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quarta-feira, 26 de setembro de 2018
Meu enteado vem morar comigo, e agora?
Segundo os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o Registro Civil, das mais de 1 milhão de uniões registradas, 23,6% foram de recasamentos. Os recasamentos são as uniões em que pelo menos um dos membros do casal já foi casado.
Naturalmente, a chance de o casal ter filhos das relações anteriores é grande. Assim, cada vez mais homens e mulheres assumem novos papéis dentro dos relacionamentos afetivos: o de madrasta ou o de padrasto.
Além de precisar aprender a lidar com este novo papel, em muitos casos os filhos do outro casamento acabam indo morar junto com o novo casal.
Segundo a psicóloga Marina Simas de Lima, terapeuta de casal, família e cofundadora do Instituto do Casal, o recasamento representa uma nova etapa na vida familiar e provoca mudanças importantes no cotidiano e nas relações familiares.
“Essas transformações surgem dos novos papéis, regras e combinados que essa nova família terá. Porém, quando envolve filhos de relações anteriores, homens e mulheres são obrigados a exercer funções parentais com os enteados, antes ou ao mesmo tempo em que estão construindo sua identidade conjugal. Esse processo pode ser bem desafiador”, comenta Marina.
Para a psicóloga Denise Miranda de Figueiredo, terapeuta de casal, família e cofundadora do Instituto do Casal, alguns casais podem ter dificuldade para separar a relação com o (a) ex parceiro (a) da função parental. Além disso, nem todos estão preparados para compartilhar a parentalidade, ou seja, cuidar ou educar crianças que não são seus filhos, nos papéis de madrasta ou de padrasto. Quando a pessoa não tem filhos, isso pode ser ainda mais difícil”.
Limites e combinados são importantes
Marina e Denise ressaltam que no início, o mais importante é que sejam feitos combinados e definidos limites. “Pais e mães devem sempre manter o papel de cuidadores e responsáveis principais pelos filhos. Porém, no dia a dia, é importante que madrastas e padrastos ofereçam apoio a esses cuidados, respeitando sempre os limites e regras impostos pelos pais”.
Ser madrasta é mais difícil?
Infelizmente, a sociedade criou um preconceito em relação ao papel da madrasta, presente até mesmo em histórias e contos infantis. Porém, cada situação é única e deve ser avaliada sob diferentes perspectivas. Em alguns casos, a mulher pode sentir ciúmes da criança, pode se sentir incomodada com o contato do marido com a ex mulher ou ainda se sentir sobrecarregada em relação a assumir um papel de cuidadora dessa criança”, comenta Marina.
“Claro que essa mesma situação pode acontecer com o homem no seu papel de padrasto. Entretanto, as dificuldades de ser madrasta podem ser maiores por conta da expectativa da sociedade em relação à mulher quanto ao instinto maternal. Além disso, em geral, as tarefas domésticas e os cuidados com os filhos tendem a ser assumidos mais pela mulher do que pelo homem. Casais que conseguem equilibrar essas atividades ainda são exceção”, ressalta Denise.
Porém, lembra Marina, nem todas as mulheres nascem para ser mães ou têm essa vocação ou instinto. “Assim, quando esta mulher está em um casamento em que precisa assumir o papel de madrasta, será um processo bastante complexo e vai precisar de ajustes e combinados bem delimitados para dar certo. Ela também vai precisar do apoio do parceiro. O contrário também se aplica. Quando é o homem que não tem filhos, pode passar pelo mesmo desafio”.
Para o bem de todos
Para que a nova configuração familiar funcione de uma forma saudável, o ideal é que a transição seja feita de forma gradual e que se construam vínculos afetivos baseados no amor e no respeito. “Madrastas e padrastos podem ser uma importante fonte de apoio e suporte na criação e na educação das crianças e quanto mais os ex parceiros tiverem uma boa relação entre si, melhor será para o novo casal e para os filhos”, diz Denise.
