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terça-feira, 4 de setembro de 2018

Pele oleosa: como se cuidar em diferentes estações


Não é só o guarda-roupa que muda com o calor ou o frio, os cuidados com a cútis também mudam para cada clima

Todos sonham com aquela pele com brilho natural na medida certa e ar jovem. Confira alguns cuidados nas estações frias e quentes, além de produtos amigos da cútis. O primeiro passo para ter a pele dos sonhos é identificar qual o seu tipo. Conheça as principais características de cada pele e descubra qual a sua:
Normal
- Textura saudável e aveludada
- Sem excesso de brilho ou aspecto ressecado
- Em geral, com poros pequenos e pouco visíveis  

Seca 

- Maior chance de apresentar fissuras e pequenas linhas
- Pouca luminosidade, propensa a descamar e à vermelhidão
- Poros pouco visíveis

Oleosa

- Aspecto mais brilhante e espesso
- Maior tendência à formação de acne, cravos e espinhas
- Poros mais dilatados

Mista 

- Tipo mais frequente
- Aspecto oleoso e poros dilatados na “zona T” (testa, nariz e queixo)
- Pode ter acne nessa região e pele seca nas bochechas e extremidades 





 

A pele oleosa no frio e no calor
 
As mudanças nas temperaturas não afetam somente o guarda-roupa, os cuidados com a pele, em especial a oleosa, também variam com o frio e o calor. Veja algumas dicas para dar aquela forcinha e ficar com uma pele de pêssego:

- Estações quentes
 
Com a radiação solar mais intensa, é importante redobrar os cuidados para evitar queimaduras, câncer de pele e outros problemas. Mais do que nunca o protetor solar deve fazer parte do ritual diário e não só para os momentos de lazer. Quem tem pele oleosa deve limpar e tonificar ainda mais a pele, optando por produtos específicos que combatam a oleosidade.

- Estações frias 
 
A menor umidade do ar e as baixas temperaturas ressecam a pele. Para piorar, é comum as pessoas tomarem banhos mais quentes, o que gera uma remoção mais intensa da oleosidade natural da pele. Para evitar o aspecto esbranquiçado e ressecado, é importante fazer hidratações. As pessoas com pele oleosa deve optar pela versão oil free de hidratantes. Também é a melhor época para fazer tratamentos dermatológicos, como peelings.

 


Dicas para manter o glow na medida certa

No calor
 
- abuse de chapéus e roupas de algodão para se proteger dos raios UV
 
- prefira o filtro solar com fator de proteção solar 30 ou mais
 
- aplique o produto na versão oil free, se tiver pele oleosa, e não se esqueça de reaplicar a cada duas horas


No frio

- evite tomar banhos muito quentes para não ressecar ainda mais a pele, o que depois incentiva a produção de sebo
 
- passe o hidratante logo após sair do banho, aproveitando o vapor do banheiro para potencializar a absorção do creme
 
- use hidratante labial para evitar rachaduras, típicas do período



- use sabonetes específicos para o rosto e para o seu tipo de pele

- tudo bem utilizar pó ou outros produtos com efeito mate para disfarçar o brilho em excesso, porém nunca se esqueça de retirar a maquiagem antes de dormir para não agravar o problema

- troque os lencinhos umedecidos por loção adstringente e lenços de papel, para realmente remover a oleosidade

- poluição e ar-condicionado são inimigos da pele, lave o rosto duas vezes ao dia e hidrate-se bastante para evitar o ressecamento


Tratamentos e produtos que auxiliam no cotidiano
Em todas as estações, o aparecimento dos primeiros sinais é o principal pesadelo para a maioria das pessoas. Porém, com o avanço dos cosméticos já existem soluções realmente eficazes para retardar os sinais de envelhecimento.
É o caso dos cremes antissinais, creme rejuvenescedor, luz pulsada… a questão é que sempre vai haver um produto que encaixe com a sua necessidade. A dica valiosa é: respeite o tempo e a frequência dos produtos. O resultado não virá mais rápido se você utilizar mais vezes do que o recomendado, isso só fará com que você perca tempo e dinheiro. 


