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quarta-feira, 4 de julho de 2018

Tenho escoliose, o que fazer agora?



Com a escoliose tenha cautela, pois qualquer descuido é fatal

 
Em esporte radical ou uma simples caminhada, o risco de machucar é sempre presente, porém até uma má posição do corpo, no trabalho, por exemplo, desenvolverá dores nas costas, em especial a coluna, independente da área ou função.  Especificamente a coluna, sobre com uma doença denominada escoliose, segundo o médico Rodrigo Boechat da Clínica de Fraturas do Hauer, em Curitiba, é “o nome dado ao desvio lateral da coluna vertebral. Pode ocorrer na região torácica ou na lombar, para a direita ou para a esquerda, quase sempre acompanhada da rotação das vértebras (elas "torcem", giram no próprio eixo). Escolioses funcionais, ligadas à má postura, são reversíveis com exercícios, fisioterapia e outros métodos de reabilitação”.

Porém, há diferença nos tipos de escoliose, como elenca o médico:
As escolioses estruturadas, são curvas rígidas e não reversíveis, sendo patologia que frequenta consultório dos Ortopedistas com Área de Atuação em Cirurgia de Coluna. Podem resultar de doenças neurológicas, neuromusculares ou são ditas "idiopáticas", sem causa conhecida. Essas últimas são as mais comuns, ou seja, ocorrem em adolescentes saudáveis.

As curvas podem aparecer na infância, mas a maioria é detectada na adolescência, a partir dos 10 anos. Estudos indicam que atingem entre 6% e 15% da população, sendo a grande maioria meninas (constituem até 90% dos casos). Alterações hormonais da puberdade parecem atuar também como causa, explicando o acometimento comum no segundo estirão de crescimento. O fato é que o desvio aparece por volta de 10, 12 anos e progride rapidamente. Há casos em que o ângulo da curvatura aumenta 1 grau por mês. O mais comum é que não ultrapasse os 20 graus. Até esse patamar, os médicos indicam apenas fisioterapia para o fortalecimento dos músculos e acompanhamento rotineiro, com radiografias. O jovem não sente dores e em geral não tem problemas na vida adulta. Somente quando os 20 graus são ultrapassados indica-se o uso de coletes. Há três tipos, basicamente: o de Milwalkee, que vai do quadril até o pescoço; o de Boston, do quadril ao tórax; e a órtese tóraco-lombo-sacra (OTLS), que sobe até pouco acima da cintura, mais voltada para desvios exclusivamente lombares.

Tratamento

A escoliose tem tratamento, uma das maneiras é o uso contínuo do colete, como explica o médico Rodrigo Boechat da Clínica de Fraturas do Hauer, “os coletes devem ser usados 23 horas por dia, reservando-se apenas 1 hora para a higiene e/ou prática de atividade física. Eles não fazem a coluna voltar à posição normal, mas ajudam a conter o agravamento do desvio. Caso a curva não seja contida com o colete, e atinja o ângulo de 40º, a cirurgia já pode ser indicada”, ou seja, na utilização do colete a coluna retorna a uma inclinação saudável com o decorrer do tempo, isto é, o tempo que for utilizado para retornar a coluna ou normal, ou para mantê-la.

Entretanto para resultados breves, a cirurgia é uma opção. De acordo com o médico “na cirurgia da escoliose, com o uso de hastes, ganchos e parafusos, o cirurgião aumenta ou diminui o espaço entre as vértebras, corrigindo a sua posição. Não é uma operação simples, principalmente quando a curva é muito acentuada. Apesar do cuidado extremo dos médicos e da existência de equipamentos que ajudam a manter as condições do paciente sob controle, há risco de paralisia, caso a medula seja comprometida. Além disso, é preciso considerar que a cirurgia elimina os movimentos da região alterada, uma vez que as vértebras são fixadas na nova posição. Por todos esses motivos, é uma alternativa reservada às situações realmente graves. E nesses casos, diga-se, pode resultar em melhoras significativas”, isto é, mesmo na cirurgia, os cuidados e alertas devem ter máxima atenção.

Apesar da cirurgia ser cuidadosa, existem recursos, com a qual é possível retardar qualquer efeito negativo na operação, como descreve o médico.

A monitoração da medula no intra-operatório é fundamental para trazer segurança na inserção dos implantes e na correção das deformidades, uma vez que as funções da medula são verificadas com o paciente inconsciente, anestesiado. Para isso é necessária toda uma programação distinta da anestesia, sem uso de gases que inibem as respostas medulares medidas nos aparelhos.

