre o pior e o melhor cenário.  

O diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea e um dos autores do estudo, José Ronaldo Souza Júnior, explica que a análise serve como uma avaliação do custo-benefício e dos riscos da realização de reformas econômicas no país. “Nossa intenção é mostrar para o cidadão os impactos de medidas econômicas que estão em debate, de forma que isso lhe permita refletir sobre quais alternativas vão impactar efetivamente sua vida e o custo disso para a sociedade”.

A pesquisa estabelece projeções para três cenários. No pior deles, de desequilíbrio fiscal, não haveria a aprovação das reformas necessárias para a estabilização das contas públicas, como uma reforma na previdência, por exemplo. O teto dos gastos públicos não seria respeitado e as contas públicas permaneceriam em trajetória ascendente, com desconfiança crescente dos investidores sobre a capacidade de o Brasil honrar compromissos. Nesse contexto, as projeções indicam probabilidade superior a 50% de eclosão de uma crise de financiamento da dívida em algum momento entre 2020 e 2031, o que poderia resultar num calote da dívida pública. 

Mesmo que as autoridades reduzam os demais gastos públicos, as elevadas taxas de juros exigidas pelos investidores expandiriam os gastos públicos totais e comprimiriam a atividade econômica do país, mostra a análise. O resultado estimado é de perda acumulada de PIB per capita na faixa de 7% já para os próximos quatro anos, associada a elevadas taxas de juros, aumento da taxação e medidas de ajuste fiscal de curto prazo. Para o diretor-adjunto de Macroeconomia do Ipea e coautor do estudo, Marco Cavalcanti, as ações de curto prazo não são capazes de reverter a trajetória de deterioração fiscal e de aumento da probabilidade de uma crise. “Somente medidas que de fato ataquem os problemas estruturais das contas públicas é que podem fazer isso”, ressalta.

Segundo o estudo, a reversão sustentável do aumento da dívida pública só será possível com a contenção estrutural do crescimento dos gastos. Nesse caso, o que vai impactar fortemente as projeções será a implementação ou não de reformas microeconômicas. “Enquanto a realização das reformas macrofiscais possibilita a retomada do crescimento econômico brasileiro, a velocidade desse crescimento será ditada pelas reformas microeconômicas”, explica Souza Júnior.  

No chamado cenário de referência, que considera apenas a adoção de mudanças macroeconômicas – ajustes que reduzam o crescimento dos gastos obrigatórios –, o PIB per capita aumentaria 1,6% a.a., chegando a um crescimento acumulado de 21,2% entre 2019 e 2031. A taxa de crescimento média do PIB no período seria de 2,2% a.a. A taxa de investimento média seria de 18% do PIB, com a proporção do investimento em infraestrutura correspondendo a 10% do total e crescimento nulo da produtividade total.

Para o cenário mais otimista, chamado transformador, no qual o governo aprovaria todas as reformas necessárias para equilibrar as contas públicas e proporcionar um crescimento econômico sustentável, seria possível pensar em flexibilização da regra fiscal dos tetos dos gastos públicos (a Emenda Constitucional nº 95) ao final de 10 anos, ou seja, em 2026. As taxas de crescimento médias do PIB e do PIB per capita no período seriam, respectivamente, de 4,0% a.a e 3,4% a.a. Em termos acumulados, o PIB cresceria 60,9% entre 2019 e 2031, ao passo que o PIB per capita cresceria 49,7%.

A taxa de investimento média atingiria 19,5% do PIB, e a proporção do investimento em infraestrutura corresponderia a 18,5% do total, com o crescimento da produtividade total de 0,5% a.a. “É possível estimar que, num cenário otimista, com os níveis de escolaridade da população maiores, haveria uma taxa mais elevada de participação no mercado de trabalho”, ressalta Souza Júnior. A pesquisa do Ipea faz parte de um conjunto de estudos preparatórios para a formulação da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Endes).



CRISES FAVORECEM A EFICIÊNCIA E PODEM TIRAR SUA EMPRESA DO VERMELHO


Quase nunca o caminho mais fácil é o melhor, especialista explica


No cenário de crise indubitável em que estamos vivendo, as empresas que estão de pé no mercado são aquelas que tem prezado sobretudo por uma administração muito atenta aos relacionamentos com clientes e fornecedores. O risco do calote tem assombrado o mercado, exigindo dos empresários um jogo de cintura que há muitos anos não era exigido. Há 35 anos atuando na área de recuperação de crédito empresarial, posso assegurar que estamos vivendo um período muito fora da curva e há muita empresa derrapando nesse momento e indo direto com a cara no muro.

Vê-se casos de empreendedores experientes tirando dinheiro de contas pessoais para pagar dívidas, um erro administrativo básico, mas que ainda é um dos primeiros que são cometidos quando a empresa entra no vermelho. Há também muito administrador cortando custos naquilo que é essencial para a sua atividade, ou seja, amputando “braços” importantes, como por exemplo, a equipe de vendas. Ora, justamente no momento em que você precisa bater incansavelmente na porta de clientes, você resolve dar adeus ao seu vendedor?

