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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

A contribuição da prótese para a autoestima do idoso


A prótese dentária, além da sua função principal que é substituir a dentição, devolve a autoestima para o paciente. Muitos que não recorrem a essa ajuda passam a se isolar e evitam qualquer convívio social. 

Entre as principais alterações bucais encontradas nos idosos estão as perdas dentárias e a perda total dos dentes, denominada edentulismo, que afeta 3% da população mundial, sendo também marcadora da desigualdade social. As consequências são prejuízo na mastigação, na digestão, na fonação e na estética, o que favorece o desenvolvimento de distúrbios psicológicos e causa impacto negativo na qualidade de vida. 

Com o avanço da idade, ocorrem modificações nas estruturas miofuncionais e orofaciais do indivíduo idoso, levando-o a habituar-se às dificuldades encontradas no processo de deglutição. Devido a essas alterações serem próprias do envelhecimento e darem-se de forma gradual, o uso da prótese adequada reverte esse quadro e possibilita uma adaptação segura e com poucas mudanças nos seus hábitos alimentares. 

O edentulismo ocorre também como consequência de eventos mutilatórios que se sucedem durante toda a vida. Decorre, na maioria das vezes, de uma prática voltada para extrações dentárias subsequentes a agravos bucais como cárie dental e problemas periodontais não sendo, portanto, decorrente do envelhecimento. 

Normalmente quando o paciente está sem a prótese, quanto maior o número de dentes que necessitam ser substituídos, maior é o impacto negativo na qualidade de vida relacionada à saúde bucal. Perda de dentes anteriores tem maior impacto em atividades sociais, já a perda dos dentes posteriores afeta mais os domínios funcionais, como comer e falar, o paciente nestes casos são introvertidos e sentem-se envergonhados. 

Muitas vezes não sorri tão pouco fala, parece uma pessoa brava. Mas depois da instalação da prótese, a mudança é instantânea. O primeiro que aparece é o sorriso, seguido de uma longa conversa. Poder sorrir com segurança e mastigar os alimentos são fundamentais para que o indivíduo seja saudável e tenha, principalmente qualidade de vida. 

Por essas razões, o profissional que vai atender este perfil de cliente precisa ser diferenciado, com um domínio especifico. Quando falamos de idosos lidamos com todos tipos de sentimentos aflorados a pele, e aspectos psicológicos exclusivos, são pessoas que consideramos especiais no atendimento, que necessitam de ter muita paciência e calma. 

Uma vez que o tratamento com prótese mais adequado ao paciente é indicado, uma fase de diálogos se inicia, sempre mantendo a franqueza e fornecendo o máximo de informações sobre as possíveis inquietações e desconfortos que possam surgir. O processo de adaptação é difícil e doloroso porque com o passar da idade a salivação diminui. O que pode ser feito nesses casos é apostar na saliva artificial, dispor de sessões extras para realizar ajustes até que cesse totalmente o incomodo e também ouvir o paciente para identificar o que o atrapalha. 

Normalmente os idosos que são atendidos no consultório possuem uma faixa etária entre 64 a 84 anos, sendo que a maioria possui uma saúde debilitada, e muitos deles querem optar por, ao invés da prótese, fazer um implante, porém, cada caso deve ser estudado com muita cautela, pois este tipo de cirurgia só em casos indicados e com a autorização de um médico, além disso, se ele apresentar pressão alta ou diabetes o risco aumenta muito, podendo ocasionar sérios problemas a sua saúde. 

Dado inicio do tratamento, já é notório as mudanças iniciais. Quando o paciente vem acompanhado ao consultório, há comentários positivos que revelam que realmente há uma melhora significativa no dia a dia. Mas se não tomar cuidado com a prótese, principalmente total ou a removível, pode causar candidíase, que é um fungo que pode se manifestar embaixo da prótese ou na mucosa bucal.
A população idosa constantemente está sujeita a dificuldades sócias econômicas, que repercutem negativamente sobre sua condição de saúde bucal. 

Essa é uma explicação para o fenômeno tão comum do edentulismo nessa população, por isto ter cuidado com a higienização é importante, em caso da prótese removível, que possui grampos de apoio, pode ocorrer a cárie se o paciente não tiver o cuidado de higienizar, usar o fio dental, fazer escovação e limpá-la corretamente. 

Essa rotina é essencial para a conservação da saúde, bem-estar e manutenção dos demais dentes. Há também uma escova específica, o uso de algumas pastilhas efervescentes que ajudam o paciente a higienizar toda semana e quando surgem as manchas o dentista encaminha para o protético a prótese. No entanto, outras recomendações para que o paciente não tenha a sua saúde bucal comprometida, aconselhamos a troca dessa prótese, pelo menos, a cada cinco anos. 

Hoje, no mercado o mais comum adotado para o uso das próteses, resumem-se basicamente em dois tipos, a prótese removível com grampo metálico, e a prótese removível com silicone flexível, maleável sendo bem mais natural, já a tradicional normalmente aparecem alguns detalhes em metal. 

Independente da escolha, o paciente tem que voltar a cada seis meses porque é um tratamento de rotina, para ver se está tudo certo. Às vezes os grampos metálicos têm que ser mais apertados para firmar, e a cada cinco anos, pelo menos, é necessário trocar essas próteses, qualquer uma delas. 






