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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Evite o descontrole de gastos e comece 2018 com as finanças em dia



Especialista orienta como realizar um planejamento para organizar as contas


2017 foi um ano complicado para muita gente, e manter as finanças em dia não foi nada fácil. O desemprego em alta, a inadimplência em um patamar mais elevado e a perspectiva de uma recuperação em médio prazo não são os melhores cenários para quem quer colocar as finanças pessoais em dia. Com tudo isso e com os gastos das festas de final de ano, compra de presentes, viagens de férias, entre outras despesas, manter o equilíbrio pode parecer um desafio.

Diante deste contexto, planejar é o caminho mais indicado para começar 2018 com as finanças em dia. Segundo o professor de Matemática Financeira do curso de Administração da Anhanguera de Pindamonhangaba, Paulo Araújo, planejamento é um conjunto de ações coordenadas e orientadas para tornar realidade um objetivo futuro, de forma a possibilitar a tomada de decisões antecipadamente.

Como é possível realizar o plano para começar o ano novo sem dívidas? "Uma dica valiosa é evitar empréstimos de longo prazo e o consumo excessivo durante as festas de natal e ano novo. Não comprometa seu orçamento", orienta o especialista.

Grande parte da população deverá levar para 2018 dívidas contraídas em 2017. "O maior problema de tudo isso é que essas dívidas de 2017 serão somadas a novas despesas como o IPVA, IPTU, e outros impostos e despesas comuns do começo do ano, e, tudo isso poderá acarretar em um caminho perigoso fundado em dívidas", alerta o professor.

O docente da Anhanguera indica que uma solução é, de início, envolver todos da família para que tomem ciência da atual situação financeira em que se encontram. "Um dos maiores resultados do acúmulo de dívidas é não saber quanto se ganha e muito menos quanto se gasta", afirma. "Para isso, é necessário elaborar uma planilha e realizar uma análise financeira a fim de verificar o que poderá ser reduzido ou mesmo eliminado, buscando um equilíbrio financeiro", explica Paulo.

E ainda, "com os recursos recebidos no final do ano, como o 13º salário e férias, procure priorizar as dívidas com juros maiores (cartão de crédito, cheque especial), eliminando-os com pagamento à vista por meio de empréstimo tomado com outra fonte de recursos de juros mais baixos, reduzindo o montante a ser pago mensalmente", aconselha. Para o especialista, sem disciplina é impossível seguir adiante no planejamento e atingir sucesso. "A organização das finanças deve ser realizada buscando uma melhor qualidade de vida, alcançando os objetivos, e, principalmente, curtindo momentos especiais com as pessoas que amamos. Tenha isso em mente!", finaliza Araújo.









VAI-SE O QUEIJO, PRESERVAM-SE OS RATOS




        Não localizei o vídeo. O trecho a que vou me referir, provavelmente fazia parte de uma fala em que José Dirceu, discorrendo sobre a importância da política, afirmou aos companheiros, em Canoas/RS, que “se o projeto político é o mais importante, o principal é cuidar do PT”. Só localizei fragmentos desse pronunciamento no YouTube. Mas nesse ou noutro vídeo da mesma época, o então Chefe da Casa Civil de Lula fez uma referência à importância do controle dos fundos de pensão. Homem de visão, o Zé! Tudo aconteceu conforme previsto por ele: o PT passou a controlar os fundos; e tudo andou conforme o previsível: abriu-se um colossal rombo nas contas dessas importantes instituições – R$ 78 bilhões, em números de junho deste ano!
        Mais de duzentos mil empregados e pensionistas de empresas estatais serão chamados, ou já estão fazendo isso, a aumentar, em muito, suas contribuições aos respectivos fundos de pensão. Os participantes e pensionistas da Petros já sabem que precisarão aportar R$ 14 bilhões em 18 anos. Outro tanto (13,5 bilhões) será assumido pela “nossa” amada Petrobras. A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), interveio no Postalis e, diante do que tem descoberto, vai “aumentar o valor das punições por má gestão”, hoje limitado a ridículos R$ 40 mil.
        Nada disso me surpreende. Tudo estava previsto desde o momento em que Lula subiu a rampa do Palácio do Planalto e a máquina petista se instalou no coração do governo e do Estado brasileiro. Até Deus se negou a nos acudir no subsequente Deus-nos-acuda. 
Quando Carlinhos Cachoeira gravou o achaque de Waldomiro Diniz (2004) e Roberto Jefferson denunciou o mensalão (2005), o país tomou ciência de que havia uma organização criminosa atuando em larga escala no aparelho de Estado. Dez anos depois, quando se encerrou o julgamento do mensalão e a Lava Jato iniciou atividades, provavelmente os seis ministros que desconheceram o crime de formação de quadrilha eram os únicos cidadãos brasileiros que ainda se recusavam a admitir sua existência. Mas como entender, agora, esses eleitores de Lula e, mais especificamente, o silêncio das vítimas do rombo nos fundos de pensão? Por que não vejo carro de som, megafone ou apedidos na imprensa denunciando a gestão irresponsável desses planos por militantes partidários? Afinal, desde 2003 esses recursos estavam na mira do Zé, da política e, portanto, do partido que os usou para negócios, com destaque para os bilionários financiamentos concedidos aos projetos fracassados das “campeãs nacionais”.
Diante de tudo isso, não posso deixar de pensar na Síndrome de Estocolmo, ou seja, na afeição do sequestrado pelo sequestrador. É um fato que, por si só, mostra o tamanho de outro rombo, aberto na consciência política de tantos brasileiros. Ele se expressa na dedicação a quem lhes tomou a carteira e levou junto, como moedas do bolso, alguns dos mais humanos sentimentos de indignação e revolta.



Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.



Os primeiros 30 dias da reforma trabalhista e seus impactos nas organizações

Passado um mês após a promulgação da Reforma Trabalhista, definida pela lei 13.467/2017 e já alterada ela tão comentada Medida Provisória 808/2017 – com o intuito de modificar alguns aspectos do texto original que não ficaram completamente definidos no documento, até então, aprovado – pelo presidente da República, o mercado e, principalmente, as corporações já tiveram a oportunidade de aplicar algumas das peculiaridades agora reguladas pela CLT, principalmente a modalidade de trabalho intermitente.

Apesar de estarem presentes em esferas de discussão em níveis profissionais, governamentais e de entidades representativas, as opiniões sobre as medidas adotadas no texto vigente da CLT ainda circundam certa obscuridade pelo ainda não esclarecimento das novas regras, o que se agrava pelas brechas existentes na legislação que foram regulamentadas, mas, ainda faltam critérios absolutos que garantam a sua validade jurídica. Alguns críticos das novas regras resguardam a opinião de que o regime desestabiliza a atividade remunerada e vulnerabiliza o trabalhador. Enquanto isso, o governo defende que o novo texto viabiliza novas contratações, principalmente a de trabalhadores, até então, informais, preservando-lhes os direitos garantidos pela CLT, como férias e décimo terceiro proporcionais. Muitas empresas e, ainda, trabalhadores estão com um “pé atrás” e, cautelosamente, avaliam a aplicabilidade principalmente do trabalho intermitente, onde os trabalhadores são recrutados de acordo com a demanda do negócio e remunerados de acordo com a carga de trabalho realizada.    

Por um lado, vemos exemplos de corporações apostando em contratações por meio da modalidade de contrato intermitente para períodos de aumento na procura de bens e serviços. A temporada da Black Friday foi um exemplo, dentro desses trinta primeiros dias, onde grandes varejistas recrutaram trabalhadores temporários já aplicando modelos de contrato e registro em carteira de acordo com essa “nem tão nova” modalidade, mas agora validada pelo texto da reforma trabalhista. Na visão dos executivos e líderes das empresas, o balanço dessa primeira experiência é positivo, pois permitiu que mais funcionários pudessem ser recrutados para uma data específica, substituindo os contratos temporários. A perspectiva é que essa prática seja mantida para o Natal e outras datas comemorativas, caso não haja novas alterações na lei aprovada.

Segundo dados do IBGE cerca de 25% da população brasileira cumpre jornada de trabalho menor do que 40 horas semanais, sendo que 75% desse grupo atua no setor informal, o que não ajuda na  arrecadação de impostos. Vê-se, assim, no mercado, um movimento de formalização da mão de obra sazonal. As promessas da equipe econômica de Temer influenciam o mercado, juntamente com a ainda tímida recuperação do mercado de trabalho, em sua maior parte por conta do trabalho informal, movimento que faz com que pequenos e médios empresários, principalmente, comecem a avaliar a possibilidade de regularização desses trabalhadores informais.

Em minha opinião, ainda há um longo caminho para que as organizações apliquem as medidas estipuladas pelo texto da reforma trabalhista e um ainda maior para que possamos começar a enxergar os impactos econômicos e sociais dessas medidas, entretanto, o sentimento que tenho quando converso sobre o com líderes corporativos e organizacionais é que a flexibilização das leis trabalhistas e as novas possibilidades por ela reguladas podem abrir novas portas para uma maior produtividade e competitividade no cenário macroeconômico brasileiro.  







Ana Paula Neves Diretora de Corporações & Governo da Thomson Reuters




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