Antes de se voltar para a folha de pagamentos, com a certeza de que este é um bom caminho, convido a todo administrador a olhar à frente e pensar duas coisas: A primeira é sobre indenizações trabalhistas que podem afundar de vez um barco. A outra é sobre pensar que ao demitir um bom funcionário você está lançando-o aos braços de seu concorrente ou muitas vezes criando um novo concorrente. Em ambos os casos a conta do arrependimento chega como um tsunami.

No leme, as mãos do bom administrador precisam ser firmes para tirar a empresa da beira do abismo. Perfis omissos, autoritários ou centralizadores são os menos desejáveis. Em anos de definições políticas, que deixam o mercado ainda mais instável, temos lido muito uma frase por aí nas redes sociais que diz que “um problema complexo não se resolve com medidas simplistas”. E isso vale para sua administração empresarial: Se parece fácil, fique atento, pois o risco de você estar errando é grande.

Ficou para trás o tempo em que era apenas técnica que um administrador tinha que ter para deixar uma empresa saudável. Hoje é necessário enxergar as adversidades como oportunidades de explorar novos nichos, abrir novos mercados e ser mais eficaz também com os seus relacionamentos. Renegociar dívidas mostrando boa vontade é o que todo mundo espera e nesse sentido a postura do devedor conta muito, pois é a partir daí que as alternativas surgirão.

À frente da Hold Brasil, empresa especializada em cobrança amigável ou extrajudicial, tenho enfrentado situações sui generis, com clientes meus devendo a clientes meus. E o que mais percebo é que a atitude vem contando muito na hora dos acordos, pois estão todos com um único pensamento: Sair da tormenta. Posso garantir que a sensatez é a qualidade mais necessária a um administrador de empresas hoje e que, a solução para sair da crise se chama “eficiência”. Esse é o dever de casa que, se sua empresa não fez ainda, deve fazer com urgência. Do contrário, demissões, empréstimos ou dilapidar patrimônios para pagar credores serão apenas paliativos até a próxima maré ruim.







Sidney Almeida de Sousa - mestre em Administração de Empresas, especialista em Marketing e conta com uma sólida trajetória de mais de 35 anos no setor de cobrança empresarial, tendo portanto grande renome no mercado e experiência, o que o coloca entre os grandes especialistas em questões ligadas à recuperação de créditos entre Pessoas Jurídicas (PJ). Empreendedor, preside a Hold Brasil, uma das cinco maiores empresas do segmento no país. Tem sua trajetória reconhecida nacionalmente, mas principalmente nos mercados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Ceará e Pernambuco.


Estácio dá dicas de como usar o 13º salário


Muita gente se pergunta qual a melhor forma de utilizar o 13º salário. Com o fim do ano chegando, as festividades tradicionais, viagens em família, dívidas, material escolar, entre outros gastos, encabeçam a lista do que fazer com o salário mais aguardado do ano. Para o professor de economia da Estácio, Paulo Mibielli, a primeira coisa a fazer é pagar as dívidas, caso esteja muito endividado. Caso contrário, o especialista acredita que com os juros e inflação em baixa, a renda média real aumentando e o desemprego caindo, o trabalhador pode usar o salário como preferir, sempre reservando uma parte para poupança.

— Não precisa ser a maior parte, pois o pior da crise já passou. Se fosse há 3 anos, eu diria para poupar o máximo possível, mas não é o caso. Se a pessoa não tem dívidas, ela pode gastar e poupar como preferir. Depende da situação de cada um. O importante é ter (ou criar) o hábito de sempre poupar. O hábito de gastar já temos, pois não falta estímulo para isso e o brasileiro, por razões culturais, tende a priorizar o consumo em detrimento da poupança — explica Mibielli.

Para aqueles que estão endividados, o especialista acredita que a primeira providência é pagar imediatamente o que estiver com risco de corte de fornecimento, como luz, água e gás. Outra opção é renegociar onde o montante for maior e/ou juros forem maiores, como por exemplo dívidas do cartão de crédito. Deve-se ainda fazer uma programação para pagar todas as dívidas em um determinado prazo, para que o dinheiro seja usado corretamente.

Para quem prefere investir, deve-se analisar a situação de cada um. Quanto menor a renda, mais se deve aplicar em renda fixa, sempre comparando taxas e alternativas, pois é mais seguro.  Com renda mais elevada, cabe aplicar pelo menos 10% em ações (aplicação de risco), começando por um fundo de ações onde o risco é menor e, de novo, sempre comparando taxas e alternativas. Para comparar taxas e alternativas, há várias gestoras que têm instrumentos que facilitam esta pesquisa e dão orientação correta. Consultar seu gerente do banco não deve ser a primeira alternativa, pois tendem a oferecer produtos do banco e apostam no "comodismo" do cliente, que acaba aceitando o que for apresentado.



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