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domingo, 12 de novembro de 2017

Do que o Brasil precisa: reforma política ou reforma dos políticos?



A cada dia estamos mais próximos das eleições de 2018, e os brasileiros diariamente encaram uma realidade de dúvida e apreensão em suas televisões, jornais e qualquer meio de informação sobre a situação política do país. Em uma pesquisa realizada no início de 2017, pela Edelman Trust Barometer, é apresentado que 62% dos brasileiros perderam a confiança no sistema, sendo a corrupção o maior medo de 70% dos pesquisados. A descrença da população nas promessas constantes de melhorias e de reformas demonstra o grande desgaste em tudo que envolve o meio político. 

Infelizmente a política passou a ser considerada uma escola para ficar rico da noite para o dia. Cada vez mais se vê pessoas que estão ali com o objetivo de dar uma guinada em sua própria vida. Em uma rápida pesquisa feita no site do Tribunal Superior Eleitoral é possível constatar o grande crescimento de eleitores que se afiliaram a algum partido para assim dar os primeiros passos na vida pública. Em 2017, já somam mais de 2.400.000 eleitores filiados na faixa etária entre 16 e 34 anos. Uma situação péssima para a população e para a imagem do governo. Essa visão de enriquecimento usando um cargo público é alimentada quando o sistema governamental é corrupto.

Neste cenário se enobrece a esperteza, fazendo com que a juventude brasileira seja incentivada a pensar que a possibilidade de roubar vale a pena. E o que agrava ainda mais é fazer com que a sociedade acredite que ser honesto não traz nenhum benefício e acabará por levar o indivíduo a pobreza.

Esse é o retrato que o homem público passa para a sociedade.

Com essa imagem tão desgastada e sem credibilidade que os políticos no Brasil atualmente possuem, apresentar propostas de reforma política parece não ser suficiente para sanar todos os problemas escancarados para a população durante todos esses anos. Um texto bíblico representa bem a situação do país, no livro de Ezequiel é apresentado ao profeta um vale de ossos ressecados, e Deus o questiona: Por ventura viverão esses ossos? - o trecho induz a reflexão sobre a ausência de esperança.

Hoje, pela quantidade de escândalos que foram produzidos e acumulados em vários e vários anos, falar sobre reforma não resolve a questão, precisamos falar sobre uma ressureição política. E o que temos hoje são os ossos ressecados da profecia de Ezequiel na política brasileira.

Então o que seria a ressureição política?

A velha política está ressecada, mas continua esperta. Quando o tema reforma é debatido, parece que isso é feito apenas para garantir mais um mandato e fortalecer a si mesmo, e com isso são construídas trincheiras para defender seus partidos. Estão legislando em causa própria, e tudo que é proposto pelos políticos leva à ideia da literatura, que o papel aceita tudo. Mas a verdade é que a culpa da situação do governo e da sociedade brasileira não é do papel e nem da caneta, mas sim, de quem escreve. O Brasil não precisa de uma reforma política, precisa de uma reforma do ser político, e isso é ressureição. Ele deve entender que está lá para servir o povo, e não para enriquecer.

Para isso, deve-se restabelecer critérios do perfil do político, do parlamentar, do ministro, dos gestores e do próprio presidente. Para que a ressureição política seja feita com sucesso, é preciso ver se é possível reviver com os políticos que estão ativos, ou preparar uma nova geração, e como fazer esse período de transição.

Os ossos ressecados da política devem começar a ganhar vida com a reforma do ser político, mas devem ir além, e também servir como motivadores da reforma do ser eleitor. A ressureição vai realmente acontecer quando todos reverem os próprios conceitos, pensar em quem votar e o motivo que o levou a isso, reconhecendo a importância de exercer o seu direito como cidadão. Assim será possível reconstruir a imagem dos homens público e do governo no Brasil.






Rabino Samy Pinto - formado em Ciências Econômicas, se especializou em educação em Israel, na Universidade Bar-llan, mas foi no Brasil que concluiu seu mestrado e doutorado em Letras e Filosofia, pela Universidade de São Paulo (USP). Foi diretor do Colégio Iavne, por 22 anos. O Rav. Samy Pinto ainda é diplomado Rabino pelo Rabinato chefe de Israel, em Jerusalém, e hoje é o responsável pela sinagoga Ohel Yaacov, situada no Jardins também conhecida como sinagoga da Abolição.



