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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Melatonina pode ajudar crianças com autismo



As consequências de noites mal dormidas são ruins para qualquer pessoa. Mas, para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) os prejuízos do sono inadequado podem ser devastadores. Enquanto só entre 10 e 20 crianças a cada 100 lutam contra distúrbios do sono, em pequenos com TEA a incidência pode variar entre 40% e 80%, como mostrou estudo publicado em 2010 no periódico Sleep Medicine.

“Entre as situações mais comuns encontramos dificuldade para pegar no sono e a fragmentação do sono, isto é, as crianças acordam várias vezes durante a noite. Essa é uma queixa constante no nosso dia a dia”, conta a Dra. Karina Weinmann, neuropediatra e cofundadora da NeuroKinder.

Os distúrbios do sono em crianças com TEA podem piorar muitos os sintomas do transtorno. “Há um agravamento dos movimentos repetitivos, baixa interação social, alterações do humor. Até problemas gastrointestinais já foram relatados”, diz a neuropediatra. Não por acaso, os pais também acabam sendo afetados, com quadros de estresse e ansiedade. 


Sono e melatonina: tudo a ver!
 
Uma revisão de estudos publicada na revista médica Developmental Medicine & Children Neurology aponta que há uma relação entre as noites mal dormidas desses pacientes e níveis anormais de melatonina, hormônio produzido no cérebro e que ajuda a nos prepararmos para dormir.

“Com o cair da noite, os níveis de melatonina começam a subir e, à medida que a luz do dia surge, ela retorna a um nível menor, chamado de basal. Em crianças com TEA, parece haver menor produção do hormônio, o que atrapalharia justamente essa tendência natural de dormirmos à noite e nos mantermos acordados durante o dia.  Por isso, a melatonina tem um papel-chave na regulação do nosso relógio interno; é nosso sistema interno que diz ao corpo quando dormir e quando acordar”, explica Dra. Karina.
 

Melatonina antes de ir para a cama?
 
A melatonina é uma das substâncias mais usadas para tratar distúrbios do sono em crianças e adolescentes. Entretanto, pais cujos filhos penam na hora de ir dormir sempre foram obrigados a importar as cápsulas, pois, no Brasil, ela não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “O fato é que mais e mais estudos reforçam as evidências de que a melatonina pode .ser uma grande ferramenta terapêutica para crianças com TEA”, comenta a neuropediatra.

Outra revisão, publicada no ano passado no Journal of Pediatric Care por duas pesquisadoras espanholas, apontou que cerca de 7% das crianças autismo e que sofrem com problemas de sono fazem uso da substância e que ela não só ajuda a minimizar o problema, como também a reduzir os distúrbios de comportamento, quando administrada em pequenas doses, entre 30 e 60 minutos antes de dormir. A dosagem, claro, depende da idade e do peso da criança. Os estudos não apontaram nenhum efeito colateral.


Como obter o produto
 
No Brasil, a melatonina pode ser obtida de duas maneiras: por importação do produto, ou ainda em farmácias de manipulação, graças a uma liminar concedida para uma empresa de insumos farmacêuticos. Porém, é importante ressaltar que para comprar a melatonina no Brasil é preciso ter a receita médica, pois para crianças a dosagem é diferenciada. Os pais não devem ministrar o medicamento por conta própria, ou seja, o ideal é conversar com o médico que acompanha a criança.





Porque 65% das varizes voltam? Vascular explica!


As chances variam de 7 a 65% de acordo com a literatura médica, mas tem explicação e precaução


Algumas varizes tratadas podem voltar sim, mas se forem provenientes de fatores genéticos, ou seja, em pessoas que herdam essa tendência de algum familiar. “Quando isso acontece, significa que a pessoa possui alterações nas válvulas presentes dentro das veias. E mesmo quando uma veia varicosa é tratada, as outras consideradas ‘normais’ podem vir a se tornarem ‘defeituosas’ futuramente já que possuem a mesma carga genética”, explica Dr. Caio Focássio, cirurgião vascular da capital paulista.
E não é só isso. O vascular conta que outras situações como alterações hormonais,  ficar muito tempo em pé parado ou sentado, ser sedentário e pós ou durante a gravidez são alguns dos fatores que também podem influenciar. “Por isso, quem sofre com o problema precisa manter o acompanhamento médico regular para identificar a volta das varizes e manter o tratamento para evitar as complicações – como as úlceras venosas, por exemplo”, alerta o médico.
Para retardar o reaparecimento das varizes, Dr Caio aconselha realizar medidas que melhorem o retorno venoso, como a prática de exercícios físicos, a manutenção do peso e ainda evitar uso de hormônios femininos. “São medidas que podem ajudar a evitar o problema”.




FONTE: Dr. Caio Focássio - Cirurgião vascular formado pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Pós graduado em Cirurgia Endovascular pelo Hospiten – Tenrife (Espanha). Médico assistente da Cirurgia Vascular da Santa Casa de São Paulo.



Quantas cesáreas pode suportar o corpo da mulher?



As cesarianas são indicadas para as mamães com indicação de algum problema de saúde. No entanto, há dúvidas com relação ao número de cesáreas que a mulher pode ter. O ginecologista e obstetra Dr. Domingos Mantelli revela que a mulher pode se submeter a várias cesarianas, mas deve estar consciente dos desconfortos e dos riscos que corre a cada procedimento.

Para o especialista, as gestantes não precisam ter medo e devem conversar sempre com o médico que está cuidando do pré-natal para esclarecer as dúvidas. “O obstetra tem que ter muita habilidade para fazer uma cesariana em mulheres que já tiveram mais de três, devido às alterações anatômicas e aderências das cicatrizes que podem tornar o procedimento cirúrgico cada vez mais complexo e difícil. Além disso, as cicatrizes podem causar obstruções no intestino delgado”, conclui Mantelli.






Dr. Domingos Mantelli - Ginecologista e obstetra com formação em neurolinguística e atuação na área de medicina psicossomática. É formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e pós-graduado em residência médica na área de ginecologia e obstetrícia pela mesma instituição. Também é autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”.




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