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quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Tosse seca, obstrução na garganta e até dor no peito podem ser causadas por refluxo


Especialista do Hospital CEMA explica que muitos sintomas gerados pela doença podem ser confundidos com problemas respiratórios; saiba como diferenciar


Existem sintomas que podem não ser o que parecem. Como, por exemplo, a sensação de que há uma "bola" na garganta ou aquela tosse seca que não passa.

Esses dois sinais não necessariamente estão relacionados a problemas respiratórios, mas sim a uma outra doença, que atinge entre 10% e 20% da população: o refluxo. "Esse distúrbio pode ter sintomas muito variados, como azia e queimação na boca do estômago, dor intensa na região torácica, que pode até ser confundida com angina ou infarto, e doenças pulmonares de repetição, como pneumonias, bronquites e asmas", alerta o otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Leandros Sotiropoulos.

A Doença do Refluxo Gastroesofágico, popularmente conhecida como refluxo, acontece quando há o retorno de conteúdo gástrico para o esôfago e adjacências. Isso ocorre graças a uma inabilidade do esfíncter esofágico em manter os alimentos no trato gastrointestinal, permitindo que eles "voltem" para o esôfago. Como o estômago tem suco gástrico, que é uma substância ácida, esse retorno alimentar é bem desagradável, gerando os sintomas já mencionados de queimação e azia. Pode acontecer com qualquer pessoa, mas em algumas o problema torna-se crônico, gerando a doença.

"Devido à proximidade do esôfago com a laringe, faringe e fossas nasais, o refluxo é capaz de gerar muitos sintomas otorrinolaringológicos. Toda a área atingida pode sofrer reações inflamatórias que, em muitos casos, desencadeiam esses sintomas", diz o médico. Entre os sinais mais comuns, além da queimação e azia, estão a tosse seca, a rouquidão, alterações no ouvido e pigarro. Caso não seja tratado, o refluxo pode ainda piorar os quadros de rinites e rinossinusites, causando doenças pulmonares de repetição, como pneumonia, asma e bronquite.
Embora possa atingir qualquer pessoa, alguns fatores de risco podem favorecer o aparecimento do problema:

- Obesidade – Os episódios de refluxo tendem a diminuir quando a pessoa emagrece;

- Refeições volumosas antes de deitar;

- Aumento da pressão intra-abdominal (esforços físicos no geral);

- Ingestão de alimentos e bebidas como café, chá preto, chá mate, chocolate, molho de tomate, comidas ácidas, bebidas alcoólicas e gasosas.

O tratamento para o refluxo vai depender do que o originou. Muitas vezes, apenas mudanças na alimentação e de hábitos já são suficientes. Mas, em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicação e até mesmo cirurgia. O procedimento cirúrgico só é indicado nos casos graves.






Instituto CEMA
www.cemahospital.com.br


Ortopedista do HCor alerta para os riscos da Osteoporose


Em prol do Dia Mundial da Osteoporose celebrado 20 de outubro, Prof. Dr. Gilberto Camanho orienta como prevenir a doença que, no Brasil, provoca uma fratura a cada três segundos


Silenciosa e assintomática, a osteoporose já atinge cerca de 10 milhões de pessoas em todo o país. Idosos, principalmente mulheres na pós-menopausa, são as pessoas que mais sofrem com a doença, cujo efeito provoca um enfraquecimento progressivo dos ossos, o que acaba causando múltiplas fraturas. Tanto que, de acordo com dados da International Osteoporosis Foundation (IOF), a doença é responsável por mais de 9 milhões de fraturas por ano no país, cuja incidência já é de uma a cada três segundos. “O principal objetivo da prevenção e do tratamento da osteoporose é justamente evitar a ocorrência de fraturas. Afinal, quando uma pessoa em idade avançada quebra algum dos ossos a sua recuperação costuma ser bastante difícil e dolorosa. Isso sem contar que, em casos de fratura no quadril, há o risco de que o idoso fique incapacitado e restrito a uma cadeira de rodas”, diz o ortopedista do HCor, Prof. Dr. Gilberto Camanho.


Pratique atividade Física     

Para contribuir com a prevenção do problema, o médico aponta algumas importantes iniciativas. A primeira delas é a prática de exercícios. Além de evitar a perda de massa óssea causada pela osteoporose, a atividade ajuda a fortalecer e alongar os músculos das costas, reduzindo o problema. “A maior parte dos exercícios indicados em casos de osteoporose são leves e podem ser praticados em casa, depois de serem ensinados por um fisioterapeuta”, acrescenta o ortopedista.


Distribua o peso 

Outra dica importante do Dr. Camanho é que os idosos procurem executar os seus afazeres diários da maneira correta. Ou seja, sabendo que, caso tenham que carregar peso, é preciso distribuí-lo pelo restante do corpo, sem concentrá-los em um único membro ou na coluna, já que, devido a ação da osteoporose, ficam fragilizados e podem sofrer fraturas. “Ao carregar peso, é importante flexionar os joelhos antes de levantar cargas maiores, por exemplo. Porém, quando algo for pesado demais, ou a coluna já tiver um grau mais intenso de fragilidade, a melhor opção é sempre pedir ajuda ou evitar carregar peso. Isso pode prevenir acidentes e novas fraturas”, aconselha o ortopedista.