INCIDENTES CIBERNÉTICOS AMPLIAM ESCOPO DE ATUAÇÃO DE DEPARTAMENTOS JURÍDICOS



Tendência faz parte das conclusões do Cyber Report 2017/18, produzido pela Kroll e pela Legal Week Intelligence;
Envolvimento da área legal na América Latina apresenta diferenças relevantes frente a outras regiões


A ameaça às operações e os riscos de impactos financeiros, regulatórios, legais e reputacionais gerados por incidentes cibernéticos resultaram globalmente em mais responsabilidades para o setor jurídico das empresas. No entanto, há diferenças sensíveis entre as regiões pesquisadas quanto ao envolvimento dos departamentos jurídicos em questões estratégicas relacionadas a resposta a incidentes.

É o que aponta o relatório Cyber Report 2017/18, realizado pela Kroll em parceria com a Legal Week Intelligence, a partir de entrevistas com executivos do setor jurídico de diversos países do mundo. Metade da amostra (51%) pesquisada é formada por diretores jurídicos.

Aproximadamente quatro a cada 10 participantes reportaram expansão de atribuições como planejamento (45%), resposta (43%), monitoramento (40%) e relatórios (37%) antes e após um ataque.

Esta ampliação resulta de ocorrências recentes, como as violações de sistemas do Yahoo! reveladas em 2016, que resultaram no vazamento de dados sensíveis de usuários. Em março deste ano, o próprio portal reconheceu que colaboradores de sua equipe legal tinham informações suficientes para uma investigação já em 2014, mas não o fizeram. O episódio terminou com a renúncia de seu principal conselheiro jurídico.


Diferenças pelo mundo

Ainda que o engajamento do departamento legal com questões cibernéticas configure uma tendência global, o relatório aponta disparidades entre regiões.

Os respondentes da América Latina são os mais confiantes em suas medidas de gestão cibernética. Embora 47% revelem muita preocupação com ataques, pouco mais da metade (57%) acredita na capacidade de suas empresas superarem ocorrências. Em contrapartida, apenas 20% dos respondentes da América do Norte acreditam nesta superação, apesar da maior maturidade cultural e regulatória da região em segurança da informação.

Outro contraste relevante se dá quanto à participação de executivos jurídicos nos Planos de Resposta a Incidentes. Enquanto 53% dos respondentes da Europa e 60% dos da América do Norte se envolvem diretamente, entre os da América Latina nenhum profissional sinalizou engajamento nessa frente.

Os respondentes da América Latina também apresentaram o pior alinhamento com o departamento de TI e o menor índice de treinamento de colaboradores em questões cibernéticas. Na região, 36% dos participantes afirmaram não manter qualquer relação com a área de tecnologia e apenas 20% reportaram capacitação de equipes em suas organizações.

“As maiores companhias da região desenvolveram um planejamento mais maduro para segurança cibernética e resposta a incidentes. No entanto, muitas empresas menores ainda são deficientes em sua postura diante dessa ameaça", comenta Fernando Carbone, diretor sênior de segurança e investigações cibernéticas na Kroll do Brasil.

“Ao integrar a segurança cibernética ao programa de gestão de riscos corporativos, as empresas podem ampliar seu escopo para abordar riscos adicionais, como os de natureza humana, regulatória e de reputação, bem como questões relacionadas à TI", analisa. 





Kroll




Motorista paulistano reduz 25% a velocidade do veículo quando avista um radar



Um estudo realizado pela Cobli - startup paulistana de gestão de frotas, telemetria e roteirização - revelou que o motorista médio de São Paulo reduz 25% a velocidade do veículo quando avista um radar e apenas 10 metros depois do equipamento já está de volta à sua velocidade anterior. 

Além de comprovar o hábito que alguns condutores têm de tirar o pé do acelerador apenas quando estão perto dos radares, o levantamento conseguiu também quantificar os riscos envolvidos na atitude. 

"Freadas bruscas aumentam 14% à uma distância de 10 metros dos radares. Além dos riscos de acidentes, esse tipo de comportamento promove um desgaste excessivo dos componentes de freio como as pastilhas e discos para carros leves e tambores e lonas para veículos pesado. A atitude também aumenta gastos relacionados com combustível e pneus", explica Rodrigo Mourad, diretor de operações da empresa.

Os números foram obtidos através de um levantamento de mais de dois milhões de dados de velocidade de 91 radares de 50 km/h das avenidas 23 de Maio e Marginal Tietê, em São Paulo. 

Os dados foram levantados depois que a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a gestão João Doria (PSDB) divulgaram que iam começar a fiscalizar o motorista pela velocidade média que ele leva de um ponto a outro nas avenidas 23 de Maio, Bandeirantes e Marginal Tietê. A medida já está valendo desde a última quarta-feira (1), mas como a legislação federal não permite a aplicação de multas com esse tipo de fiscalização, os motoristas que forem flagrados apenas receberão uma carta notificando o excesso de velocidade. 

Ainda de acordo com a Cobli, se a nova medição gerasse multas, os motoristas paulistanos seriam autuados 39,7% a mais, por ano.




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