Outros recursos disponíveis na cirurgia de escoliose envolvem a auto-transfusão de sangue no intra-operatório, onde por meio de uma máquina chamada "Cell Saver", o sangue aspirado do campo cirúrgico não se perde, ele passa por vários filtros para retirar impurezas e é transfundido novamente para o próprio paciente. Em alguns casos, bem conduzidos, apesar do tamanho da cirurgia, a transfusão de sangue pode ser evitada.







Clínica de Fraturas Hauer
Dr. Rodrigo Boechat CRM 20072 - - Ortopedista Especializado em cirurgia da coluna vertebral
Rua Miguel Poholink, 104, Hauer, Curitiba-PR.


Chegada do inverno aumenta incidência de doenças respiratórias


Professor do Curso de Medicina da Unifran, Dr. Carlos Luís Botto Rosa, explica quais são as principais doenças e como se prevenir


Com a chegada do inverno, são recorrentes os sintomas e a proliferação de doenças respiratórias como gripe, resfriados, rinossinusites e pneumonias. Até junho deste ano, foram registrados no Brasil 3.558 casos de gripe, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde.

A chegada do frio também pode ser responsável pelo aumento de casos de rinite alérgica, asma e DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica). “Isso acontece devido a diminuição da temperatura e da umidade relativa do ar, além da intensificação dos efeitos da poluição durante o inverno, o que torna o ar mais agressivo para o sistema respiratório” explica o Dr. Carlos Luís Botto Rosa, Professor do Curso de Medicina da Unifran. “A tendência de nos mantermos em ambientes fechados durante o frio também é outro motivo para as doenças respiratórias se agravarem nesse período”, completa. 

No período de 23 de abril a 22 de junho, ocorreu a campanha nacional de vacinação contra gripe. No entanto, o Ministério da Saúde conseguiu atingir apenas 86,1% do público alvo (grupo de risco). A região sudeste foi o local com menor cobertura, com 81% de vacinados. 

O Pneumologista e Professor do Curso de Medicina da Universidade de Franca (Unifran), Dr. Carlos Luís Botto Rosa, explica a seguir quais são as principais doenças respiratórias com maior incidência nessa época do ano e como tratá-las.


Gripe

É causada pelo vírus influenza e seus subtipos, apresenta sintomas de febre alta, dores no corpo além de tosse e coriza hialina. O tratamento é feito com analgésicos, antitérmicos e boa hidratação, exceto em casos específicos que, a partir de uma avaliação médica, se necessita de tratamento direcionado.

A prevenção se dá com boa hidratação, evitar aglomerações, lavar as mãos, lavagem nasal e, no caso das gripes, é de extrema importância a vacinação anual, principalmente para os grupos de risco (crianças de 6 meses a 5 anos; gestantes; mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias; pessoas com mais de 60 anos; população indígena; portadores de doenças crônicas, como diabetes, asma e artrite reumatoide; indivíduos imunossuprimidos, como pacientes com câncer que fazem quimioterapia e radioterapia; e portadores de trissomias)


Resfriado Comum

Os resfriados também são infecções virais comuns nessas estações, porém com sintomas mais amenos que os da gripe e causados por outros vírus que não o da influenza. O quadro dura em torno de três a cinco dias, podendo se estender até sete dias. Sintomas respiratórios também estão presentes como na gripe, mas normalmente menos agressivos. A febre costuma ser baixa, sintomas incapacitantes como a fadiga e prostração costumam ser menores. 

O tratamento também é baseado no controle dos sintomas e cuidados em geral, mas nesses casos não há tratamento direcionado nem vacinação.


Rinossinusites

É um processo inflamatório de vias aéreas superiores, acometendo mucosa nasal e seios paranasais. Os sintomas mais envolvidos são obstrução nasal, saída de secreção espessa, dor de cabeça e tosse. 

O tratamento consiste em lavagem nasal, controle dos sintomas, além da avaliação médica quanto a necessidade ou não do uso de antibióticos.


Pneumonias

As pneumonias consistem em quadro de infecção dos pulmões, normalmente secundárias a infecções bacterianas. O quadro clínico apresenta tosse produtiva (em que a secreção é eliminada), febre e dores no tórax. O diagnóstico e o tratamento devem ser sempre acompanhados de um médico, seja por via ambulatorial ou por via de internação hospitalar em casos indicados.
Sua prevenção também se dá por cuidados gerais de saúde e com
 a vacinação com vacina antipneumocóccica. De modo geral, medidas como boa alimentação, prática de atividades físicas, boas noites de sono, boa hidratação e manter cartão vacinal em dia são a base para prevenção de todas as doenças independente da época do ano. Mas com as alterações climáticas esses cuidados devem ser intensificados, assim como o acompanhamento das doenças crônicas com o intuito de minimizar os danos causados pelo clima. E claro, sempre lembrar que no aparecimento de sintomas de alguma doença, o médico deve ser procurado para que seja feito diagnóstico correto e tratamento adequado.








