Muita gente se
pergunta qual a melhor forma de utilizar o 13º salário. Com o fim do ano
chegando, as festividades tradicionais, viagens em família, dívidas, material
escolar, entre outros gastos, encabeçam a lista do que fazer com o salário mais
aguardado do ano. Para o professor de economia da Estácio, Paulo Mibielli, a
primeira coisa a fazer é pagar as dívidas, caso esteja muito endividado. Caso
contrário, o especialista acredita que com os juros e inflação em baixa, a
renda média real aumentando e o desemprego caindo, o trabalhador pode usar o
salário como preferir, sempre reservando uma parte para poupança.
— Não precisa
ser a maior parte, pois o pior da crise já passou. Se fosse há 3 anos, eu diria
para poupar o máximo possível, mas não é o caso. Se a pessoa não tem dívidas,
ela pode gastar e poupar como preferir. Depende da situação de cada um. O
importante é ter (ou criar) o hábito de sempre poupar. O hábito de gastar já
temos, pois não falta estímulo para isso e o brasileiro, por razões culturais,
tende a priorizar o consumo em detrimento da poupança — explica Mibielli.
Para aqueles que
estão endividados, o especialista acredita que a primeira providência é pagar
imediatamente o que estiver com risco de corte de fornecimento, como luz, água
e gás. Outra opção é renegociar onde o montante for maior e/ou juros forem
maiores, como por exemplo dívidas do cartão de crédito. Deve-se ainda fazer uma
programação para pagar todas as dívidas em um determinado prazo, para que o
dinheiro seja usado corretamente.
Para quem
prefere investir, deve-se analisar a situação de cada um. Quanto menor a renda,
mais se deve aplicar em renda fixa, sempre comparando taxas e alternativas,
pois é mais seguro. Com renda mais elevada, cabe aplicar pelo menos 10%
em ações (aplicação de risco), começando por um fundo de ações onde o risco é
menor e, de novo, sempre comparando taxas e alternativas. Para comparar taxas e
alternativas, há várias gestoras que têm instrumentos que facilitam esta
pesquisa e dão orientação correta. Consultar seu gerente do banco não deve ser
a primeira alternativa, pois tendem a oferecer produtos do banco e apostam no
"comodismo" do cliente, que acaba aceitando o que for apresentado.
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