“Outro ponto importante é que não existe divórcio dos filhos, ou seja, o casamento termina, mas os papéis de pai e mãe são para sempre e não devem ser delegados para os novos cônjuges. Em primeiro lugar para o bem-estar da criança ou adolescente e em segundo para o do casal”, reflete Marina.
“Por fim, se você decidiu se casar com alguém que já tem filhos de um relacionamento anterior, é preciso estar consciente de todos esses desafios e abrir-se para ajudar o (a) parceiro (a) dentro das suas possibilidades”, concluem as psicólogas.
Os perigos e cuidados na internet: a Boneca Momo
A Escola da
Inteligência é um programa educacional que tem como objetivo desenvolver
habilidades socioemocionais no ambiente escolar. Assim, estamos constantemente
alertas em relação a tudo o que possa interferir no desenvolvimento saudável de
nossas crianças e jovens.
Um dos perigos
do momento são “jogos” em forma de desafios criados com o intuito de ameaçar e
coagir crianças e jovens, podendo chegar a situações extremas, que colocam
vidas em perigo. Desta vez, tratando-se de uma espécie de personagem, chamada
Momo, uma boneca com aparência sombria que é adicionada aos contatos do WhatsApp
e envia mensagens de conteúdo violento, agressivo, ameaçador e, novamente,
propondo desafios absurdos que envolvem risco de morte. O conteúdo destas
mensagens pode, também, coagir os jovens a enviar informações sigilosas sobre a
família, contribuindo para a possibilidade de fraudes e ameaças.
Entre os
principais riscos destacam-se o roubo de informações pessoais, incitação ao
suicídio ou à violência, assédio, extorsão, e o desenvolvimento ou agravamento
de transtornos físicos e psicológicos como ansiedade, depressão e insônia,
dentre outros.
Normalmente os
convites vêm através dos grupos das redes sociais, contatos do WhatsApp,
ou mesmo através da troca de informação entre colegas que já tiveram contato
com os desafios.
Algumas crianças
e jovens podem entrar no desafio por achar divertido ou não saberem exatamente
o risco oferecido. Contudo, pode ser que eles estejam vivendo momentos difíceis
e procurando por algo que possa envolvê-los, como um projeto a qual possam se
dedicar, ou mesmo um grupo do qual possam fazer parte. No caso do jovem, quando
este não consegue encontrar um sentido para a sua vida, cumprir os desafios
pode ser confundido com uma forma de mostrar o seu valor, capacidades e
conquistas. Além disso, os criminosos aproveitam a associação entre a conta do WhatsApp
com o Facebook para coletar informações sobre a vítima, e dessa forma
ameaçam sua vida e a de seus parentes e amigos, fazendo chantagem para que
cumpram os desafios.
Como denunciar?
Caso chegue a
seu conhecimento a participação de qualquer criança ou jovem nestas espécies de
jogos, é importante agir imediatamente para protegê-lo. Denunciar é essencial,
pois você estará contribuindo para a proteção de centenas de pessoas. A
denúncia deve ser feita aos administradores da própria rede social onde estiver
acontecendo a propagação do jogo, além de informar as autoridades locais ou
mesmo a delegacia de crimes sociais. Páginas do Facebook podem ser printadas
ou fotografadas e conversas do WhatsApp salvas ou exportadas. Estes
dados ajudarão as autoridades e responsáveis a chegar aos possíveis suspeitos e
tomar as providências cabíveis.
A proibição do
uso da internet aos filhos não é a melhor solução, mas sim a orientação e
supervisão do uso. Oriente sobre os riscos que existem e como se proteger:
nunca oferecer informações pessoais, comunicar aos responsáveis sempre que
notar algum contato ou conversa suspeita, entender que não se pode confiar em
todo mundo, ser estimulado a utilizar os recursos da internet de forma
saudável. Esteja atento à criança ou jovem enquanto estiver no celular,
supervisionando o uso.
Crescer e se
desenvolver em um mundo complexo e arriscado não é fácil, e a tecnologia não é
a vilã; é apenas uma forma de propagação de problemas que sempre existiram, mas
que apresentam uma nova roupagem para nossa época atual.