Fonte:  Dr. Carlos Luís Botto Rosa - , Especializado em Pneumologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Professor do Curso de Medicina da Unifran.


UNIFRAN

 

Chocolate X zumbido


EXCESSO DE CHOCOLATE PODE CAUSAR ZUMBIDO NO OUVIDO

O consumo exagerado de chocolate por crianças ou adultos,  não causam somente o aumento do peso ou a aparição de espinhas. Os ouvidos sofrem com a ingestão demasiada da guloseima e o excesso de chocolate pode gerar o famoso zumbido.
Poucas são as pessoas que se preocupam com a saúde dos ouvidos. A maioria só se lembra deles  quando ocorre algum  incômodo, como a dor de ouvido na otite ou a sensação de ouvido tampado durante um resfriado, acúmulo de cera ou entrada da água, dentre outros.
O que é o zumbido?  Conhecido como uma ilusão sonora, o zumbido é a sensação de ouvir som de apito, chiado, cigarra, sirene, motor ou panela, principalmente nos momentos de silêncio, como a hora de dormir. Geralmente, o zumbido representa um ritmo acelerado de funcionamento no ouvido como tentativa de compensação de uma agressão.
Segundo o Instituto Ganz Sanchez , estima-se que no Brasil há de 34 a 48 milhões de pessoas com o sintoma, tratando-se de um aumento expressivo em relação aos 28 milhões estimados há quase 20 anos. E segundo a  Dra. Tanit Ganz Sanchez, otorrinolaringologista e fundadora do Instituto Ganz Sanchez, o consumo excessivo de doces, inclusive o de chocolate, pode afetar os ouvidos que são mais vulneráveis:
“O chocolate tem substâncias que podem agredir os ouvidos, como o açúcar e a cafeína. Em alguns organismos, quando o açúcar (glicemia) aumenta no sangue depois da ingestão de doces, o pâncreas passa a produzir mais insulina do que o necessário para minimizar  a quantidade de açúcar presente. Essa insulina em excesso é a grande vilã do ouvido, pois provoca uma bagunça na bioquímica do ouvido interno e atrapalha o seu funcionamento normal. Nas pessoas que têm zumbido por excesso de ingesta de  açúcar ou cafeína, nós restringimos o chocolate por 30 dias para que o ouvido possa se recuperar”, explica a médica. Segundo ela, a cafeína, também encontrada nos chocolates, acelera o sistema nervoso e como o zumbido já é, por natureza, um “ritmo acelerado” na via auditiva, ele pode aparecer ou piorar ainda mais.

“A piora do zumbido pode acontecer cerca de 1 hora após tomar a cafeína, que é encontrada não apenas no chocolate, mas também no chá preto e no mate, nos refrigerantes, nos estimulantes e no chimarrão. Quando a dose é alta, o ouvido reage sentindo zumbido ou tontura”, complementa a médica, que é a pioneira em realizar pesquisas sobre o zumbido no ouvido no Brasil, à frente desses estudos há 24 anos.
A médica acrescenta que o zumbido pode ser temporário.
 “Em algumas pessoas ele desaparece, porém outras precisam recorrer a tratamentos específicos, principalmente se a pessoa substitui o chocolate por outro tipo de doce, que também causa o zumbido”.
Para evitar o zumbido, confira as dicas da Dra. Tanit Ganz Sanchez:
1- Consumir chocolate com moderação, pois não existe um número mágico de peso, quadradinhos ou barras para consumo;
2 – Dê  preferência para chocolates com pelo menos 70% de cacau (pois eles têm menos açúcar) ou pela versão diet (que substitui o açúcar por adoçante)
4-  Experimente trocar o chocolate pela alfarroba, que é um produto  natural que imita o chocolate, porém  não tem açúcar, glúten ou lactose, por isso pode ser consumido, com moderação, por qualquer pessoa. 


Profa  Dra. Tanit Ganz Sanchez – Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela USP, Fundadora e Diretora do Instituto Ganz Sanchez, criadora da Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido (Novembro Laranja), do Grupo de Apoio Nacional a pessoas com Zumbido, da TV Zumbido e do curso online ABC...z do Zumbido. Assumiu a missão de desvendar os mistérios do zumbido e é pioneira nas pesquisas no Brasil, sendo reconhecida por sua didática, objetividade e compartilhamento aberto de ideias. É especialista em Zumbido, Hiperacusia, Misofonia e Distúrbios do Sono.

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