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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Depressão atinge pessoas quem cuidam de familiar com Alzheimer



Alzheimer é uma doença que afeta diretamente aos cuidadores, que sofrem com a sobrecarga emocional e física durante todo o processo. A rotina imposta pelo quadro do paciente é responsável por gerar um alto nível de estresse ao cuidador, que muitas vezes, pode levar a depressão.

A situação inclui cuidados como troca de roupas, higienização do paciente, dar alimentação, entreter, atenção para as locomoções, acompanhamento de remédios e diversas outras atividades, porém o quadro é agravado com agressões físicas, que muitas vezes são deferidas pelo paciente. "O desgaste físico é notório, já que é comum o cuidador se manter 24 horas em alerta. As atitudes do paciente são sempre improváveis, não é possível prever quando ele pode sair sozinho pela rua, ou tirar a roupa em público, ou até mesmo fazer suas necessidades em locais impróprios, por isso o cuidador muda a sua rotina e passa a viver apenas para suprir as demandas do paciente. Essa carga de estresse por tempo prolongado desencadeia sintomas de depressão que devem ser tratados com auxilio profissional." Comenta a psicóloga da clinica Viver Bem, Luciane Nepomuceno.

Segundo o estudo realizado pela Faculdade de Medicina da USP, cuidadores de pacientes com Alzheimer apresentam sintomas de ansiedade e têm cerca de cinco vezes mais chance de terem depressão. Esse é um panorama que chama a atenção dos especialistas. A psicóloga conta que é comum ver a carga para apenas uma pessoa, seja por abandono de outros familiares, seja por ter dificuldade em aceitar ajuda de outras pessoas, mas chegam psicologicamente destruídas no consultório.

Algumas dicas podem ajudar para que o cuidador diminua as chances do estresse

- nunca recorra à racionalidade, tal como "Esse não é o João, é o Pedro". 


É importante entender que o doente esta com a capacidade cerebral comprometida, para ele o que é relatado é a verdade para a sua mente e não existe a possibilidade de alterar essa forma de pensar.



- Rejeição de cuidados

Quando o paciente não aceita o cuidado de uma determinada pessoa, é necessário que ela se afaste por alguns instantes até que se acostume com essa nova presença, introduza a pessoa aos poucos




- Em casos de negação de onde moram, escute e avise que em breve vocês irão. Caso o paciente insista, dê uma volta na rua.



- Evite explosões de emoções em frente ao paciente. Ele não sabe assimilar o que acontece ao seu redor e pode não encarar de forma natural.


"É importante atentar para esses cuidadores e orientá-los a respeito dos cuidados com pacientes de Alzheimer e também dos cuidados consigo. O trabalho psicológico é baseado na conscientização do novo cenário e aceitar suas limitações." Conclui a psicóloga. 





Luciane Nepounuceno - Formação- Pedagogia/ Pós Graduada em Administração, Pedagógica, Pós Graduada em Neuroeducação. Graduada em Psicologia Clinica, Pós Graduada em Psicologia Hospitalar, Pós Graduada em Psicologia Winnicottiana, Doutorado em em Psicologia de Religião Pós Graduada em Psicossomática , Pós Graduada em Psicologia Junguiana, Coach Empresarial.


Como ter mais controle da sua vida?

Para muita gente, a palavra controle dá desespero. É comum ouvirmos afirmações como “o governo me controla” ou “meu chefe me controla” e o que se percebe é que algumas pessoas não têm, realmente, controle sobre a sua própria vida. Elas entram em um modo de operação de descontrole total, no ritmo daquela famosa música: “deixa a vida me levar”.  

O problema acontece quando vai deixando levar e, ao chegar “lá”, percebe que está aonde não queria ir – e fica insatisfeito. É fundamental termos o controle de tudo: dos nossos sonhos, problemas, destinos, objetivos e de toda a nossa vida, afinal, é isso que nos aproxima dos objetivos. Quem controla, por exemplo, a sua preguiça, consegue vencer um pouco mais a procrastinação. Quem controla a vontade de comer doce consegue mais sucesso na dieta. 

Mas engana-se quem acha que controle é simples de se conseguir. É preciso ter disciplina constante. Você pode começar controlando o seu dia e as atividades dele. Muita gente espera as atividades surgirem, ficam perdidas e começam a fazer o que mais está gerando pressão. Em vez de se comportar dessa maneira, entre no modo de operação “eu controlo o que vou fazer”. E a melhor forma de ter controle das suas tarefas é registrar tudo: você pode usar uma ferramenta, aplicativo, quadro branco, celular, um software ou agenda de papel. 

Quando você tem registros que te permitem saber exatamente o que precisa ser executado, sua capacidade de controle sobre as suas operações e sobre a sua produtividade aumenta. Mas é importante considerar que isso não vai acontecer o tempo todo. Desejar ter o controle de 100% das nossas ações pode nos deixar frustrado quando não conseguitmos, mas é possível, sim, controlarmos boa parte do nosso tempo. 

Uma rotina com mais controle e planejamento gera liberdade. Com organização você tem mais tempo livre para escolher as atividades que praticará, o que te permite preencher o seu dia com mais coisas importantes, que te proporcionarão alegria. É isso que você quer? Então comece hoje a assumir o controle da sua vida. Busque sempre planejar os três próximos dias para que sejam o mais produtivos possível. Os resultados serão muito positivos.  

Acho uma frase de Peter Drucker muito bacana: você não consegue gerenciar aquilo que não consegue medir. Isso vale para dinheiro, tempo, relacionamentos e tudo em nossa vida.  Reflita: você perdeu o controle em algum aspecto da sua vida? As finanças? O seu peso? O seu tempo? Quando você identifica as coisas que estão em descontrole, a sua capacidade de entender alternativas para assumir o controle da situação aumenta muito. Que tal fazer uma autoavaliação?