Devemos estar
alertas, estar atentos, mas mais do que isso, estar presentes.
Camila
Cury - Psicóloga e Diretora Geral da Escola da Inteligência, Programa Educacional idealizado pelo renomado
psiquiatra, escritor e pesquisador, Augusto Cury, que tem como objetivo
desenvolver a educação socioemocional no ambiente escolar.
Escola
da Inteligência
Problemas de autoestima e com o peso estão entre as principais causas de ansiedade
Nova
pesquisa aponta que 8 em cada 10 internautas sofrem com a condição
Nos últimos anos, a ansiedade tem se tornado um dos principais problemas para a saúde pública. Esse cenário é reforçado com os resultados de uma pesquisa recente realizada pelo portal de saúde Minha Vida com sua base de leitores, a Life Insights: Ansiedade. De acordo com o levantamento, estar fora do peso ideal, ter contas a pagar e problemas com dinheiro em geral são os três principais motivos para sentimentos negativos ao longo do dia.
Para a pauta, oferecemos entrevistas com a psicóloga Adriana de Araújo e o psiquiatra Ivan Braun, que podem explicar como essas preocupações se relacionam com as queixas relacionadas à ansiedade e como outros ritmos de vida podem influenciar positivamente na qualidade de vida de cada pessoa.
Além disso, o coordenador de pesquisas do Minha Vida, Rafael Duarte, pode indicar os principais dados sobre ansiedade apontados em uma pesquisa realizada em maio deste ano.
Veja abaixo os novos dados sobre ansiedade no Brasil:
- De acordo com a pesquisa Life Insights: Ansiedade, realizada pelo portal Minha Vida, 85% dos entrevistados afirmaram sofrer com a ansiedade regularmente, sendo comum para ambos os sexos e todas as faixas etárias. Porém, é mais frequente entre as mulheres (86% das mulheres sofrem com o problema, contra 73% dos homens).
- As preocupações que causam maior ansiedade entre os respondentes são diferentes de acordo com o gênero. Para as mulheres, estar fora do peso ideal, ter afazeres domésticos e a ver a desorganização da casa são as maiores preocupações. Já contar a pagar, falta de dinheiro e trabalho são as maiores preocupações entre os homens.
- Metade dos brasileiros têm dificuldade para dormir. O sono é uma das características mais afetadas em pessoas com transtornos de ansiedade que não fazem acompanhamento médico e tratamento adequado.
- Momentos de tristeza e estresse não são tratados como sinais de doença pelos brasileiros. A maioria dos respondentes da pesquisa se acalmam com atividades comuns, como escutar música (38,3%) e assistir à TV (35,7%) também se mostrou uma forma de escapar da tensão.
- 41% dos brasileiros afirma não estar feliz com sua vida atualmente, um dado preocupante, que pode sinalizar o impacto da ansiedade na qualidade de vida. O nível de infelicidade declarada é maior para mulheres do que para homens e chaga ao seu máximo para a faixa etária de 35 a 44 anos (em que 45,2% declararam estar infelizes atualmente).
- As pesquisas anuais Life Insights: Health Report indicam que a ansiedade lidera, nas últimas cinco edições, o ranking de problemas de saúde mais frequentes entre os leitores do portal.
- Em sua primeira edição, a pesquisa Life Insights: Ansiedade obteve 977 respostas válidas, com participação de 1.278 leitores do portal, de diferentes classes sociais, faixas etárias e sexos. O levantamento foi realizado em maio de 2018.
- O Minha Vida é o maior portal de saúde e bem-estar do Brasil, com mais de 19 milhões de visitantes todos os meses. Por isso, realiza diversas pesquisas com seus leitores, com o objetivo de entender a fundo os seus hábitos e preferências, bem como a identificar tendências de mercado dos segmentos em que atua: saúde, alimentação e autocuidado e beleza. As pesquisas são realizadas com uma base de aproximadamente 4 milhões de leitores cadastrados.
Life Insights
pesquisa@minhavida.com.br
Minha Vida
www.minhavida.com.br/corporativo/quem-somos
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