Combata fatores de risco 

O Dr. Camanho ainda acrescenta que, para prevenir a osteoporose, também é necessário ficar atento aos fatores de risco para a doença. Entre os mais relevantes estão idade avançada, ocorrência prévia de fratura, tabagismo, alcoolismo, uso de corticoides, artrite reumatoide e vida sedentária. Por isso, o médico aponta algumas medidas que, além de combater todos estes fatores de risco, podem contribuir com um estilo de vida mais saudável. Entre elas estão: 

. Consuma laticínios, frutas, legumes, folhas verdes e grãos. Eles são ricos em cálcio;

. Procure praticar atividades físicas durante 30 minutos diários no mínimo. A prática de esportes fortalece os ossos;

. Fumantes chegam a perder cerca de 1% de massa óssea por ano. Por isso, evite cigarros;

. Homens costumam carregar mais peso que as mulheres. Por isso, eles precisam evitar exageros e tomar cuidado com quedas, já que todos esses fatores também comprometem a saúde dos ossos;

. Acima dos 50 anos, as mulheres têm mais chances de desenvolver osteoporose em função da queda da produção de estrogênio causada pela menopausa. Por isso, quando se chega nessa idade, é importante realizar uma densitometria óssea;

. Procure tomar sol diariamente por pelo menos 20 minutos. Ao contrário do que se acredita, a melhor parte do dia para sintetizar vitamina D é entre 11 e 12 horas, quando o sol está bastante forte. Contudo, evite excessos, já que a intensidade dos raios solares neste horário pode representar riscos à saúde. Na impossibilidade de tomar sol, suplementos de vitamina D podem e devem ser usados, após avaliação e prescrição de um médico;

. Se alguém da família tiver osteoporose, vale a pena ficar atento. Traços hereditários podem favorecer o aparecimento da doença. Por isso, é importante realizar um exame de densitometria óssea, a partir 45 anos de idade;

. Beba água ou suco natural de frutas. Refrigerantes e bebidas alcoólicas causam perda de massa óssea;

. Manter hábitos saudáveis, desde a infância, também ajuda na prevenção da osteoporose. Isso porque a aquisição de massa óssea aumenta na infância, acelera na adolescência e estabiliza na faixa dos 30 anos de idade.


Atividades físicas de alto impacto são aliadas no combate à osteoporose


Musculação e treino funcional são alguns dos exercícios que auxiliam no ganho de massa óssea


"Melhor prevenir do que remediar". O ditado utilizado para inúmeras situações se encaixa perfeitamente quando o assunto é saúde, ainda mais quando tratamos de doenças ainda sem cura, como é o caso da osteoporose. A enfermidade, caracterizada pela diminuição progressiva da densidade óssea, é assintomática e atinge cerca de 10 milhões de brasileiros, mas apenas 20% deles têm ciência sobre a condição. A doença acomete uma em cada três mulheres acima dos 65 anos e um a cada cinco homens com mais de 70 anos.

A prevenção da osteoporose consiste em um estilo de vida saudável e na ingestão de alimentos que fortaleçam os ossos, como os ricos em cálcio e vitamina D, como leite e seus derivados, sardinha, soja e vegetais verdes escuros. A prática de atividades físicas regulares, que ajudem no ganho de massa óssea, como é o caso da musculação, do treino funcional, da natação e do vôlei, também são fortes aliados no combate à osteoporose.

Dentre essas, a musculação é a mais indicada pelos profissionais de saúde. "A prática regular da musculação garante ossos mais resistentes e protegidos pelo ganho de massa muscular, além disso, o exercício melhora o sistema imunológico e contribui para o aumento da força e do equilíbrio, fator importante para evitar quedas, situações comuns em pessoas idosas e que geralmente provocam fraturas", explica o Dr. Guilherme Laranja, reumatologista da Unidade Vergueiro do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Quanto mais cedo o indivíduo começar a praticar atividades de impacto, melhor e mais eficaz serão os resultados para a prevenção da osteoporose. "Incentivar crianças a ter um estilo de vida ativo, por meio de brincadeiras ao ar livre, pulando corda e praticando esportes, por exemplo, pode fazer toda a diferença no futuro". O médico explica que a massa óssea se desenvolve até os 20 anos e atinge o auge de sua densidade aos 30. "Sendo assim, quanto melhor for a qualidade do osso até este período, mais lenta será a perda a partir daí", complementa o especialista.


Diagnóstico e tratamento

A densitometria óssea ainda é o melhor método para o diagnóstico da osteoporose. O exame, que mede a quantidade de cálcio nos ossos, pesquisa e indica o nível de gravidade da doença.

De acordo com o especialista, o tratamento adequado da osteoporose é eficaz e pode reduzir em até 70, 40 e 30% os riscos de fraturas de coluna, fêmur e costelas, pulsos e pés, respectivamente.





Hospital Alemão Oswaldo Cruz


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