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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Contra a depressão


A sensação de que a vida não vale a pena e de que estamos imersos numa monotonia existencial em que começo, meio e fim se perdem podem imperar de tal modo que temos a sensação de que própria vida não vale a pena. Esse sentimento, capaz de resultar num perigoso processo depressivo, encontra um antídoto na arte.

Refiro-me a apresentações em que o simbólico tem um papel muito importante como elemento lúdico que abre possibilidades de reinterpretar o cotidiano. Um desses caminhos está nos espetáculos do Cirque du Soleil, especificamente o intitulado ‘Outros Mundos’, transformado em filme por Andrew Adamson, em que o fio condutor dos números circenses é uma busca permanente pela alegria de viver.

Uma moça, entediada com a vida, cruza a linha do trem e entra em um circo. Ali, apaixona-se por um trapezista, que acaba caindo no meio do número. Perseguindo o sonho de encontrar o amado que domina as alturas, começa uma viagem por um mundo de imaginação, em que ocorrem belas cenas de intensa habilidade física e motora.

As habilidades circenses lidam com os quatro elementos (terra, ar, água e fogo) e apontam para a necessidade do equilíbrio emocional para atingir a quintessência, ou seja, a pedra filosofal que permite que este mundo conhecido e os desconhecidos que imaginamos se tornem um só. Se considerarmos, portanto, a vida justamente como um circo de encantamentos, a ameaça de depressão pode partir.





Oscar D’Ambrosio - mestre em Artes Visuais e doutor em Educação, Arte e História da Cultura, é Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo


A Sabedoria que vem de si


A Autosofia, segundo o terapeuta João Gonsalves, é libertadora e fortalecedora

Muitos procuram entender como algumas coisas acontecem em suas vidas e o porque. Quando refletem sobre questões como essas, outras surgem, todas tentando compreender os complexos que cercam a existência humana: quem decide o que se vive, quem merece o que vive, quem cria a realidade ou quem decide quais as consequências dos acontecimentos e decisões tomadas durante a vida?

João Gonçalves, terapeuta criador da Autosifia, traz essas questões em seu livro “Quem é você? Eu te ajudo a se lembrar”, explicando a importância do autoconhecimento e a jornada para conquista-lo, libertando-se. O autor pontua, seja qual for a verdade que se deseja alcançar, “podemos ter o conhecimento que queremos, desde que nós o busquemos”.

“A busca relatada no livro é uma demonstração do que acontece quando se procura respostas de uma forma determinada e persistente, com a mente aberta ao novo”, diz João que expõe a sua jornada para demonstrar aos leitores que a procura pelo entendimento pode trazer resultados positivos. “Através das sessões de Autosofia, muitas pessoas já acessaram uma sabedoria especial e única, desvendando mistérios das suas próprias vidas e de questões da sociedade”, sabedoria que o João pontua como fruto de uma “autonomia que cada um tem e que influencia na vida afetiva, financeira, saúde, desenvolvimento intelectual, entre outras áreas”.

A Autosofia facilita o processo de conscientização e os participantes iniciam uma jornada cientes de quem são e capazes de realizarem, segundo o terapeuta, o que desejam para suas vidas. Essa consciência seria o chamado autoconhecimento, que começa, nas palavras de João Gonsalves, quando “olhamos para dentro e questionamos com a mente aberta sobre a contribuição pessoal na realidade que se vive”, sendo a fonte da consciência daqueles que têm autonomia sobre sua vida e definem o que são e o que querem ser ou fazer.

“O ser humano pode alcançar a plenitude em todos os âmbitos de sua vida e possuir total autonomia sobre ela, se autoconhecendo e tornando-se criador de sua realidade”, pontua o pesquisador.






João Gonsalves  Terapeuta e assessor de autoconhecimento
Endereço: Estrada Manoel Lages do Chão, 1335 - Cotia - São Paulo


Relacionamento abusivo: saiba quais são os primeiros sinais




Especialista explica como proceder em uma situação como essa


 Os sinais podem ser mais discretos no começo e se tornam mais constantes com o tempo, a pessoa está com alguém e começa a perceber que não tem o seu espaço, a sua liberdade e que precisa ceder sempre. Esses fatores, segundo Wanessa Moreira, orientadora pessoal e psicóloga transpessoal, são indicativos de quem vive um relacionamento abusivo. 

 Outro ponto importante, segundo a especialista, é quando você vive cenas nesse relacionamento e não fica à vontade quando alguém fica sabendo o que está vivendo. “Aí você precisa esconder o que vive, e isso é mais um sinal de que algo não vai bem”, exemplifica.

Embora esse problema também afete homens, as mulheres são ainda as que sofrem com relacionamentos abusivos, e quando isso acontece, é de suma importância buscar a ajuda de um profissional. “É importante procurar um terapeuta que possa trazer clareza do cenário que você está vivendo. 

Normalmente, em um relacionamento abusivo, a mulher se sente culpada, como se as atitudes do parceiro fossem por culpa dela”, diz Wanessa, que também atua como Master Mentoring em Coaching Corpo e Mente.


Saber contornar a situação e buscar um tratamento 

Ainda de acordo com a especialista, pode ser possível contornar esse relacionamento e mudar o comportamento do parceiro. “Colocar limites passa a ser a condição fundamental para que a mudança possa ocorrer, existe sim uma chance de amadurecer o relacionamento e ele acontecer de maneira saudável a partir desse momento”, esclarece.

O tratamento para mulheres que sofreram em um relacionamento abusivo se baseia principalmente na construção do amor próprio e autoestima, informa a orientadora pessoal. “Nesse momento, essa mulher precisa se reconectar com quem ela é para poder fazer novas escolhas”, diz.

Voltar a ter um relacionamento após passar por um que foi abusivo, pode ser um desafio, mas que não é impossível. De acordo com Wanessa Moreira, essa volta acontece “após o momento de se redescobrir novamente, estando mais inteira e colocando limites para o que chega em sua vida, conhecendo o que quer e o que não quer mais viver. Sendo assim, é possível sim ter um novo e saudável relacionamento”, argumenta.

Segundo Wanessa, os casos mais relatados nos consultórios são aqueles com uma grande agressão não verbalizada. “Uma diminuição da autoestima e do brilho da mulher, que passa a acreditar que ela não é boa o suficiente para ter outro parceiro. A mulher sente culpa e acredita que o abuso faz parte do relacionamento, onde ela precisa atender as exigências do seu parceiro, e deixar de lado as suas vontades e até mesmo a sua identidade”, conta a especialista.

Muitas vezes, o casal tem filhos e a mulher pode ficar em dúvida de como deve proceder. Para a terapeuta, os filhos devem ser preservados dos problemas dos adultos, “para não ficarem sendo colocados no meio da história cheia de inverdades dos dois lados do relacionamento. Devem ser respeitados no papel que eles ocupam de filhos, e não como parte das chantagens que possam existir”, orienta.

E para finalizar, Wanessa Moreira argumenta que a mulher deve “sempre confiar que há uma saída para a história que ela vive. “Não deixe de buscar ajuda”, aconselha a especialista.




  (Foto: Getty Images)



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