segunda-feira, 3 de setembro de 2018

UMA MÃO LAVA A OUTRA NA BACIA DE PILATOS


        O incêndio do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista foi como destocamento de raízes em área desmatada. A floresta que se perdeu não volta mais. É de doer na alma! A tragédia anunciada ocorre, coincidentemente, num período em que, por diversas circunstâncias, eu vinha escrevendo sobre as maliciosas mistificações envolvendo a História do Brasil e a identidade nacional.
        Para alguns brasileiros que dirigiram a área cultural neste início de século, a história interessa como espaço para construção de narrativas convenientes sob o ponto de vista político e ideológico. Para outros, velharias como as que se exibem nos museus não têm qualquer significado e deveriam ser vendidas para “socorrer os pobres” (exatamente como pretendia Judas Iscariotis, exalando uma generosidade que não tinha, ao repreender a mulher que derramou perfume caro nos pés de Jesus). Nestes casos, temos a perigosa combinação da ignorância com a demagogia. Para os radicais, por fim, há mais cultura na pichação do que no monumento, nos poucos acordes do funk do que na música erudita, no Queermuseu do que no Museu. Fazer o quê?
        A “cultura” tem outras prioridades. O Museu Nacional ardeu, então, com as centelhas da omissão e do desinteresse. Em tempos de verba curta, era preferível financiar eventos e artistas que, ali adiante, estariam subscrevendo manifestos de apoio político, participando de showmícios e fazendo denúncias em eventos no exterior. Uma mão lava a outra, na bacia de Pilatos.
        Coincidentemente, no mês de julho, escrevi um texto apoiando a iniciativa de amigos que pretendiam, no Rio de Janeiro, preservar – vejam só! - as Cavalariças Imperiais da Quinta da Boa Vista. Os sucessivos retalhamentos do parque haviam levado mais da metade da área original e as cavalariças se extraviaram do belo projeto paisagístico de Augusto Glaziou. Considerávamos imperioso preservá-las. Tão pouco tempo depois, não eram as cavalariças que se perdiam, mas o próprio museu que ardia.
        Sociedades civilizadas sabem que prédios e lugares históricos abertos à visitação, ao lazer e à cultura são imprescindíveis à construção da identidade nacional e, logo, da identidade individual dos cidadãos. Não há cultura sem raízes e as nossas veem sendo sistematicamente cortadas em virtude do anacronismo a que me referi em artigo anterior. Indivíduos sem raízes são levados para onde soprar a ventoinha das conveniências.




 
Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o Totalitarismo; Cuba, a Tragédia da Utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil, integrante do grupo Pensar+.

O drama venezuelano na fronteira


A crise política sem precedentes na Venezuela vem causando reflexos dramáticos em Roraima. Um estado com cerca de 500 mil habitantes, com atividade econômica pouco intensa, que enfrenta as dificuldades impostas pela distância, vê-se, de hora para outra, demandado por milhares de estrangeiros em busca de refúgio.

No último dia 15, visitamos Roraima com a Caravana de Prerrogativas da OAB. Embora nossa missão fosse debater esse tema institucional, logo no aeroporto pudemos sentir o drama causado pela entrada repentina de tantos refugiados – boa parte deles já a caminho do Centro Oeste e do Sudeste brasileiros.

Nas visitas que fizemos ao Tribunal de Justiça e ao governo estadual, percebemos grande preocupação com essa questão. Nas audiências de custódia, os venezuelanos já representam 50% das demandas. O sistema prisional de Roraima encontra-se em colapso: a principal unidade prisional foi depredada durante rebelião no ano passado, não existem barreiras de separação interna entre os aprisionados e a as facções dominam as duas unidades prisionais da capital. O preso que entra no sistema carcerário sequer tem como evitar a imediata filiação a um dos grupos faccionados – que, agora, já começam a utilizar a “mão-de-obra” venezuelana na ponta do crime.

Cruzar a fronteira é visto pelos venezuelanos como uma questão de sobrevivência. Nos abrigos, encontramos uma população esperançosa por encontrar um caminho de alento com suas famílias. Quando perguntamos as razões pelas quais estavam no Brasil, a primeira resposta era sempre a fome, a miséria e a falta de perspectivas no vizinho país.

Todavia, o acolhimento que buscam esbarra em dificuldades imensas, pois o estado de Roraima não está preparado e a precariedade na fronteira é enorme. Inexiste um controle mínimo de imigração e tampouco se conhecem os antecedentes de quem cruza a fronteira.  Não há controle de vacinação – ouvimos relatos em Boa Vista de doenças que antes não existiam no Brasil. Armas que estavam em poder da população venezuelana, também segundo as informações, são trazidas pela fronteira e caem nas mãos do crime organizado.

São relatos preocupantes, pois os ouvimos tanto de autoridades como de populares da região.

O sentimento é de que Roraima foi esquecido pelo restante do país e de que as autoridades fecham os olhos, confiando que esse problema ficará confinado ao longínquo estado. Essa, porém, não é a realidade. O problema merece a atenção de todo o País. Não podemos imaginar que um estado, sozinho, resolverá essa situação, especialmente pelas dificuldades sociais que já enfrenta em relação à sua população.

O que mais ouvimos dos amigos roraimenses foi um pedido para que relatássemos a todo o país a crise humanitária e social daquele estado, de modo a despertar nas autoridades nacionais a necessária atenção.

E é o que estamos buscando fazer, esperando que providências sejam realmente tomadas em nome da solidariedade e do estado democrático de direito.






 Cassio Lisandro Telles, advogado - presidente da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia da OAB

 

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