Maria Carolina L. B. de Oliveira - dentista e graduada pela Universidade São Paulo. A especialista já atendeu mais de 2 mil idosos em seu consultório. Possui uma clínica odontológica chamada L.B Sorrisos Assistência odontológica há 10 anos, e oferece um atendimento especial dedicados aos idosos com implantação de próteses aliado a tratamento estéticos. Devido ao seu atendimento diferenciado, tornou-se uma referência no segmento em que atua. Para mais informações, acesse: http://www.facebook.com/LBSorrisos / www.lbsorrisos.com ou mande e-mail para : lbsorrisos@lbsorrisos.com / l.b.sorrisos@gmail.com


Estudo brasileiro confirma que Pilates melhora flexibilidade e equilíbrio em idosos


Um programa de 16 semanas de Pilates é capaz de aumentar a flexibilidade e a força dos membros inferiores e superiores, melhorar a resistência aeróbica e o equilíbrio dinâmico das mulheres idosas. Além disso, o método também contribui para melhorar a satisfação com a vida. Essas foram as principais conclusões de um estudo realizado no Brasil, que acaba de ser publicado no Journal of Bodywork & Movement Therapies.

O estudo corrobora outras pesquisas mundiais que comprovam os efeitos benéficos do Pilates para um envelhecimento mais saudável. Segundo a fisioterapeuta Walkiria Brunetti, especialista em Pilates e RPG, algumas pessoas que entram na chamada terceira idade, podem apresentar problemas de equilíbrio por vários motivos.

“Os principais motivos são a perda da amplitude e da força dos movimentos corporais, além do processo natural do envelhecimento, que leva à perda muscular e óssea. Para termos equilíbrio, é preciso força e amplitude de movimentos nos três planos corporais: no frontal, responsável pelos movimentos de abdução (afastar e abrir) e adução (aproximar/fechar); no plano sagital, responsável pelos movimentos de flexão e extensão e no plano horizontal, responsável pelas rotações”, explica Walkíria.

“Qualquer interferência ou déficit nestes movimentos e na força afeta o equilíbrio. Para compensar ou tentar se equilibrar, as pessoas acabam usando os ombros e isso vira um ciclo vicioso. Com o passar do tempo, essa elevação dos ombros de forma constante pode levar à dores na região cervical”, explica a fisioterapeuta.
 

Falta de força 
 
Walkiria lembra ainda que além do déficit na amplitude de movimentos, os idosos perdem a força muscular, o que também afeta o equilíbrio.

“Quando nos desequilibramos e precisamos corrigir a postura, é preciso ter músculos fortalecidos para sustentar nosso corpo. Porém, na terceira idade é comum apresentar músculos mais enfraquecidos e, portanto, há um maior risco de perder o equilíbrio e cair”, comenta a fisioterapeuta.
 

Como o Pilates pode ajudar 
 
A primeira razão para recomendar o Pilates para pessoas na terceira idade é que pode ser adaptado e individualizado de acordo com a condição física de cada um. “Este ponto é fundamental, pois não é uma atividade de impacto, nem exige condicionamento físico para começar”, cita Walkíria.

“O Pilates ajuda no fortalecimento muscular e melhora a flexibilidade, aspectos fundamentais para ter uma maior amplitude dos movimentos. O método também ajuda a estabilizar as posturas e trabalha a estimulação do sistema proprioceptivo. O que é isso? É o sistema que permite a percepção do corpo e membros no espaço e às sensações dos músculos e funções de movimento, portanto, um sistema essencial para manter o equilíbrio”, explica a especialista.

Um dos fatores mais importantes para um envelhecimento saudável é ter autonomia e independência. Tomar banho, calçar um sapato ou pegar um objeto em um lugar mais alto, por exemplo, são atividades simples, da vida diária.

"Entretanto, depois dos 65 anos, podem se tornar mais complexas e até perigosas por conta dos efeitos do envelhecimento. Assim, o ideal é que a pessoa procure atividades para prevenir essas condições, como o Pilates, por exemplo”, recomenda Walkíria.

O Pilates, além dos benefícios físicos, também melhora a satisfação com a vida justamente porque permite ao idoso se manter independente para realizar suas atividades cotidianas. Que tal começar?


Especialista orienta como idosos e familiares devem proceder em acidentes domésticos


 Uso de corrimão em ambos os lados de escadas e rampas evitam quedas (Marcelo Matusiak) 


As quedas representam grande perigo às pessoas idosas que, mesmo em um leve acidente, podem ter fraturas na coluna lombar, quadril e antebraços, visto que, a menor deposição de cálcio deixa os ossos frágeis e quebradiços. De acordo com o ortopedista sócio da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), Armindo Pydd, cerca de 30% das mulheres e 16% dos homens sofrem fratura de quadril quando caem e 15% a 20% vão a óbito por ano. Desta forma, o manejo da pessoa até a chegada do atendimento médico é imprescindível para o seu bem-estar.

- Não realize manobras bruscas, acomode o paciente deitado e com algum suporte na fratura. Verifique se as vias aéreas estão desobstruídas ou se há sangramento abundante. Mexa o mínimo possível o idoso – orienta Pydd.
Os motivos para as quedas são diversos, de problemas de saúde ao ambiente domiciliar, sendo a adaptação da residência uma das principais formas de evitar que a pessoa caia. O ortopedista sugere formas de deixar a casa mais segura como a instalação de barras de segurança no banheiro, cozinha e corrimão nos dois lados das escadas; retirar tapetes e centralizar as atividades do idoso em um único ambiente.

- Evite móveis, vasos e adornos em ambiente de alta circulação; sente a pessoa quando ela brincar com animais; instale o interruptor ao lado da cama com colchão na altura adequada e perto da porta e garanta uma boa iluminação. 

Além disso, fortaleça os ossos com uma boa alimentação com frutas, verduras, leite e derivados de cálcio – complementa o médico.

Além das partes do corpo já citados, também podem ser afetados durante a queda o úmero, tíbia e ossos trabeculares. Ainda podem ocorrer deformidades na coluna em fraturas não diagnosticadas até em um pós-trauma de pequeno impacto.






Francine Malessa


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