Christian Barbosa -maior especialista no Brasil em administração de tempo e produtividade e CEO da Triad PS, empresa multinacional especializada em programas e consultoria na área de produtividade, colaboração e administração do tempo.

Transtorno da ansiedade de separação: como atinge os filhos de pais separados?


A ansiedade é uma das patologias mais comuns entre pessoas de todas as idades, afetando desde crianças e jovens a adultos e idosos em todo o mundo. Porém, apenas uma pequena porcentagem de pessoas recebe tratamento, uma vez que os sintomas podem ser confundidos com outros distúrbios ou simplesmente ignorados por muito tempo.

Dentre as muitas manifestações da ansiedade, uma delas se destaca: o transtorno da ansiedade de separação (TAS), que afeta crianças e adolescentes e pode provocar sequelas graves ao longo da vida.

Segundo Danielle Bevilaqua, psicóloga do Hospital Santa Mônica, "as funções dos pais dentro do desenvolvimento da criança se diferem e se complementam. Para um desenvolvimento saudável é interessante que tenham uma presença psicologicamente significativa, ou seja, tempo de qualidade dedicado a convivência com esta criança. O fato dela se sentir amada pelo seus pais irá influenciar de forma relevante a autoestima. Sentir-se abandonada, ou de pouca importância na vida de seus pais poderá dificultar a construção de uma personalidade bem estruturada e saudável".

Quer saber mais sobre o TAS, suas consequências e como identificar esse problema? Acompanhe:

O que é o transtorno da ansiedade de separação?


A ansiedade de separação pode se manifestar pela primeira vez em bebês a partir dos 8 meses, e normalmente desaparece após os 2 anos. Porém, cerca de 1/3 dos casos pode persistir até a idade adulta quando não é feito o tratamento adequado. Considerando que mais de 75% dos transtornos mentais começa na infância, é importante buscar o diagnóstico e tratamento adequado o quanto antes.

É comum que crianças e adolescentes fiquem apreensivas ao se separar temporariamente de seus pais e cuidadores. A ansiedade de separação se torna um transtorno quando a reação à ausência é exagerada, afetando o desenvolvimento e a qualidade de vida.

Os pacientes relatam uma preocupação intensa em relação a seus pais: medo de que eles se percam, desapareçam ou os abandonem, que sofram acidentes ou venham a falecer.

A psicóloga complementa que "a criança pode desenvolver estes medos quando não se sente amada ou compreendida em suas necessidades. Nestes casos, costumamos aconselhar aos pais que tentem retroceder em suas memórias e perceber o que fazia sentido para si na infância ou adolescência. Não significa dar tudo que a criança ou adolescente quer, e sim se aproximar e entender seu mundo para manter um relacionamento mais íntimo, verdadeiro e, assim, mais saudável".

Entre os fatores de risco para o desenvolvimento do transtorno da ansiedade de separação, podemos citar: antecedentes familiares, superproteção dos pais, apego exagerado e situações de mudança, como separação dos pais ou troca de escola.

Como o transtorno se manifesta?


O transtorno da ansiedade de separação é movido por medo e preocupação excessiva com certas situações da rotina familiar. Os sinais de alerta para a manifestação do distúrbio podem ser:


Sintomas comportamentais:

se recusar a ir à escola;
se agarrar aos pais;
apresentar comportamento violento;
se queixar sobre a separação;
chamar pelos pais.


Sintomas físicos:

dores de cabeça;
vômito e náuseas;
palpitações;
dificuldade para dormir;
pesadelos recorrentes.

Quais são as consequências do transtorno da ansiedade de separação?


Estima-se que o transtorno atinge entre 4 e 5% das crianças e adolescentes no Brasil, e sem tratamento adequado o distúrbio pode evoluir e prejudicar o desenvolvimento emocional, social e psicológico do paciente.

O TAS na infância é também um fator de risco para outros transtornos que podem se manifestar ao longo da vida, como a síndrome do pânico e a agorafobia. Além disso, crianças e jovens que apresentam o problema podem limitar suas interações sociais e buscar, de forma inconsciente, o isolamento.

Em filhos de pais separados, é preciso ficar ainda mais atento aos sintomas e sinais de alerta do transtorno da ansiedade de separação. Nessa situação, os filhos experimentam com mais frequência e intensidade as sensações de ausência, abandono e perda.

Ainda que os pais se esforcem para se manter presentes na vida dos filhos, é natural que crianças e adolescentes demonstrem sofrimento ao se separar de um dos progenitores.

"Não se conta apenas a quantidade de tempo. Vale a pena ressaltar que a qualidade deste tempo influência essencialmente o bem-estar dos filhos. Educar uma criança ou adolescente com 2 visitas ao mês se torna uma tarefa quase impossível, mas estar sempre junto sem ouvir e considerar suas falas também pode não produzir bons resultados. Então concentre-se em como estar, de forma significativa, na vida de seu filho ou filha", ressalta Danielle Bevilaqua.

O transtorno da ansiedade de separação pode e deve ser tratado em qualquer estágio do desenvolvimento. É fundamental procurar auxílio de um especialista e iniciar o quanto antes o tratamento adequado, para evitar maiores prejuízos ao paciente. Na maioria dos casos, o tratamento envolve também os pais, que devem aprender a lidar com as dificuldades do filho e ajudar em sua recuperação.




Fonte: Danielle Bevilaqua - psicóloga do Hospital Santa Mônica 


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